TESTANDO OS PROFETAS 2 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 27-02-2015

"Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus". 1João 4:1

O ponto da virada na avaliação de Bates sobre o dom de Ellen White ocorreu em novembro de 1846, em Topsham, Maine, quando ela teve uma visão que incluía dados astronômicos. Por ser um ex-marinheiro, Bates era bem familiarizado com o assunto.

Posteriormente, ele contou a J. N. Loughborough sobre sua experiência em Topsham. Loughborough relatou: “Certa noite, na presença do irmão Bates, que ainda não cria nas visões, a Sra. White teve uma visão na qual logo começou a falar sobre as estrelas. Ela fez uma vívida descrição dos cinturões rosados que viu na superfície de algum planeta e então acrescentou: ‘Vejo quatro luas’. ‘Ah’, disse o irmão Bates, ‘ela está vendo Júpiter.’” Ellen continuou a descrever vários outros fenômenos astronômicos.

Depois que Ellen White saiu da visão, Bates lhe perguntou se já havia estudado astronomia. Ela recorda: “Disse-lhe que não tinha lembrança de já haver visto um livro de astronomia” (VE, p. 88).

Tiago White tinha a mesma opinião a respeito do desconhecimento de Ellen sobre o assunto. “Sabe-se muito bem”, escreveu ele ao relatar a visão de Topsham, no início de 1847, “que ela não tinha nenhum conhecimento de astronomia e não saberia responder nenhuma pergunta sobre os planetas antes de receber essa visão.”

A evidência foi suficiente para o cético Bates. Daquele momento em diante, passou a acreditar firmemente que Ellen tinha o dom divino. Ele concluiu, em abril de 1847, que Deus havia concedido o dom a ela “para confortar e fortalecer seu ‘povo disperso’, ‘dilacerado’ e ‘despedaçado’”, desde o desapontamento de 1844.

Em janeiro de 1848, Bates fez um apelo a seus leitores para que não rejeitassem a obra de Ellen White “por causa de sua juventude, suas enfermidades corporais e sua falta de conhecimento secular”. Afinal, destacou: “A característica de Deus sempre foi usar as coisas fracas deste mundo para confundir as sábias e fortes.” De acordo com Bates, o Senhor a estava usando para “encorajar o pequeno rebanho” numa época em que muitos dos líderes estavam desertando.

“No passado”, observou, “fui lento em acreditar que as visões dessa irmã provinham de Deus. Não me opus a elas porque a Palavra do Senhor é absolutamente clara ao afirmar que seriam dadas visões espirituais a Seu povo nos últimos dias.”
E assim será. Nossa tarefa não é desprezar, mas, sim, testar e provar.


George Knight - "Para não esquecer"
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