Halloween não é brincadeira!

(por Ciro Sanches Zibordi)

Reforma Protestante é coisa séria, e Halloween não é brincadeira.
Muita gente não sabe, mas o Dia das Bruxas, o Samhain ou Halloween, Ano Novo céltico (31 de outubro), tem uma conexão com o Dia de Todos os Santos da Igreja Católica Romana. Este era originalmente celebrado em maio, e não no primeiro dia de novembro.

No ano 608, o imperador romano Focas apaziguou o populacho dos territórios pagãos recentemente conquistados, permitindo-lhe combinar o antigo ritual de Samhain com o Dia de Todos os Santos. E, assim, o panteão de Roma, templo edificado para a adoração de uma multiplicidade de deuses, foi transformado em igreja.

Foram os imigrantes europeus, especialmente os irlandeses, que introduziram o Halloween nos Estados Unidos. Hoje, o Dia das Bruxas é muito importante para os lojistas, inclusive no Brasil. Salém, em Massachusetts (Estados Unidos), é a sede da bruxaria norte-americana. Ali celebra-se, na época do Halloween, o Festival da Assombração, para expandir a temporada turística de verão. Tudo parece uma grande brincadeira, mas — conscientemente ou não — os participantes dessa festa estão se envolvendo com o ocultismo e o satanismo.

Por outro lado, algumas denominações evangélicas, além de realizarem festas similares às juninas (o que já é um absurdo), estão promovendo também, no fim de outubro, uma espécie de Halloween, decorando o ambiente com abóboras, etc. Elas alteram o nome da brincadeira satânica para Jesusween ou Elohin! Aos pastores destas igrejas quero apresentar um motivo melhor para festejar.

Em vez de comemorarem o Dia das Bruxas, os pastores que se prezam deveriam se lembrar da Reforma Protestante. Na manhã de 31 de outubro de 1517, véspera do Dia de Todos os Santos, Martinho Lutero — sacerdote romanista, professor de teologia e filho de um minerador bem-sucedido — começou a questionar de modo mais contundente a Igreja Católica e a atacar a autoridade do papa.

Lutero, então, afixou na porta da Catedral de Wittenberg (pronuncia-se vitemberk) um pergaminho que continha 95 declarações. Estas, conhecidas como teses, eram quase todas relacionadas com a venda de indulgências (pacotes caros pagos pelo perdão, inclusive das pessoas que já haviam partido para a eternidade).

Em junho de 1520, Lutero foi excomungado por uma bula — decreto do papa que continha o seu selo oficial. Em dezembro do mesmo ano, com ousadia, ele queimou esse documento em reunião pública, à porta de Wittenberg, diante de uma assembleia de professores, estudantes e o povo. No ano seguinte, foi intimado a comparecer ante as autoridades romanistas, em Worms. E declarou: “Irei, ainda que me cerquem tantos demônios quantas são as telhas dos telhados”.

No dia 17 de abril de 1521, Lutero apresentou-se à Dieta do Concílio Supremo, presidida pelo imperador Carlos V. Para escapar da morte, teria de se retratar. Mas ele não faria isso, a menos que fosse desaprovado pelas próprias Escrituras. E asseverou perante todos: “Aqui estou. Não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém”.

Considerado herege, ao regressar à sua cidade Lutero foi cercado e levado por soldados ao castelo de Wartzburg, na Turíngia, onde ficaria “guardado”. Ali, ele traduziu o Novo Testamento para o alemão, obra que, por si só, o teria imortalizado. Ao regressar a Wittenberg, reassumiu a direção do movimento a favor da Igreja Reformada, e a partir daí os princípios da Reforma Protestante se espalharam por toda a Europa, com ajuda de homens de valor, como Ulrico Zuínglio, João Calvino, Jacques Lefevre, João Tyndale, Tomás Cranmer, João Knox, etc.

Assim como muitos teólogos estão fazendo hoje, os católicos romanos haviam substituído a autoridade da Bíblia pela autoridade da igreja. Eles ensinavam que a igreja era infalível e que a autoridade da Bíblia procedia da tradição. Os reformadores afirmavam que as Escrituras eram a sua regra de fé, de prática e de viver, e que não se devia aceitar nenhuma doutrina que não fosse ensinada por elas. A Reforma devolveu ao povo a Bíblia que se havia perdido, passando a considerá-la a fonte primária de autoridade.

Nesses tempos difíceis, em que muitos estão brincando com o pecado e até com festas satânicas, quantos cristãos sérios estão dispostos a protestar contra as heresias verificados entre nós (2 Pe 2.1; At 20.28), à semelhança de Lutero?

Fé e Antigo Testamento - Comentários da lição 5

Lição 05 – 22 a 28 de outubro de 2011
(Comentários do irmão César Pagani)

VERSO EM DESTAQUE: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).” (Gl 3:13)
O Dr. Usher ilustra a salvação contando como ele a apresentara na Turquia, certa vez. Um homem chamado Ahmed queria saber como operava o perdão. Usher disse-lhe: Suponhamos que o senhor seja um rei e tem um filho que é meu amigo e que me tem forte amizade. Eu estou na prisão por causa de uma dívida contraída com o governo e que não consegui pagar. Seu filho chega até o senhor e diz:

-- Meu pai, meu amigo se encontra na prisão por causa de uma dívida; não poderia o senhor perdoá-lo e pô-lo em liberdade?

O senhor responde: -- Meu filho, eu também amo seu amigo e não quero que ele fique preso. Mas não posso simplesmente perdoá-lo, pois, se o fizesse, estaria prejudicando todo o povo. Devo tratar a todos igualmente.

-- Pois bem, meu pai. Permita que eu pague a dívida de meu amigo para livrá-lo da prisão.

-- Por certo, filho. Caso ele aceite sua fiança, não somente permitirei que você pague a dívida, mas também quero tomar parte nessa libertação.

O filho do rei, sem perguntar se eu aceitaria ou não, vai diretamente à carceragem e paga o débito exigível. A fiança é registrada nos livros próprios e minha dívida fica solvida. Ele recebe um comprovante de pagamento no qual se acha o selo do governo e realiza minha liberação.

Chega a mim e diz: -- Amigo, vamos embora. Eu paguei sua dívida.

Ora, eu posso tomar três decisões. Digo-lhe: “Não aceito que ninguém me faça favores; não quero ficar devendo favores a ninguém! Posso pensar e dizer: “Isso é bom demais para ser verdade. Não acredito!” Ou posso abraçar meu libertador, agradecendo-o pelo imenso benefício que me fez. Não tenho como retribuir-lhe o valor gasto, mas sempre lhe serei grato.

Qualquer das duas primeiras atitudes seria indigna e ingrata de minha parte. A terceira seria a única razoável a tomar.

O plano redentor de Deus é assim: Deus é o Rei, Jesus Cristo, Seu Filho, pagou minha fiança e também a de todos os homens. Creio nisso e estou liberto do pecado e da morte. Jamais poderei pagar a Cristo o que Ele fez por mim, mas ser-Lhe-ei eternamente agradecido.

O sapientíssimo Pai já preparara nas mais remotas eras da eternidade um plano de resgate e vida para quem dele necessitasse. Nos tempos do AT, desde o Gênesis, o Senhor procurou ensinar Seus filhos que a justiça que livra da morte eterna procede dEle e de ninguém mais.

Quem crer e for batizado será salvo; quem não crer, será condenado. Assim sempre foi e sempre será até o dia final.

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Você sabe o que faz?

"A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora" (Provérbios 14:8)

Uma pessoa prudente é sábia. Sabe o que faz. A vida não é para ela apenas a sucessão de acontecimentos casuais. Ela pensa, medita, avalia seu procedimento, corrige o rumo de sua vida e recua quando percebe que está errada. O termômetro para medir a “temperatura” de suas ações é a Palavra de Deus. Essa é a tocha que ilumina o seu caminho.

Por esse motivo, os minutos que você passa a sós com Deus antes de iniciar as atividades do dia são indispensáveis para uma vida produtiva. Não basta apenas saber “como” realizar bem o seu trabalho. Fazendo as coisas com eficiência, você sempre será um bom empregado. Mas se tomar tempo para pensar em por que faz o que faz, acabará sendo um líder.

“A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho”, diz Salomão. Antes de tentar entender o caminho dos outros, entenda o seu. Antes de liderar pessoas, deixe-se liderar pelo Senhor Jesus. Não existe fórmula mais perfeita para a eficiência.

O caminho dos tolos é diferente. Eles acham que sabem tudo, e na verdade nada sabem. Apenas pensam que sabem. O resultado é frustração e desapontamento.

Você sabe o que faz e por que faz? Não tema aprender. Aconselhe-se, consulte. A receita para permanecer na ignorância sobre qualquer assunto da vida é ficar satisfeito com suas opiniões e contente com o que sabe. A vida se encarregará de provar-lhe que você estava errado.

Faça de hoje um dia de avaliação. Revise os seus procedimentos, analise sua trajetória. Nunca é tarde para começar de novo. Sempre é tempo de aprender.

Como anda o seu casamento? Pode melhorar o seu relacionamento com as pessoas? Está separando tempo necessário para dialogar com seus filhos? Ou espera que tudo aconteça por acaso? Reflita nessas perguntas. Refletir é próprio de gente sábia.

Ser sábio ou insensato? Eis a questão! Deus sempre está pronto a guiar e mostrar um caminho melhor àqueles que O buscam com humildade de coração. Não se esqueça: “A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora.”

Autor desconhecido

Como manter-se ligado a Deus?

Quando o dia amanhece, a maioria das pessoas não busca a Deus, somente os seus próprios interesses. Sabendo disso, Jesus fez uma proposta muito especial para conceder-nos o privilégio de fazer parte do Seu reino de eterna felicidade. Sim! O reino do discernimento, da lucidez, do conhecimento, da sabedoria e da paz. Como obter esse reino? Como Deus deseja que eu me relacione com Ele? Que resultados positivos posso esperar? São perguntas que o pequeno estudo abaixo pretende responder.

01. Quais os benefícios de buscar o reino de Deus?
“Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

COMENTÁRIO – Se eu buscar o reino de Deus em primeiro lugar, tudo que for realmente importante para minha vida me será dado.

02. Qual o caminho para chegar a Deus?
“Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:5 e 6).

COMENTÁRIO – Jesus disse: “Eu sou o caminho”.

03. O que devo pedir ao Senhor a cada manhã?
“Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma. Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano” (Salmo 143:8-10).

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).

COMENTÁRIO – Perdão pelos meus pecados e que me ensine diariamente a fazer a Sua vontade.

04. O que acontece quando oro a Deus?
“Quando todo o povo fora batizado, tendo sido Jesus também batizado, e estando ele a orar, o céu se abriu; e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz: Tu és o meu Filho amado; em ti me comprazo” (Lucas 3:21 e 22).

COMENTÁRIO – O céu se abre para as providências divinas em minha vida, o Espírito Santo desce para me batizar e Deus me faz uma declaração de amor: “Filho, Eu amo você”.

05. Como devo orar?
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei. Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” (João 14:13-15).

“Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 20,21).

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8:26).

COMENTÁRIO – Devo orar a Deus Pai, em nome de Jesus Cristo, disposto a ser obediente aos Seus mandamentos. Não devemos nos esquecer que o Espírito Santo é o nosso intercessor que opera junto ao nosso Salvador, Jesus Cristo. Assim, podemos orar também ao Espírito Santo.

06. Qual o melhor momento para buscar o reino de Deus?
“Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois é a ti que oro. Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio” (Salmo 5:2 e 3).

COMENTÁRIO – Pela manhã, antes de qualquer atividade, para oferecer a Ele o melhor do meu tempo. Esse é o caminho para a intimidade com Deus. Começando o dia com o Criador, minha alegria é recuperada e o meu ânimo fortalecido para encarar o dia. Contudo, existem pessoas que trabalham toda a noite e dormem pela manhã. O que fazer? Não imagine tal pessoa que Deus a rejeitará, saiba que Ele pode ouvir as pessoas em qualquer momento. Se o seu dia começa às 12h ou às 16h, não se preocupe, o importante é buscar a Deus no momento em que você começa o seu dia.

07. Como Deus gosta de ser adorado?
“Louvai ao Senhor! Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor na assembléia dos santos! Alegre-se Israel naquele que o fez; regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei. Louvem-lhe o nome com danças, cantem-lhe louvores com adufe e harpa. Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adorna os mansos com a salvação. Exultem de glória os santos, cantem de alegria nos seus leitos. Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e na sua mão espada de dois gumes” (Salmo 149:1-6).

COMENTÁRIO – Por meio do louvor. Através dele posso expressar gratidão, alegria pelo perdão e fé. Invocando a presença de Deus diariamente por meio do louvor e da gratidão, eu O agradarei e sentirei a alegria de pertencer ao Criador do Universo. A música é um excelente meio para louvar (elogiar) a Deus.

08. Como ouvir a voz de Deus?
“Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Apocalipse 1:3).

“ Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”( João 17:17).

“Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17).

COMENTÁRIO – O principal veículo para ouvir a voz de Deus é a Bíblia. Quando leio a Palavra, o Espírito Santo fala ao meu coração e revela-me a Sua vontade. Depois de orar e cantar, abro as Escrituras para receber a voz de Jesus.

09. O que Jesus deseja ensinar-me por meio da Bíblia?
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve” (Mateus 11:28-30).

“Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hebreus 10:38).

“E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mateus 10:38).

“Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros” (João 15:7,10,17).

COMENTÁRIO – Cristo deseja que eu aprenda a confiar inteiramente nEle, tornando-me manso e humilde. Ou seja, preciso encarar as grandes dificuldades da vida com coragem e perseverança, mantendo-me sempre no caminho certo.

10. Que nível alcanço quando busco o reino de Deus?
“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias, mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom; Abstende-vos de toda espécie de mal” (1 Tessalonicenses 5:16-22).

COMENTÁRIO – Apesar das provas, posso ter alegria pela certeza de que Deus está comigo. Devo estar sempre aberto à atuação do Espírito Santo em minha vida, atento às advertências das Escrituras, evitando tudo que não é bom e vivendo feliz com Deus.

11. Como Jesus apresenta-Se a cada novo dia?
“Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” (Apocalipse 22:16).

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Daniel 12:3).

COMENTÁRIO – Como a Estrela da Manhã. Ele tem luz própria e brilha oferecendo-me luz e poder para que eu possa brilhar eternamente.

12. O que o Espírito Santo sente e faz por mim?
“Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” (Tiago 4:5).

“E a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5:5).

COMENTÁRIO – O Espírito Santo deseja ser o único em meu coração. Isso porque Ele me ama e pretende derramar todo o Seu amor em meu coração a cada dia. Ele não quer dividir o nosso amor com as coisas ruins do mundo (Tiago 4:4).

13. Como posso contribuir com o Seu reino?
“Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação” (Tiago 5:16).

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Daniel 12:3).

COMENTÁRIO – O Senhor deseja que eu interceda por pessoas que precisam ser alcançadas pelo Evangelho e receber a cura divina.

14. Que promessa existe quando busco a Deus na primeira hora de cada dia?
“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jeremias 33:3).

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).

COMENTÁRIO – Ele me garante a vitória completa em todas as áreas da vida.

15. O que eu posso dizer para Deus agora?
“…Eis-me aqui para fazer, ó Deus, a tua vontade…” (Hebreus 10:9).

Fonte: Biblia on Line

Cristãos Perseguidos II

"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim"
(João 15:18)


Justificação pela fé - Comentários da Lição 4

Lição 04 – 15 a 21 de outubro de 2011
(Comentários do irmão César Pagani)

VERSO EM DESTAQUE: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a Si mesmo por mim.” (Gl 2:20 – VARC)

Plenamente consciente do teor do Evangelho que pregava, Paulo diligenciou por explicar aos gálatas como operava a justificação salvadora. Os judaizantes haviam explicado aos crentes que na bastava ter fé em Jesus para ser justificado, mas que deveriam submeter-se às antigas ordenanças, praticar as obras da lei de Moisés ou mesmo dos Dez Mandamentos para desfrutarem a salvação.

Não deve ter sido muito fácil desacreditar o comportamento de Pedro diante dos antioquianos. Afinal, o “homem” era da Associação Geral e, portanto, uma alta autoridade religiosa. Paulo, porém, não temia homem algum e não era politiqueiro. Podia ter repreendido a Pedro em particular, mas assim fosse os irmãos seriam mantidos em dúvida. O erro de Pedro foi público e de público tinha de ser consertado.

Não raro, muitos crentes confundem o papel de certos aspectos do evangelho: a) o que é e como funciona a justificação? b) qual o papel e o posicionamento das obras justas praticadas pelos santos (elas vêm antes da justificação ou depois)? c) como funciona em mim a justiça imputada de Cristo? d) E a justiça comunicada? e) como opera a fé verdadeira? f) como obter essa fé viva?

Um estudo etimológico (origem das palavras), teológico (conteúdo espiritual) e semântico (significad0) dos textos de Paulo, por certo nos dará maior entendimento da teologia paulina da justiça pela fé.

Estamos em pleno julgamento celestial. A justiça pela fé assume agora uma importância pontual, visto que é o preciso momento em que Deus está “despoluindo” Seu povo e preparando-os para o convívio eterno Consigo. Em outras palavras, a confissão, o arrependimento e o abandono dos meus pecados pela fé no sacrifício completo de Cristo, têm papel decisivo nos autos celestiais. Se me arrependo e estou entregue a Cristo, as provas contra mim são retiradas dos autos; caso contrário, ali permanecerão para dar testemunho no dia final.

“Texto: João 3:1-16 [lido pela Sra. White numa de suas alocuções]. Se não houvesse nada mais, em todas as Escrituras, que apontasse claramente o caminho para o Céu, nós o teríamos aqui nestas palavras. Elas nos dizem que é conversão. Declaram-nos que temos de fazer para ser salvos. E, meus amigos, desejo dizer-vos que isso atinge diretamente a raiz da obra superficial no mundo religioso. Opõe-se diretamente à ideia de que podemos tornar-nos filhos de Deus sem alguma modificação especial. É efetuada em nós uma nítida mudança se a verdade de Deus encontrou guarida em nosso coração, pois ela exerce uma influência santificadora sobre a vida e sobre o caráter. Quando vemos os frutos da justiça naqueles que pretendem possuir uma verdade avançada, como é o nosso caso, haverá um procedimento que testifica que temos aprendido de Cristo.” FO, 63.


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A Regra de Wooden

"Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele" (I Coríntios 12:14-26)


John Wooden, o lendário técnico de basquetebol de uma renomada universidade americana, tinha uma regra interessante para as suas equipes. Sempre que um jogador marcava pontos, ele devia dar o reconhecimento à pessoa da equipe que o ajudara. Quando ele era técnico em escolas do ensino médio, um dos seus jogadores perguntou: “Técnico, isso não vai tomar muito tempo?” Wooden respondeu: “Não estou pedindo que corra até lá para abraçá-lo. Um aceno com a cabeça é o suficiente”.

Para obter vitória na quadra de basquetebol, Wooden viu a importância de ensinar aos seus jogadores que eles eram uma equipe – não “apenas um monte de operadores independentes”. Cada pessoa contribuía para o sucesso de todas as outras.

Lembra-me de como o corpo de Cristo deveria funcionar. Conforme o livro de 1 Coríntios 12:19-20, cada um de nós é uma parte diferente de um corpo. “Se todos fossem um membro, onde estaria o corpo? Mas […] existem muitos membros e, ainda assim, um único corpo”. O sucesso de um pastor, um estudo da Bíblia ou um programa de igreja se baseia unicamente nas realizações de uma só pessoa? Quantas pessoas contribuem para o bom funcionamento de uma igreja, uma organização cristã, uma família?

A regra do técnico Wooden e 1 Coríntios 12 têm suas raízes no princípio de suprirmos as necessidades uns dos outros. Usemos nossos dons no corpo de Cristo para edificar, fortalecer e ajudar a realizar os propósitos de Deus (1 Coríntios 12:1-11).

Pensamento: Não existem pessoas sem importância no corpo de Cristo.

Fonte: RBC

A Unidade do Evangelho - Comentários da Lição 3

Lição 03 – 08 a 14 de outubro de 2011
(Comentários do irmão César Pagani)

VERSO EM DESTAQUE: “Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.” (Fp 2:2)

“[...] a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste.” (Jo 17:21)

A fervente oração de Jesus expressava o anelo incontido de Seu santo coração pela unidade de Seus seguidores. É surpreendente a ênfase que Cristo dá à unificação. Ele deseja que nós, Seus discípulos, tenhamos a mesma unidade de propósito, de amor, de dedicação que Ele tem com o Pai. A Divindade é o modelo perfeito de unidade. Essa integração é tão grande que três Pessoas distintas constituem um só Deus. “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” (Dt 6:4) “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há, senão Ele.” (Dt 4:35) “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu Sou o primeiro e Eu sou o último, e além de mim não há Deus.” (Is 44:6. Comparar com Ap 1:17)

Não podemos confundir unidade com ajuntamento. São conceitos diferentes. Como bem explicita a introdução da lição, não podemos comprometer princípios para conservar a integração. Os que são unidos no Mestre têm “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2:5).

A primeira unidade tem de ser em amor. Que nos amemos uns aos outros assim como Ele nos amou. A segunda unidade tem de ser de doutrina. Não podemos crer em ensinos diferentes daqueles revelados nas Escrituras. A terceira unidade tem de ser a de ação. Temos a Grande Comissão pesando sobre nossos ombros. Precisamos trabalhar unidos, movidos pelo Espírito Santo e segundo os planos e campanhas nos quais somos orientados. A quarta unidade tem de ser mediante o exercício da paciência e tolerância mútuas. Não é à-toa que Paulo recomenda: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós...” (Cl 6:13) A quinta unidade é de princípios. Um adventista não pode agir, em termos comportamentais, espirituais e morais, diferentemente de outro. Um não pode tomar vinho fermentado alegando razões de saúde, enquanto outro se abstém conforme o ensino das Escrituras. Em seguida vem a unidade na imitação de Cristo; todos temos o Modelo Perfeito no qual plasmar nosso caráter.

Por que existe a desunião? – “Em vez da unidade que devia existir entre os crentes, há desunião; pois a Satanás é permitido entrar e pelos seus enganos e ilusões leva ele, os que de Cristo não estão aprendendo a mansidão e humildade de coração, a seguir um rumo diferente da igreja, e, se possível, a quebrar-lhes a união. Levantam-se homens que falam coisas perversas para atrair discípulos para si. Pretendem que Deus lhes deu grande luz, mas como agem sob sua influência? Seguem eles a atitude assumida pelos dois discípulos na viagem para Emaús? Ao receberem a luz, voltaram e foram ao encontro daqueles a quem Deus guiara e ainda estava guiando, e lhes contaram como haviam visto a Jesus e com Ele tinham falado.” IR, 144, 145.

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Dia das Crianças

(adaptado do texto de Nilma Coimbra)

"E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus" (Mateus 18.3)

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920. Os demais deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como o "Dia da Criança" pelo então presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

No entanto, somente em 1960, foi que a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser "oficialmente comemorada". A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes. (Sem dúvidas, um dia de consumismo desenfreado).

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança para aumentar suas vendas. No ano seguinte, fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. Desde então, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

O Mestre nos ensina: descanse nos braços do Pai, seja como uma criança! Seja puro, sincero, inocente em palavras, simples no agir e no sorrir. Ame desinteressadamente, esteja sempre contente, aprenda incansavelmente.

Os pequeninos não sabem fingir, nem são fúteis. Vivem o presente, são interessados no que fazem e deixam fruir a imaginação. Confiam no futuro, nas pessoas e nos seus sonhos... pra eles, tudo é possível!

Não sabem dissimular. Não criticam, indagam apenas. Não discriminam, aceitam a todos sem distinção. Sabem conviver com as diferenças.

São alegres a todo tempo, cantam, dançam… Fazem da vida uma eterna festa. Satisfazem-se com qualquer brinquedo, independente do valor. Não são ambiciosas. Nos ensinam mais que qualquer sábio.

Não nos pedem nada em troca, no entanto, quando amadas, nos enchem de amor. Tocam a nossa alma com a sua inocência.

Seus olhares brilham, donos de sorrisos verdadeiros. Mesmo as que não tem a oportunidade de ter um lar, sabem sorrir, sabem brincar. Quando nos dão este presente, ganhamos o dia… Pois o seu sorriso é sempre uma lição de amor. Amor do Pai.

Que o mesmo Pai de amor hoje, possa te lembrar que um dia fostes uma criança, e da mesma forma que um dias fostes, terás que voltar a ser. Tente fazê-lo hoje! Feliz dia das crianças.


Que Deus te abençoe!

Reflexão: "Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão" (Salmo 127:3)

O Porco - Paul Washer


Prazo de Validade

(por Manoel N. Lopes)

"Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Salmos 90:12)

Um de nossos cuidados quando vamos às compras no supermercado é a verificação do prazo de validade dos produtos, para não levarmos para casa mercadoria que já não produz efeito ou que pode estar estragada, por estar com o prazo de validade vencido.
Tudo aquilo que o homem produz um dia desaparecerá. Refrigeradores, móveis, automóveis, eletrodomésticos, vestuário, alimentos e tantas outras coisas têm uma vida útil, um prazo de validade. Uns duram mais, outros menos. Mas o tempo de existência e utilidade de cada uma dessas coisas fatalmente chegará.

Que tenho eu a ver com isso? pode alguém perguntar. Nós também temos um prazo de validade; não existiremos para sempre nesta dimensão. Uns têm um prazo mais prolongado, outros mais breves, mas nosso prazo inexoravelmente terá um fim, nada obstante os esforços da ciência. Todos sabem dessa certeza, mas muitos vivem totalmente alheios ao seu prazo de validade, e têm todos os seus objetivos centralizados nas coisas deste mundo: prazeres, conquistas, sucesso, bem-estar, e esquecem-se da realidade que se segue após o término do nosso prazo de validade: o juízo (Hebreus 9:27).

A consciência dessa realidade fez Davi escrever: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada” (Salmos 39:4-5).

Essa deveria ser a atitude de cada um de nós. Sabemos que a nossa vida é “apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tiago 4:14). Mas são muitos os que preferem preocupar-se com o antes que a neblina se dissipe do que com o após do desaparecimento da neblina da vida.

O salmista diz que “os dias de nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Salmos 90:10). Diante de tal verdade Davi pede a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Salmos 90:12).

É bem verdade que precisamos cuidar de nosso futuro profissional, de nossa família, precisamos de momentos de lazer; isso é saudável. Mas não podemos viver alheios ao nosso prazo de validade. Devemos ter em mente que somos peregrinos neste mundo, e que o visto de permanência aqui tem um prazo.

Necessitamos ter coração sábio para considerar essa realidade. No Velho Testamento, em Amós 4:12, há uma grave advertência de Deus aos israelitas, que viviam numa grande cegueira espiritual: “Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus”.

Medite: Que possamos ser achados aprovados por Deus ao expirar nossa prazo de validade.

A Autoridade de Paulo e o Evangelho - Comentários Lição 2

Lição 02 – 01 a 07 de outubro de 2011
(Comentários do irmão César Pagani)

VERSO EM DESTAQUE: “O que fez vocês pensarem que agora estou buscando a aprovação dos homens ou de Deus? Estou tentando agradar homens? Se quero obter a aprovação humana, nunca seria um servo de Cristo.” (Gl 1:10 – Versão de Phillips)

Por que foi escrita a epístolas aos crentes gálatas? A priori é bom que se saiba que as epístolas não ficavam em posse única dos destinatários, mas circulavam pelas igrejas cristãs já fundadas. A mensagem tinha eficácia para todos.

O motivo principal da carta é advertir os gálatas por causa dos desvios doutrinários que estavam seguindo. Já não viviam mais o evangelho pregado por Paulo, que se alicerçava na graça remissória de Deus através da vida, morte e ressurreição de Cristo, e aceita pela fé.

Depois da passagem do grande missionário pela Galácia, infiltraram-se nas igrejas judeus neoconversos que se titulavam como mestres e pregavam que Paulo não lhes dera o evangelho completo. Faltava a observância das leis cerimoniais que fizeram dos judeus os portadores da verdade. Esses pregadores queriam convencer os gálatas que só a graça de Jesus não bastava. Era preciso submeter-se à circuncisão e observar leis de purificação, oferta de manjares, holocaustos, dia da expiação e festas judaicas. Com essa dialética eles excluíam o sacrifício de Cristo e dispensavam-No como Salvador.

Os gentios ficaram confusos e caíram na esparrela judaica. Paulo os repreendeu por carta confessando sua surpresa pela mudança rápida de atitude dos gálatas. A severidade de suas palavras é acentuada quando diz que nem mesmo um anjo descido do Céu tinha autoridade para mudar o Evangelho. E aqueles que pregavam falsidades e novas interpretações deviam ser considerados malditos e excomungados da igreja. Paulo se inclui entre os opositores caso mudasse de ideia e pregasse diferentemente do que fizera no início (Gl 1:8).

A gravidade textual da epístola

“Quão diferente da maneira de Paulo escrever à igreja de Corinto, foi o caminho que ele seguiu em relação aos gálatas! Aos primeiros ele repreendeu com cautela e ternura; aos últimos, com palavras de farta reprovação. Os coríntios haviam sido vencidos pela tentação. Enganados por engenhosos sofismas de ensinadores que apresentavam erros sob o disfarce da verdade, tinham-se tornado confusos e desorientados. Ensiná-los a distinguir o falso do verdadeiro requeria cuidado e paciência. Aspereza ou descuidosa precipitação da parte de Paulo teriam destruído sua influência sobre muitos daqueles a quem ansiava ajudar

“Nas igrejas da Galácia, aberta e desmascaradamente estava o erro suplantando a mensagem do evangelho. Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, fora virtualmente renunciado pelas obsoletas cerimônias do judaísmo. O apóstolo viu que para que os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências que os ameaçavam, as mais decisivas medidas deviam ser tomadas, dadas as mais penetrantes advertências.” AA, 385.

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Qual é o significado do nome Miguel?

O nome Miguel significa: “Quem é semelhante a Deus?”. É um desafio a satanás que, desde o princípio, quis ser igual ao Criador (Isaías 14:12-14). Sempre que Miguel é mencionado na Bíblia, refere-se à pessoa de Jesus como Comandante dos exércitos celestiais em direta disputa com Satanás. Para nossa felicidade eterna, Miguel sai sempre vitorioso. Leia: Judas 9; Daniel 10:13, 21;12:1; Apocalipse 12:7.

Detalhe: quando nós Adventistas afirmamos que Miguel significa “semelhante a Deus”, no original e para a cultura hebraica, entendemos que “semelhante” significa “igual” (ver João 5:18; 19:7).

Miguel, portanto, é um dos nomes de honra de Jesus e em nada interfere na Sua Divindade. Por isso, é injusta a comparação que alguns “apologistas” modernos fazem entre os Adventistas e as Testemunhas de Jeová, que usam o argumento de que Cristo é “Miguel” para “provar” que Ele é uma “criatura”.

Sendo Jesus chamado o “arcanjo” (e até anjo algumas vezes, como veremos a seguir) nas Escrituras, isto não O torna “anjo” no sentido de criatura, assim como o fato dele ser chamado cordeiro (João 1:29) e leão (Apocalipse 5:5) não o torna animal. Da mesma forma que estes nomes simbólicos se referem a determinadas funções de Jesus, os termos “arcanjo” e “anjo”, também. Anjo significa “mensageiro” e Jesus é o “mensageiro de Deus Pai” à humanidade, o Mensageiro que comunica as boas notícias de Salvação!

Portanto, para os Adventistas do Sétimo Dia e demais cristãos ortodoxos, Jesus é Deus no mais pleno sentido da palavra. A Bíblia não deixa dúvidas: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. João 1:1-3. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. João 1:14. “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”. Colossenses 1:15-17. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. Filipenses 2:5-11.

E o texto de Judas 9? Se o aplicarmos a Jesus não estaríamos rebaixando a Sua autoridade perante Satanás?

“Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!” Judas 1:9.

Este texto não rebaixa a autoridade de Jesus, mas contém uma preciosa lição para nós cristãos. Cristo, mesmo sendo Deus, não respondeu ao diabo da mesma forma: não se rebaixou a ponto de proferir palavras de difamação ao diabo, mesmo (Cristo) ao falar com autoridade. A natureza perfeita de Jesus não permite que Ele faça uso do mesmo comportamento do inimigo (proferir palavras malignas, juízo infamatório, como diz o texto – compare-o com Filipenses 2:5-8 e veja o contraste entre caráter de satanás e o caráter humilde de Cristo).

Em certa ocasião, Deus Pai, mesmo sendo Poderoso, não optou por expulsar de vez Satanás da Sua presença. (Ler Job 1:6-12). Do mesmo modo que o Pai não perdeu a Sua autoridade Divina por ter permitido que Satanás dialogasse, Jesus não perde a autoridade dEle pelo fato de deixar o diabo falar e por não querer (Jesus) fazer parte daquele tipo de palavreado maldoso. Jesus é um Deus de classe.

Leia Zacarias 3:1-8, especialmente o verso dois. Poderá confirmar que o “Anjo do Senhor” (termo usado em referência ao próprio Cristo) é Miguel em Judas 9.

E Daniel 10:13? A expressão “um dos primeiros príncipes” não estaria sugerindo que há outros no mesmo pé de igualdade que Miguel, ou seja, que este ser é um anjo mesmo?

Conquanto Miguel seja chamado “um dos primeiros príncipes” isso não O coloca no mesmo pé de igualdade que os demais anjos. No Céu há uma hierarquia de anjos (há querubins, serafins…), cada um com um papel a desempenhar na adoração a Deus e no plano da salvação (Hebreus 1:14). Se Jesus escolheu alguns anjos para serem príncipes com Ele no governo dos demais anjos (sendo Ele o Príncipe Supremo), que problema haveria em Ele ser chamado “um dos primeiros príncipes”? Não há dificuldades em Jesus ser o Príncipe Principal (por ser Deus) e estabelecer outros seres abaixo dele, com o mesmo nível de governo, para dirigir os anjos. Isto em nada afeta a autoridade Divina do nosso Salvador.

O pastor americano Mark Finley no seu livro Revelando os Mistérios de Daniel, pág. 125, traz uma informação importante: há traduções (em inglês) que traduzem Daniel 10:13 da seguinte forma: “o primeiro dos príncipes”.

Interessante é que não são apenas os Adventistas do Sétimo Dia que identificam Miguel com Jesus Cristo. Comentaristas como João Calvino, Matthew Henry, entre outros, tiveram a mesma opinião! (Disponibilizarei no blog várias citações deles que constam no livro “Questões Sobre Doutrina” – Casa Publicadora Brasileira).

Também é importante salientar que a mesma Bíblia que chama a Miguel “um dos primeiros príncipes” diz ser Ele “o vosso príncipe” (Daniel 10:21) e “o grande príncipe” (Daniel 12:1). Comparando estes textos com Isaías 9:6 e Atos 5:31 (preste atenção no termo “príncipe”), não podemos ter dúvidas de que o Ser mencionado em Daniel 10:13 mencionado é Cristo.

1ª Tessalonicenses 4:16 relaciona a “voz do arcanjo” com a ressurreição dos santos por ocasião da volta do Senhor Jesus. Cristo mesmo declarou que os mortos sairiam do túmulo ao ouvirem SUA VOZ (João 5:28, 29). Esta é outra evidência de que Miguel tem de ser um dos nomes de honra do Salvador.

“A literatura judaica descreve a Miguel como o mais elevado dos anjos, o verdadeiro representante de Deus, e o identifica como “anjo de Yahweh”, o qual se menciona com freqüência no Antigo Testamento como um ser divino” (Dicionário Bíblico Adventista do 7º Dia [CD ROM, espanhol]).

Daniel é a maior evidência de que Miguel é um dos nomes de honra do Divino Jesus.
O livro de Daniel, a meu ver, apresenta a maior das evidências de que o nome “Miguel” deve obrigatoriamente ser aplicado a Cristo. Temos neste livro quatro grandes blocos proféticos que dão ênfase a Jesus e ao Seu reino. Estes blocos proféticos nos ajudam a entender o livro, seu propósito e também a descobrir quem é o personagem principal das profecias da Bíblia. 

Veja:
CAPÍTULO 2: Jesus aparece como sendo a Pedra que destrói a estátua;
CAPÍTULO 7: Jesus aparece como sendo o Filho do Homem que se dirige ao Ancião de Dias (Deus Pai);
CAPÍTULO 8: Jesus aparece em cena como sendo o Príncipe dos Príncipes;
CAPÍTULOS 10-12: Jesus aparece como Miguel, o libertador.

Veja que interessante: se Miguel não fosse Jesus, o sincronismo do livro de Daniel (apresentado nos seus blocos proféticos) seria quebrado! É muito estranho imaginarmos que nos três primeiros blocos proféticos o centro é Jesus enquanto que no último o personagem principal é um “ser criado”.

Todos os blocos proféticos terminam com a manifestação de Cristo e do Seu reino. Por isso, para que o sincronismo do livro de Daniel seja mantido, Miguel tem que ser um dos nomes de Jesus. Além disso, deve-se destacar que o conflito entre o bem e o mal se dá entre Cristo (Deus) e lúcifer (criatura) e não entre dois seres criados (ver Apocalipse 12:7-9).
Se Jesus é Deus, como pode ser chamado de Arcanjo?

Ao compreendermos o sentido etimológico da palavra “arcanjo”, este aparente problema é resolvido. No grego, “arcanjo” significa “chefe dos Anjos”. Este título não precisa necessariamente referir-se apenas a um ser criado, assim como ocorre com o termo “anjo” – mensageiro (vimos isso anteriormente). É aceito entre os comentaristas (inclusive não-adventistas) que Jesus Cristo é o “Anjo do Senhor” mencionado no Antigo Testamento (ver Gênesis 16:7; 18:1, 2, 13 e 19; Êxodo 3:2-5; 23:20-33; 32:34; Juízes 6:11-24; 13:21-22). Eis uma nota explicativa da Bíblia de Estudo Almeida sobre Êxodo 3:2 [Sociedade Bíblica do Brasil]: “O Anjo do Senhor (mensageiro ou enviado) não é aqui um ser distinto do próprio Deus (conferir verso 4), mas Deus mesmo, enquanto se faz presente para comunicar uma mensagem”.

Do mesmo modo que Cristo não se torna uma criatura ao ser chamado “Anjo do Senhor” (na verdade Ele é o “mensageiro”, de Deus Pai à humanidade), o mesmo ocorre quando é designado de arcanjo. Sendo que Ele é o Criador, automaticamente é o “Chefe Supremo”- Arcanjo – de todos os anjos.

A expressão “arcanjo” aparece apenas em passagens apocalípticas, onde Cristo está em direto confronto com satanás. Não há base bíblica para crermos que este termo aplique-se a um anjo, um ser criado. É difícil provar pela Bíblia a ideia de que arcanjo seria uma “classe de anjo”, mesmo que um dos significados da palavra possa ser “anjo chefe”. Como sabemos, não devemos basear um ensino apenas no significado das palavras: um conjunto de textos bíblicos que esclareçam um ponto também deve ser considerado.

Com isto, podemos ver que a posição Adventista a respeito do “Arcanjo Miguel”, levando em conta não apenas o sentido do termo, mas também outros textos paralelos, em nada afeta a suprema e absoluta Divindade do Senhor Jesus Cristo. (1 João 5:20; Hebreus 1:1-3, etc).

Leandro Quadros ( Jornalista e Consultor Bíblico).
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