O POVO DA BÍBLIA 1 - Meditação Diária 11-02-2015

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça". (2Timóteo 3:16)

A questão mais básica para qualquer grupo religioso é a autoridade. Aqueles que deram início ao movimento adventista do sétimo dia não tinham dúvidas a esse respeito. Conforme expressou Tiago White, no início de 1847, “a Bíblia é uma revelação perfeita e completa. É nossa única regra de fé e prática”.

Os guardadores do sábado, conforme veremos nos próximos dias, desenvolveram suas crenças doutrinárias distintivas com base no estudo das Escrituras. Isso nem sempre ficava claro para seus críticos. Por exemplo, em 1874, Miles Grant argumentou em World’s Crisis (Mundo em Crise, um dos principais periódicos dos adventistas do primeiro dia): “Os adventistas do sétimo dia afirmam que o santuário purificado no fim dos 1.300 [2.300] dias mencionados em Daniel 8:13, 14 é o Céu e que tal purificação começou no outono de 1844 d.C. Se alguém quiser saber por que eles creem dessa maneira, a resposta é que as informações vieram por intermédio de uma das visões da senhora E. G. White”.

Uriah Smith, editor da publicação adventista do sétimo dia Review and Herald, respondeu vigorosamente à acusação: “Já foram escritos centenas de artigos sobre o assunto [do santuário]. Entretanto, em nenhum deles as visões são abordadas como autoridade sobre a questão, ou como a fonte de onde foi tirado qualquer ponto de vista que defendemos. 

Nenhum pregador se refere a elas ao abordar o tema. O apelo é invariavelmente à Bíblia, na qual há amplas evidências da perspectiva que adotamos sobre o assunto.”

Deve-se destacar que Smith fez uma declaração que qualquer pessoa disposta a investigar a literatura adventista do sétimo dia da época pode comprovar. Paul Gordon fez isso com o tema do santuário, na obra The Sanctuary, 1844 and the Pioneers [O Santuário, 1844 e os Pioneiros] (1983). Suas descobertas apoiam a afirmação de Smith.

Os fatos sobre o caso são que, embora muitos adventistas posteriores tenham demonstrado a tendência de depender da autoridade de Ellen White ou da tradição adventista, os primeiros adventistas eram um povo da Bíblia.

Os adventistas do sétimo dia de todas as regiões do mundo precisam prestar atenção a esse fato em sua busca pelo adventismo genuíno da história. A boa notícia é que Deus nos deu as palavras da vida em Seu Livro. Podemos nos alegrar hoje com o salmista, que declarou: “Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti” (Sl 119:11). 


George Knight - "Para não esquecer"
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