ELLEN LUTA COM DEUS - Meditação Diária 08-02-2015

"Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé"! (Marcos 9:24)

A jornada religiosa não é igualmente aprazível para todos. Isso se aplica em especial àqueles de natureza sensível. E a jovem Ellen era uma pessoa sensível.

Vimos que ela foi “tomada pelo terror” quando criança, depois de ler pela primeira vez sobre a proximidade do advento. Seu temor da segunda vinda se originava de várias fontes. Uma delas era a sensação de indignidade. “Havia em meu coração o sentimento de que eu nunca conseguiria me tornar digna de ser chamada de filha de Deus. […] Parecia-me que não era boa o bastante para entrar no Céu” (LS, p. 21).

Ellen lutou com esses medos durante anos. Duas falsas crenças agravaram seu problema. A primeira era crer que precisava ser boa – ou até mesmo perfeita – para que Deus a aceitasse. A segunda era que se estivesse verdadeiramente salva, teria um sentimento de êxtase espiritual.

Suas trevas emocionais começaram a se dissipar durante o verão de 1841, quando participou de uma reunião campal metodista em Buxton, Maine. Em um sermão, ouviu que nem todos os esforços pessoais têm valor para conquistar o favor divino. Ela percebeu que “somente por meio da ligação com Jesus, mediante a fé, o pecador se transforma em um filho de Deus, cheio de fé e esperança” (LS, p. 23).

Daquele momento em diante, fervorosamente pediu perdão por seus pecados e se esforçou para entregar-se ao Senhor por completo. “Tudo o que meu coração expressava era: ‘Ajuda-me, Jesus; salva-me ou perecerei!’” “De repente”, ela nos conta, “o fardo me deixou e meu coração ficou leve” (ibid.).

No entanto, ela pensou que aquilo era bom demais para ser verdade. Por isso, tentou reassumir parte da aflição e da culpa que sempre a haviam acompanhado. Conforme ela mesma expressou: “Parecia-me que eu não tinha direito nenhum de me sentir jubilosa e feliz” (ibid.). Só aos poucos Ellen compreendeu as maravilhas da plenitude da graça redentora de Deus.

A despeito do novo entendimento, ela continuou a lutar com as dúvidas, pois não sentia o êxtase que acreditava ser necessário experimentar caso estivesse salva de verdade. Em decorrência disso, continuou a temer que não fosse perfeita o suficiente para encontrar Seu Salvador durante o advento.

A reação de Ellen parece familiar? Muitos de nós temos dificuldade em crer que o evangelho realmente seja tão bom quanto Deus afirma. No fim, a solução não se encontra nos sentimentos, mas em entender, de fato, como são as promessas divinas.

Ajuda-nos hoje, Senhor, em nossa descrença. 

George Knight - "Para não esquecer"
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