SOBRE O RESTAURACIONISMO - Meditação Diária 22-02-2015

"Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável". Isaías 58:12

Por volta de 1800, surgiu nos Estados Unidos um movimento de restauracionismo desejando reformar as igrejas por meio da recuperação de todos os ensinos do Novo Testamento. Os restauracionistas rejeitavam a ideia de que a Reforma era algo que havia acontecido somente no século 16. Em vez disso, ela havia começado nessa época, mas deveria continuar até os últimos vestígios da tradição serem rejeitados e a Bíblia assumir um lugar central dentro da igreja. A tarefa do movimento restauracionista era terminar a Reforma inacabada.

Os restauracionistas defendiam um ponto de vista radical do princípio de sola scriptura. Queriam evidências bíblicas para todas as posições que adotavam. As Escrituras eram o único fundamento para sua fé e prática. O movimento também era contrário aos credos. Uma declaração popular entre seus defensores era: “Não temos outro credo além da Bíblia.”
O espírito do movimento restauracionista abriu caminho para grande parte da agenda teológica da maioria dos protestantes norte-americanos durante o início do século 19. 
Promovia a atitude de retorno à Bíblia que permeava a mentalidade protestante da época.

Uma das ramificações do movimento restauracionista teve importância especial para os adventistas do sétimo dia: a Conexão Cristã. Tiago White e José Bates (dois dos três fundadores do adventismo) eram membros desse grupo.

Os dois levaram consigo para o adventismo tanto a filosofia centrada na Bíblia, da Conexão Cristã, quanto o alvo de conduzir a igreja de volta a todos os ensinos esquecidos das Escrituras. Estavam convictos de que tal restauração deveria acontecer antes do segundo advento.

A visão restauracionista da história continua a influenciar o adventismo hoje. Veja, por exemplo, as palavras introdutórias da Declaração de Crenças Fundamentais: “Os adventistas do sétimo dia aceitam a Bíblia como seu único credo.” Além disso, O Grande Conflito, de Ellen White, baseia-se em um padrão restauracionista, identificando a redescoberta dos ensinos bíblicos perdidos nos primeiros séculos do cristianismo, desde a Reforma até o fim dos tempos.

Nós, adventistas do sétimo dia, temos motivos para agradecer por pertencermos a um movimento que se baseia firmemente nas Escrituras.


George Knight - "Para não esquecer"
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