Comentários Lição 04 - Criação: Um Tema Bíblico (Prof. Sikberto Marks)


Semana de 19 a 26 de janeiro

Verso para memorizar: “Vi outro anjos voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a DEUS e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apoc. 14:6, 7).

Introdução de sábado à tarde
A Bíblia pode não ser aceita por muitos cientistas, talvez não seja aceita pela maioria deles. Todos tem o direito de duvidar e de se posicionar, mas ninguém, e muito menos um cientista, tem o direito de se posicionar sem conhecer aquilo de que emite opinião. Uma pessoa comum dizer: “o papel aceita tudo”, isso podemos entender, é apenas uma pessoa comum, não tem cultura, não conhece o método científico e nem a ética científica. Mas um cientista emitir uma opinião e se posicionar sem TER EXPERIMENTADO aquilo que está julgando, isso não é menos que o fracasso da ciência.
A Bíblia é para ser experimentada, e experimentar, é atualmente, e faz tempo, o método científico aceito. Para julgar o que muitos aceitam como sendo a Palavra de DEUS, primeiro tem que experimentá-la, tem que se entregar a DEUS como ela ensina, tem que sentir se DEUS ama ou não ama, tem que se submeter à transformação de DEUS. Então, se depois de fazer isto, nada melhorou na vida do tal cientista, ou seja lá de quem for, como um ateu, então sim, ele pode emitir juízo sobre a Bíblia como Sua palavra, dizendo o que aconteceu. Portanto, a Bíblia só pode ser julgada por alguém que fez o que ela ensinou e se isso não deu certo. Podemos ter certeza que todos aqueles que denigrem a Bíblia é porque não a experimentaram, e se forem cientistas, nem mesmo seguiram o método científico que esses cientistas defendem, e que é exatamente o método que a Bíblia também defende, ou seja, EXPERIMENTE A DEUS! Talvez tenham medo de serem transformados!
Outra coisa, a Bíblia conta a história da humanidade de forma invertida aos livros de história. É até interessante que os cientistas, principalmente os historiadores, os arqueólogos, os que estão ligados às coisas do passado, pesquisem e se concentrem nos fatos relatados pela Bíblia. Mas isto não é o mais relevante. A Bíblia é o único livro escrito em linguagem humana, que a nós está disponível, e é o livro mais disponível de todos, que conta a história antes dela acontecer. Nisso ela também pode ser testada para ver se é verdadeira, se tem origem humana ou divina. Afinal, qual é o ser humano que conhece o futuro com 100% de acerto? Qual é o cientista que pode afirmar fatos sobre o futuro e que depois se confirmam no mesmo nível de probabilidade como os profetas da Bíblia? A meteorologia? A economia, quando trata do índice de inflação futura e do crescimento do Produto Interno Bruto? A ciência dos homens erra demais, mas se chama ciência; a Bíblia acerta todas, e se chama o quê, por parte dos cientistas, ao menos muitos deles?
Nesta semana estudaremos sobre a criação ao longo da Bíblia. Como em nossa casa estamos experimentando esse livro, e temos certeza que DEUS já nos transformou em admirável medida, assim como ainda tem muito por fazer e o fará, também temos confiança de que, o relato deste livro sobre as origens é absolutamente confiável.

  1. 1.      Primeiro dia:  A criação em Gênesis 2
Estas são as origens dos céus e da Terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor DEUS fez a Terra e os céus” (Gen. 2:4. RC).
Foi Moisés, profeta de DEUS, quem escreveu o Gênesis, entre outros livros. Alguém poderia argumentar: mas Moisés é um homem, sujeito a erros. A resposta é simples: é evidente que DEUS cuidou de Sua Palavra escrita por homens. E no tempo de JESUS, o Messias ratificou esse relato quando Se referiu a Gên. 1:27 e 2:24, confirmado o que Moisés escreveu. Aliás, é evidente que JESUS, se houvesse algum erro a ser concertado, o teria feito no tempo em que viveu entre os homens, pois outras coisas Ele corrigiu, se bem que não os escritos, mas sua interpretação. Por exemplo, Ele corrigiu a má interpretação que davam sobre o divórcio, quando disse que Moisés lhes deu, e isto está escrito – uma instrução sobre a possibilidade de um homem dar carta de divórcio a sua esposa. Isto foi permitido porque aqueles homens tinham um coração duro, mas que no princípio não era assim. DEUS havia criado para que vivessem juntos sempre, e fossem felizes, e a felicidade só é possível encontrar no plano de DEUS.
Em Gênesis capítulo 2 encontramos quatro temas. O primeiro é sobre a instituição do sábado. Isto está em Gên. 2:1 a 3, e ficaria bem melhor se estivesse no final do capítulo um. O segundo tema é o detalhamento da criação do homem, que já aparece no capítulo um, verso 26 e 27. O terceiro tema desse capítulo é o detalhamento da criação da mulher. O quarto tema é a instituição do casamento, entre um homem e uma mulher. Essa é a sociedade vital para que haja vida com felicidade. Então temos informações paralelas associadas, que tratam das plantas para serem bonitas (verso 9), dos principais rios do jardim, do ouro, e da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Interessante é notar qual foi a razão da criação da mulher. Era para que o homem não se sentisse só. Era para ser uma companheira, que fosse idônea, isto é, que estivesse no mesmo nível em todos os sentidos, nem acima nem abaixo. Isto faz todo sentido, pois, como poderia haver amor entre um homem e uma mulher se algum deles dominasse sobre o outro? Seria algo muito difícil! A grande causa primária dos divórcios hoje é uma só: um quer dominar sobre o outro, um quer ter mais razão que o outro, um quer ser mais importante que o outro, coisas assim. Enquanto o correto é um servir o outro, como JESUS viveu aqui entre nós, o que em geral o ser humano faz é impor sua vontade sobre a vontade de seu próximo. E foi DEUS quem alertou sobre esse problema quando, em Gên. 3:16 disse que o marido governaria sobre a mulher. Não era para ser assim. A mulher perdeu o status de estar no mesmo nível diante de Adão por causa da força física, que com a entrada do pecado passou a ser um recurso de relacionamento. A força física passou a servir como meio para impor a vontade quando a outra parte não concorda. E se formou naquele dia o motivo para futuras separações, porque a dominação expulsa o amor do lar. Portanto, quem desejar ser feliz, terá que vencer a fraqueza do ser humano de querer dominar sobre o cônjuge. Sabe qual é o segredo daqueles casais que se dão bem? Simples. Eles recorrem a DEUS para que o Criador os transforme a tal ponto que neles não se cumpra o efeito do pecado – de um ser mais que o outro.

  1. 2.      Segunda: A criação nos Salmos
Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos” (Salmos 19:1). Esse é um dos Salmos de Davi. No Salmo 8:5 diz que DEUS fez o homem por um pouco menor que os anjos. Em diversos Salmos descreve a ação de DEUS. Ele estendeu o céu, fez a atmosfera, firmou os fundamentos da Terra, cobriu a terra de verde, separou a terra da água, encheu a terra de habitantes. Ele plantou um jardim, isto quer dizer que o local de cada planta era planejado para que tudo tivesse harmonia e beleza. É nos Salmos que vemos não só que houve criação, mas que ela era bela para ser apreciada e para se viver feliz.
“O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem a existência. E, onde quer que se apresente, na Bíblia, Seu direito à reverência e adoração, acima dos deuses dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. “Todos os deuses dos povos são coisas vãs; mas o Senhor fez os céus.” Sal.96:5. “A quem pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas.” “Assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a Terra, e a fez; … Eu sou o Senhor, e não há outro.” Isa. 40:25 e 26; 45:18. Diz o salmista: “Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele, e não nós que nos fez povo Seu.” “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemo-nos diante do Senhor que nos criou.” Sal. 100:3; 95:6. E os seres santos que adoram a Deus nos Céus, declaram porque Lhe é devida sua homenagem: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder porque Tu criaste todas as coisas.” Apoc. 4:11” (Exaltai-O, MM 1992, p. 51).
“Com que maravilhosa beleza foram modeladas todas as coisas na natureza! Por toda parte vemos as obras perfeitas do grande Artista. Os céus declaram a Sua glória; e a Terra, que foi formada para a felicidade do homem, nos fala de Seu inigualável amor. … Chamo vossa atenção para essas bênçãos, advindas da generosa mão de Deus. Que o renovado brilho de cada manhã desperte louvor em vosso coração por essas provas de Seu amoroso cuidado” (Refletindo a CRISTO, MM, 1986, 293).

  1. 3.      Terça: A criação no livro de Jó
Jó, fiel servo de DEUS não entendia a sua situação. Afinal, ia tudo bem, tinha filhos e filhas, mas de um momento para outro tudo ruiu, ele perdeu tudo exceto sua esposa e a própria vida. Como pode alguém assim reconhecer que DEUS existe e que Ele é amor? Jó, porém, nem em seus piores momentos perdeu a fé em DEUS. Ele estava provando para as forças do mal que um homem pode ser fiel a DEUS. E para provar isto, para que o teste fosse aceitável, não poderia saber do que se tratava e nem como seria o momento seguinte ao teste.
No auge do sofrimento, quando os seus amigos se calaram, quando nem ele e nem seus quatro amigos tinham o que falar, então DEUS entrou em cena. Foram momentos de arrepiar os cabelos. Um homem, aparentemente condenado por DEUS, recebe o próprio DEUS, e este fala com o homem. Então o Criador, em pessoa, revela coisas impressionantes. Ele Se apresenta como quem criou todas as coisas, desde os fundamentos da Terra, do mar, das nuvens. Ele foi quem colocou os limites do mar para a terra. Ele foi quem deu origem à luz. E antes da luz natural, Ele mesmo foi a luz. Pois de DEUS vem a luz natural como a luz do conhecimento. Tudo o que existe carrega conhecimento que veio de DEUS. Este é o conhecimento que está à disposição da ciência; por isso esta ciência deveria ser a primeira a reconhecer o Criador e dar-Lhe glórias. Mas hoje ela é a primeira a dizer: “DEUS não existe.”
Este Jó, por sua fidelidade, criou grande oportunidade a que mais quatro pessoas também pudessem ouvir diretamente de DEUS relato sobre a criação de todas as coisas. Que coisa impressionante deve ter sido aqueles momentos! DEUS falando como Ele criou! Pois um dia, todos nós teremos a mesma oportunidade de ouvir do Criador sobre como Ele cria tudo do nada. Mas haverá uma diferença entre nós e Jó: nós, e ele também, estaremos em condições de perfeição.

  1. 4.      Quarta: Os profetas e a criação
“Assim diz o Senhor; que criou os céus, o DEUS que formou a Terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada; Eu Sou o Senhor; e não há outro” (Isa. 45:18).
Os profetas tem privilégios que nós outros só temos indiretamente. Eles aprendem diretamente de DEUS. Nós aprendemos dos profetas. Portanto, eles obtiveram o conhecimento verdadeiro de primeira mão.
A ciência secular está bem atrás dos profetas. Isso é curioso, pois se os cientistas fossem mais humildes poupariam muito dinheiro e principalmente tempo em suas pesquisas. Em especial sobre as origens. Deixariam de trilhar pelo caminho que um dia descobrirão ser falso (falamos do caminho da evolução das espécies). Também a história poderia ser compreendida de modo mais preciso considerando o conhecimento vindo de quem sabe todas as coisas. Além disso, o futuro poderia ser melhor planejado, se os cientistas e os políticos, bem como os jornalistas considerassem as profecias. O mundo viveria não na escuridão como vive hoje, imaginando-se um futuro que não será como pesam ser. Mas os sábios do mundo rejeitam a Bíblia, que são os escritos dos profetas de DEUS. É por isso que o mundo só prospera aparentemente. É como está escrito: “crede em Seus profetas e prosperareis…” Os altamente diplomados do mundo só creem em si mesmos, e mudam seus paradigmas na medida em que vão descobrindo seus erros. É como mudar de um erro para outro, mas nunca sair do erro.
Sobre a criação, também temos a palavra dos profetas. Essa palavra é confiável, pois ela vem da parte de quem pronunciou aquelas palavras que fizeram aparecer todas as coisas. O mesmo que disse “haja luz” também foi o que iluminou as mentes dos profetas para que tivessem o conhecimento verdadeiro que nos foi transmitido.
E o que escreveram esses profetas? Em primeiro lugar, analisando o verso de Isaías, acima transcrito, fica explicado que este planeta Terra, quando no princípio DEUS criou o universo, foi posicionado de tal maneira que pudesse abrigar a vida. Como já explicamos na lição número dois, a Terra gira em torno do Sol a uma distância e velocidade tal que se torna compatível com as exigências da vida do modo como DEUS imaginou. Então, lá no princípio, que não sabemos há quanto tempo ocorreu, DEUS já havia disposto o Sol, no contexto de nossa galáxia, e os planetas de nosso Sol de maneira que aqui um dia Ele pudesse criar a vida. E assim foi.
Isaías, seguindo os versos da lição, diz que DEUS fez tudo sozinho. E um pouco mais adiante o mesmo profeta diz que DEUS declarou que foi Ele quem criou a Terra. Jeremias declarou que DEUS para fazer a Terra utilizou Sua sabedoria, poder e inteligência. DEUS, com seu poder e infinita inteligência não necessita de realizar trabalho físico, faz se assim desejar, como na criação de Adão e Eva. Ele tem tanta inteligência que é capaz de fazer o que quiser somente pelo uso dessa inteligência.
Amós diz que esse DEUS que formou tudo tem até a capacidade de conhecer os pensamentos dos seres humanos. E isso é absolutamente necessário para que Ele governe. Assim, só DEUS é capaz de ser excelente no governo, de ser um Rei perfeito, pois como poderia alguém governar sem saber o que se passa nas mentes de seus súditos? Aqui na Terra os governos são bem frágeis por este motivo: os governantes não sabem o que se passa entre o povo, embora tenham algumas informações bem escassas vindas de seus serviços de inteligência e às vezes de espionagem. Mas DEUS é diferente. Ele sabe o que todos pensam, e ama a todos eles; portanto, utiliza esse conhecimento para prover o bem a todos. Isso sim que é governo perfeito; aliás, só assim poderia ser perfeito.
Jonas diz que DEUS é o Senhor do Céu e da Terra. E Zacarias diz mais uma vez que DEUS fez o Céu e fundou a Terra. Assim como esses versos, há muitos outros indicando quem é o Autor do Universo e da vida. A vida é um ponto interessante. Fica o desafio para aqueles cientistas que tanto insistem em dizer que a vida surgiu espontaneamente: Se naqueles tempos se teriam formadas as condições necessárias para a geração espontânea da vida sem que alguma inteligência agisse, hoje, que há tanta inteligência no mundo, que refaçam nos laboratórios estas condições e recriem outra vez a vida, e creremos. Nunca conseguirão. A vida só pode vir de DEUS, que a tem em Si mesmo.

  1. 5.      Quinta: A criação no Novo Testamento
Apocalipse 14:7 diz que devemos adorar aquele que fez todas as coisas. Em Apocalipse 4:11 diz que DEUS é digno de receber toda honra porque Ele é o Criador de todas as coisas, pois por meio dEle tudo o que existe veio a existir. Em Apoc. 10:5 e 6, fez um juramento pelo nome daquele que criou todas as coisas. Também em Apoc. 21:5 DEUS diz que fará novas todas as coisas; Ele irá recriar tudo.
O que de especial podemos aprender dessas passagens bíblicas? Que, assim como no Antigo Testamento, também no Novo Testamento DEUS é identificado como O Criador de todas as coisas e por esse motivo Ele merece ser adorado. O motivo da adoração é por ser DEUS Criador, e Recriador. O sábado está vinculado com a criação, ao poder de DEUS para fazer existir o que desejar, inclusive seres humanos com vida. O sábado tem tudo a ver com a criação, não com a ressurreição de JESUS, que é apenas um dos muitos atos do poder de DEUS: ressuscitar os mortos. Mas não é o Seu único poder. Ele tem todos os poderes, e é por ser Criador que Ele deve ser honrado e adorado, e o sábado tem essa dimensão completa em relação a DEUS. O sábado lembra de que DEUS criou todas as coisas que existem, não apenas de ter ressuscitado a JESUS CRISTO.
Também no Novo Testamento a lição destaca o discurso de Paulo. Ele referiu-se aos sábios filósofos atenienses, como um pregador ao “DEUS desconhecido”, aquele que fez o mundo e ordenou todas as coisas por meio de leis e que por meio dEle tudo continua existindo. Mas, ao que tudo indica, assim como hoje, aqueles sábios que se diplomavam entre si, ou seja, que se honravam um pelo outro, também como hoje, queriam mesmo participar de debates vazios, fundamentados em especulações. Nada diferente de hoje. Eles se haviam apegado em tal intensidade à suas próprias ideias, que eram nada, que não conseguiram suportar um pensamento diferente. Ouviram o que Paulo dizia, mas não por muito tempo, e foram embora. O mesmo acontece hoje, na moderna ciência. Os cientistas não conseguem admitir algo diferente de suas ideias fundamentadas em especulações e em aparente ciência. É triste, mas será uma realidade: eles verão o seu erro quando for tarde demais para acertarem seus pensamentos. E mesmo assim, não admitirão que erraram, pois geralmente aquele que milita em erro por conta de seu orgulho não se arrepende.

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A criação é um processo sobrenatural. Ou seja, só um Ser, como DEUS, é capaz de realizar algo que antes não existia. A criação é o início de coisas que passam a existir com um comportamento definido por leis. Daí em diante nós seres humanos entendemos como sendo natural, pois há leis.
O processo sobrenatural da criação é assim entendido por nós, que não podemos explicar como DEUS pode ter tal poder. Mas para DEUS criar é algo perfeitamente natural. Afinal, Ele, com os poderes que possui em dimensão ilimitada, pode ao mesmo tempo definir o que vai criar, como isso irá funcionar, ou seja, por meio de que tipo de leis funcionará, e qual será a sua utilidade. Isso é tão fácil para DEUS que Ele simplesmente cria por meio do pensamento e das palavras. Ele não necessita fazer esforço físico. E para Ele isso é algo normal, natural.
As leis que Ele estabelece no que criou estão inteiramente vinculadas ao amor, que Ele é. E nem poderia ser diferente. Aliás, JESUS mesmo explicou isso ao dizer “até que o Céu e a Terra passem, nem um jota (j) ou um til (~) jamais passará da lei…” E nem poderia ser diferente, pois as leis são por DEUS estabelecidas para que as coisas que Ele cria funcionem de acordo com a Sua vontade.
No Universo podemos constatar uma certa ordem e regularidade, mas onde há vida essa ordem motivada pelas leis é bem superior. Por exemplo, em nosso planeta Terra há bem mais leis que na Lua ou que em qualquer outro planeta do sistema solar, e mesmo mais que no próprio Sol. É porque aqui há vida, e principalmente vida inteligente. Os planetas do sistema solar não ameaçam a Terra, nem aqui, pelo menos após a criação da vida, cairia um meteorito tão grande para nos extinguir. DEUS não deixaria essa possibilidade.
Mas, ao que os estudos indicam, em lugares do Universo onde a vida não foi criada, grandes fenômenos e espetáculos ‘pirotécnicos’ estão ocorrendo, como os violentos choques de galáxias e de estrelas, com extinção de corpos celestes e formação de outros. Ali DEUS colocou leis adequadas ao funcionamento, por certo, de impressionantes demonstrações da força da natureza, força esta que veio de DEUS como Criador. Mas onde DEUS coloca as leis morais em seres capazes de entender as consequências de seus atos, tais coisas não ocorrem. Ali as coisas não são mais sem forma e vazias, mas há perfeita ordem e perenidade. Ali funcionam as leis do amor associadas às leis da física. Também isso um dia poderemos estudar e entender mais profundamente sobre as leis de todas as coisas relacionadas com a lei moral do amor. Por enquanto, nos basta entender que, quando DEUS cria vida, Ele associa às leis naturais outra lei, a que cuida do comportamento inteligente que só pode vir da parte de seres criados à imagem e semelhança do próprio Criador. Nesses lugares, o bom funcionamento das leis naturais depende da obediência por parte dos seres inteligentes à vontade de DEUS, que é o amor. Se os seres inteligentes se amarem como DEUS os ama, então toda a natureza funcionará perfeitamente conforme as suas próprias leis. E ao contrário dos choques entre galáxias e estrelas, nesses lugares não haverá terremotos, nem tempestades, nem qualquer outro tipo de perturbação natural. O equilíbrio perfeito depende da atitude dos seres morais: ou se amam ou se odeiam.

Assista o comentário clicando aqui.

Comentários Lição 04 - Criação: Um Tema Bíblico (Prof. César Pagani)


19 a 25 de janeiro de 2013

Verso para Memorizar:
Verso em Destaque: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Ap 14:6, 7.

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.  
           
Em todo o transcurso do texto bíblico, há várias referências diretas à Criação. A Bíblia é, por excelência, não um, mas o Livro criacionista. Sendo verdadeira como é a Palavra de Deus, nela descobrimos como tudo começou e quem fez todas as coisas visíveis e invisíveis. Há 20 referências – na Almeida Revista e Atualizada – a Deus como Criador. Dez menções do termo criação. Há na Escritura inúmeros empregos do verbo fazer como ato divino em relação à produção de coisas criadas.
            A Constituição do Universo, a Santa Lei de Deus, traz em seu quarto artigo a afirmação de que Deus é o Criador de todas as coisas.
            O sistema de dízimos e ofertas de Israel estava fundamentado no conceito de que, por Deus ter criado tudo quanto existe, tem direito de requerer oferendas. Muitas vezes a Escritura afirma que a Deus pertencem todas as coisas, confirmando assim como detentor legítimo de tudo quanto há.
            Deus é Senhor, a maior Autoridade do Universo, por força de Seu status de Criador. Ele pode reivindicar com toda a legitimidade qualquer coisa, pois dEle tudo se origina. 
Criador por amor - “Foi o Criador de todas as coisas que ordenou a maravilhosa adaptação dos meios ao fim, e do suprimento às necessidades. Foi Ele que no mundo material proveu para que todo o desejo implantado devesse ser satisfeito. Foi Ele que criou a o ser humano, com sua capacidade para saber e amar. E Ele não é por natureza de molde a deixar não satisfeitos os anelos do coração. Nenhum princípio intangível, nenhuma essência impessoal ou simples abstração poderia satisfazer às necessidades e anelos dos seres humanos nesta vida de lutas com o pecado, tristeza e dor. Não basta crermos na lei e na força, em coisas que não têm piedade ou nunca ouvem o brado por auxílio. Precisamos saber acerca de um braço Todo-poderoso que nos manterá, e de um Amigo infinito que tem piedade de nós. Necessitamos agarrar-nos a uma mão aquecida pelo amor, confiar em um coração cheio de ternura. E efetivamente assim Deus Se revelou em Sua Palavra.” Ed, 133. 
   
DOMINGO

A criação em gênesis 2
“Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou.” (Gn 2:4) Este verso faz uma afirmação inquestionável em termos de verdade. Em outras palavras: “Foi deste jeito e acabou a história!” Não há aqui qualquer especulação, qualquer traço de teoria, suposição, conjectura, elucubração. Além de ser revelador, o texto está vazado em lógica mui consistente.   
Um cientista cristão disse que a verdade é descoberta, não inventada. Ela existe independentemente do conhecimento que uma pessoa tenha dela (a lei da gravitação universal existia antes de Newton). Antes da existência do livro de Gênesis, que Moisés escreveu provavelmente cerca de 1.420 a.C., a verdade da criação já existia há 2.584 anos.  
O capítulo dois de Gênesis acrescenta detalhes ao que foi registrado concisamente no capítulo anterior. Ele conta como Deus criou o homem. O modus creandi ou modo de criação foi registrado para revelar o candente amor divino expresso na realização do ponto alto do processo criador. Deus não falou: “Apareça o homem” ou “Produza a terra o homem segundo nossa imagem e semelhança”.
Ele fez questão de modelar com Suas santas mãos a figura daquele que seria o rei do novo mundo. Imaginemos o Senhor juntando mais ou menos uma tonelada e pouco de argila úmida e depois, como habilíssimo escultor, modelando detalhadamente a “escultura” de Adão.
Jesus avalizou o relato bíblico da criação do homem afirmando que Deus criou homem e mulher. Adão foi criado de matéria inorgânica, porém insuflado do hálito de Deus. Já, Eva, de matéria orgânica, de carne viva, recebendo também o sopro de vida. Por que o Senhor não fez Eva de barro também? Ele poderia ter modelado duas estátuas ao mesmo tempo, mas não o fez. Se assim fosse, Adão não poderia ter entendido o significado da união conjugal, se sua companheira não fosse osso de seus ossos e carne de sua carne. A mulher proveio do homem, mas na geração seguinte, o primeiro filho nascido aqui, Caim, proveio da mulher. O conúbio ou ligação íntima propagaria a espécie. Homem e mulher seriam necessários para cumprir o propósito divino de povoar a Terra. O senso de ligação entre os dois deve ter sido muito forte também. 
O modo de Deus proceder na criação do primeiro par traz-nos lições importantes. O homem, mesmo em seu estado perfeito, precisava de alguém que o completasse. Não fosse assim e Deus não procuraria uma “adjutora” para ele.  Adão era “metade de uma carne”; Eva era “metade de uma carne”. Deus juntou os dois e eles se tornaram uma só carne, um organismo vivo e palpitante destinado a desfrutar eterna felicidade. Dois seres, uma só vida.  
SEGUNDA
            O salmo 8 nos dá em breves palavras uma aula de cosmogênese, isto é, da origem dos cosmos. Se você perguntar ao texto do salmo sobre como os céus vieram a existir, ele lhe vai dizer que o Senhor (leia-se Jeová), através de Suas obras, magnificou o Seu nome “em toda a Terra”. Mas Ele não criou somente a Terra com suas maravilhas.  Ele também pôs Sua glória nos céus. Uma contemplada nos céus constelados é suficiente para ter pálida ideia da grandeza do Criador e da pequenez do ser humano em relação ao Universo.
            A propósito, o astrônomo e escritor Iain Nicolson escreveu: “A Terra onde vivemos é apenas um planeta de uma família que gira em torno do Sol, enquanto esse não é mais que uma estrela comum no enorme sistema estelar – a Via Láctea – que é nossa galáxia. Da mesma forma, nossa galáxia é simplesmente uma pequena partícula entre as incontáveis galáxias que vão até o extremo do Universo visível – algumas delas tão distantes que sua luz leva milhares de milhões de anos para chegar até nós. Na verdade, o Universo que pode ser observado abrange centenas de milhares de milhões de milhões de milhões de quilômetros. Contra o fundo do Universo, a Terra parece realmente bem insignificante. E o homem, muito mais insignificante ainda.” Astronomy, p. 10.
            Esse salmo também diz que as mãos do Criador estão patentes na Terra, onde Ele cercou o homem de todos os privilégios, inclusive o de domínio do planeta. Os animais, tanto domésticos quanto selvagens, são também obra do Senhor.
            Deus é o único Ser transcendente. Ele, diz o salmo 104, Se veste de luz como de um manto. Muito antes de povoar a Terra, o Senhor lançou-lhe os fundamentos, isto é, seu núcleo interno, núcleo externo, manto inferior, manto superior e crosta.

            O abismo ou oceano (verso 6) foi feito como coberta aquática do planeta.  Os versos 7-9 referem-se claramente ao ato divino descrito sucintamente em Gn 1:10, quando Deus fez surgir a porção seca. Porém, esse salmo diz mais. Ele não somente é o Criador, mas também o Mantenedor da vida, porquanto por Seu poder faz “crescer a erva para os animais e as plantas para o serviço do homem”. O salmo 24 também dá testemunho de Deus como o Criador de tudo. 
            Já o Sl 33 testifica do modo criador, ou seja, da maneira como o Senhor criou tudo – pelo poder de Sua palavra. O Sl 74 fala do Senhor como autor do dia e da noite, do Sol e da Lua, das estações do ano.
            Por fim, o Sl 89:11 afirma os direitos de propriedade do Criador sobre os céus e a Terra. Tudo Lhe pertence e a ele todos os seres criados devem louvor e honra.


         No pito ou repreensão que Deus deu em Jó por causa das intempestivas palavras do angustiado e sofrido patriarca, Ele Se apresenta como Criador e faz um tipo de romaneio de Suas obras na Criação. Deus desafia Jó a ensinar-Lhe sabedoria, conhecimento e poder.
Deus começa desafiando Jó a explicar-lhe como o mundo teve início, e por que a Terra tem as exatas dimensões que apresenta. Por que Deus não a fez do tamanho da Lua ou de Júpiter, com seus 142.880 km de diâmetro equatorial, com um giro diário sobre seu próprio eixo em nove horas e 51 minutos? E a proporção perfeita entre porção seca e porção líquida?
E o Senhor foi mais longe. Pediu explicações a Jó sobre as camadas fundamentais que se encontram abaixo da terra, ou os alicerces do mundo.
Até o clima de júbilo reinante durante o espetáculo da Criação o Senhor descreveu, dizendo que havia coros celestiais entoando cânticos de louvor e os brados de alegria dos habitantes dos mundos já criados e da hoste celestial.
Os matemáticos limites que Deus estabeleceu para o ar, a água e a terra, a fim de constituírem um lar perfeito para homens e animais. Deus sabia o exato peso que a crosta terrestre suportaria quando o mundo fosse totalmente povoado, o espaço que precisaria haver entre vegetação, águas, culturas de alimentação, moradias, etc.
Deus pergunta a Jó se ele já passeara, por acaso, pelo fundo dos oceanos e se já examinara suas nascentes (v.16).
O Senhor está procurando dar a Jó uma ideia de Sua infinitude e poder e fazê-lo compreender Sua soberania. Ninguém tem o direito de dizer-Lhe o que fazer, como fazer, como dirigir os negócios do Universo. A tragédia de Jó quase o levara à insanidade mental e espiritual. “Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.” (Is 45:9)
Deus poderia haver-Se apresentado como Juiz, Imperador, Magistrado, mas Ele preferiu fazê-Lo como Criador. É uma presença altamente convincente. A falta de conhecimento mais profundo de Deus por parte de Jó, ficou mui evidenciada nesse diálogo. E tanto que o patriarca mais tarde afirmou: “Certamente falei do que não entendia, coisas maravilhosas demais para mim, e que eu não compreendia.” (Jó 42:3) O diálogo com o Criador produziu profundo arrependimento no provado homem: “Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza." (Jó 42:6)

QUARTA
A criação nos profetas
            Isaías apresenta duas afirmações de autoria divina do Universo. Uma delas se encontra no versículo 12 do capítulo 45: “Eu fiz a Terra e criei nela o homem. As Minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei Minhas ordens.” O testemunho da Criação é dado por seu próprio Autor. Essa declaração é assinada de próprio punho por Aquele que fez todas as coisas. O versículo 18 apresenta a declaração de propósito do Criador. Por que Ele criou a Terra? Para ser habitada.  Deus fez mais um cômodo em Sua casa universal a fim de abrigar mais filhos para o Seu deleite.
            Este planeta é maravilhosamente adaptado para a vida humana e animal. Não temos ideia do porquê de Deus ter criado mais oito planetas alem da Lua para compor o sistema solar. Talvez esteja nos planos do Criador preparar mais lugares para habitação de seres santos. Mercúrio, por exemplo, apresenta condições totalmente inóspitas. Suas temperaturas variam de 400o C no lado iluminado, a -200o C no lado escuro. Vênus –que é o planeta mais semelhante á Terra ,também tem altas temperaturas (entre 455o C e 495oC) e tem atmosfera constituída de 95% de gás carbônico).
            Urano, Netuno, Plutão, Júpiter, Marte, Saturno apenas “enfeitam” no momento a paisagem cósmica. É possível que Deus tenha planos futuros para eles.
            Neemias 9:6 atesta que Deus é o Criador. O salmista, autor do Sl 102, diz que  Terra, céus são obras das mãos de Deus. Isaías, Jeremias, Amós, Jonas e Zacarias, também dão seus testemunhos criacionistas.
            É aqui que entra o argumento teleológico que conceitua que todo projeto tem um arquiteto; toda finalidade tem sua causa. É o clássico argumento de que todo relógio implica na existência de um relojoeiro.
            Ninguém desprovido de preconceito pode deixar em sã consciência de admitir que tudo quanto nos cerca tem lógica e ciência. Não é possível observar os maravilhosos processos ocorrentes em nosso próprio organismo e achar que toda essa complexidade veio de um fortuito concurso de átomos, que resolveram unir-se e realizar um projeto de milhões de anos.       
           
 criação no novo testamento
            Paulo estava em Atenas, a capital cultural, científica e filosófica do mundo antigo. Revoltado com a espraiada idolatria ali reinante, resolveu, como campeão do cristianismo, levar luz àqueles que se julgavam sábios, mas, na verdade, estavam em trevas totais. Ele resolveu empreender um movimento de esclarecimento, começando pelas sinagogas, passando pelas praças públicas e locais de reunião de intelectuais.
            Era comum haver discussões abertas nos logradouros públicos sobre os mais variados assuntos. Lá se reuniam as classes mais ilustradas, bem como o povo comum para ouvir debates e discursos. Sempre circulando pela cidade em busca de contendas filosóficas, pensadores das várias escolas gregas juntavam-se à multidão e se envolviam em altercações com quem expunha sua filosofia.
            Ao observarem Paulo, filósofos epicureus e estoicos perceberam que ele explicava “coisas estranhas” e falava sobre “deuses estranhos”. Sua curiosidade foi despertada pela “nova doutrina” (At 17:19) que aquele “falador” ensinava. E que nova doutrina era essa? 
            Paulo, aproveitando-se da existência de um altar dedicado ao “deus desconhecido”, começou sua explanação falando que esse deus era o Criador de todas as coisas, Senhor de todas as coisas, doador da vida  e seu mantenedor. Uma verdadeira revelação-bomba para quem cria nos deuses olímpicos, subolímpicos, em divindades dos mares e das águas, das montanhas, dos bosques, dos campos, das cidades. Um Deus único... impossível!
            O Areópago foi o palco da histórica pregação de Paulo. Os ouvintes, na opinião do Dr. John D. Davis, eram um “auditório de filósofos”.
            Paulo argumentou que deuses feitos por mãos humanas não poderiam ser divinos. Nada mais eram do que ouro, prata, mármore (como as famosas estátuas do escultor Fídias), pedra, madeira... O Deus que Paulo pregava fazia muito mais sentido do que os deuses do panteão grego.
            A base da crença do apóstolo era o relato de Gênesis, assim como escrito por Moisés sob inspiração do Espírito Santo. Enquanto os gregos se fiavam em lendas feéricas (fantasiosas), o firme fundamento do apóstolo eram as Escrituras, com os inspirados testemunhos da Lei, dos Profetas e dos Salmos.
            A fé de Paulo estava firmemente construída sobre as Escrituras; a dos gregos, em “fábulas engenhosamente inventadas” (2Pe 1:16). 
             Só para se ter uma ideia do que criam os gregos sobre a origem de todas as coisas, transcrevemos um texto do livro Mitologia Grega e Romana, de autoria do Prof. P. Commelin: “O estado primordial , primitivo do mundo, é o Caos. Era, segundo os poetas, uma matéria que existia desde tempos imemoriais, sob uma forma vaga, indefinível, indescritível, na qual se confundiam os princípios de todos os seres particulares. Caos era, ao mesmo tempo, uma divindade, por assim dizer, rudimentar, capaz, porém, de fecundar. Gerou primeiro a Noite e depois o Érebo [região debaixo da Terra].” (p. 21)
                Nada mais simples e verdadeiro do que as palavras inspiradas: “No princípio, criou Deus os céus e a Terra.” “O que passar disto vem do maligno” (Mt 5:37).    
         São Paulo decidiu tentar convencer os atenienses das certezas da nova fé que encarnara. Para tanto se apresentou no areópago da cidade para travar um encontro com os intelectuais de Atenas. Quis seduzir os veneráveis homens de pensamento, herdeiros das escolas platônica e aristotélica, com as proféticas mensagens de Cristo e sua certeza no advento do Reino dos Céus. Foi o primeiro embate entre a fé cristã e a razão pagã que se tem registro, embate que iria se prolongar por séculos, mesmo depois do desaparecimento do antigo mundo pagão.
Related Posts with Thumbnails