Comentários Lição 02 - Amor e Julgamento: O Dilema de Deus (Prof. César Pagani)

06 a 13 de Abril de 2013

Verso para Memorizar

“Converte-te a teu Deus, guarda o amor e o juízo e no teu Deus espera sempre.” Os. 12:6.

Segundo o eminente gramático, filólogo e professor, Napoleão Mendes de Almeida, metáfora “é o fenômeno pelo qual uma palavra é empregada por semelhança real ou imaginária: dentes do pente, pé da mesa, serra (cadeia de montanhas)...” 
            Expressões que nos podem parecer estranhas são utilizadas no correr do livro de Oseias, como “pomba enganada”, “rede de Deus”, “bezerra domada”, “arreios sobre Efraim”, Deus como “traça” e “podridão” para Israel (Os 5:12), como “leão” (Os 5:14), Israel, chamado em Oseias de Efraim, como “bolo que não foi virado” (cap. 7:8), “meretriz” (cap. 9:1), “vide frondosa que dá frutos para si mesma” (cap. 10:1), só para citar alguns exemplos.
            Deus usa analogia de significados para tentar chamar Seu povo à consciência pelo que estavam fazendo com seu amoroso Rei.
            O uso de algumas analogias feitas com coisas inanimadas (rede, arreios, podridão, bolo) ou irracionais (pomba, bezerra, vide) mostra a ausência de inteligência do povo, assim como essas coisas que não têm consciência, que trocou o Deus vivo pelos falsos deuses das nações.
            É um fenômeno incompreensível que um povo que teve todas as vantagens e que fora designado ser a maior nação da Terra, mergulhasse em profunda treva a ponto de rumar para o desaparecimento. De fato, Israel, o reino do Norte, jamais voltou do cativeiro assírio. Triste fim de quem despreza a Deus e Lhe volta as costas.
            Quem rejeita a Deus já profere sobre si o veredicto de perdição. Cristo, que adquiriu cada alma mediante infinito sacrifício, sente terríveis dores ao ver alguém por quem morreu endurecer o coração e expulsá-Lo definitivamente de sua alma. O amor divino sofre padecimentos tais que nossa vã inteligência e limitada imaginação jamais poderá avaliar.

DOMINGO
 Enganado e insensato
            Estar enganado é pensar de modo equivocado ou ser ludibriado por algo ou alguém. Efraim ou Israel ou o Reino do Norte foi ludibriado por sua própria apostasia. Os reis, líderes, sacerdotes e povo do Norte obstinaram-se e não creu nas mensagens de advertências que Deus lhes enviara pelos profetas. Quando a Palavra de Deus é rejeitada continuamente, ocorre um temível resultado:  Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira...” (2Ts 2:11)
            Calvino considera em seus comentários: “O profeta aqui acusa Israel de credulidade tola e o compara a uma pomba, pois eles haviam convidado os egípcios e pedido ajuda à Assíria. A simplicidade é, de fato, uma virtude recomendável quando unida á prudência. Mas tudo o que é razoável e judicioso nos homens se torna impiedade quando não há integridade.  Assim, quando os homens são muito crédulos e desprovidos de todo julgamento e razão, isso é mera estupidez. Mas quando se diz que Israel é como uma pomba, o profeta não quer dar a entender que os israelitas haviam pecado por simples ignorância, mas que eles estavam destituídos de todo senso, e que essa boçalidade é oposta ao conhecimento que Deus lhes havia oferecido em Sua Lei.  Deus nunca cessou de guiar Israel mediante a sã doutrina. Ele sempre lhes mostrou a tocha de Sua verdade, mas quando o Senhor lhes deu luz, Israel estava tão crédulo que deu ouvidos aos enganos de Satanás e do mundo.”  
“Por intermédio do homem de Deus que aparecera ante o altar de Betel, por intermédio de Elias e de Eliseu, de Amós e Oséias, o Senhor repetidamente expusera ante as dez tribos os males da desobediência. Não obstante as reprovações e rogos, Israel caiu cada vez mais baixo na apostasia. "Como uma vaca rebelde se rebelou Israel" (Osé. 4:16), declarou o Senhor; "Meu povo é inclinado a desviar-se de Mim." Os 11:7.
“Ocasiões houve em que os juízos do Céu caíram pesadamente sobre o povo rebelde. ‘Por isso os abati pelos profetas’, declarou Deus; ‘pela palavra de Minha boca os matei; e os Teus juízos sairão como a luz. Porque Eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos. Mas eles transpassaram o concerto, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra Mim.’ Os 6:5-7.
"’Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel’, foi a mensagem que finalmente lhes veio; ‘visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos. Como eles se multiplicaram, assim contra Mim pecaram; Eu mudarei a sua honra em vergonha. ... Visitarei sobre eles os seus caminhos, e lhes darei a recompensa das suas obras." Os 4:1 e 6-9.
“A iniquidade em Israel durante o último meio século antes do cativeiro assírio, era comparável à dos dias de Noé, e de qualquer outro século em que os homens tenham rejeitado a Deus e se entregado inteiramente à prática do mal. A exaltação da Natureza acima do Deus da Natureza, a adoração da criatura em lugar do Criador, tem sempre resultado nos mais crassos males. Assim, quando o povo de Israel, em seu culto a Baal e Astarote, renderam suprema homenagem às forças da Natureza, desvincularam-se de tudo que é inspirador e enobrecedor e caíram presa fácil da tentação. Com as defesas da alma derruídas, não tinham os enganados adoradores qualquer barreira contra o pecado, e renderam-se às más paixões do coração humano.” PR, 281, 282.
            Sem entendimento. O entendimento exigível por Deus não é um conhecimento cultural ou intelectual da verdade. Esse tem o seu lugar, mas aqui se trata de um conhecimento prático, espiritual, vivo da Pessoa Divina, Seus mandamentos, estatutos, leis e juízos; um relacionamento achegado como o de Enoque, que andou com Deus; de uma relação de obediência e fé. Se há alguma coisa abominável para o Senhor é que Seu povo ostente uma religião nominal, enquanto vive como os demais que não têm esperança. 

SEGUNDA
            Era permitido pelas leis de Israel que um animal (boi) debulhasse ou retirasse os grãos (nesse caso, de milho) na lavoura em que estivesse trabalhando, para saciar sua fome (ver Dt 25:4). Seu proprietário não deveria impedi-lo. Essa liberdade era conferida a animais amestrados que serviam ao seu dono.   
            O povo de Israel é aqui comparado a uma novilha domesticada posta em terreno fértil e que, tendo fartura, empanturrava-se de alimento.  Israel fora colocado numa terra de muitas facilidades, como uma bezerra debulhadora à qual era permitido comer à vontade. Infelizmente, essa grande generosidade do Senhor foi malvertida e o povo se tornou auto-suficiente, rebelde e pecaminoso. É a típica história de tornar uma bênção em maldição.
            Deus narra Seu trato com o povo escolhido desta maneira: “Coloquei uma canga no seu belo pescoço para que ele puxasse o arado. Vou usar Judá e Israel para trabalharem na lavoura. Eu lhes disse: ‘Preparem os campos para a lavoura, semeiem a justiça e colham as bênçãos que o amor produzirá. Pois já é tempo de vocês se voltarem para Mim, o Senhor e Eu farei chover sobre vocês a chuva da salvação.’ Mas, em vez disso, vocês plantaram a maldade, colheram a injustiça e comeram os frutos da mentira.”
            O sonho do Senhor para Israel é expresso nestas belas palavras divinas: “Semeai para vós outros em justiça, ceifai segundo a misericórdia; arai o campo de pousio; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que Ele venha e chova a justiça sobre vós.” (Os 10:12)
            Semear em justiça é agir segundo os mandamentos de Deus – a prática da justiça que não deseja mal a seu próximo, que atende órfãos e viúvas, que se mantém incontaminado do mundo, que representa Cristo perante a sociedade, que atende ao pobre, ao dependente químico, que tem compaixão daqueles que depravaram seu corpo e mente e se encontram sem Deus e sem esperança no mundo. É claro que essa desejável condição não se consegue com a prática de obras que, embora possam ser boas em si mesmas, carregam orgulho, ostentação, vaidade e farisaísmo.
            A justiça da Lei vem do Senhor mediante a santificação do Espírito. Ninguém pode ser verdadeiramente santo sem a constante tutoria do Espírito do Senhor. 


            Os versos do estudo de hoje nos revelam muito sobre o caráter paternal de Deus. Observemos com que carinho o Senhor se refere àquele povo agora apostatado, idólatra, perverso, insolente. “Eu amei Israel desde o início”, “Ele era Meu filho e Eu o chamei do Egito para a terra que prometi a seus pais.” “Tomei-o em Meus braços”, “Ensinei-o em toda a verdade para que andasse em Meus caminhos”. E a profunda decepção do Pai: “Mas não atinaram [perceberam] que Eu os curava.”
            “Não perceberam” – Quando um povo que professa servir ao Senhor chega ao ponto de não perceber  ou entender o trato de Deus com ele, é sinal de percepções endurecidas, de cegueira, de profundas trevas de entendimento. É indício de ausência de comunhão, de apartamento das Escrituras, de abandono da oração, de resistência ao Espírito. Como Israel, o povo se julga no favor de Deus, quando, em verdade, o desagrado divino repousa sobre ele. É a esse povo que Deus diz: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.” (At 3:19)
            Nunca o Senhor os deixa de amar e por isso mesmo repreende e disciplina a quantos ama (Ap 3:19). “... e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.” (Pv 6:23) Disciplina está ligada ao amor em se tratando de Deus. “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.” (Hb 12:6)
É justamente porque Deus os conduz que estas coisas lhes sucedem. As provas e obstáculos são os métodos de disciplina escolhidos pelo Senhor e as condições de bom êxito que nos apresenta. Ele, que lê o coração dos homens, conhece melhor do que eles mesmos o seu caráter. Vê que alguns têm faculdades e possibilidades que, bem dirigidas, podiam ser empregadas no avanço de Sua obra. Em Sua providência, Deus colocou estas pessoas em diferentes situações e variadas circunstâncias a fim de que possam descobrir, em seu caráter, defeitos que a eles próprios estavam ocultos. Dá-lhes oportunidade de corrigirem tais defeitos e de se tornarem aptos para O servir. Permite por vezes que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados. 
O fato de sermos chamados a suportar a prova mostra que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa de precioso que deseja desenvolver. Se nada visse em nós que pudesse glorificar Seu nome, não desperdiçaria tempo a depurar-nos. Não lança pedras sem valor na Sua fornalha. É o minério precioso que Ele depura. O ferreiro põe o ferro e aço no fogo, a fim de provar que qualidade de metais são. O Senhor permite que Seus eleitos sejam postos na fornalha da aflição para lhes provar a têmpera e ver se podem ser formados para a Sua obra.” CBV,  471.

QUARTA
Compaixão mais forte do que a ira
            Pode parecer difícil harmonizar as ameaças de juízo proferidas por Deus, a despeito de sua precisa justiça, com os amorosos lamentos registrados em Oseias 11:8, 9. O que vemos? Um Deus apaixonado! Quem pode entender o amor divino? Apenas podemos apanhar-lhe vislumbres e ainda assim ficamos profundamente comovidos.
                Considere os textos de hoje segundo a versão NTLH: “Israel, como poderia Eu abandoná-lo? Como poderia desampará-lo? Será que Eu o destruiria, como destruí Admá? Ou faria com você o que fiz com Zeboim? Não! Não posso fazer isso, pois o Meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de você. Não deixarei que a ira Me domine, não destruirei o Meu povo outra vez. Pois Eu sou Deus e não um ser humano; Eu, o Santo Deus, estou no meio do Meu povo e não o destruirei novamente.”
                - Espere um pouco, Senhor. O Senhor não levou em atenta consideração o que esse povo vem fazendo contra Ti desde os tempos de Jeroboão I (cerca de 975 a.C.), quando mandou fundir dois bezerros de ouro e os colocou, um em Betel e outro em Dã? Agora, nos tempos de Oseias (785 a.C.) já fazem 190 anos de rebeliões, desprezo, execrável idolatria, abandono de Ti e total repulsa às Tuas graciosas mensagens e desafio ousado à Tua longanimidade. Ainda vais tolerar por mais tempo essa profanação?
                Todavia o Senhor não abandonou a Israel sem antes fazer tudo que poderia ser feito para levá-lo de volta à submissão a Si. Através dos longos, escuros anos quando rei após rei se puseram em ousado desafio ao Céu e levaram Israel a idolatria cada vez mais profunda, Deus enviou mensagem após mensagem a Seu transviado povo. Por intermédio de Seus profetas deu-lhes toda oportunidade de deter a maré da apostasia e retornar a Ele. Durante os anos que sucederiam à cisão do reino, Elias e Eliseu viveriam e trabalhariam, e os ternos apelos de Oseias, Amós e Obadias deviam ser ouvidos na terra. Jamais deveria o reino de Israel ser deixado sem nobres testemunhas do suficiente poder de Deus para salvar do pecado. Mesmo nas horas mais escuras, alguns permaneceriam leais ao seu divino Rei, e em meio da idolatria viveriam inculpáveis à vista de um Deus santo. Esses fiéis foram contados entre o piedoso remanescente por cujo intermédio o eterno propósito de Jeová devia ser finalmente cumprido.” PR, 108.
                Cremos que quando a Assíria invadiu o território do Norte e levou cativas as 10 tribos, doeu muito no coração divino. Embora Deus seja transcendente, Ele não é indiferente à sorte mesmo daqueles que O desprezam e desafiam. A Bíblia diz que a destruição é um ato estranho para Deus (Is 18:21). Ele é Criador, Restaurador, Reformador e não destruidor. Somente quando nações ou indivíduos enchem a medida de sua taça de iniqüidade é que Deus tem de aplicar Sua justiça sem qualquer dose de misericórdia. É o chamado “vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da Sua ira” (Ap 14:10).     
                Ira de Deus não é um ataque de nervos da Divindade, um surto de cólera incontrolável. Deus não perde jamais o controle. Trata-se, sim, da aplicação inevitável da justiça, da penalidade da transgressão com todo o seu peso. A penalidade é proporcional ao crime. Ainda assim a ira de Deus não tem propósitos de revanche, mas de recuperação, de saneamento. Deus “... não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (Lm 3:33).

Curado, amado e sustentado
             De geração em geração o Senhor tinha tratado pacientemente com Seus transviados filhos; e mesmo agora, em face de ousada rebelião, Ele ainda ansiava por revelar-Se a eles como desejoso de salvar. ‘Que te farei, ó Efraim’, clamou Ele, ‘que te farei, ó Judá? porque a vossa beneficência é como a nuvem da manhã, e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.’ Os 6:4.
“Os males que se haviam espalhado sobre a terra tinham-se tornado incuráveis; e sobre Israel fora pronunciada a terrível sentença: ‘Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o’. Os 4:17. ‘Chegaram os dias da visitação, chegaram os dias da retribuição; Israel o saberá.’ Os 9:7.” PR, 285.
Randy Harshbarger comenta: “Os profetas do Velho Testamento são instrutivos a respeito do desejo de Deus e a capacidade de perdoar. Nós nos preocupamos com os pecados passados que permanecem conosco. Considerem, porém, os israelitas. Foram escolhidos por Jeová como o veículo pelo qual o Messias viria. Foram abençoados imensuravelmente. Porém, cometeram apostasia. O reino do norte foi levado ao cativeiro assírio e nunca mais funcionou como uma nação coesiva. O reino do sul foi enfim levado ao cativeiro babilônico. Eles voltaram após um período de setenta anos, conforme continuaram os planos e os propósitos de Deus.
“Através de tudo, Deus deixou claro que Ele desejava que Seu povo se arrependesse. Eles deveriam se afastar de seus pecados; e quando assim fizeram, poderiam andar novamente numa relação de aliança com o seu Deus.”
“Embora dispersos entre as nações, os israelitas do Norte não foram esquecidos pelo Senhor. Nos terríveis juízos acarretados sobre as dez tribos, o Senhor tivera um sábio e misericordioso propósito. Aquilo que Ele não mais podia fazer por intermédio deles na terra de seus pais, procuraria realizar espalhando-os entre os pagãos. Seu plano para a salvação de todo aquele que escolhesse apropriar-se do perdão mediante o Salvador da raça humana devia de alguma forma ser cumprido; e nas aflições levadas a Israel, estava ele preparando o caminho para que Sua glória fosse revelada às nações da Terra. Nem todos os que foram levados cativos eram impenitentes. Entre eles havia alguns que tinham permanecido leais a Deus, e outros que se haviam humilhado perante Ele. Por intermédio desses, os ‘filhos do Deus vivo’ (Os 1:10), Ele levaria multidões no reino assírio ao conhecimento dos atributos de Seu caráter e beneficência da Sua lei.” PR, 292.  

Comentário Lição 02 - Amor e julgamento: o dilema de DEUS (Oseias) - Prof. Sikberto Marks

06 a 13 de Abril de 2013

Verso para memorizar:Converte-te a teu DEUS, guarda o amor e o juízo e no teu DEUS espera sempre” (Oseias 12:6).

Introdução de sábado à tarde

JESUS utilizava parábolas para explicar Seus assuntos. E, de fato, como é difícil explicar algo para que o ouvinte, não só entenda e obtenha conhecimento novo, mas que também mude sua vida a partir desse conhecimento. Esse é o princípio da educação: mudança de vida com base em novo conhecimento. Na igreja é ainda mais difícil levar as pessoas à mudança de vida. Aliás, isso é tão complicado, que o próprio mestre humano, ele mesmo necessita realizar mudanças em sua vida. E por vezes ele mesmo não percebe as mudanças que precisa realizar, ou se percebe, muitas vezes não tem desejo de mudar. Esse é um dos nossos grandes dilemas. Por isso, no passado, DEUS levava Seus profetas por vezes a umas ilustrações bem dramáticas, para levar as pessoas a uma reflexão juntamente com o sentimento.

Na semana passada o profeta Oseias foi levado a utilizar o casamento com uma prostituta para ilustrar o que se passava com Israel. Ele mesmo sofreu vergonha e humilhação para dar a mensagem. De fato, não é fácil ser profeta, principalmente em certos tempos; imagine como seria bem difícil ser profeta em nossos dias. Nesta semana estudaremos outra maneira de ensinamento por parte de DEUS. É a metáfora da relação entre pai e filho. Essa é uma relação de concepção, de ensinamento e de fidelidade. O filho nasce a partir do pai e da mãe, é fruto deles. Estabelece-se uma relação de intimidade. Mas como é triste ver, nos noticiários da televisão, um filho ser preso e um pai, ou uma mãe, desesperada, já não sabendo mais o que fazer por seu filho. Certa vez vi uma cena deprimente. Um pai foi ver seu filho atrás das grades. Quando chegou lá, nada conseguiu falar, senão chorar alto, junto com seu filho preso.

Como se poderia hoje, recorrer a ilustrações suficientemente persuasivas para que nós sintamos a necessidade de sermos transformados por nosso Salvador?

  1. 1.      Primeiro dia:  Enganado e insensato
A localização geográfica da nação do povo de DEUS foi a mais estratégica possível. Era rota entre o oriente e o ocidente, com as praias do Mar Mediterrâneo, a depressão do Mar Morto e seu precioso sal, estendendo-se até o rio Eufrates. Em baixo do solo, o melhor petróleo do mundo, que hoje pertencente ao Iraque. Em cima, a região chamada Crescente Fértil, favorável à produção agrícola. Naqueles tempos antigos eles não sabiam, mas a terra prometida não manava só leite e mel, também o atual estratégico petróleo e gás.

Vamos imaginar a história se o povo de DEUS se tivesse mantido fiel. Hoje seria uma nação ocupando as terras entre o Mediterrâneo e o Eufrates, e ao sul, estendendo-se até o Mar Vermelho e fronteiro ao Egito, e ao norte, pegando boa parte da Turquia. É evidente que seria uma nação mais rica que os Estados Unidos da América. Dali irradiaria o poder, tanto da tecnologia e do poder econômico como, muito mais ainda, o poder espiritual. Também é evidente que já se teria concluído a pregação do evangelho com uma nação assim, mais a igreja espalhada pelo mundo, apoiada por esta nação. Se a Igreja Católica, com uma sede em forma de país de apenas 44 hectares tem um poder imenso, imagine a Igreja Adventista apoiada por um país como este, enorme de grande, mais o poder do ESPÍRITO SANTO!

De certa forma, que bom que não foi assim. Pois os salvos estariam no Céu por certo há mais de um século, e nós não teríamos nascido. Pelo menos viemos à existência e temos esperança. Fica a meditação de quanto o povo de DEUS antigo perdeu por não ser fiel a DEUS. É bom refletir sobre isso, pois algo parecido pode acontecer conosco: perder muito por bobeira.

Qual era a exigência para o povo de DEUS, Israel, ter a condição acima? Quanto custava tanto benefício? Era só ser fiel a DEUS.

O que significava ser fiel a DEUS? Além da promessa de tanta terra com as respectivas riquezas naturais, significava muito mais. As riquezas naturais outros estão usando; elas estavam ali, e alguém se beneficiou delas, que não foi o povo de DEUS. Mas havia mais fazendo parte da promessa, muito mais. Havia o poder de DEUS, que foi demonstrado por meio das pragas sobre o Egito, pela travessia do Mar Vermelho, pela travessia no deserto com alimento e proteção, pelo esplêndido recebimento da Lei no Sinai, pelo poder na conquista da terra, e assim por diante. Israel possuía um Rei superior a todos, DEUS, de poder infinito, que queria estabelecer esse povo naquele lugar privilegiado não apenas para se tornar uma grande nação, mas para conquistar o mundo todo por meio do amor. Era um grande projeto de DEUS, que satanás conseguiu estorvar em grande medida.

Em vez de crerem no DEUS que demonstrava poder e amor ao mesmo tempo, sabe a quem o povo recorreu em busca de proteção? É difícil explicar, mas recorreu as dois inimigos mais próximos e interessados em controlar aquela área estratégica: os egípcios e os assírios.

Que incoerência a atitude do povo de DEUS! Como é que foram se associar politicamente, por vezes com o Egito, por vezes com a Assíria? Sabe o que isso significava? Pode imaginar? Isso significava que o povo de DEUS não confiava no poder do DEUS que adoravam, e se imaginavam ter a necessidade de procurar outros poderes, no caso, poderes humanos. Significava que o Egito ou a Assíria seriam mais confiáveis que DEUS. Significava que os deuses desses países pagãos eram mais capazes que o DEUS Criador. Ou seja, estavam trocando o poder do DEUS verdadeiro pelo poder do exército desses países e seus deuses falsos. Confiavam em carros e cavalos! (Sal. 20:7) Que negócio mal feito! Que palhaçada. Que fracasso. Isso é troca que se faz?

Hoje é fácil avaliar os atos dos que já entraram na história. Mas, vamos analisar: e nós, que decisões tomamos? Quando temos problemas, a quem recorremos? Em quem confiamos? Conhecemos a DEUS, temos experiências com Ele? Mesmo nas pequenas coisas da vida, do dia a dia, vamos a Ele para nos aconselhar? Ouvimos Sua voz e Seus ensinamentos? Confiamos em Sua palavra e em Seus profetas?

É de se pensar: será que a história de fracasso não está por ventura se repetindo em nossa vida?

  1. 2.      Segunda: Bezerra domada

Efraim, ou o Reino do Norte, havia recebido terra boa e produtiva. Trabalhava nela com produtividade e colhia em abundância. Essa terra era bem melhor para enriquecer a nação que a do Reino do Sul. Havia aqui uma comparação com os bois novos. O trabalho deles era fácil, como o de Israel enquanto permanecia fiel. Para debulhar o grão os bois caminhavam sobre eles sem jugo nem focinheira, portanto, estavam livres para comer quando desejassem. Era um trabalho agradável. Assim foi com Israel no início de sua história.

Mas Israel não foi fiel. Então, tal como acontecia com o boi, que quando mais velho devia arar a terra com um jugo, assim Israel, sob o jugo assírio, deveria trabalhar duro para pagar impostos e entregar produto aos inimigos. O jugo assírio foi colocado sobre a nuca de Israel, onde DEUS não havia colocado nada. E Judá, o Reino do Sul, devido aos seus pecados, também devia trabalhar duro para ter o que comer. Uma vez foram livres; já não eram mais por falta de fidelidade a DEUS.

Semeai em justiça, disse o profeta, para que colhessem com a chuva das bênçãos de DEUS. O mal que haviam semeado já dera sua colheita pelo jugo assírio; agora deveriam semear com fé pela vontade de DEUS, para colher de novo as bênçãos de DEUS. Deveriam arrepender-se para que retornassem à situação anterior. Agora deveriam semear com lágrimas a semente da justiça, para colher com regozijo. Devia haver uma reforma na vida. Deviam eliminar toda apostasia, proceder uma reforma religiosa radical. A porta da misericórdia para o arrependimento de Israel ainda estava aberta. Havia o real perigo de que a nação já se tivesse afastado tanto de DEUS que apenas alguns indivíduos ouvissem e aceitassem a mensagem de DEUS por meio do profeta. E assim foi: a nação caminhou em direção a derrota total, mas pessoas, algumas, se salvaram.

“Se o Senhor reprovou o Seu povo antigamente, por eles negligenciarem dEle buscar conselho quando estavam em dificuldade, não Se desagradará hoje se Seu povo, em vez de confiar em que os brilhantes raios do Sol da Justiça lhes ilumine o caminho, dEle se afastarem em suas provas e dificuldades, em busca de auxílio de seres humanos tão sujeitos ao erro e deficientes como eles próprios? Onde está nossa força? Está nos homens que são tão indefesos e dependentes como nós mesmos, e que tanto como nós necessitam da orientação de Deus?” (Testemunhos para Ministros, 380 e 381).

“Quando o povo de Deus tirar os olhos das coisas deste mundo e os puser no Céu e em coisas celestiais, será um povo peculiar, porque verá a misericórdia e bondade e compaixão que Deus mostrou aos filhos dos homens. Seu amor atrairá deles uma resposta, e na vida mostrarão aos que os rodeiam que o Espírito de Deus os controla, que estão pondo suas afeições nas coisas de cima e não nas da Terra” (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, 368).

  1. 3.      Terça: Um filho aprendendo a andar
A história de Israel é linda. DEUS foi o pai de Israel. Vamos rever esta história. Foi DEUS quem chamou Abrão e Sara para saírem de Ur dos Caldeus, de junto de seus parentes idólatras, e ir para um lugar que Ele indicaria. Esteve com Abrão em suas peregrinações e deu um filho ao casal, o herdeiro, 25 anos depois do chamado. Esse filho veio quando não era mais possível Sara ter filhos, ainda sendo ela estéril. Esse foi mais um cuidado especial de Quem amava o casal.

Depois veio a história da escolha de uma esposa para esse filho, Isaque. Foi DEUS quem escolheu Rebeca, por meio do servo fiel de Abraão. Desse casal nasceu Esaú e Jacó, mas DEUS escolheu o segundo para seus planos, para formar Sua nação primogênita. De Jacó nasceram os doze filhos que formaram a grande nação de Israel. Eles foram ao Egito por meio dos cuidados de DEUS. Fugiram de uma seca, e DEUS já havia providenciado tudo, mesmo por meio dos erros que eles cometiam. Até a ira e a maldade contribuíam com o nascimento de um grande povo. O que os irmãos fizeram com José, não deveriam ter feito, mas DEUS reverteu para o bem futuro de todos eles.

Na terra do Egito tornaram-se a nação eleita de DEUS. De lá, como um pai a seu filho, DEUS os tirou de maneira tal que hoje muita gente nem acredita ser verdade. Castigou o povo que os escravizara, e abriu o Mar Vermelho para fazê-los ir em frente, afogando seus inimigos perseguidores. Estavam no deserto, livres dos inimigos, prontos para terem uma lei como nenhum povo possuiria jamais, a não ser que se convertesse ao DEUS de Israel.

DEUS os conduziu para a terra prometida, e ali os estabeleceu, sempre como a um filho. Ali os fez prosperar, e os tornou uma grande nação, sob o reinado de Davi, o precursor do Rei eterno, o Salvador e Senhor JESUS CRISTO, condutor de Israel. “O Senhor tratou Israel com ternura, desde sua libertação do cativeiro egípcio à Terra Prometida. ‘Em toda aflição do Seu povo Ele também Se afligiu e a presença de Seu anjo os salvou. Em Seu amor e em Sua misericórdia Ele os resgatou” (Comentários de EGW sobre a lição da ES, 1º trim/2013, p. 12 e 13).

Assim DEUS ainda quer relacionar-Se conosco. Quando a Seus filhos acontece algo triste, isso pode ser um aviso de DEUS que deve haver mudança em nossa vida, talvez que devamos nos aproximar mais dEle. “É justamente porque Deus os conduz que estas coisas lhes sucedem. As provas e obstáculos são os métodos de disciplina escolhidos pelo Senhor e as condições de bom êxito que nos apresenta. Ele, que lê o coração dos homens, conhece melhor do que eles mesmos o seu caráter. Vê que alguns têm faculdades e possibilidades que, bem dirigidas, podiam ser empregadas no avanço de Sua obra. Em Sua providência, Deus colocou estas pessoas em diferentes situações e variadas circunstâncias a fim de que possam descobrir, em seu caráter, defeitos que a eles próprios estavam ocultos. Dá-lhes oportunidade de corrigirem tais defeitos e de se tornarem aptos para O servir. Permite por vezes que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados” (A Ciência do Bom Viver, 471).

  1. 4.      Quarta: Compaixão mais forte do que a ira
No trecho do texto bíblico de hoje, de Oseias 11:8 e 9, DEUS está falando como um pai arrependido por ter repreendido seu filho por uma desobediência. Mas isso precisava ser feito. Foi dolorido ao filho, Efraim, ou Israel (Oseias utiliza o nome de uma das tribos para representar o Reino do Norte), e também foi dolorido a DEUS. Qual é o pai, ou a mãe, normais, que apreciam castigar os filhos? O que os pais desejam é terem filhos obedientes para que possam sempre dar-lhes bons presentes. Querem ver os filhos felizes.

Parece que DEUS estava chorando nesse trecho da Bíblia. Ele dizia consternado, triste, que Seu coração estava comovido, e Se sentia compassivo com Seu povo. Prometeu que não iria mais destruir Efraim. Na verdade, DEUS amava aquele povo que correspondia com rebeldia. Não querendo perder o povo para a idolatria, DEUS Se via obrigado a recorrer à repreensão, por vezes muito dolorosa, como permitir que uma nação inimiga viesse e destruísse tudo. Isso doía mais em DEUS que em Seu povo, assim como dói aos pais repreender seus filhos. É tanta a dor nos pais que muitos deles deixam de disciplinar, e por essa via, perdem seus filhos para o mundo. Pior ainda, não acha? Como é difícil ser DEUS quando existe o pecado!

Nesse trecho fica bem claro: DEUS não quer castigar Seu povo. Ele não quer castigar nenhum ser humano, são todos Seus filhos, são todos descendentes de Adão e Eva. Mas muitas vezes nós caminhamos tão distantes de DEUS, que se Ele não fizer nada, nos separamos definitivamente dEle. São as astutas atrações mundanas que criam esta situação. Atrações que em geral nem percebemos, e que amamos como se fossem normais, como se DEUS não Se importasse com elas. Mas por causa dessas coisas JESUS sofreu em nosso lugar, na cruz. Qual pai ou mãe chegam a tanto? De dar sua vida por seus filhos? Isso a nós, humanos, nem é possível. Um pai ou mãe pode se doar em parte a seu filho, doando um órgão por exemplo. Mas morrer pelo filho não é solução. Assim mesmo, há pais que, na tentativa de salvar um filho amado, morrem enfrentando situações dramáticas, como o fogo. Mas daí em diante, o filho fica sem a proteção para a próxima necessidade.

Como esse assunto nos deveria atrair os pensamentos, para refletirmos, e entendermos quão grande é o amor de DEUS por nós! “Deus ama Seus filhos, e quer vê-los vencer o desânimo com que Satanás os oprime. Não deis lugar à incredulidade. Não aumenteis as vossas dificuldades. Lembrai-vos do amor e da fortaleza demonstrados por Deus em tempos passados” (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, 1953. p. 12).

  1. 5.      Quinta: Curado, amado e sustentado
Há uma diferença de percepção sobre a divindade do Velho Testamento em relação ao Novo Testamento. Embora isso não seja verdadeiro, essa diferença é bem acentuada. As pessoas imaginam que a Bíblia do Velho Testamento se refere a DEUS Pai, e a do Novo Testamento se refere a JESUS CRISTO, o Filho. O Pai lhes parece severo, implacável, vingador e sempre atento para ver onde alguém errava. Já no Novo Testamento JESUS parece um perdoador, amável, que vai atrás dos pecadores, desejoso de salvar a todos. Parece que o Pai e o Filho não possuem a mesma natureza.

Na Idade Média, quando se sobressaía o poder da Igreja Católica, DEUS era visto como aquele que facilmente mandava para o inferno, e por isso precisavam da intercessão de Maria para libertar as pessoas desse lugar. Imagine um fogo eterno onde almas desencarnadas estivessem sofrendo ininterruptamente. Quantas missas eram pagas para tentar libertar os mortos desse lugar. Esse era o DEUS do Antigo Testamento, ou melhor, assim era visto e ensinado.

Mas tal ensinamento sobre DEUS está totalmente errado. Não há diferença alguma entre o trato de DEUS no Velho em relação ao Novo Testamento. Desde aquele dia quando Adão e Eva caíram, DEUS sempre foi o mesmo, indo atrás dos pecadores para os livrar de sua condição. Aliás, sempre foi JESUS, o Criador, depois também Salvador, que Se manifestava no Velho Testamento, e foi Ele quem veio morrer por nós. Ele sempre foi o mesmo, nunca mudou. E desde o princípio do pecado, sempre foram os pecadores que teimavam em permanecer afastados de DEUS. Foi assim no Velho Testamento como ainda está sendo no Novo Testamento. E em todos os tempos, DEUS sempre amou Seus filhos, toda a criatura humana, e usou de castigos para alertar de sua condição, que seria ruim para eles mesmos. Convenhamos, todos nós necessitamos de algum castigo de vez em quando para nos alertar da situação em que nos metemos.

Vamos a alguns exemplos da bondade de DEUS no Antigo Testamento. Com Adão e Eva foi o início de como DEUS trataria a questão do pecado. Naquele dia houve o anúncio de guerra entre DEUS e satanás, o anúncio da cruz no futuro, para libertação da raça que se tornou pecadora.

Caim foi amaldiçoado porque matou seu irmão. Pudera, ele estava muito bem informado sobre o que fez. DEUS mesmo disse a ele que praticara em pleno conhecimento de que fazia algo errado. A terra se vingaria dele. Algo assim, pense bem, DEUS deveria deixar passar sem fazer nada? Mesmo assim, Caim se casou e teve filhos e filhas, teve descendentes, e todos eles tiveram oportunidades sem fim para serem fiéis a DEUS. Aliás, tais oportunidades jamais faltaram ao longo da história.

Depois ocorreu a história do Dilúvio. Aqui DEUS parece bem severo, afinal, matou todas as criaturas terrestres, menos oito pessoas e os animais que foram postos na arca. Mas nunca esqueçamos os 120 anos de tempo dados para que se arrependessem, enquanto Noé construía a arca. Esse foi o tempo de vida máximo que os seres humanos viveriam depois da inundação. Porque tanto tempo para construir uma arca? Era a arca sendo levantada para mostrar o que viria, que a pregação de Noé era fiel. Se fosse alguma bobeira, Noé não conseguiria manter a determinação de construir uma arca durante tanto tempo. O que eles fizeram? Zombaram de Noé dizendo: jamais choveu, jamais choverá.

Assim a história foi se desenrolando, em todas as ocasiões DEUS buscando corrigir, nunca buscando destruir. O caso de Sodoma e Gomorra (e mais outras duas cidades) foi outra situação radical. Essas pessoas passaram o limite do tolerável. Tiveram que ser destruídas. Se não fossem, a humanidade certamente se teria deteriorado além do suportável, pela própria humanidade. Imagine hoje, se no mundo houvesse uma cidade onde todos se tornassem depravados, usando drogas todos os dias, roubando todos os dias, e matando sem misericórdia. Nenhuma pessoa decente ali. Como seria isso? Pois já estamos outra vez chegando nessa situação. As leis estão favorecendo o erro e desmotivando o que é reto. Essas cidades tiveram que ser destruídas antes dos outros cananeus, mas DEUS teve misericórdia com Nínive, nos tempos de Jonas, porque a partir de seu rei, todos se arrependeram.

Todas as vezes em que DEUS interviu com poder destruidor, analise-se os casos, a maldade chegara a tal ponto que para estes não havia mais futuro, nem eles jamais se arrependeriam. Hoje já estamos muito próximos desse ponto, e a última pregação sobre o mundo separará os que ainda se arrependem dos cauterizados, e assim se formarão os últimos dois grupos.

Seja no Velho Testamento, seja no Novo Testamento, a ênfase de DEUS, sempre, antes de castigar, é no arrependimento para o perdão e salvação.

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
DEUS não muda, Ele sempre foi o mesmo. DEUS sempre enfatizou no perdão para a salvação. No Velho Testamento DEUS Se comunicava com as pessoas por meio de profetas; no Novo Testamento Ele Se comunica por meio da Bíblia, o livro mais vendido, que nenhum outro consegue superar. A Bíblia fez e faz uma grande diferença para os povos. Mesmo atualmente, dela vem princípios de respeito à vida por exemplo, que no antigo paganismo nem se cogitava. Dela vem respeito para com a mulher, as crianças e os idosos, dela vem a ética do bom relacionamento, que muitos têm como valores essenciais. E isso tudo vem de DEUS, plantado nos tempos do Velho Testamento. “Coisa alguma atinge tão plenamente aos mais íntimos motivos de conduta, como o sentimento do amor perdoador de Cristo. Temos de pôr-nos em contato com Deus, então seremos possuídos de Seu Espírito Santo, que nos habilita a pôr-nos em contato com nossos semelhantes. Regozijai-vos, pois, de que, por meio de Cristo, vos tenhais ligado a Deus, vos tenhais tornado membros da família celestial. Enquanto puserdes os olhos para além de vós mesmos, haveis de experimentar contínuo sentimento da fraqueza da humanidade. Quanto menos acariciardes o próprio eu, tanto mais distinta e ampla se tornará vossa compreensão da excelência de vosso Salvador. Quanto mais intimamente vos relacionardes com a fonte da luz e do poder, tanto mais abundante a luz que sobre vós incidirá, e maior o poder com que haveis de trabalhar para Deus. Regozijai-vos de ser um com Deus, um com Cristo, e com toda a família do Céu” (O Desejado de Todas as Nações, 493 e 494).

Assista o comentário clicando aqui.

Comentários Lição 02 - Amor e julgamento: o dilema de Deus - Oseias (CPB)

06 a 13 de Abril

Luiz Gustavo S. Assis é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.

Introdução

Nos parágrafos a seguir, você lerá sobre a inconstância de Israel, as demonstrações do amor divino a essa nação e o juízo que veio sobre ela. A última parte deste comentário dedica-se a apresentar meios de aplicação deste conteúdo na vida dos alunos de sua unidade de Escola Sabatina e igreja.

Os antigos gregos utilizavam um termo para descrever o interesse dos seus deuses pela humanidade. Era a palavra apatheia, que, como você já deve ter percebido, significa apatia. Deuses apáticos faziam parte do panteão de Zeus e Hera, em Atenas. Isso podia ser algo comum no país dos grandes filósofos, mas não havia (e não há) espaço para apatia quando se trata do Deus de Israel. No comentário da lição anterior, vimos como o profeta Oseias descreve o carinho e o amor de Deus pelo Seu povo através do seu casamento com a infiel Gômer. Assim como Gômer saiu em busca de satisfação com outros homens, Israel foi em busca de satisfação e sentido com deuses pagãos.

Mas o adultério de Israel não se limitou apenas à esfera espiritual. O profeta se refere constantemente a Israel como Efraim, justamente o centro da idolatria do reino do Norte. Em Oseias 7:11, é dito que Efraim é “como uma pomba enganada, sem entendimento; chamam o Egito e vão para a Assíria”. Em vez de terem confiado política e economicamente em Deus, os israelitas contemporâneos de Oseias oscilavam em sua confiança nos monarcas egípcios e assírios. Apenas a título de ilustração, temos um fascinante achado arqueológico que ilustra muito bem esse comportamento. Em 1846 o arqueólogo britânico Henry Layard encontrou nas ruínas de Calah, antiga Ninrode, importante cidade do antigo império assírio, um documento comemorativo (também chamado de estela) do rei Salmanasar III. Nele existem diversos relevos descrevendo reis e monarcas de diversos países homenageando esse governante assírio. Curiosamente, um dos relevos descreve um homem em atitude de adoração e logo abaixo uma inscrição em cuneiforme assírio: “Tributo de Jeú [...] Prata, ouro, vasos de prata... cetros para a mão do rei [e] dardos, [Salmanasar] recebeu dele.” O homem prostrado diante de Salmanasar III não era ninguém menos que um rei de Israel (2Rs 10:31). Não se trata de algo que aconteceu nos dias de Oseias, porém, trata-se de uma importante descoberta que lança luz na inconstância da fé do reino de Israel. Nas palavras do falecido erudito adventista Siegfried J. Schwantes, o que Israel “mais necessitava não era de alianças com potências estrangeiras, mas de uma renovada confiança em Deus”.
 
De maneira mais direta, não seria exagero dizer que, para o povo, Deus não era mais suficiente em nenhum aspecto do cotidiano israelita. A subsistência era atribuída a Baal, a segurança da nação oscilava entre assírios e egípcios e a vida religiosa também estava entregue à soberania de Baal. Um deus apático não se importaria com esse adultério espiritual. Em contrapartida, o Deus bíblico é cheio de emoções e estaria disposto a tudo para lidar com essa traição, mesmo correndo o risco de ser rejeitado. 

Ampliação

O amor de Deus em Oseias


Alguns pensam que o Deus bíblico sofre de transtorno bipolar nas Escrituras. No Antigo Testamento Ele é severo, ordena a destruição de povos cananeus e utiliza a natureza como agente de punição. Já no Novo Testamento, Seu lado amoroso e terno é revelado através das narrativas e reflexões escritas pelos primeiros seguidores de Jesus. Esse tipo de distorção acontece quando se tem uma equivocada noção de amor e de justiça. Ambos podem ser vistos coexistindo em Oseias sem nenhum tipo de contradição. Apresento a seguir algumas características do amor divino no livro de Oseias:


O amor de Deus é imerecido: Isso pode ser visto ao longo da obra e, de maneira mais direta, nos constantes pedidos para Israel voltar ao Senhor (p. ex., 6:1; 14:2). O verbo hebraico traduzido por voltar em nossas versões em português é shub, sendo também utilizado em diversos textos bíblicos com o sentido de arrependimento. Na verdade, arrependimento é isto: descobrir que está indo na direção errada e voltar para o caminho certo. Um Deus apático não demonstraria tanto interesse para que Seu povo voltasse a Ele.
Acrescento uma poderosa declaração do profeta Jeremias, quem sabe influenciado pelos escritos de Oseias, ao se valer da metáfora do adultério espiritual e demonstrar o imerecido amor de Deus:


“Se um homem repudiar sua mulher, e ela o deixar e tomar outro marido, porventura, aquele tornará a ela? Não se poluiria com isso de toda aquela terra? Ora, tu te prostituíste com muitos amantes; mas, ainda assim, torna para Mim, diz o Senhor” (Jr 3:1). A declaração se refere a Deuteronômio 24:1-4, que afirmava que uma mulher repudiada que se casasse uma segunda vez, não poderia de forma alguma, novamente se casar com o primeiro marido. Mesmo diante disso, Deus ainda estava disposto a receber Judá (nos dias de Jeremias), mesmo depois de a nação ter se prostituído com diversos amantes (v. 1), uma referência aos deuses do paganismo.


O amor de Deus é necessário: Mencionamos este item no comentário da lição anterior. Se podemos contemplar os estragos emocionais na vida de alguém que não recebeu amor dos pais ou familiares ao longo de sua vida, o que dizer de uma nação que virou as costas para Seu mantenedor e provedor? A degeneração moral envolvendo os cultos pagãos e o cotidiano da nação de Israel eram os sintomas de que o tão necessário amor divino não estava sendo mais recebido no coração dos seus habitantes.


O amor de Deus é suficiente: G. K. Chersterton, um filósofo católico do século XIX, disse certa vez que a tragédia da vida não é deixar de crer em Deus, mas acabar acreditando em qualquer coisa. Baal e Ashtarte não tinham significado nenhum para a história do surgimento e preservação do povo de Israel (Os 11). No entanto, essas divindades despertavam o senso de adoração dos israelitas. O amor de Deus era suficiente para preencher o vazio do coração do Seu povo e é suficiente para preencher o nosso coração. Na palavras de Paulo, somos completos em Jesus (Cl 2:10).


O que vimos até agora é a manifestação do amor de Deus para com Israel num período extremamente conturbado na relação entre ambos. Mas creio ser importante buscarmos uma definição do amor, pelo menos o tipo de amor que seres humanos deveriam demonstrar para com Deus. O filósofo e autor cristão Ravi Zacharias o definiu nos seguintes termos:


“Amor é um comprometimento que será testado nas áreas mais vulneráveis da espiritualidade, um comprometimento que forçará você a fazer algumas escolhas difíceis. É um comprometimento que demanda lidar com a luxúria, ganância, orgulho, poder, desejo de controle, temperamento, paciência, e cada área de tentação de que a Bíblia claramente fala a respeito. É algo que demanda a qualidade de comprometimento que Jesus demonstrou em Seu relacionamento conosco.”


Amor é muito mais do que mero sentimentalismo. Envolve comprometimento, e isso as dez tribos que compunham o reino do norte não tiveram com Deus. Será que estamos sendo melhores do que eles?

A justiça de Deus em Oseias


Recentemente, foi lançado o livro “Love Wins”, escrito por um pastor americano chamado Rob Bell, no Brasil sob o título “O Amor Vence” (Sextante). Bell causou grande comoção entre os evangélicos mais tradicionais já que ele sugere na sua obra que o inferno não existe. Como adventista, posso concordar com essa afirmação. Não acreditamos na existência de um local de tormento que dure para sempre. Mas não podemos aceitar a sugestão de Bell de que não haverá punição para aqueles que rejeitaram a Deus. Na verdade, o nome desse ensinamento é universalismo, e nada mais é do que dizer que todos serão salvos. Por fim, o amor vencerá!


Recentemente, Rob Bell foi entrevistado pela Revista Veja (novembro de 2012), e a última pergunta foi perturbadora. Hitler está no Céu? O entrevistado saiu pela tangente sem dar uma resposta satisfatória. A graça de Cristo poderia resgatar o ditador alemão de tamanho abismo tenebroso causado pelo pecado? Sim. Tendo a graça de Cristo sido recusada, Deus deixaria impune aquele que foi responsável por uma das cicatrizes mais terríveis na história da humanidade? Não! Uma resposta diferente representaria um sério desafio para específicas passagens no livro do Apocalipse sobre os ímpios e sobre o lago de fogo (Ap 20).


Com Israel não foi diferente. O amor de Deus estava sendo oferecido, mas foi rejeitado. Eram os israelitas que estavam perdendo algo precioso. Enfeitiçados pelo paganismo, só havia um modo para despertá-los: Um juízo. Repetidas vezes Deus falou sobre esse evento por meio de Oseias. Destaco um exemplo que pode ser lido em 5:14-15. Deus seria um leão para Israel, e um leãozinho para Judá. Um leão faminto despedaça sua presa. Curiosamente, um animal típico nas regiões do império assírio era um leão. Os relevos dos palácios assírios estavam repletos de figuras de leões. Deus estava dizendo que a Assíria estava vindo contra Efraim (Israel) e os despedaçaria. Em 722 a.C., Samaria, capital do reino de Israel conheceu seu fim, ao cair nas mãos dos impiedosos e sanguinários soldados assírios. O que Judá deveria esperar de um leãozinho? Não há muito o que temer de um filhote de leão. Mas após se tornar um leão adulto, ele se torna assustador. Na época em que Oseias escreveu isso, Babilônia não era relevante para o cenário mundial e não representava uma ameaça para o reino de Judá. Mas chegaria o tempo em que o poder babilônico cresceria e causaria grande destruição para os judeus. De fato, em 586 a.C., o leãozinho dos dias de Oseias já era um poderoso leão, e arrasou completamente Jerusalém e o restante do reino. Nabucodonosor e sua tropa babilônica destruíram completamente o reino de Judá.


Esse juízo foi um evento definitivo sobre Israel? Não. A história poderia ter sido bem diferente, caso os israelitas tivessem abandonado seus ídolos e se voltado ao Senhor de todo coração. Em Oseias 11:8-9, Deus expressou Seu desejo de poupar Israel do Seu juízo. “Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboim?” Esses eram nomes de cidades que ficavam na mesma região de Sodoma e Gomorra e também foram destruídas naquele incidente envolvendo a família de Ló (Gn 19). “Não executarei o furor da Minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, porque Eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira”. Apesar de terem ouvido isso, os israelitas não se arrependeram e o fim da história já foi mencionado anteriormente.



Aplicação


O que fazer com todas essas informações vindas de um livro tão antigo como o de Oseias? Vejamos algumas formas de aplicar a mensagem desse profeta em nossa vida:


Evitando o adultério espiritual:



- Ninguém fracassa da noite para o dia: Foi Salomão que reintroduziu a idolatria no território de Israel e isso por volta do ano 950 a.C. Depois disso, a espiritualidade da nação sempre oscilou entre a devoção a Deus e aos ídolos. Levou mais de 200 anos até Israel sentir na pele as consequências do seu grave pecado contra o Senhor. Lendo o Salmo 1:1, vemos claramente a dinâmica do pecado. “Bem-aventurado o homem que não anda no caminho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. Andar, deter-se, assentar-se. Há uma progressão aqui. O mesmo pode acontecer em nosso relacionamento com Deus. É necessário que tomemos cuidado se estamos nos detendo para ler, ver e ouvir algo perigoso para nossa espiritualidade. Quando isso acontece, é bem provável que sejamos seduzidos pelo falso brilho do pecado.


- Esquecimento de Deus na fartura (13:6): Pelo fato de Israel estar desfrutando de um momento de prosperidade, a tendência era crer que o bem-estar e a fartura de alguns poucos grupos da nação fossem consequências do esforço e habilidade administrativa de seus governantes, não da atuação divina. Isso pode ser visto no panorama mundial das nações. Onde o evangelho está em decadência? Europa, um continente marcado pelo ar de superioridade contra os demais. Onde o evangelho está em maior crescimento? Na China, embora no fim dos anos 1960, Mao Tse Tung tenha afirmado que havia destruído o cristianismo para sempre. Hoje, calcula-se mais de 200 milhões de cristãos naquela localidade. O mesmo poderia ser dito de países como Índia, Camboja e Afeganistão. Para aqueles que leem em inglês, acessem o site http://www.operationworld.org/ e vejam quais são os desafios missionários de todos os países do mundo.


- O amor de Efraim e Judá era passageiro: “Vosso amor é como a nuvem da manhã e como orvalho da madrugada, que cedo passa” (6:4). Não importa quantos anos de adventismo tenhamos. Se diariamente não tiramos tempo para nos relacionarmos com Deus de maneira profunda, corremos sério risco de cometer o adultério espiritual, assim como Israel e Judá. Quando um casal não separa tempo para estar juntos, isso os torna mais vulneráveis. É necessário investir tempo para que um casamento funcione e o mesmo é verdade com nosso relacionamento com Deus.


- Como desenvolver um relacionamento com Deus?

- Separe um momento do dia para sua oração e leitura da Bíblia. Se você não separar esse momento com muita disciplina, há grandes chances de você desanimar em menos de uma semana. Mas se persisitir, depois de aproximadamente 20 dias, esse momento será algo natural. Sem esse momento, a vida espiritual está fadada ao fracasso. Como disse Charles Spurgeon: “Orar é subir com asas de águia acima das nuvens e chegar ao Céu claro, habitado por Deus. É entrar na casa do tesouro do Senhor e fartar-se de uma fonte inesgotável."


- Tenha alguém a quem ‘prestar contas’ sobre seu progresso espiritual. Você deve ter alguém com quem se sente à vontade para abrir o coração e falar de suas tentações e suas leituras bíblicas. Esse alguém deve ser experiente. Vocês podem se encontrar semanal ou quinzenalmente. Para aqueles que moram longe, telefone, email, ou skype são ferramentas úteis. Você deve estar pensando: “Por que isso é importante?” Se você se lembra bem, Saul tinha Samuel para corrigir seu foco, assim como Davi tinha o profeta Natã que o repreendeu após seu pecado. E o que dizer de Salomão? Ele talvez não tivesse ou não aceitasse a ajuda de ninguém, e quem sabe tenha sido por isso que sua vida trouxe tanto impacto negativo para a nação. Para que não caiamos no mesmo erro, tenhamos um(a) mentor(a) na nossa caminhada espiritual.


- Leia biografias de homens e mulheres que demonstraram profunda devoção a Deus e Sua Palavra. Obras como “Mil Cairão ao Teu Lado” e “Ainda que Caiam os Céus”, ambas da CPB, são inspiradoras e nos levam a um comprometimento maior com nosso Senhor.





1. Ravi Zacharias, I, Isaac, Take Thee, Rebekah (Thomas Nelson, 2004). Toda essa obra aborda a perspectiva cristã do amor, e consequentemente do casamento.

2. Também poderíamos mencionar o texto de 13:7-8. Deus afirmou que atacaria Israel como um leão, como um leopardo e como uma ursa. Todos esses animais aparecem juntos no livro de Daniel, no capítulo 7. É muito provável que Deus tenha utilizado algo conhecido para Daniel (esse texto do profeta Oseias) e apresentado uma visão dos poderes opressores do Seu povo ao longo dos séculos, usando-os como símbolos de nações opressoras. No entanto, a ordem ali é diferente: leão (Babilônia), urso (medos e persas) e leopardo (Grécia).

Vídeos:

Introdução - Esboço da Lição “Busque ao Senhor e Viva” (aqui).
Esboço da Lição 2 - Amor e julgamento: o dilema de Deus (Oseias) (aqui)

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