Lúcifer - o maior músico de todos os tempos

(adaptado do texto de Elton Melo)

"Seu coração tornou-se orgulhoso por causa da sua beleza, e você corrompeu a sua sabedoria por causa do seu esplendor. Por isso eu o atirei à terra..." (Ezequiel 28:17)

Certa vez Deus criou um grande músico, o melhor de todos. Ele foi criado como selo da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Era ungido e em seu corpo haviam tamborins e pífaros. Era perfeito em seus caminhos. Eu o imagino como um grande ministro de louvor lá no céu. Sua equipe de louvor, seus solos e improvisos eram notórios... Mas certa vez, achou-se iniquidade em seu coração. Começou praticar a maldade em seu ministério e chegou ao ponto de achar que seus dons e talentos o faziam maior do que o próprio Deus.

Qualquer semelhança com os músicos de hoje em dia é "mera" coincidência. Está escrito: "Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-te: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa: a cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados" (Ez. 28:12-13).

Lúcifer quando foi criado, era um ser perfeito. Porém, nele brotou a iniquidade. Seu coração elevou-se por causa de seus dons e chegou a tal ponto que comprometeu até mesmo sua sabedoria. O resplendor que ele ganhou por causa de seus dons afogaram sua sanidade (Ez 28:17).

Ele chegou ao ponto de declarar: "... Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (Isaías 14:13-14).

A criatura, que tentou ser maior que seu Criador, cego por suas qualidades, foi precipitada e seu fim decretado, tornando-se Satanás. Nisto, ele levou consigo uma terça parte dos anjos, devido ao comércio que fez com seus dons em tal quantidade e o tornou violento e pecador (Ez. 28:16 e Ap 12:4).

Os dons e talentos que Deus dá não faz suas criaturas serem maiores do que Ele próprio. Porém hoje em dia vivemos intensamente a chamada "Síndrome de Lúcifer". É comum vermos em nossas igrejas pessoas que por causa de um dom ou talento, tornam-se egocêntricas, egoístas e semi-deuses. Músicos que vão a igreja somente para se apresentar. Cantores que não suportam que ninguém de qualidade inferior cante com eles. Pastores e lideres que não recebem a mensagem ou não participam do culto com outrem dirigindo ou pregando. Não é difícil hoje em dia, vermos pessoas brigando por microfones, se esguelando para cantar mais alto que os outros, instrumentos no último volume, solos e mais solos de músicos que em um curto espaço na música querem tocar como se fosse a última vez de sua vida; cantores realizando os mais prodigiosos melismas para um simples trecho que é só cantar um "amém"; vários instrumentos solando ao mesmo tempo, e por aí vai.

Seu dom não é importante para Deus! Assustador não é? Deus não quer ser louvado por causa do DOM QUE VOCÊ TEM, mas sim por causa do CORAÇÃO QUE VOCÊ TEM! Não afirmo com isso que você não vai mais usar seus talentos ou dons, mas temos que entender que eles servem apenas para adornar nossa adoração.

Quando a adoração nasce no coração, não precisamos estar preocupados em agradar homens. Tocar um instrumento sem estar com o coração voltado pra Deus nada mais é do que se apresentar. Não é esse nosso propósito. Faremos uma ilustração: "Imagine que você é um fabricante de fitinhas de presente. Certo dia, você resolve me presentear com algumas fitinhas, me ensina como multiplicá-las e usá-las bem. Passado algum tempo, eu lhe trago um presente, que comprei de todo o meu coração, embrulhado e amarrado com a fitinha que você me deu. Com certeza você ficará muito feliz em ver sua fitinha sendo bem utilizada, mas ela não fará diferença em relação ao presente, que é o mais importante." Assim também é relação dons/talentos e adoração. A verdadeira adoração nasce no coração e nossos dons e talentos servem apenas para adorná-lo. Vide exemplo Mar 12:36-44.

Quando deixamos nossos dons e talentos tomar conta de nós, começamos a nos achar auto-suficientes. Criamos em nós o sentimento de que nada acontecerá se não estivermos no meio de qualquer atividade. Começamos a nos considerar maiores do que nossos lideres, pastores e mestres. A humildade passa ao longe. Daí começa o comércio com nossos dons. Barganhamos e montamos a melhor equipe de louvor, banda ou ministério com as seguintes frases: "Se você tocar comigo, seremos os melhores". "O outro grupo é ruim, fique com o meu e você será um sucesso." Não viva em função de seu dom, mas louve a Deus com uma adoração que nasce no coração.

Que nós possamos sempre nos dedicar ao máximo a obra. Que os nossos dons e talentos sejam sempre aprimorados para que nós possamos oferecer a Deus sempre o melhor. Mas, mais do que isso, que possamos nos lembrar sempre que Deus procura os verdadeiros adoradores. Aqueles que estão acima de um dom ou de um talento. Aqueles que oferecem sua VIDA como SACRIFÍCIO VIVO de louvor e que tem acima de tudo o coração voltado pra Deus.

REFLEXÃO: "A música muitas vezes é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação." - Educação, pág. 166.

História da adoração 11 - Uma música misteriosa de louvor

(adaptado do texto do prof Sikberto Marks)

"Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar" (II Tess 2:10)

A história da música de louvor a DEUS tem a mesma idade do ser humano na Terra, e a história da música de contra-louvor chega perto dessa idade. Assim que DEUS instituiu o culto de adoração após a queda de Adão e Eva, satanás tratou de, imediatamente, instituir a sua forma de adoração a ele. E portanto, tratou da música de adoração a ele também, para ter o seu culto, que tanto deseja. Assim como Lúcifer se fez passar como amigo de Eva para enganá-la, do mesmo modo tenta fazer que todos pensem que a música que louva a ele é a que louva a DEUS. Nem poderia ser diferente, pois os recém criados seres, inteligentes, não adorariam a satanás se ele aparecesse dizendo diretamente, este louvor não é a DEUS, mas a seu inimigo...

A história do louvor a satanás é também a história da percussão. E a percussão é, provavelmente quase tão antiga quanto a humanidade. Ela sempre teve por função invocar os espíritos e os deuses das respectivas mitologias. Escavações arqueológicas encontraram objetos petrificados, desenhos em cavernas, esculturas, papiros preservados sobre a música por percussão. O homem primitivo deve ter iniciado a percussão batendo palmas em cadência rítmica, batendo pedras uma na outra ou pedaços de pau, batendo os pés no chão, raspando superfícies rugosas e ao mesmo tempo dançando. Foram achados troncos de árvores que se tornam excelentes meios de comunicação, os tantan africanos. Certos frutos, como as cabaças, depois de secos, transformam-se em chocalhos. Obviamente enquanto isso, cantavam em forma de ritual. Arqueólogos encontraram pegadas antigas que sugerem a utilização do ritmo binário 2 por 4, o mesmo hoje usado pelo samba.

“Os instrumentos de percussão são os mais antigos que existem. Em muitos sítios arqueológicos foram encontradas representações de pessoas dançando em torno de um tambor. Muitos objetos musicais também foram encontrados como toras de árvore fossilizadas, possivelmente usadas como tambores primitivos, e diversas versões de litofones, rochas de diversos tamanhos que eram dispostas sobre um tronco ou buraco no chão, usadas para produzir música melódica por percussão.” (wikipédia, instrumento de percussão).

Consta que as primeiras manifestações musicais se desenvolveram nas regiões férteis às margens de grandes rios, como na Mesopotâmia, no vale do rio Indo, no rio Nilo, no rio Jordão, etc. As pesquisas registram que essas regiões foram ricas em instrumentos musicais e prática musical. A música estava muito ligada a magia, a rituais religiosos, a festas de guerra, à saúde, à criação do mundo e a muitas divindades ligadas à música. Entre os hebreus descendentes de Abraão havia muita música, assim como entre seus vizinhos. A música antiga estava intimamente ligada a busca do transe com os espíritos dos mortos ou com os deuses da mitologia pagã, e aos feitos dos homens.

A ampla variedade de músicas surgidas entre todos os povos, a sua vinculação com divindades, com guerras e com festas influenciaram os rituais religiosos. A adoração pagã foi praticamente determinada pela música da respectiva região. A música sempre teve maior efeito sobre a mente das pessoas que a reflexão e o conhecimento sobre as divindades, ou mesmo sobre o DEUS

Criador. Em todos os tempos, um talentoso músico definia como seria o culto e a adoração. Desde os tempos antigos sempre foi a música que determinada a adoração, e não as doutrinas, que nas religiões naturais antigas nem existiam.

A diferença entre a adoração ao DEUS Criador e aos deuses inventados pelos seres humanos é a música. Assim foi ao longo da história, desde os primeiros tempos depois da queda de Adão e Eva. Uma música estranha e misteriosa de um louvor em que as criaturas tentam, por meio da êxtase, convencer os deuses que venham até elas. Essa música certamente se tornaria global nos últimos dias da grande guerra entre satanás e nosso Senhor JESUS CRISTO. Enquanto a música a DEUS é um suave louvor, a de satanás é uma música de guerra, que mexe com os músculos, que conclama para a ação e para a busca de um poder que não vem de cima. É uma música que excita e agita o espírito, e que está, em nossos dias, fazendo muitos entenderem ser o poder do ESPÍRITO SANTO a se manifestar. Como no início do pecado nessa Terra, como durante esses seis mil anos, assim, agora, no final, por meio de enganos, também satanás tenta seduzir as pessoas a adorarem a ele, pensando estarem sob o poder de DEUS.

REFLEXÃO: "A música, muitas vezes, é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação. Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a alma." (Ed. pág. 166)
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