Comentários Lição 01 - Jesus: Criador do Céu e da Terra (Prof. César Pagani)
29 de Dezembro de 2012 a 04 de Janeiro de 2013
Verso para Memorizar:
“No
princípio, criou Deus os céus e a Terra.” (Gn 1:1)
Nota
do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença
nos títulos diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e
esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.
Quer queiram os
evolucionistas, quer não, sua teoria está perdendo terreno, a despeito da “ajudazinha”
da grande massificação que desfruta mediante os canais de comunicação. Alguém
disse que a evolução não é, sequer, uma boa teoria científica. Os defensores da
utopia de Darwin afirmam de pés juntos que a vida surgiu de matéria inorgânica,
quando está mais que provado que não existe geração espontânea. A proposta
criacionista é mais razoável, embora não possa ser provada em laboratório,
porque o processo criacionista não pode ser reproduzido pelo homem.
O
evolucionismo, em termos gerais, não é nem uma teoria, nem uma hipótese.
Simplesmente foi imposto dogmaticamente, calcado em falsas interpretações de
evidências, notoriamente tendenciosas para anular a presença de uma
Inteligência Suprema.
O Dr. Willem J.
Ouweneel, pesquisador associado em Genética Experimental em Utrecht, Holanda,
com Ph.D. na Faculdade de Matemática e Ciências Naturais, afirmou que o
evolucionismo “não se enquadra
corretamente na ‘ciência natural’, mas sim no domínio da filosofia, por ser um
postulado materialista”.
O homem ainda
não descobriu um nano (medida ínfima) do que Deus pôs à sua disposição aqui na
Terra para aprender. A mente divina é difusa, afirma EGW, e não podemos
sondar-lhe os segredos, a menos que graciosamente os revele a nós. Sua bondade
e graça são tão imensas, que Ele próprio em pessoa veio nos ensinar alguns
segredos do Senhor Criador.
Jesus é o
Criador e também criacionista de convicção, porquanto demonstrou fé absoluta no
relato genesíaco e ensinou que um Deus Criador deu existência a tudo o que há
no Universo.
DOMINGO
No princípio
A
origem de todas as coisas é dada numa frase bíblica simples, porém, cheia de
significado e desafiadora às sondagens humanas: “No princípio criou Deus os
céus e a terra.”
Muita gente acha que o
primeiro capítulo de Gênesis não passa de mitologia, outros o têm como uma linguagem puramente poética; outros,
ainda, como simbolismo e uns poucos como teologia.
O
Cardeal Joseph Ratzinger, hoje papa Bento XVI, escreveu um livro sobre a
criação em 1981, preocupado com a situação que via em sua própria igreja. Ele
afirmou: “[...] A narração da criação está quase completamente ausente da
catequese, da pregação e até mesmo da teologia.” Hoje, os maiores defensores da
criação literal são os adventistas do sétimo dia, embora grande parte das
denominações cristãs creia na narrativa bíblica sem, porém, defendê-la
sistematicamente.
Pois bem, um dos versos de estudo para hoje aponta Deus como a causa prima ou origem de todas as
coisas. Os evolucionistas, os bigbanguistas e outros anticriacionistas
atribuem ao acaso a origem de tudo.
Einstein, em 1916, estava “quebrando a cabeça” com o que descobrira em seus
estudos sobre a relatividade geral. Segundo seus cálculos, o Universo não era
eterno, mas começara a existir a partir de determinado momento. A certa altura, muito intrigado, disse que
“queria saber como Deus havia criado o mundo. Não estou interessado neste ou
naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Quero conhecer os
pensamentos de Deus. O resto é detalhes.”
Mercê de Deus temos a Bíblia que nos traz à luz os fatos verdadeiros sobre
a criação.
Nada sabemos - podemos apenas teorizar vagamente - sobre o espaço de tempo
contido no termo beresith (princípio).
Esse pode ter ocorrido quando o Infinito Criador começou a trazer coisas à
existência. Não sabemos se as falanges angélicas foram criadas primeiro, ou se
Deus construiu a Nova Jerusalém, Seu santuário e trono; ou se fez o Terceiro
Céu e depois os outros dois céus (veja que Paulo fala ter estado no Terceiro
Céu [2Co 12:2). Não sabemos em que ocasiões da eternidade Deus criou o espaço
cósmico com todos os seus corpos.
O
Dr. Alexander Maclaren, notável comentarista bíblico, entende o “princípio”
como um período de remota e desconhecida antiguidade, oculto nas profundezas
das eras eternas. Nesse mesmo sentido o pensamento é utilizado em Pv 8:22, 23.
Não precisamos nos perder em raciocínios rebuscados ou propor
teorias para explanar esta ou aquela ação criativa de Deus. Não que isso nos seja vedado, mas não
poderemos ir além do que a Revelação se dignou expor-nos. “Pela fé, entendemos
que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio
a existir das coisas que não aparecem.” (Hb 11:3)
“Os mais profundos estudantes da
ciência são constrangidos a reconhecer na Natureza a operação de um poder
infinito. Ora, para a razão humana, destituída de auxílio, o ensino da Natureza
não poderá deixar de ser senão contraditório e enganador. Unicamente à luz da
revelação poderá ele ser interpretado corretamente. ‘Pela fé, entendemos.’ Hb.
11:3.
"’No princípio... Deus.’ Gn.
1:1. Aqui somente poderá o espírito, em suas ávidas interrogações, encontrar
repouso, voando como a pomba para a arca. Acima, abaixo, além - habita o Amor
infinito, criando todas as coisas para cumprirem o ‘desejo da Sua bondade’. 2
Ts 1:11.
"’As
suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder como
a Sua divindade... se veem pelas coisas que estão criadas.’ Rm 1:20. Mas o seu
testemunho poderá ser compreendido apenas mediante o auxílio do Mestre divino. ‘Qual
dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?
Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.’ 1Co
2:11.” Ed, 134.
SEGUNDA
O Infinito Criador propicia-nos todos os
dias uma macrotela para apreciarmos e estudarmos Suas obras – os céus cósmicos.
Os céus oferecem tal espetáculo aos olhos humanos, e tal é o impacto de sua
contemplação, que o salmista sentiu-se impelido a escrever: “Quando contemplo os Teus
céus, obra dos Teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o
homem, que dele Te lembres E o filho do homem, que o visites?” (Sl 8:3, 4)
Somos convidados a conhecer o Excelso através das obras que Ele
colocou no veludo negro do céu. “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou
estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem
contadas, as quais Ele chama pelo nome; por ser Ele grande em força e forte em
poder, nem uma só vem a faltar.” (Is 40:26)
Só para se ter uma ideia de
pequena parte (o cosmos visível) de Sua obra criadora, sabe-se que os
cientistas conseguiram calcular que existam – pelo menos o que foi detectado
até agora – 100 bilhões de galáxias. Essas podem conter alguns milhões de
estrelas (as galáxias menores) até centenas de bilhões (as galáxias maiores).
Calculando-se uma média de 100 bilhões de estrelas por galáxia, teremos a
ninharia de dez sextilhões (cada sextilhão é expresso por 1021 ,ou o
número 10 seguido de 21 zeros ) delas, isso sem contar planetas, asteroides,
sistemas e outros corpos celestes como nebulosas, nuvens, poeira cósmica, etc. Ah,
é bom lembrarmos que há ainda um infinito além para descobrir. Um estudioso das
ciências escreveu: “Se o
universo é infinito, os cientistas supõem que o número de corpos celestes que o
compõem deve ser igualmente infinito.”
Conta-se que Voltaire, filósofo
ateu, estava passeando com um amigo sob uma noite estrelada. Fixando os olhos
no céu, ele disse alguma coisa ao amigo, que depois alguém teve o cuidado de
colocar em trovas:
Assombra-me o
Universo
E eu procuro
crer em vão
Que haja tal
relógio
E um
relojoeiro, não.
Paulo
diz que Deus expôs Suas obras para mostrar ao homem que ele não tem nenhuma
desculpa para dizer que Jeová não existe, que tudo surgiu por um concurso
fortuito de átomos e longos períodos de misteriosa evolução inteligente, que
ajustou todo o Universo em única harmonia. A presença da mão criadora é sentida
claramente ao contemplarmos os céus.
Os céticos rompantemente se julgam superiores em inteligência aos
crentes no relato genesíaco. Eles se arrogam o poder de terem todo o
conhecimento e as explicações científicas (sic) para sustento do Big Bang e da
evolução. Chegam a dizer que “doa a quem doer, evolução é fato.” Palavras ocas
soltas ao vento, uivos desesperados de uma trágica ignorância. Não podem
provar científica e nem logicamente o
que dizem. Cabem-lhes bem as palavras registradas em Sl 10:4: “O perverso, na
sua soberba, não investiga;
que não há Deus são todas as suas cogitações.”
O texto a seguir tenta explicar em poucas palavras o Big Bang (as
interposições em vermelho são do comentarista):
A ciência atual não é capaz de nos
dizer o que teria acontecido "antes" do Big Bang. (Evidentemente,
ela não tem como explicar a existência da matéria antes de T=0; só afirma que
ela existia, e também não explica a potência
da energia desprendida da matéria
densíssima e quente pré-existente, e por que a temperatura aumentou a ponto de
produzir a explosão) Na verdade, pela física atual, o conceito de tempo está
intimamente ligado ao Big Bang. Portanto, falar em antes T=0" não tem
muito sentido. (Mas é claro! Os expoentes da teoria ficariam sem sentidos ao tentar
explicar porque uma explanação a respeito não faz sentido). Pelo que se
sabe hoje, podemos deduzir
o que teria acontecido, com certeza (Se é uma teoria [e um ato de dedução],
como é que eles podem ter certeza? Não têm como provar cientificamente o fato,
porque o momento de T menos O não se
repete), a partir de 1/200 de
segundo após o Big Bang. Com algumas hipóteses a serem
confirmadas ainda (hipóteses? Mas há pouco o articulista falou de
uma dedução com certeza), pode-se deduzir o que aconteceu a partir de uma parte em 1042
de segundo. Antes disso,
todas as teorias a respeito esbarram na
chamada "Parede de Planck", que impede que tenhamos qualquer certeza
do que teria acontecido... (Estão vendo, a Parede de Planck não
dá o DNA do Big Bang)
Existem
correntes que contestam a teoria do Big-Bang, e a mais famosa delas é a dos
discípulos do astrofísico inglês Fred Hoyle. Curiosamente foi Hoyle que cunhou
o nome Big Bang ao referir-se à teoria que nascia, sobretudo sob as batutas dos
físicos russos George Gamov e Aleksandr Friedmann, além do, também inglês,
Arthur Eddington, baseada nas equações da Relatividade Geral de Einstein. Hoyle
desdenhava a teoria e referiu-se a ela, em tom jocoso, como a teoria do BigBang (o Grande Bum).
Por ironia, o nome pegou e hoje a teoria é levada a sério (Por quem?
Pela mídia evolucionista, pelos cientistas ateus e pela maioria dos leigos).
Nota: A Parede de Planck é o conceito que
entende a indevassabilidade do universo existente antes do momento O do Big
Bang. Ninguém se atreve a declarar qual o cenário de antes do princípio
do Universo. Os entendidos admitem que havia matéria, energia, temperatura e
forças físicas e químicas atuantes.
TERÇA
O poder de sua palavra
Muitas vezes ficamos pensando
em como Deus realizou Sua obra criadora. Ele mandou e tudo logo apareceu espontaneamente,
sem prévio planejamento ou projeto de Sua
parte? Deus não pensa antes de realizar Suas obras? Apenas manda e tudo
acontece?
“Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele
ordenou, e tudo passou a existir.” (Sl 33:9) É verdade que a ordem de Deus é
inexorável, isto é, irrevogável e imediatamente executável. Porém, cremos que o
Senhor planeja com perfeição absoluta tudo quanto faz. Ele possui mente
infinita e conhece todas as ciências. Nada Lhe escapa ao saber.
Veja, por exemplo, a perfeição com
que nosso corpo funciona. Deus nos criou com vários sistemas que atuam
sinergicamente para promover a vida. Você ingere o alimento e esse é processado
de tal maneira que, de suas propriedades, obtemos proteínas, carboidratos, sais
minerais, vitaminas, hormônios, enzimas, substâncias químicas em profusão, etc.
Enfim, a vida.
Observe a maestria artística de
nosso Criador nos minúsculos flocos de neve. Dizem que não há um exatamente
igual ao outro. Seu desenho, simetria, equilíbrio, beleza são fascinantes.
Marco Túlio Cícero, orador e
filósofo latino, disse certa vez acerca do Universo: “Haverá quem possa
imaginar que esta disposição de estrelas e este céu tão exuberantemente
adornado, pudesse jamais ter sido formado por um fortuito concurso de
átomos?” Anaxágoras, filósofo grego que
viveu 500 anos antes de Cristo, dizia que só podia explicar a harmonia do
Universo como originária de uma “inteligência ordenadora, independente,
todo-poderosa, única e infinita.”
Pelo poder da palavra de Deus somos
mantidos vivos. Pela palavra de Deus tudo quanto existe se mantém em operação.
Deixasse Ele de dar ordens aos elementos de Sua criação, e tudo ruiria como um
castelo de cartas. “Nele tudo subsiste” (Cl 1:17)
Uma das mais maravilhosas ordens da
palavra de Deus é a realização de nossa salvação. Veja este maravilhoso texto: “Ordenaste que eu me salve...” (Sl 71:3)
Deus ordena
que todos os recursos do Céu sejam empregados em nossa salvação eterna. Ele dá
ordens e Seus anjos voam celeremente para atendê-las. Quando estamos em tentação e perigo, o Senhor
abre Seus santos lábios e ordena que o exército do céu nos cerque e proteja.
Não fosse assim e seríamos tragados pela sanha destruidora do maligno.
Jesus: Criador do céu e da terra
“Ele fez a terra pelo Seu
poder; estabeleceu o mundo por Sua sabedoria e com a Sua inteligência estendeu
os céus. Fazendo Ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e
sobem os vapores das extremidades da terra; Ele cria os relâmpagos para a chuva
e dos seus depósitos faz sair o vento.” (Jr 51:15, 16)
“Os céus por Sua palavra se fizeram e, pelo sopro de Sua boca, o
exército deles... Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a
existir.” (Sl 33:6, 9)
O método da criação é mostrado nos versos em estudo. Deus usa Seu poder,
isto é, Sua capacidade de produzir coisas, emitindo comandos. Arriscaríamos
dizer que a energia infinita do Deus incomensurável transforma-se em criaturas,
elementos, matéria, objetos, coisas, etc., à medida que Ele ordena. Antes de
criar qualquer coisa, Deus já a tem perfeitamente definida em Sua mente.
O Universo de Deus é
regido por Seu magnífico poder que atua mediante quatro forças fundamentais:
gravitacional, eletromagnética,
nuclear fraca e nuclear forte. A quantidade de energia contida
no Universo é totalmente incalculável. Não há Einstein, nem Stephen Hawking que
consiga nos dar uma ideia dela. O poder divino transformado em matéria está
espalhado por todo o espaço conhecido e desconhecido.
A sabedoria divina criou
átomos e com esses Ele fez toda a matéria. Segundo as aulas de química que
tivemos no colégio, aprendemos que existem 118 elementos químicos componentes
da matéria. Com sua combinação, recombinação, arranjos, rearranjos, etc., nosso magnífico Criador nos mostra sabedoria,
inteligência, poder, amor, propósito, interesse e facetas de Seu caráter
perfeito.
A despeito de haver
estabelecido leis fixas para o comportamento da matéria e das forças
universais, o Senhor não está restrito a elas. Ele pode modificá-las,
alterá-las e mesmo aboli-las, parcial ou totalmente, se assim requererem Seus
propósitos. Além da matéria, Deus também
criou a antimatéria, que é o oposto da matéria normal, da
qual é feita a maior parte do nosso Universo. Não vamos entrar aqui em
detalhes, pois esse não é o propósito do estudo, mas a menção é suficiente para
nos dar um vislumbre da fascinante sabedoria do Criador.
Que estupendo campo de estudos temos
à nossa disposição ao apreciarmos as obras do Senhor! O filósofo inglês John
Locke endossou esse conceito ao dizer: “Os sinais visíveis de Sua
extraordinária sabedoria e poder tão manifestamente reluzem em todas as obras
do Criador que, refletindo seriamente, toda criatura racional deve concluir que
existe Deus.”
QUINTA
O criador entre nós
O
Criador é sumamente transcendente, isto é, está infinitamente além de nosso
alcance e compreensão. Não há como medir a distância entre nós, criaturas, e o
Criador. Contudo, Ele contém Sua grandeza imponderável e relacionasse com Suas
criaturas.
No princípio Ele poderia ter feito a
Terra completa, seus habitantes e coisas, e isolar-Se em Seu trono, deixando
que tudo transcorresse sem Sua presença pessoal. Mas consideremos que todos os
dias, como já foi dito, Deus vinha do Terceiro Céu para encontrar-se com Adão e
Eva na parte da tarde. Era o prazer do Senhor estar em contato direto com a
humanidade e as obras da criação terrestre. Ele, certamente, continuaria a
visitar a humanidade todos os dias, não fosse a maligna intromissão do pecado.
Deus foi obrigado pelo pecado a Se
afastar presencialmente da humanidade. Se Ele Se mostrasse aos pecadores assim
como fazia no começo, os consumiria num só momento. Sua glória inexcedível
“cremaria” os humanos e os animais.
Porém, Ele sempre deu um jeito de Se
comunicar e de estar perto do homem. Usou anjos, profetas, prodígios, milagres
e maravilhas para mostrar que, apesar do decaimento da humanidade, Ele não a
abandonou à própria sorte.
No
santuário terrestre o Criador estava com Seu povo todos os dias e noites. Não
contente com isso, “habitou
entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do
unigênito do Pai”. (Jo 1:14). Foram só três anos e meio da presença do
Deus-homem, mas quanto Ele nos revelou nesses dias? A Luz do mundo, o Pão da
Vida, a Água da vida, o Desejado de todas as nações, a Pérola de grande preço,
o Mestre supremo, o Amor maior revestido de carne, tudo isso e muito mais
tivemos nós quando o Criador esteve entre nós.
Comentários Lição 13 - Quando tudo se fizer novo (Prof. Sikberto Marks)
22 a 29 de dezembro
Verso para memorizar: “DEUS limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas são passadas” (Apoc. 21:4, RC).
Introdução de sábado à tarde
Já estamos sofrendo aqui nesse mundo há seis mil anos. São em torno
de 160 a 180 gerações. Faltam ainda muitas gerações para se completarem
as mil da misericórdia de DEUS, conforme Êxodo 34:7. Durante esses
milênios a raça humana adquiriu um estranho comportamento: o de apreciar
o mal. Tudo o que não presta, que é violento, que é feio, que é
barulhento, que faz mal, que é da noite, que fere e que mata, que
prejudica, disso é que o ser humano gosta. Nossas inclinações são pelo
que não devemos dar atenção, e em geral não gostamos do que é bom. Só
mesmo por meio da operação do ESPÍRITO SANTO somos transformados para
gostarmos do que realmente é bom e positivo, segundo DEUS.
Nós, os que caminhamos pelo caminho estreito segundo o mundo, que
abandonamos e rejeitamos esse mundo, e sonhamos esperançosos com uma
outra sociedade, somos os estranhamente diferentes aos olhos do mundo, e
até de muitos dos irmãos. Sim, nós os que somos da Nova Terra e já
temos os nossos nomes escritos no livro da vida, no rol dos cidadãos do
Reino de DEUS; que não gostamos mais de novelas, de filmes e vídeos
violentos e trágicos; de lutas de box; de jogos competitivos,
corrompidos e violentos como o futebol aqui no Brasil; de Big Brother;
de música alta (já tem até na igreja); de barulho; do roubo; da mentira;
da falta de respeito; da vaidade; da ganância; enfim, de tudo o que,
estudando a Palavra de DEUS, sabemos não ser conveniente para nós, somos
realmente muito estranhos aos olhos do mundo. Aqui mesmo, nessa Terra
já estamos levando uma vida diferente, e apreciamos o natural, como
agora posso ouvir o canto dos pássaros, pois são neste momento 6h30 da
manhã. Os sabiás já estão cantando há mais de uma hora, e a melodia
deles é celestial. Aqui tem sabiás, e tenho certeza de que ouviremos tal
melodia também na Nova Terra. DEUS certamente preservará tão doce e bem
composta melodia.
Nós assistiremos a renovação, após o milênio. Depois do julgamento,
depois da eliminação dos ímpios, depois do fogo do inferno ter
purificado o planeta, o Senhor JESUS recriará tudo outra vez, pelo poder
de Sua voz, a mesma voz que praticou o estranho ato da destruição para a
purificação. Quando Ele criou tudo aqui no princípio, naquela semana da
criação, esteve só, mas desta vez nós veremos como Ele trabalha;
veremos o poder de Seus pensamentos e de Suas palavras. Tais momentos
serão emocionantes. Estaremos lá, pois afinal, já existimos. Então,
tendo passado tudo o que se referia à história do pecado, não havendo
mais nem raiz nem ramos (nem satanás nem seus seguidores) então sim,
nunca mais choraremos, nunca mais teremos preocupações. Daí em diante o
passado será realmente passado. Teremos a experiência de um reinício
para a absoluta perfeição, e jamais, nem mesmo num único pensamento,
sentiremos alguma dor pelo que passamos. Assim será maravilhoso.
- 1. Primeiro dia: Eventos que iniciam o milênio
O milênio, chamado também por terceiro milênio, ou sétimo milênio
pelos adventistas, inicia com o término da sétima praga. Na descrição do
capitulo 40 do livro O Grande Conflito, os derradeiros fatos na Terra
são o Armagedom, que é também em parte a angústia de Jacó e o decreto de
morte. No auge desse conflito DEUS interfere, abençoa os santos,
proclama o dia da volta de JESUS e mostra os Dez Mandamentos ao mundo
todo. Vendo que estão errados, os ímpios então voltam-se contra seus
líderes religiosos pelos quais foram enganados, e contra Babilônia, para
devastar tudo. A essa altura, o mundo estará em plena sétima praga.
Enquanto os santos após o livramento aguardam a segunda vinda de JESUS,
os ímpios brigam entre si e recebem o castigo da sétima praga, a pior de
todas.
No momento certo, conforme anunciado, vê-se a nuvem e a volta de
JESUS. Logo depois ocorre a ressurreição dos mortos já perfeitos e a
transformação dos santos vivos, ao mesmo tempo em que os ímpios vão
morrendo pelo granizo, fogo, terremotos e pela fulminante glória de
JESUS. São cenas contraditórias, uns morrendo e outros ressuscitando,
uns com úlceras e outros em perfeita saúde.
Sem demora, os justos sobem e afastam-se da Terra, e logo aqui se
estabelece um estranho silêncio em todo o planeta. Agora há silêncio
aqui e silêncio no Céu. Na Terra apenas se ouve o sibilar do vento, o
rumor de terremotos, raios e trovões, mas também dos animais que sobram
vivos, e as aves, a se alimentar fartamente de corpos humanos, à
semelhança do que aconteceu com Judas que traiu JESUS, que era devorado
por cães. Não se ouve mais nada de atividade humana. Não há mais ser
humano vivo no planeta. É a primeira vez depois da criação do primeiro
casal que não há vida humana aqui.
Com a saída do séquito dos santos, aqui se inicia o milênio. Pela
primeira vez após ter-se envolvido em degeneração, Lúcifer agora não tem
nada para fazer. Mas ele não está calmo, está nervoso, sabe que está
perdido (o pior é que agora ele tem tempo para pensar nisso). É
torturante. Imaginem-se discussões e acusações apavorantes entre os
demônios. Não faz muito, os homens voltaram-se contra seus falsos
líderes, e agora chega a vez de Lúcifer ouvir as acusações dos anjos que
ele enganou. Não havendo outra coisa para fazer, mesmo assim, não tiram
férias, não descansam nem planejam, mas sofrem as consequências de seus
atos. Não podendo morrer ainda, precisam agora enfrentar mil anos da
mais torturante angústia jamais imaginada. De todos os seres uma vez
existentes, esses aí são os que mais sofrerão. E o milênio é um longo
período de tempo, jamais alcançado por algum ser humano nesta Terra,
para eles refletirem, ou melhor, para suportarem as acusações de suas
mentes. Para piorar tudo, o cenário será de destruição e caos total.
Nunca antes, em lugar algum do Universo, existiu tal estado de
degradação para se ver e se viver. É nessa condição que os demônios e
seu líder deverão ficar por mil anos. Uma verdadeira prisão, certamente a
pior de todas.
- 2. Segunda: Durante o milênio
Durante o milênio a Terra estará destruída, sem habitantes. Reinará
aqui o caos. A Teoria da Evolução agora demonstra sua farsa, pois na
verdade tudo se dirigia para este caos. Satanás, embora mantenha suas
capacidades, não terá poder algum, pois não terá a quem seduzir.
Entenda-se: satanás não é um sedutor apenas por ser mau, mas sim, também
porque precisa conquistar todos os seres humanos para o seu lado. Ele tem necessidade de eliminar, não interessa como, todos os seguidores de DEUS aqui na Terra.
Aí ele sairia vencedor, pois interromperia a aliança de DEUS com os
seres humanos. Mas ao longo da história, embora houvesse tempos com
poucos seguidores de DEUS, ele nunca conseguiu eliminar todos. Seduzir
os seus anjos maus, isso ele não necessita fazer, já estão perdidos
junto com ele. Logo, não terá nada a fazer aqui, senão refletir sobre as
consequências de sua loucura.
Enquanto isso, no Céu, junto a DEUS, os salvos terão uma tarefa especial. Participarão do juízo de DEUS que tem três fazes: investigativa, que JESUS faz agora desde 22 de outubro de 1844 e vai até o fechamento da porta da graça; revisão do juízo que ocorrerá durante o milênio e a executiva,
ao final do milênio, quando é enviado o fogo de DEUS, o inferno, para
eliminação de satanás, seus anjos e dos ímpios. Durante o milênio os
santos examinarão os casos dos que se perderam. Poderão manusear os
livros onde se encontram os registros deles. Ali teremos todas as
explicações do que ocorreu na Terra. Por exemplo, os mártires poderão
examinar a motivação, as tramas, o ódio contra eles. Todos nós poderemos
examinar na intimidade como foi toda a trama para matarem a JESUS. Como
foi que organizaram tudo, como foi Seu julgamento, como corromperam os
soldados quando vieram dizer que JESUS havia ressuscitado, e assim por
diante. Durante esse tempo poderemos saber porque muitas vezes não fomos
libertos de certos atos e perigos por parte dos ímpios. Tudo será
revelado, tudo será esclarecido; afinal, os santos terão direito a isso.
Também saberemos porque esse ou aquele famoso ministro de DEUS não está
ali, ou porque esse ou aquele mau elemento se salvou. Nosso nome poderá
aparecer muitas vezes nos registros dos ímpios, para nos prejudicar
aqui na Terra e forçar nossa perdição. Veremos como os santos anjos nos
libertaram, muitas vezes não do sofrimento físico nem de privações, e
talvez nem da morte física, mas nos livraram da morte eterna. Ali se
poderá ver que DEUS é perfeitamente justo e que a Sua Lei jamais foi mal
aplicada em algum momento.
Enfim, aqueles que foram perseguidos ali poderão rever a história da
humanidade. Não haverá lugar mais bem detalhado de tudo o que aconteceu
nesse mundo ao longo dos seis mil anos de pecado. Nenhum detalhe desde a
queda de Adão e Eva ficará de fora. Principalmente se poderá ver a ação
de satanás sobre suas intenções ao longo desses seis mil anos de
tragédias, que ele motivou e precipitou. Poderemos ver como foi que Eva
caiu, como Adão entrou nessa, e como foi que JESUS anunciou o plano da
salvação, como foi a condenação sobre a serpente. Se bem que não vai
haver nada escrito no livro dos pecados de Adão e Eva, nos registros
correspondentes a satanás e suas vítimas, é de se pergunta: qual será o
tamanho da sua “ficha policial”? Não teremos mais como saber os pecados
cometidos pelos santos, e isso não interessa, mas poderemos saber como
eles foram tentados, como os ímpios foram maus. Então, cada dia
de trabalho se concluirá que DEUS é perfeitamente justo. Esse juízo do
milênio tem por finalidade a transparência da justiça de DEUS, e que
fique definido para o restante da eternidade que todos aqueles que foram
executados era exatamente isto que se deveria fazer, e que aqueles que
foram salvos, mereciam porque se entregaram a JESUS.
Contrariamente ao que apregoa satanás, ficará absolutamente perceptível
que DEUS e a Sua Lei são de justiça perfeita e incontestável.
- 3. Terça: Eventos do fim do milênio
Durante o milênio teremos muitas coisas para fazer. Todas estas
coisas serão excelentes, menos uma, a de participar do julgamento. Isso
não será nada agradável. O tribunal se assenta e o Juiz toma o Seu
lugar. Esse Juiz era Advogado há pouco. Defendeu a todos que desejaram
defesa. Agora não é mais tempo de arrependimento, portanto não há mais
necessidade de advogado. No tribunal vemos o Juiz, os 24 anciãos, os
anjos que assistem como auxiliares nos livros e os santos salvos, que
atuam como testemunhas. É a seção de revisão do julgamento dos perdidos,
uma espécie de ratificação da sentença já aplicada durante o juízo
investigativo, no tempo do julgamento dos mortos que tiveram seus nomes
escritos no livro da vida, mas que não se arrependeram de tudo. E também
serão julgados os ímpios que nunca se arrependeram, além dos anjos maus
e satanás. Enfim, todos aqueles seres que nasceram na Terra, mas que
não foram salvos, terão seus casos apreciados por este gigantesco
tribunal, o maior e o de mais longa duração de todos os tempos.
Desconhecemos detalhes desse julgamento. O que sabemos é que a lei
para se saber sobre a condenação ou absolvição são os Dez Mandamentos
bíblicos. A questão básica é apenas uma: a pessoa amava o próximo como a si mesma e a DEUS de todo o coração ou não amava?
Serão utilizados três livros. Os dois livros dos atos, um dos bons,
outro dos maus, e o livro da vida. Serão julgados aqueles que não
tiverem seus nomes escritos nesse livro. Ele estará lá para essa
finalidade. Aliás, no milênio, nesse livro, constarão só os nomes dos
salvos.
Revisando caso a caso, e tempo há para isto, se chegará até o final
do milênio e os bilhões de pessoas perdidas estarão todas julgadas. Mas o
juízo ainda não terminou. Como se trata de tirar a vida para
toda eternidade, cada perdido ainda terá a oportunidade de se
pronunciar, e aceitar ou não aceitar sua sentença, inclusive satanás e
seus anjos. Para esse fim, no final do milênio, quando tivermos
retornado a esta Terra, os ímpios mortos ressuscitam. Armam-se outra
vez como puderem, e cercam a cidade. Nisso o juízo torna a ser instalado
e cada um deles poderá ver, como num filme, seus atos, até mesmo os
mais secretos, incluindo os pensamentos. Verão isto diante do Juiz e da
cidade santa repleta de testemunhas que só admitem e falam a verdade.
“Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide sobre
os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido. Veem
exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade,
precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram na violação da lei
de Deus. As sedutoras tentações que incentivaram na condescendência com
o pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados,
as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo
coração obstinado, impenitente – tudo aparece como que escrito com
letras de fogo” (O Grande Conflito, 666). Contra eles pesa o
testemunho acusativo dos santos dentro da cidade, pois já conhecem os
casos. Eles não têm uma palavra em defesa dos ímpios. Não há ninguém para livrá-los da condenação, mas é a vez deles mesmos se posicionarem quanto a sua condenação.
Ao verem seus atos e verem as oportunidades de arrependimento
desprezadas, e entenderem sua teimosia, chegarão, unânimes, a uma
conclusão: a sentença deles é justa e merecida. Essa será a primeira vez
que as forças de Babilônia estarão unânimes em relação a um determinado
assunto.
Então segue o cerimonial, com a coroação de JESUS e o louvor a Ele,
curiosamente vindo dos salvos como dos perdidos. “Como que extasiados,
os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Veem em Suas mãos as
tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram.
Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte
dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora
da cidade, todos, unânimes, exclamam: “Grandes e maravilhosas são as
Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus
caminhos, ó Rei dos santos” (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o
Príncipe da vida” (O Grande Conflito, 668-669). Todos admitem que O Senhor é justo.
Lúcifer vê-se obrigado a uma recapitulação de sua obra e chega a uma
conclusão dramática, embora evidente. “Olhando Satanás para o seu reino,
o fruto de sua luta, vê apenas fracasso e ruína. Levara as multidões a
crer que a cidade de Deus seria fácil presa; mas sabe que isto é falso.
Reiteradas vezes, no transcurso do grande conflito, foi ele derrotado e
obrigado a capitular” (O Grande Conflito, 669). “Satanás vê que sua
rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. … E agora Satanás se curva e
confessa a justiça de sua sentença” (O Grande Conflito, 670). Ele é o
último a admitir, mas a sua declaração é importante no julgamento
divino. Para toda a eternidade as palavras de Lúcifer atestarão que o
governo de DEUS é absolutamente justo e ele é que mentia. “Todas as
questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora
esclarecidas. … Os resultados do governo de Satanás em contraste com o
de Deus, foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de
Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade,
acham-se plenamente reivindicadas” (O Grande Conflito, 670).
Finalmente a grande declaração de mesmo teor, por parte dos justos e
dos ímpios. É a segunda vez que haverá concordância entre os dois
grupos. “À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo
inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo
declara: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos.”
Apoc. 15:3” (O Grande Conflito, 671).
Seguindo a impressionante cerimônia, agora JESUS faz uma declaração
de arrepiar. Ele declara: “”Eis a aquisição de Meu sangue! Por estes
sofri, por estes morri, a fim de que pudessem morar em Minha presença
pelas eras eternas.” E sobe o cântico de louvor dos que estão vestidos
de branco em redor do trono: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de
receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e
ações de graças.” Apoc. 5:12” (O Grande Conflito, 671).
No entanto, satanás não se dá por vencido. Ele retoma seus
pensamentos de sede pelo poder, e torna a incitar a multidão dos
perdidos para invadirem a cidade de muros altíssimos. No entanto, a
multidão agora se volta contra ele com furor de demônios. Então desce
fogo do céu e os consome por completo, até que a Terra toda esteja livre
do pecado. De tudo o que aconteceu aqui na Terra, como sinal visível,
apenas um vestígio permanecerá para sempre: as marcas no corpo do Senhor
JESUS CRISTO, em Sua fronte, em Suas mãos e no Seu lado. Servirão de
atestado de Seu amor e da justiça de Seu reino. “E os sinais de Sua
humilhação são a Sua mais elevada honra; através da eternidade os
ferimentos do Calvário Lhe proclamarão o louvor e declararão o poder” (O
Grande Conflito, 674).
Após a purificação da Terra veremos o poder criador de JESUS ao
recriar tudo aqui, como da primeira vez. Então sairemos da cidade santa,
e iremos aos nossos lugares, a ali construiremos nossas habitações. E
viveremos felizes, eternamente.
- 4. Quarta: A Nota Terra
O planeta Terra não está nas mãos de seus verdadeiros
administradores. Está sob controle de posseiros, que dominam a natureza a
seu favor, explorando-a e exterminando tudo o que existe por aqui.
Devastam as árvores, liquidam com os animais, cavam a terra, exploram o
oceano. Onde existe alguma riqueza, lá estão os posseiros do planeta
buscando alguma vantagem para si. Ao mesmo tempo, fala-se como nunca em
“desenvolvimento sustentável”. Mas o que se pratica é devastação
irresponsável.
Esses posseiros fazem as leis a seu favor. Coligados com os
legisladores, criam condições que favorecem somente a eles, transferindo
riqueza para seus cofres. As riquezas desse planeta poderiam ser
utilizadas para o bem, com responsabilidade, porém, a ganância leva os
homens à destruição, pelo que a Terra geme e se contorce de dores por
meio de temporais, terremotos, secas, inundações, fogo, etc.
Mas isso não permanecerá para sempre assim. Tudo aqui será recriado a
partir do caos. No princípio era o caos natural. Dele DEUS criou uma
Terra bela e aprazível. Desta vez o caos será por causa da destruição
por parte dos seres humanos. A situação ficará tão degenerada, ou
melhor, já está ficando assim há muito tempo, que DEUS não recriará a
partir desse caos. Primeiro Ele vai ter que purificar a Terra pelo fogo,
para eliminar restos de construções, peças de metal, artefatos
atômicos, estruturas inúteis, enfim, todos os vestígios da ação do
pecado. É um caos diferente, da ação do mal; não é um caos natural.
Então sim, depois de tudo purificado, depois que aqui não há mais
raiz nem ramo de pecado, o Senhor recriará tudo de forma perfeita. Feito
isso, Ele nos entregará a Terra recriada, boa para ser habitada. Essa
será a Nova Terra.
- 5. Quinta: A vida na Nova Terra
Agora satanás já não existe, nem seus anjos e nem aqueles que se
aliaram a ele. Não existe mais possibilidade de tentação. Já não se fala
mais em morte nem das coisas que ela provoca. Toda tristeza
desapareceu, pois DEUS enxugou dos olhos toda lágrima. Os assuntos agora
não são mais sobre as coisas passadas. Se bem que não se apagará de
nossa mente a história que enfrentamos, as delícias da Nova Terra serão
tão atraentes que o passado nunca mais será tema para perdermos tempo
com ele. Estamos em nosso planeta, totalmente recriado, e podemos
usufruir. Esse é o nosso lugar, que DEUS nos dera por meio de Adão e
Eva, mas que Lúcifer havia tomado deles. Mesmo depois da vitória de
JESUS na cruz, o mal continuou dominando por aqui. Mas desde aquela
ocasião, seus dias estavam contados, pois DEUS sabia o dia e a hora da
vinda de Seu Filho. E hoje (futuro) estamos nessa Nova Terra.
Meus amados leitores e leitoras, não importa em que lugar estejam
lendo o meu comentário feito no porão de minha casa. Sei que são
milhares de leitores, e isso produz em meus pensamentos um sentimento: o
de um dia conhecer a todos. Gostaria mesmo de, com minha linda esposa,
partilhar eternamente momentos agradáveis com todos vocês, aqui na Nova
Terra. Esse ao menos é o sentido desses comentários. Por isso eles são
realistas, nem otimistas nem pessimistas. Estamos numa realidade no
mundo e na igreja. E é uma luta tremenda; há inimigos por toda parte,
dentro e fora da igreja. Se há algo que desejo a todos é o seguinte:
vigiem. Não é por estarem no rol do livro da igreja nem por terem seus
nomes escritos no livro da vida que devam julgar-se salvos. Não é por isso que podemos ter a liberdade de viver um pouco no mundo e um pouco na igreja. Não é por isso que podemos ser mornos. Temos que nos reavivar, isto é, nos fortalecer nas coisas santas de DEUS. Temos
que fazer reformas em nossa vida, especialmente buscar a humildade como
aqueles homens e mulheres quando se prepararam para o Pentecostes.
E temos que vencer as tentações das atrações do mundo – vocês sabem do
que estou falando, de tanto que já me referi a elas. Há uma estratégia
simples para vencer na vida espiritual e material: colocar em prática
tudo o que está escrito, seja na Bíblia, seja nos escritos de Ellen G.
White. Muitos já não acreditam nela, pois escreve coisas que devemos
largar. Coitados! Mais uma vez, meus muitos amigos, sigamos juntos o
mesmo caminho, embora estejamos longe uns dos outros, espalhados pelo
planeta onde não somos bem vistos em geral. Façamos como Josué: não sei
quanto aos outros, mas “eu e minha casa seguiremos ao Senhor”.
- 6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Digamos assim: os últimos atos de DEUS para eliminar o pecado. Depois
de feito o julgamento, de pronunciada a sentença, satanás, seus anjos e
demais seguidores escravizados, serão extintos. Satanás carregará os
pecados dos salvos sobre si. E isso munda o que para ele? Em primeiro
lugar, esse ato não é para expiar pecado por ninguém. Satanás não vai
pagar pela vida de ninguém. Mas os pecados que serão postos sobre ele,
os dos salvos, só aumentarão o sofrimento dele e o tempo em que deverá
arder no fogo. Quanto mais salvos, maior esse tempo porque mais pecados
perdoados por JESUS ele terá que suportar. E isso é justo porque,
afinal, quem originou esses pecados foi ele.
Note-se bem a diferença entre o sofrimento de JESUS e o de satanás.
JESUS sofreu a dor da nossa culpa injustamente. Sofreu até a morte pela
culpa de todos, seja dos que se salvam, seja dos que se perdem, e venceu
porque Ele mesmo não pecou jamais. Assim pôde vencer a morte, e ao
terceiro dia ressuscitar dela. Já satanás vai sofrer também pela culpa
desses mesmos pecados, porém na condição não de ser inocente, mas
culpado. E seu sofrimento não será numa cruz, mas a arder no fogo de
DEUS, para ser extinto, não para ressuscitar depois. JESUS foi
substituir o pecador e ele foi sentenciado injustamente por ser
inocente. Satanás será punido pela justiça e é culpado daqueles pecados.
Foi ele quem levou essas pessoas a cometerem erros enquanto que JESUS
buscou evitar que essas pessoas errassem, e acontecendo o erro Ele pagou
por esses erros. O inimigo não está pagando por ninguém, só por ele
mesmo, portanto, sendo ele pecador, e levando outros a também serem
pecadores, tem que sofrer pelos pecados dele e dos que fez cometer
erros, mas que se arrependeram, e finalmente ser morto para sempre. Ele
será o último a morrer no fogo do inferno.
Assunto ruim esse, não é?
Vamos mudar de foco?
Depois de tudo purificado, imagine então, como vai ficar esse
planeta, com tudo recriado. Imagine só você fazendo parte, assistindo a
ação do Criador. Não sei se fará a recriação outra vez em sete dias, não
há essas informações. Mas uma coisa é certa: como estamos
vivos, como já participamos do julgamento dos ímpios, como já vimos o
fogo do inferno extinguir o mal, muito mais ainda seremos convidados a
presenciar o que é mais lindo: DEUS fazer tudo novo e perfeito. Então
teremos enxugados de nossos olhos as lágrimas, e seremos felizes, aí
sim, para sempre.
Se há algo importante a fazer hoje é buscar humildemente ser submisso à vontade de nosso Salvador.
Aqui mesmo já sentiremos algo, como uma amostra grátis do que será a
vida na Nova Terra. É libertar-se das atrações inúteis desse mundo e
vincular-se a DEUS, subindo pelo caminho estreito até alcançar a
salvação. Algo me leva a repetir: deixemos das novelas, dos
jogos de futebol, dos vídeos violentos e sensuais, dos programas na
televisão que degradam o caráter, do comodismo, da mornidão espiritual. Façamos o reavivamento e as reformas necessárias, e permitamos que o ESPÍRITO SANTO nos transforme.
Assista o comentário clicando aqui.
Fonte: Cristo Voltará
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