Comentários Lição 11 - Promessa aos Perseguidos (Prof. Sikberto)

8 a 15 de Setembro de 2012

Verso para memorizar: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso DEUS vos torne dignos da Sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé” (2 Tes. 1:11).

Introdução de sábado à tarde
Farei uma pergunta a meus leitores, em especial aos que moram mais distante dos Estados Unidos da América: O que de prático vocês podem fazer pelo Pr. Ted Wilson? Pensem um pouco sobre essa questão, e elaborem uma resposta íntima.
Estamos iniciando o estudo da 2ª carta aos Tessalonicenses. Parece que de alguma maneira os de Tessalônica não entenderam alguns pontos das poucas pregações de Paulo e da sua primeira carta, ou, que suas crendices anteriores à conversão não tivessem sido bem esclarecidas e removidas. Até certo ponto, isso devemos considerar normal entre nós, seres humanos falhos e pecadores. Logo, devemos sempre estar dispostos a sermos corrigidos e a corrigir os outros, conforme o caso. É o que estudaremos nesta semana. Que será importante este estudo para nós, não tenhamos dúvidas.
E quanto ao Pr. Ted Wilson, já chegaram a uma conclusão? Pois bem, talvez estejamos um tanto esquecidos da prática mais fácil e disponível a todos nós, povo de DEUS e também a mais poderosa: a oração. Esse pastor é certamente um dos principais instrumentos do Senhor nessa Terra. A função dele é infinitamente superior ao que por aqui faz o papa. Esse é o pastor por meio do qual JESUS conduz os Seus negócios no planeta; por isso, ele precisa fortemente de apoio, de modo prático. Quem trabalha com ele pode ajudá-lo concretamente, e também pode orar, mas quem está distante e não tem função hierárquica vinculada a ele, pode orar e envolver-se na obra e seu meio. Qual das duas ações práticas é mais poderosa: ajudá-lo em ações concretas ou orar por ele? Se formos realmente conhecedores do poder de DEUS, então a resposta correta será a oração.
Paulo menciona no verso dessa semana que orava pelos de Tessalônica. E esse é o recurso mais poderoso ao alcance do povo de DEUS. Se ainda não estamos com o poder do ESPÍRITO SANTO, como prometido, e se a igreja ainda não alcançou a capacidade evangelística prometida, a causa pode ser a falta da utilização do recurso mais poderoso de todos que é a oração. Podemos fazer isso pelo Pr. Ted, como por muitos outros líderes. E no caso daqueles que estão próximos a nós, com os quais podemos trabalhar juntos, além da oração podemos também contribuir nas atividades que coordenam.

  1. 1.      Primeiro dia: Saudações novas (2 Tes. 1:1, 2)
Paulo precisava fazer uma admoestação aos tessalonicenses. Mas, como em todos os seres humanos nem tudo é negativo, sempre é importante o sincero reconhecimento dos aspectos positivos, antes de se tratar das recomendações e das mudanças necessárias. A estratégia sempre deve ser: reforçar os pontos positivos, e os negativos trabalhar para torná-los positivos por meio das mudanças recomendáveis. Ou melhor, transformar os pontos negativos para que venham a se associar aos positivos, reforçando-os. Assim sendo, não há como, ao se tratar de admoestações, esquecer os pontos positivos. E isto deve ser feito com este propósito, pois se os pontos positivos forem mencionados apenas para não impactar tanto alguma repreensão, nesse caso perdeu-se o propósito da repreensão, que sempre deve ser a transformação, tornar o negativo em positivo e agregá-lo ao que já existe de positivo. Precisamos ser hábeis em agregar as mudanças ao que já existe de bom.
Paulo não se cansa em detectar e salientar os aspectos positivos dos tessalonicenses. Aliás, para com outras igrejas agia de igual modo. E este foi um dos motivos de seu sucesso como missionário. Agregue-se a isto que ele o fazia com sinceridade e com amor, não agia de modo mecânico como quem apenas cumpre seus compromissos de líder. Ele acima de tudo era um amigo de seus seguidores. Um amigo fiel e sincero, além de ser exemplo como líder aos liderados. Ensinava por palavra e por atos.
No estudo de hoje Paulo salienta a importância do amor mútuo e do crescimento espiritual. Ele reconhecia essa situação altamente positiva. Assim é que uma igreja se fortalece. E aqui cabe ao menos uma menção sobre os dias de hoje. Há um afã em nosso meio pela busca do crescimento quanto ao número de membros. Essa é uma visão míope e inadequada. O que precisamos buscar é a qualidade nos membros, e esquecer esse ímpeto pelo crescimento no número. Essa é uma visão doentia de muitos de nossos líderes. Ou seja, em outras palavras, a pergunta é: qual é mesmo a melhor estratégia de crescimento? Certamente não é a ênfase direta no crescimento, como ainda se está pensando.
A igreja no princípio, no tempo dos apóstolos, não trabalhava com alvos de batismo nem outros números. E ela crescia a uma velocidade estonteante. É que Paulo e os demais apóstolos ainda não haviam descoberto a administração por metas numéricas, que nem funciona bem nas empresas e muito menos na igreja. Nas empresas, a fixação de metas de vendas e remuneração por mérito, por exemplo, leva à competição entre os vendedores, e ninguém se preocupa com alguma visão  de integração e de longo prazo. Na igreja, nesses casos não há interesse em qualificação a quem recém se batizou, nem aos demais. O pouco que se faz é insuficiente. Se tão somente enfatizássemos a qualidade da vida espiritual dos líderes e dos membros, teríamos uma igreja poderosa do poder do ESPÍRITO SANTO, e como no tempo dos apóstolos, DEUS é quem acrescentava candidatos ao batismo. Eles faziam milagres, eram unidos e possuíam o poder do alto. Essa é a fórmula, e que se esqueçam os insipientes recursos do mundo que muitos dentre nós valorizam tanto. Por esses recursos se enchem os salões, mas não se escreve nome algum no livro da vida.
Assim como os de Tessalônica, que enfrentavam problemas internos que requeriam recomendações de mudança por parte de Paulo, hoje também necessitamos abrir os olhos a esses escritos para saber onde estamos errando, e com humildade, realizar as mudanças necessárias, sempre em direção ao mais simples e próximo dos métodos de DEUS. Nós ainda somos muito apegados à estratégia “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Há poucos anos atrás, uma pessoa interessou-se pela nossa igreja. Acontece que ela acabou tendo em suas mãos o manual da igreja, e passou a estudá-lo para se adequar. Foi grande a sua decepção ao perceber que o manual não era referência interna (ele era desobedecido em muitos pontos). O homem desistiu de vir para a igreja que não segue sequer muitos itens de seu próprio manual. Mas logo vem a sacudidura, e estas coisas mudarão.

  1. 2.      Segunda: Ação de graças de Paulo (2 Tes. 1:3 e 4)
A igreja de Tessalônica não era um caso sem problemas. Coisas ruins existem em todos os lugares nesse mundo, inclusive na igreja e entre o povo de DEUS. E assim será enquanto estivermos aqui. Teremos que lidar com os problemas, defeitos, mal entendidos, interesses pessoais que atrapalham, etc. É assim mesmo. Mas temos que ter crescimento espiritual, isto é, com o passar do tempo ir vencendo os problemas.
Esse era o enfoque de Paulo para com os tessalonicenses. A ênfase naqueles tempos não era nos números, mas sim, na qualidade espiritual. Hoje, especialmente no ocidente, temos a propensão em enfatizar demais os números, que sempre são frios e criam problemas. Alvos de batismo, por exemplo, criam relatórios fictícios, competição e uma espécie de olimpíada ou campeonato de quem tem os melhores índices. Isto gera elogios, promoções e reconhecimentos. Quantas vezes já ouvi algo assim: “fulano já levou 150 almas aos pés de CRISTO.” Só DEUS sabe quantos cada um levou, e quantas pessoas na realidade participaram na salvação daquela vida humana.
Da moderna Administração, e de um de seus mais reconhecidos cientistas, William Edward Deming, aprendemos que devemos enfatizar na qualificação e no espírito integrador das equipes onde haja colaboração entre os participantes, em busca de esforço conjunto. Nenhuma novidade nisso, pois era o que CRISTO fazia com os Seus discípulos, e assim é que funcionava a igreja apostólica, até agora a mais bem sucedida em obter números. Mas o foco deles não era nos números, e sim, na espiritualidade das pessoas. Os resultados vinham do poder de DEUS, a ponto de sabermos que DEUS acrescentava almas a cada dia, em grande quantidade. Se enfatizarmos os alvos estamos delimitando a DEUS, e determinando até quanto devem ser Suas bênçãos. Estamos limitando Aquele que é infinito. Nós, finitos, temos o mau costume de limitar todas as coisas, enfocando em nossos limites. Aliás, os alvos de batismo são determinados com base na limitação humana de cada igreja, não com base no poder do ESPÍRITO SANTO e em Sua capacidade para transformar-nos em poderosos evangelizadores.
Em Tessalônica, Paulo enfatizava na espiritualidade daqueles membros, e esse foi o motivo de seu sucesso. É o que devemos, como igreja e como membros, procurar hoje: poder do alto pela transformação da parte do ESPÍRITO SANTO. Em Atos 1:8 diz que receberemos poder, não que devemos atingir alvos medíocres meramente compatíveis com a competência humana em extremo limitada. Devemos, diante da seara do mundo, colher almas para o reino de DEUS, não almas para preencher estatísticas medíocres.
O que mais necessitamos é receber de DEUS o Seu amor, e compartilhar com as pessoas, levar até elas nosso sentimento de amor que temos com nosso DEUS. Elas devem sentir-se influenciadas pelo amor de DEUS que efetua em nós coisas maravilhosas. E aqui entramos num outro tópico interessante: É o da transformação da nossa vida, efetuada por DEUS.
Quem não tem erros em sua vida? Todos os temos, todos somos pecadores, todos carecemos da justiça divina. Portanto, todos precisamos ser transformados para que nos salvemos. A maravilha está no seguinte: pela transformação, um dia desses, chegaremos a tal aproximação da perfeição que, pelos olhos dos demais seres humanos, seremos irrepreensíveis. Esse foi o caso de Daniel, por exemplo, e outros mais. Os seres humanos poderão procurar em nós coisas para nos acusar, mas não encontrarão. Seremos então perfeitos? Ainda não, a perfeição virá no dia da segunda vinda. Chegaremos a tal ponto próximos da perfeição que, nesse estado, só DEUS ainda poderá achar em nós alguma coisa para mudar, os homens não encontrarão mais nada para nos acusar ou para sugerir mudanças. Só alguém capaz de ler os pensamentos e de conhecer os recônditos mais íntimos de nosso caráter para saber o que ainda deve ser mudado. E Ele continuará a efetuar transformações de justiça. É a esse ponto que JESUS quer levar a sua igreja!
“A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia Deus opera para a santificação do homem, e o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo perseverantes esforços para o cultivo de hábitos corretos. Deve acrescentar graça à graça; e assim procedendo num plano de adição, Deus opera por ele num plano de multiplicação” (Atos dos Apóstolos, 532, grifos acrescentados).
O evangelho é um sistema de verdades práticas destinadas a efetuar grandes modificações no caráter humano. Se ele não efetua a transformação da vida, dos hábitos e costumes, não é a verdade para os que pretendem crer nele. O homem precisa ser santificado pela verdade” (Este Dia com DEUS, 1980, 79, grifos acrescentados).
“O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, veem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu” (A Igreja Remanescente, 14, grifos acrescentados).
“Vi que os santos deverão ter uma compreensão completa da verdade presente, a qual serão obrigados a manter pelas escrituras.” (Primeiros Escritos, 262).
“Devemos examinar bem o fundamento de nossa esperança; pois teremos de dar uma razão da mesma pelas escrituras.” (Primeiros Escritos, 262).
“Ao se avolumarem as trevas e o erro aumentar, devemos alcançar mais completo conhecimento da verdade e estar preparados para sustentar nossa posição das escrituras.” (Primeiros Escritos, 104-105).
“Quando o tempo de prova vier, revelar-se-ão os que fizeram da Palavra de Deus sua regra de vida.” (Grande Conflito, 602).
Lealdade para com ‘DEUS’, no invisível – foram a âncora de José. Nisto se encontrava o segredo de seu poder.” (Educação, 53).

  1. 3.      Terça: Sofrimento como sinal do fim (2 Tes. 1:5 e 6)
Qual é o sentido do sofrimento dos justos, das pessoas que fazem parte do povo de DEUS? Ao menos duas explicações podemos apresentar. Esse povo precisa ser purificado, e o que ainda é impuro se purifica por meio do fogo, o que para seres humanos é sofrimento. Portanto, em grande medida, o sofrimento contribui para o aperfeiçoamento do povo de DEUS e para a sua salvação. Até mesmo as perseguições contribuem para algo positivo. Nesse caso, quando o inimigo desse povo o persegue, pela incrível inteligência de DEUS, Ele reverte a perseguição a condições de aproximação com a salvação. Em geral, as ações contra o povo de DEUS resultam em fortalecimento desse povo. É o que a história nos ensina. É nisso que dá lutar contra DEUS ou contra o Seu povo. Quem acumula benefícios para o futuro é quem está com DEUS. Portanto, perseguições ou provações, no povo de DEUS nunca podem ser interpretadas como DEUS exercendo Seu juízo sobre esse povo. É o contrário, é DEUS aperfeiçoando.
A segunda explicação é bem lógica. Estamos aqui nesse planeta numa guerra espiritual. Então é evidente que aqui há polêmicas e enfrentamentos. E mais ainda, que aqui há ataques por parte de quem utiliza a estratégia da violência contra quem utiliza a do amor. Em certo sentido, bem interpretadas as condições desse mundo, até é um privilégio ser perseguido por satanás, se bem que não seja nada bom. O privilégio é que, se somos perseguidos por satanás, é porque não estamos com ele, não somos dele, mas pertencemos a DEUS. Outro aspecto que nos torna privilegiados é que no futuro, já agora bem próximo, DEUS exercerá o juízo executivo. Veja só, desde que JESUS foi para o Céu, 40 dias após a ressurreição, Ele tornou-Se nosso advogado. Desde 1844 Ele também passou a ser juiz, por enquanto dos que faleceram. E no final do milênio, quando retornarmos a esta Terra, Ele executará a sentença contra os ímpios, aqueles que insistiram em manter-se na rebeldia apesar da forte proclamação do evangelho. E por esses dias, quanto mais fizerem o povo de DEUS sofrer, mais isso é evidência de que estamos bem próximos do fim. Bem no final teremos que passar pela angústia de Jacó, quando o povo de DEUS experimentará o auge do sofrimento por ser povo de DEUS. Mas isso será por poucos dias. Então DEUS Se levantará em favor de Seu povo, e a Sua vingança será aterradora contra os ímpios.
Ora, se somos de fato povo de DEUS, se somos do grupo do amor, o que hoje devemos fazer é trabalhar para que se reduza o número daqueles a sofrer quando DEUS Se levantar, e que que muitos destes estejam, junto conosco, aguardando chegar o dia e a hora, a essa altura dos acontecimentos, já anunciado por DEUS.

  1. 4.      Quarta: Fogo e destruição (2 Tes. 1:7 a 9)
Vamos relembrar alguns aspectos da justiça divina. Quando Adão e Eva pecaram, a lei exigia a morte deles. Deviam morrer um dia desses, não necessariamente naquele momento. Naquele mesmo dia, JESUS, o Senhor, lhes anunciou que Ele viria morrer em lugar deles. Essa é a declaração mais importante de todas sobre a seriedade do governo de DEUS. Nele não há espaço para impunidade, a lei sempre é obedecida, a partir do governo da Trindade. Nesse governo há perdão, porém o perdão jamais é dado desatendendo a exigência da lei. Não há perdão gratuito. Pois isso não seria perdão, seria impunidade. Foi para evitar o perdão sem dor e sem castigo que JESUS veio morrer por nós. Ele o fez em nosso lugar, podendo, portanto, nos perdoar, e mesmo assim, a lei ser cumprida. A lei nos protege se obedecermos, mas ela nos condena à morte se desobedecermos. Enfim, alguém cumpriu a exigência da lei, e o governo celeste continua tendo credibilidade, pois ele mesmo não descumpre o que exige.
Agora, entremos mais especificamente na lição de hoje. Há três fases na justiça divina. A primeira fase é um tempo de oportunidade para todos se arrependerem. Esse é o tempo em que JESUS está intercedendo pelos seres humanos que pedem perdão. Ao mesmo tempo, o ESPÍRITO SANTO e os servos humanos de DEUS estão anunciando o evangelho da salvação, e evidentemente do perdão pelo mundo todo. Então, por um lado aqui na terra se ensina sobre o perdão, e por outro lado, lá no santuário celeste está JESUS sempre pronto a aceitar os pedidos de perdão, e enviar o ESPÍRITO SANTO para que essas pessoas sejam transformadas e santificadas.
A segunda fase é o julgamento. Chama-se tempo de expiação, ou também, de purificação do santuário, como era o dia da expiação no tempo dos hebreus. Hoje estamos precisamente nessa fase, mas a fase da intercessão ainda continua. Ao mesmo tempo em que JESUS trabalha no lugar santo, onde ainda recebe os pedidos de perdão, também atua no lugar santíssimo, onde atua como juiz. Por enquanto julga os que já morreram, pois eles não mudam mais de opinião. Mas, um dia desses, um pouco antes do fechamento da porta da graça, julgará também os vivos. Esse julgamento terminará exatamente quando também, aqui na Terra, nós, povo de DEUS concluirmos a pregação do evangelho. Ou seja, quando todas as pessoas vivas tiverem tomado conhecimento do evangelho da salvação e tomado sua decisão, então cessa a pregação e cessa a intercessão, e todos terão sido julgados por JESUS. Ter-se-á formado dois grupos: o dos salvos e o dos perdidos. Então podem iniciar as pragas. Esse julgamento tem uma segunda cessão durante o milênio, quando nós, os salvos, iremos conferir caso a caso para saber como foi seu julgamento, e atestar que ele foi correto. Assim o governo de DEUS garante total transparência em seus atos, e ninguém poderá aliar-se a Lúcifer e acusar tal governo como injusto. É importante antever que não se encontrará o menor defeito na justiça de DEUS, portanto se confirmará a Sua perfeição, Sua justiça e a Sua capacidade infinita de fazer tudo conforme a lei.
A terceira fase dar-se-á no final do milênio, quando aqueles que, embora tenham conhecido sobre os princípios de DEUS e sobre a importância vital do arrependimento para viverem, mantiveram-se rebeldes junto com satanás. Esses serão extintos no fogo do inferno. Essa é a fase da execução da sentença, que é a morte eterna, também chamada segunda morte. Só um ser no Universo enfrentou essa morte e saiu-Se vivo dela: foi JESUS. Essa é também chamada a vingança de DEUS, e ainda, Seu ato estranho, pois jamais Ele deseja fazer tal coisa, mas é obrigado a cumprir a lei que é perfeita para manter a perfeição no Universo.
Afinal, DEUS é amor ou não é? Se Ele vai ser bem durão com os ímpios, ainda assim podemos confiar nEle como sendo amor?
Pois é exatamente pela forma como Ele exerce o juízo que podemos ver em DEUS o amor eterno. Em primeiro lugar, JESUS, membro da Trindade, veio morrer por nós para nos dar uma oportunidade de vida eterna. Aproveita quem quer, desperdiça quem não quer aproveitar. Em segundo lugar, DEUS espera por milênios para que a questão do pecado amadureça ao ponto máximo, e para que todos, inclusive os ímpios, concluam que a alternativa do pecado sempre será um completo fracasso. Depois, a pregação do evangelho se intensifica até alcançar o mundo todo, para que todos tenham o conhecimento sobre a vontade de DEUS, e saber que essa vontade é ótima para nós. Também se saiba que DEUS não tomará em conta os tempos de ignorância – pessoas que viveram e morreram sem terem tido a oportunidade de conhecer a vontade de DEUS, serão julgadas nessas condições, e poderão ser salvas, se ao menos obedeceram bons princípios deles mesmos. A grande questão é aprender a obedecer ao que é bom. E, acima de tudo, DEUS não deixará impunes aqueles que, mesmo sabendo distinguir o certo do errado, ainda assim, se opuseram ao povo de DEUS.
O amor é assim: concede todas as oportunidades de arrependimento; mas a lei será aplicada a quem desdenhar as ofertas do amor. Assim funciona um governo sério, por isso tem estabilidade eternamente, e ele é ótimo lugar para se viver.

  1. 5.      Quinta: Glorificando a CRISTO (2 Tes. 1:10 a 12)
As palavras de Paulo que estudamos hoje, 2 Tes. 1:10 a 12, são para as pessoas vivas, que ainda têm oportunidade de se prepararem. São, portanto, para nós. Tratam do preparo em busca da dignidade típica dos que serão salvos. JESUS, quando voltar, será glorificado em nós!
O que querem dizer estas palavras? Querem dizer que os salvos não serão uma vergonha para o Salvador. Querem dizer que os salvos, muitos deles foram pessoas de má índole, mas agora causam admiração a outros seres humanos e até aos anjos de DEUS e de satanás, pela transformação que foi operada neles, tornando-as em pessoas parecidas em caráter ao de seu Salvador. Ellen G. White explica isso assim: “Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus” (Eventos Finais, 39, grifos acrescentados). Costumo dizer que os servos de DEUS dos últimos dias serão, depois da queda de Adão e Eva, os homens e mulheres mais radicalmente santificados por DEUS, os mais transformados, mesmo vivendo em meio ao mais imundo dos mundos quanto a todo o tipo de maldade. Eles saem de um extremo de imundícia para outro extremo de perfeição. Nós estamos vivendo num contexto da pior espécie, somente comparável a Sodoma e Gomorra, e mesmo num ambiente assim, sairemos de uma igreja morna e nos reavivaremos pelo poder de DEUS, e até seres celestiais se admirarão com a transformação que o Criador fará em nós, quem sabe, já esteja fazendo. “O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, veem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu” (A Igreja Remanescente, 14, grifos acrescentados).
As palavras de Paulo, nesse texto que estudamos hoje, são pela busca da irrepreensibilidade. Vamos ilustrar. Certa vez esteve em Ijuí um pastor jubilado, e ele fez uma pregação bem forte de alerta sobre adornos, pinturas, joias, etc. A sua esposa estava lá, e instintivamente olhei para ela. Foi então que me dei conta que esse pastor podia falar aquelas coisas, pois a sua esposa era exemplo vivo que atestava que eles viviam o que pregavam. Como que lendo os meus pensamentos, ou quase isso, o pastor disse mais umas coisas interessantes. Falou sobre o tratamento de beleza de sua esposa. Disse que ela usa muitos produtos de beleza, tais como cenoura, beterraba, saladas, e outros alimentos naturais e práticas de vida saudáveis. De fato, esse pastor podia falar assim pois na idade dela, ela estava com uma aparência bem mais jovem, sem ter recorrido a recursos artificiais. Parabéns aos pastores cujas esposas, e eles mesmos, são irrepreensíveis, e podem nos orientar em todas as coisas, pois grande parte deles já não pode falar de certos assuntos, onde eles mesmos tropeçam, especialmente no uso da cosmética. Esse estudo de hoje trata dessas coisas, e nas classes da Escola Sabatina onde essa abordagem não for feita, se estará enganando os membros, faltando com a instrução, que se fosse Paulo, não deixaria de tratar.
Temos que orar para que sejamos dignos de nos unirmos a JESUS na segunda vinda. Para isso, é hoje o tempo da transformação e santificação, isto é, de separação do mundo.

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Em nosso planeta há um texto que deveria merecer admiração e respeito máximos. É o texto dos Dez Mandamentos, único existente escrito pelo próprio DEUS, por duas vezes. No restante da Bíblia, os escritos foram feitos por homens, inspirados da parte de DEUS. Portanto, DEUS lhes deu os pensamentos e a capacidade de escreverem, mas o estilo é de cada um dos profetas e a linguagem é humana. Portanto, há possibilidades de falhas, desde como se expressar quanto na própria linguagem. Essas falhas devemos cuidar e podem ser identificadas para não ocorrerem interpretações erradas. Além disso, há o grave problema das traduções, que podem conter erros voluntários e involuntários. Atualmente temos muitas traduções, e cresce a quantidade de erros produzidos por elas. Alguns textos já não tem nada a ver com os originais ainda conhecidos. Sempre, em caso de dúvidas, devemos nos aproximar o quanto pudermos dos originais.
Mas há algo na Bíblia que é muito poderoso. Como quem está por trás dos escritores é um só, ela não pode conter contradições e omissões. Então, em toda contradição que nela se encontrar, podemos ter certeza de que houve alguma falha humana. Vamos a alguns exemplos:
“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.” (João 3:13; King James). A parte em negrito está omitida em várias versões modernas, mas ela é essencial em relação a onipresença do Filho.
“Que dizia: eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: ….” (Apoc. 1:11, a parte em negrito é omitida em várias versões, ela que já aparecia no verso 8).
A versão “Bíblia na Linguagem de Hoje” então é uma tragédia. Há milhares de erros nela. Não deveria ser lida por nós, pois confunde. Na desculpa de facilitar a compreensão, essa tradução banalizou a Palavra de DEUS, e subestima a capacidade dos jovens em aprender. Enquanto eles são capazes de aprender as mais complexas teorias científicas nas universidades, muitos pensam serem incapazes de aprender a literatura sagrada, e providenciam traduções medíocres, não mais requerendo esforço. Mas sem esforço, mesmo que se entenda fácil, não se alcança profundidade.
Estamos nos últimos dias. Agora já não é mais possível proibir a leitura da Bíblia nem queimar todas elas. Então satanás providencia a publicação de milhões delas com trechos de natureza estranha, que permite distorções ainda mais fáceis, e que encaminha a entendimentos superficiais bem como distorções em questões essenciais. Prevendo isso, DEUS inspirou o profeta João a escrever o que encontramos em Apoc. 22:19 e 20. Vamos ler?
Mas nós, os fiéis, devemos nos apegar ao nosso Senhor, manter os fundamentos, entender que a perseguição pode tanto ser grosseira como muito sutil e quase imperceptível. O importante para satanás é enganar e destruir tudo o que vem de DEUS. Isso inclui o Seu povo e a Sua palavra. É tempo de ficarmos em pé, por mais um pouco, e então O veremos.

Fonte: Cristo Voltará
 

Comentários Lição 11 - Promessa aos Perseguidos (Prof. César)

8 a 15 de Setembro de 2012

      Verso para Memorizar: "Por isso também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus  vos julgue dignos da vossa vocação e cumpra com podertodo o desejo da bondade e toda a obra de fé." 2Ts 1:11 – TB


A segunda epístola aos tessalonicenses nada mais é do que um prosseguimento da orientação de Paulo, daquilo que não fora possível tratar na primeira carta, e também elucidações do que não fora bem entendido anteriormente.
O Dr. Paulien comenta que haviam surgido novos e sérios problemas oriundos de falsos ensinos penetrados no seio da comunidade cristã tessalonicense. Tão logo informado, Paulo pôs-se a escrever para corrigir a perigosa situação, embora a demora da entrega demandasse meses.
Edgard Goodspeed diz que o zelo de alguns crentes tessalonicenses havia-se arrefecido por causa dos erros doutrinários envolvendo o retorno de Jesus. Os “mestres” do engano pregavam que a proximidade da volta de Cristo estava tão iminente, que era melhor que as pessoas largassem seus empregos e negócios, e se dedicassem a uma vida contemplativa e ociosa.
Essa posição              “vagabunda” daria um péssimo testemunho à cidade e entravaria a obra do evangelho. Por certo os ociosos não trabalhariam nem mesmo para pregar o Evangelho.
Apesar de sua relativa concisão, a Segunda Epístola aos Tessalonicenses vai bem ao ponto. Numa síntese elaborada com maestria, o apóstolo profetiza que a segunda vinda de Cristo ainda está bem no futuro, porquanto um de seus marcantes sinais seria o aparecimento do anticristo, um poder político-religioso que ousaria afirmar-se como Deus na Terra e merecer a reverência devida ao Altíssimo. Um poder executor de sinais e prodígios (coisas miraculosas), agente direto de Satanás, apoiaria o homem do pecado em sua nefasta obra de destruir a fé cristã. Paulo exorta os crentes a não se demoverem da fé em hipótese alguma, mas conservarem firme o ensino recebido. O apóstolo garante que se fizessem assim, Deus os confirmaria em “toda a boa obra e palavra”. 
DOMINGO

Saudações Novas (2Ts 1:1, 2)

            Tudo tem origem na graça de Deus provida em Cristo Jesus. A verdade é que nos vivemos de favores da Divindade. Nada do que recebemos advém de saldo de dívida que Deus tem conosco. A benignidade divina nos contempla incessantemente por causa da graça. A graça não existia antes de o pecado adentrar o Universo.  Quando Lúcifer começou a pecar e continuou em seu procedimento rebelde, a graça de Deus tolerou seus descaminhos procurando levá-lo ao arrependimento. “Deus, em Sua grande misericórdia, suportou longamente a Satanás. Este não foi imediatamente degradado de sua posição elevada, quando a princípio condescendeu com o espírito de descontentamento, nem mesmo quando começou a apresentar suas falsas pretensões diante dos anjos fiéis. Muito tempo foi ele conservado no Céu. Reiteradas vezes lhe foi oferecido o perdão, sob a condição de que se arrependesse e submetesse.” GC, 495 e 496. 
            A graça estendeu-se aos primeiros pecadores deste mundo quando comeram do fruto interdito.  A graça tem permitido que este mundo durasse até que todos tenham a oportunidade de arrepender-se e crer no Evangelho.
            Poderia Paulo apresentar melhor voto aos crentes tessalonicenses do que rogar que Deus o Pai e o Senhor Jesus Cristo lhes concedessem graça e paz?
            Que paz é essa que acompanha a graça? Não é a paz de um lago plácido, da envolvente quietude de um cálido pôr de sol, da ausência de qualquer perturbação. É a paz da reconciliação do homem com Deus. É a paz que Deus almeja que celebremos com Ele. “Ou que homens se apoderem da Minha força e façam paz Comigo; sim, que façam paz Comigo.” (Is 27:5)
            Outro aspecto teológico importante no texto de hoje é que existe uma igreja que está em Deus e no Senhor Jesus Cristo. Há perfeita união, mediante Jesus Cristo, entre a igreja e o Deus que a instituiu. Por isso ela é uma igreja viva. Não estamos falando aqui de igreja em termos denominacionais. A igreja denominacional tem uma faceta obscura, porquanto dela fazem parte tanto bodes quanto ovelhas, tanto trigo como joio, tanto santos quanto ímpios. Sempre foi assim. Há uma igreja dos primogênitos arrolados no Céu (Hb 12:23), cujos membros têm seus nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro. 
            Charles Finney, o grande pregador, teólogo e abolicionista norte-americano disse, certa feita: “Não há que provar que as pessoas podem adotar a religião por motivos diferentes, alguns por amor real a religião e outros por outros motivos. As diferenças podem ser classificadas nestas três classes, e ao fixar-se no desenvolvimento de seus motivos reais para fazerem-se religiosos, nos damos conta de seu caráter. Todos professam serem servidores de Deus, e com tudo ao observar as vidas de muitos, se faz manifesto que em vez de serem os servidores de Deus, alguns só tratam de fazer que seja Deus o que sirva a eles. Seu objetivo principal é assegurar sua própria salvação, ou alguma outra vantagem para si, por meio do favor de Deus. Procuram fazer de Deus seu amigo, para que possam usá-lo por sua vez segundo sua conveniência.” A esses, o voto de misericórdia para que se arrependam em tempo.
            Atentemos que Jesus Cristo é apresentado nos versos como Senhor. Ninguém pode ser membro verdadeiro da igreja sem submissão obediente a Jesus, que comprou todos os direitos inerentes a cada ser humano.
            Como propriedade de Jesus, somos por Ele cuidados com extremo carinho e zelo. Nem mesmo um cabelo de nossa cabeça se prende no pente ou escova e é arrancado da cabeça sem que Jesus deixe de atentar a isso. Ele está irmanado conosco por laços que jamais se partirão. Diz EGW que Ele nos estará ligado por toda a eternidade.
SEGUNDA 
Ações de graças de paulo (2Ts 1:3, 4)
               
            Nosso estudo de hoje versa sobre a ação espiritual de expressão de graças. Paulo diz que “devemos” dar graças a Deus. Embora nas ações de graças esteja o elemento espontaneidade – ninguém dá graças por decreto – é uma agradabilíssima obrigação render graças Àquele de quem provém todas as boas coisas. Parece ser de bom alvitre lembrarmo-nos de sempre agradecer ao Senhor por Sua graça abundante. “Em tudo daí graças” (1Ts 5:18) recomendou o apóstolo, porque Deus Se agrada de que assim seja. 
            Um dos motivos da gratidão de Paulo a Deus era porque a fé dos tessalonicenses havia se desenvolvido muito (Paulo usa o superlativo para o pronome indefinito “muito”). Ele sabia que os crentes estavam seguros quando de posse de inabalável fé em Deus. Ele também sentia que todos os seus sacrifícios em favor dos crentes de Tessalônica estavam produzindo fruto espiritual.
            Mas os motivos de gratidão não paravam na fé desenvolvida. O dom do amor fraternal, que tanto é preciso na igreja, estava também aumentando. Os crentes eram uma verdadeira família que se amava.  Outro motivo de graças era a paciência e a firmeza diante de perseguições e aflições. Nada mais próprio para provar a fé do que as aflições e perseguições. Elas dão têmpera à confiança. 
            Em sua segunda carta Paulo procurou corrigir a má interpretação de seu ensino, e expor perante eles sua verdadeira posição. De novo expressou sua confiança na integridade deles, e gratidão por sua firme fé, e pelo abundante amor de uns para com outros, bem como para com a causa do Mestre. Disse-lhes que os apresentava às outras igrejas como exemplo de paciente, perseverante fé que valorosamente suporta perseguição e tribulação, e dirigia-lhes o pensamento para o tempo da segunda vinda de Cristo, quando o povo de Deus descansaria de seus cuidados e perplexidades.” AA, 264.   
Quando uma igreja é apresentada como modelo e incentivo para outras congregações, é sinal que o Espírito a está dirigindo, e isso é motivo para constantes ações de graças. Também é um desafio positivo para que as outras igrejas alcancem um nível elogiável. É o principio da santa emulação (Rm 11:14). Se os outros conseguem, por que nós não?
             
TERÇA  
Sofrimento como sinal do fim (2Ts 1:5, 6)
                 
      Os servos de Deus, desde o justo Abel, sempre foram perseguidos de uma ou de outra forma. Paulo estava procurando consolar os tessalonicenses dizendo-lhes que padeciam perseguições porque eles pertenciam ao reino de Deus.
      O reino de Deus é um intruso indesejável nos domínios de Satã, isto é, neste mundo. Isso o príncipe do mal não pode tolerar passivamente. Ele coloca todo o seu vasto exército de anjos decaídos e homens maus em confronto com o inimigo. Não cede uma polegada de terreno sem árduo conflito e usa todas as sutilezas que sua mente privilegiada possa imaginar para combater o bem. Vale-se dos poderes que ainda lhe restam e também aos seus asseclas que caíram do Céu, para enganar, enredar, desanimar, flagelar, perseguir e matar.
      Porém, Paulo declara aos crentes que tudo o que os homens maus possam intentar contra os remidos, será julgado com justiça pelo Senhor e receberá a retribuição cabível segundo os princípios da Lei divina. Está escrito no Sl 103, verso 6 que “o Senhor faz retidão e justiça a todos os oprimidos”. Ele protela o juízo final sobre as más obras dos homens, porque não Lhe agrada destruir as criaturas que procederam de Sua mão. Ele deu aos antediluvianos 120 anos de graça para se arrependerem. Deu ao apóstata Israel 490 anos “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos” (Dn 9:24). Está dando ao mundo mais de 2.000 anos de graça para que os homens se arrependam e emendem seus caminhos. Providenciou três grandes e vitais mensagens que fossem pregadas ao mundo nos últimos dias, a fim de que os homens sejam beneficiados pela expiação provida a custo infinito por Jesus.
            O Senhor anota em Sua mente infinita cada maldade, cada manifestação de ódio, cada agressão, cada perseguição, cada flagelo imposto aos Seus filhos. Ele as considera como feitas a Si próprio e passíveis de Sua vingança pessoal.
Os ímpios pensam que, por viverem num reino onde a impiedade campeia, estão livres de qualquer retribuição penal por seus atos injustos. Não sabem ou não querem saber que um dia, no futuro, Deus trará a juízo toda obra, quer seja boa, quer seja má (Ec 12:14).
Evidentemente, a intensidade dos ataques de Satanás no fim dos tempos é bem maior do que o fora em tempos passados. Ele sabe que tem pouco tempo disponível para realizar sua nefanda obra (Ap 12:12). Sua ira contra o povo de Deus aumenta a cada dia e ele multiplica seus esforços para destruir os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus.
 “O onipotente poder do Espírito Santo é a defesa de toda alma contrita. Cristo não permitirá que ninguém que, em arrependimento e fé, haja clamado por Sua proteção passe para sob o poder do inimigo. É verdade que Satanás é um poderoso ser; mas, graças a Deus, temos um Todo-poderoso Salvador, que expulsou do Céu o maligno. Satanás se agrada quando magnificamos seu poder. Por que não falar de Jesus? Por que não engrandecer Seu poder e amor?” CBV, 94.
“Enquanto o povo de Deus preservar sua fidelidade a Ele, enquanto com viva fé se apegarem a Jesus, encontram-se sob a proteção dos anjos celestiais, e Satanás não terá permissão para exercer suas artimanhas infernais sobre eles para sua destruição. Mas os que se separam de Cristo pelo pecado estão em grande perigo...” Maranata, 93.

QUARTA               

Fogo e destruição (2Ts 1:7-9)
                 
                Não permanece dúvida de que o sofrimento do povo de Deus só terminará quando Jesus Se manifestar em glória, no dia da retribuição.   
            No quadro que a Escritura pinta do dia da Segunda Vinda, temos elementos terrificantes. Um deles é o resplandor de Cristo (2Ts 2:8 – VARC). O Senhor Deus é “fogo consumidor” (Hb 12:29). É tão tremenda a intensidade de Sua glória ou brilho, que nenhum ser não redimido pode manter-se vivo ante sua manifestação. Quando Jesus Se encarnou, Ele teve de velar Sua glória divina para não consumir os seres humanos. Um leve faiscar dessa glória, como aconteceu quando foram prendê-lo no Getsêmani (Jo 18:6), derrubou um pugilo de guardas enviados pelos principais dos sacerdotes. Outra branda manifestação da glória divina matou Nadabe e Abiu, filhos profanos de Arão, quando ofereceram fogo estranho perante o Senhor (Lv 10:2)
            Na vinda de Cristo, nosso Senhor manifestará toda a Sua glória, sem qualquer restrição. Essa glória terá funções penais sobre o pecado e pecadores. Os ímpios serão mortos, a Terra se convulsionará quebrando-se como se fosse uma fina camada de gelo sujeita a pressão interna, os céus passarão com grande estrondo e os elementos, ardendo, se desfarão (2Pe 3:10).
            As Escrituras falam repetidas vezes dos fogos que atuarão no último dia. Fogo é elemento purificador. Embora os fogos pós-milenários é que vão purificar definitivamente a Terra e prepará-la para o novo Gênesis, os fogos pré-milenários queimam as obras da Terra e a deixam em ruínas.
            A terribilidade da punição mostra o quão ofensivo é o pecado ao Deus Santíssimo. Ele precisa eliminá-lo. É uma questão de justiça. Em amor Deus precisa preservar o Universo de um segundo levante do pecado, e isso será feito: “Não se levantará por duas vezes a angústia” (Nm 1:9).
            A imagem distorcida de um Deus “passivo ante o mal” e tolerante como Papai Noel não se coaduna com a santidade infinita do Rei. Tolerasse Deus indefinidamente o pecado, estaria comprometido com a injustiça, a rebelião, e a afronta, seria conivente com o mal e, portanto, seu cúmplice. Em amor para com o Universo Ele precisa ser drástico com a transgressão. Sua paciência e misericórdia têm dado oportunidade aos homens para emendarem seus maus caminhos. Assim como os antediluvianos tiveram um tempo de graça e todas as nações da Terra também, Deus executará juízo sobre toda má obra quando vier o tempo que Ele determinou para isso.
            Para salvar a vida, muitas vezes o médico é obrigado a amputar um membro do paciente ou mesmo retirar-lhe um órgão comprometido. Para salvar o Universo dos efeitos do pecado, Deus terá de “amputar” a vida na Terra e evitar que a infecção mortal se propague.
QUIN TA    

Glorificando a cristo (2Ts 1:10-12)

            “Quando vier para ser glorificado nos Seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho). Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”
            Estes são os versos que requerem nossa atenção e estudo hoje.  O dia da vinda de Cristo é o dia da glorificação para os Seus santos. Nesse dia, os que viveram em Cristo e por Cristo serão transformados num abrir e fechar de olhos (1Co 15:52). O corpo corruptível, a carne em seu presente estado, será transformada em corpo glorioso semelhante ao de Cristo Jesus.  Um corpo eterno, imorredouro, indeteriorável, com infinito potencial de desenvolvimento, imunizado contra todas as consequências do pecado. A mente dos remidos não sofrerá apenas uma transformação fisicobiológica para adaptar-se a outra dimensão de tempo e espaço. Ela será como a mente humana do Salvador: perfeita, santa, ilimitada. 
            Jesus é chamado no Espírito de Profecia de “nosso Irmão Mais Velho”. Isto é, Ele é humanamente semelhante a nós. Ele tem DNA como nós. Jesus levou a humanidade para o Céu, perfeitamente unida à Divindade do Verbo. Podemos arriscar-nos a dizer que nosso Senhor é um de nós. Deus é nosso Parente mui íntimo.
            É difícil, diria impossível, em nosso presente estado termos uma ideia aproximada do que seja um corpo glorificado. Porém, há algumas informações inspiradas para alimentar nossa compreensão. Os traços fisionômicos identificativos do indivíduo serão conservados, embora espetacularmente aprimorados pelo toque da eternidade. Será possível o pronto reconhecimento. Reconheceremos os nossos amigos, da mesma maneira que os discípulos a Jesus. Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena. saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado, será perfeitamente mantida a identidade... No rosto, glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os traços daqueles que amamos.” Maranata, 301. Todas essas maravilhas apontam para o Autor de nossa salvação e O glorificam. Como vibraremos de alegria ao começarmos a viver a realidade da vida eterna. Uma sensação, por certo, que jamais experimentamos nesta vida. Todas as melhores emoções e sentimentos que desfrutamos na vida terrena, não são para se comparar nem de leve com as maravilhas que o sangue de Jesus adquiriu para nós. Glória ao Rei de Amor!
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