27 de Outubro a 2 de Novembro de 2012
Verso para Memorizar
“E
despojando os principados e potestades publicamente, os expôs ao desprezo
triunfando deles na cruz.” (Cl 2:15)
Nota
do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença
nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do
original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.
Crença
fundamental ASD número 11: “Por Sua morte na
cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Ele, que subjugou os espíritos
demoníacos durante Seu ministério terrestre, quebrantou o poder deles e
garantiu Sua condenação final. A vitória de Jesus nos dá a vitória sobre as
forças do mal que ainda buscam controlar-nos, enquanto caminhamos com Cristo em
paz, gozo e na segurança de Seu amor. Agora, o Espírito Santo mora em nosso
interior e nos dá poder. Continuamente consagrados a Jesus como nosso Salvador
e Senhor, somos libertos do fardo de nossas ações passadas. Não mais vivemos
nas trevas, sob o temor dos poderes do mal, da ignorância e a insensatez de
nossa antiga maneira de viver. Nesta nova liberdade em Jesus, somos chamados a
crescer à semelhança de Seu caráter, mantendo uma comunhão diária com Ele por
meio da oração, alimentando-nos de Sua Palavra, meditando nela e na providência
divina, cantando em Seu louvor, reunindo-nos para adorá-Lo e participando na
missão da Igreja. Ao entregar-nos ao Seu amorável serviço por aqueles que nos
rodeiam e ao testemunharmos de sua salvação, a presença constante do Senhor em
nós, por meio do Espírito, transforma cada momento e cada tarefa em uma
experiência espiritual. (Sl 1:1,2; 23:4; 77:11,12; Cl 1:13, 14; 2:6, 14,15; Lc
10:17-20; Ef 5:19, 20; 6:12-18; 1Ts 5:23; 1Pe 2:9; 3:18; 2Co 3:17,18; Fp
3:7-14; 1Ts 5:16-18; Mt 20:25-28; Jo 20:21; Gl 5:22-25; Rm 8:38,39; 1Jo 4:4; Hb 10:25.”
DOMINGO
A redenção
Para que se tenha alguma ideia
concreta do conceito de redenção, precisamos ver o que as Escrituras dizem da
condição do homem segundo a visão divina. As Escrituras descrevem sem rebuços
(isto é, sem dissimulação) quem é o homem apartado de Deus.
1) Escravo do
pecado sem direito a alforria, à vida, à felicidade presente e eterna.
2) Condenado à
morte porque o pecado tem um salário implacável para suas próprias obras.
3) Extremamente
degenerado. “Pois
já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniquidades; como fardos pesados,
excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por
causa da minha loucura.” (Sl 38:4, 5) “Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas,
contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem
amolecidas com óleo.” (Is 1:6)
4) Rebelde contumaz. “Porque povo rebelde é
este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir
a lei do Senhor” (Is 30:9).
5) Filhos do diabo (1Jo 3:10; Jo
8:44).
Redenção: a ajuda externa
A salvação ou redenção é um ato exterior a nós. Foi necessária a
infinita piedade divina, procedente do amor sem medida, para prover libertação do pecado, da
condenação eterna, da degeneração, da rebelião, da filiação do diabo.
O mistério da piedade – a redenção no Deus encarnado –
providenciou uma saída para a humanidade infeliz. Cristo assumiu todas as
culpas de todos os pecadores. Imagine que a ira de Deus sobre o pecado de todos
os homens caiu sobre o Inocente, porque Esse assumira a condição humana.
Suportando a ira da justiça, Jesus efetuou eterna redenção porque pagou com Sua
vida imaculada, santa e perfeita, as transgressões acumuladas de todos os
homens que viveram e ainda viveriam até o encerramento do reino da graça. Nosso
amorável Redentor sofreu a primeira e a segunda mortes por amor a nós.
Vimos alguns efeitos da condenação. Agora consideremos alguns
efeitos da redenção:
1) Acesso eterno à cidade santa.
Os remidos entrarão através das portas da Sião celeste, a Nova Jerusalém e ali
contemplarão o Magnífico Imortal.
2) Ali entoarão cânticos de
júbilo incontido em louvor ao Redentor que Se assenta no trono do Universo.
3) A alegria dos remidos será
eterna e não espasmódica e temporal como é aqui. Aliás, diga-se, será essa uma
emoção crescente, progressiva, que aumentará com o decurso dos anos da
eternidade.
4) Todos os tipos de sofrimento
e efeitos do pecado deixarão de existir.
5) Contemplação do rosto de
Cristo, comunhão física, pessoal com o Pai. Receberemos Seus carinhos
pessoalmente.
6) Seremos postos em eterna
harmonia com a Sagrada Lei divina.
7) Nenhum traço da maldição
restará nos remidos.
8) Sairemos do tempo para
desfrutar o intemporal, isto é, a eternidade. Ninguém envelhecerá, se enrugará,
adoecerá. Vigor sempre renovável habitará no corpo glorificado dos remidos.
SEGUNDA
Paulo
inspiradamente revelou a verdadeira condição do homem sem Cristo: “Eu sou
carnal, vendido à escravidão do pecado.” (Rm 7:14) Nos tempos da escravatura
nos Estados Unidos, no Brasil em vários países, era notório que o indivíduo
sujeito ao regime escravagista só podia ser libertado de sua condição por ato
de seu senhor. Ele podia até tentar fugir de sua mísera condição, mas seria
perseguido pelos servos de seu senhor, recapturado e, na maioria dos casos,
submetido a castigos físicos ou até à morte por dar vazão ao seu desejo de
liberdade. Sua única esperança era a alforria.
“Toda pessoa que recusa
entregar-se a Deus, acha-se sob o domínio de outro poder. Não pertence a si
mesma. Pode falar de liberdade, mas está na mais vil servidão. Não lhe é
permitido ver a beleza da verdade, pois sua mente se encontra sob o poder de
Satanás.” DTN, 328.
Observe
os conceitos de servilidade ao pecado expostos por EGW nesse breve texto.
“Domínio de outro poder”, “não pertence a si mesma” (e a quem pertence?), “está
na mais vil servidão”, “não consegue ver a beleza da verdade”, “sua mente está completamente dominada pelo poder de
Satanás.” Outra ideia envolvida nesse
contexto é a inconsciência da verdadeira situação do pecador. Satanás, de maneira astuta, faz com
que o pecador sinta que é dono de seu próprio nariz, quando, em verdade, está
sob hipnose satânica cumprindo a vontade do mais perverso amo que já existiu.
Considere-se
também o pendor da carne para pôr o indivíduo em estado escravagista: “Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá?” (Jr 17:9)
Outro aspecto a considerar é a
faculdade do escravo escolher ou não continuar na escravidão. Embora o
indivíduo não consiga libertar-se a si mesmo, pode ele escolher que alguém o
faça. “A nós compete escolher se queremos ser libertados da
escravidão do pecado, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de
Deus.” CC, 43.
“’Deus conosco’ é a
certeza de nossa libertação do pecado, a segurança de nosso poder para obedecer
à lei do Céu.” DTN, 13.
A luta mais feroz entre o bem e o
mal se situa no domínio do invisível. Hostes invisíveis se digladiam como
exércitos terrestres em conflito. EGW fala da batalha contra os principados e as potestades,
os príncipes das
trevas deste século, as hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais. As lutas são tão reais como nas guerras entre nações.
A
igreja também está envolvida nesse conflito e corre em auxílio do Senhor ao
romper contra o território inimigo ensinando o Evangelho (Carta 304, 1908). Efésios 6:12 afirma: Porque a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e sim contra os principados
e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
Não resta dúvida
de que os exércitos celestiais do Senhor são muito mais poderosos que as
milícias das trevas. Porém, podem eles ter vantagens quando a igreja ou o
indivíduo desobedece às claras instruções dadas nas Escrituras, preferindo
seguir seus próprios caminhos. Se ela
abrir mão de sua filiação divina e preferir a filiação satânica, será
incorporada às milícias das trevas. Contudo, se a igreja ou o indivíduo se
humilhar e buscar a face do Senhor em arrependimento, orando pelo poder de
Deus, as hostes satânicas tremerão por que é invocado o nome e a força do poderoso
Vencedor.
A
primeira carta de João, capítulo 5, verso 19, traz uma surpreendente
declaração: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno.”
Parece uma divisão muito drástica. Afinal, Deus tem muito povo no mundo que ainda
não foi agregado ao redil. Como entender esse verso? Pois bem, sabemos que os
habitantes da Terra, em sua maioria, encontram-se sob o poder do inimigo, uns
mais outros menos. É por isso que urge levar-lhes o Evangelho salvador de
Cristo, para que passem das trevas para a maravilhosa luz de Jesus. Agora, se
depois de receber a mensagem o indivíduo resisti-la, então automaticamente
declara que prefere viver sob outro rei que não Cristo.
Quando Jesus
expirou na cruz consumando o plano da redenção, o diabo e seus comparsas foram
julgados e sentenciados à futura extinção. Seu poder sobre os homens foi
quebrado. A partir de então, todos seriam libertos de seu tacão, a menos que
preferissem continuar servindo-o.
Não
há poder nos principados das trevas que possa reter alguém, quando homem ou
mulher reconhece sua condição de pecador perdido e aceita o oferecimento do
sangue de Jesus.
QUARTA
Principados e potestades – parte 2
Paulo
revela que nenhum poder, nem mesmo o dos principados e potestades, que incluem
autoridades terrenas e seus mecanismos de domínio e a força de seres
espirituais malignos e muito poderosos, podem resistir à força invencível de
Cristo Jesus, manifesta por causa de Seu amor por nós (Rm 8:38, 39). Em Jesus
somos mais que vencedores (Rm 8:37).
Um
aspecto vital para derrotar esses poderes conjugados é a obediência aos
mandamentos de Deus, gerada em um coração inteiramente submisso a Deus pelo
Espírito Santo. “Obediência a Deus é liberdade do cativeiro do
pecado, livramento das paixões e impulsos humanos. O homem pode ser vencedor de si mesmo, vencedor de
suas inclinações, vencedor dos principados e potestades, e dos ‘príncipes das
trevas deste século’, e das ‘hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais’. Ef 6:12.” CBV, 131.
Os poderes malignos podem
pressionar você, tentá-lo com mil e um artifícios, feri-lo até, mas não podem
ir mais além se o poder de escolha for exercido para o bem. Paulo sentia em si
mesmo as concupiscências da carne, porém, tendo escolhido ser inteiramente de
Cristo, aprendeu a exercer domínio sobre seus impulsos. Disse: “Mas esmurro o meu
corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu
mesmo a ser desqualificado.” (1Co 9:27)
Deus disse a Caim que a força do
pecado deveria ser dominada pela força de vontade, ou seja, o exercício da
opção “não pecar”. Em outros termos, o pecado é forte, mas a escolha ou volição
humana posta ao lado de Deus atrai os poderes celestes e a força da transgressão
é superada. É preciso que fique bem claro que não é o tremendo domínio da mente
praticado pelo homem que traz a vitória, mas uma vontade integralmente rendida
a Deus que atrai os zelos divinos e Sua proteção contra os principados e
potestades. Quanto mais você se submete a Deus, entregando-Lhe diariamente a
guia de sua vida, mais forte se torna para combater o bom combate da fé e sair
vitorioso.
O
que faz o poder de Cristo por nós e em nós?
É-nos
impossível descrever toda a eficácia do poder do sangue de Cristo, no entanto,
veja que depois de você ter sido salvo por Ele, começou a conhecer as
maravilhosas verdades da Palavra, que o ajudaram e ajudam ainda a enfrentar as
“filosofias e vãs sutilezas” dos homens e do mundo (Cl 2:8). Então, o poder de
Cristo o auxilia a enfrentar os enganos de Satanás e de seus agentes.
Uma
instrumentalidade que Satanás usa com sucesso nos homens é a força da aparência
religiosa. Os judeus usavam a lei cerimonial para ostentar uma falsa religião.
Eram meticulosos no cumprimento de detalhes e rituais, porém, esqueciam-se do
propósito da verdadeira religião, que é renovar o homem à imagem de Deus. Jesus
nos liberta do poder do legalismo. E não pense que em nossos arraiais não há
legalismo. O liberalismo, sua contrapartida, também está inserido em nossas
fileiras. Entretanto, se crermos em Jesus Cristo como nos é dado o privilégio
de crer, estaremos escudados tanto contra o legalismo como contra o
liberalismo.
Jesus,
amorável Salvador, outrossim, nos “matou” para o mundo. Não fomos nós
crucificados com Ele? Estamos no mundo, mas não somos dele porque nosso
Salvador nos libertou de seu poder magnetizante.
Os
principados e potestades se uniram para inventar uma religião de formas,
imagens, procedimentos e rituais.
Propagaram que se você cumprir as exterioridades estará sendo salvo. Eles
até usam a Sagrada Lei de Deus para colocá-la como instrumento salvador. Os
fariseus, saduceus e contemporâneos de Jesus viam poder salvífico na Lei. O
Evangelho de Cristo liberta-nos da condenação da Lei e, ao mesmo tempo,
ajusta-nos espiritualmente para que andemos segundo os santos mandamentos
exarados nela (ver Gl 4:1-11).
À
medida que o crente se desenvolve na
aquisição do fruto do Espírito (amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio), vai-se imunizando
contra todos os artifícios, artimanhas, engodos e estratagemas dos principados
e potestades. Está escrito: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao
diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4:7)
Um assassino desmascarado
Jesus afirmou que Satanás é homicida desde o princípio (Jo 8:44). Ao
manifestar ódio contra Deus no Céu, ele se transformou em criminoso. Em Mt 5:22
nosso Senhor disse que se um homem se encolerizar contra outro sem motivo, está
sujeito a julgamento e ao fogo do inferno (como bem sabemos, a acepção de
inferno em termos escatológicos refere-se ao lago de fogo e enxofre, onde
Satanás, seus anjos e todos os ímpios serão lançados no pós-milênio. Ver Mt
25:31). Ora, todos os seres criados estão sujeitos à Lei de Deus, inclusive os
anjos e Satanás não foge à regra. Ele odiou. Em seu coração ele “matou” Deus.
Tornou-se, por conseguinte, um “deicida” potencial.
O diabo foi totalmente
descoberto quando arquitetou a humilhação e morte de Cristo. “Na luta entre
Cristo e Satanás, durante o ministério terrestre do Salvador, foi desmascarado
o caráter do grande enganador. Nada poderia tão eficazmente ter desarraigado de
Satanás as afeições dos anjos celestiais e de todo o Universo fiel, como o fez
a sua guerra cruel ao Redentor do mundo. A ousada blasfêmia de sua pretensão de
que Cristo lhe rendesse homenagem, seu pretensioso atrevimento ao levá-Lo ao
cume da montanha e ao pináculo do templo, o mau intuito que se denuncia ao
insistir com Ele para que Se lançasse da vertiginosa altura, a malignidade
vigilante que O assaltava de um lugar a outro, inspirando o coração de
sacerdotes e povo a rejeitarem Seu amor, e o brado final: ‘Crucifica-O,
crucifica-O’ – tudo isto despertou o assombro e a indignação do Universo.” GC,
501.
Consideremos Colossenses 2:15 à luz
do Espírito de Profecia: “Por ocasião da morte do Salvador as potências das trevas pareciam
prevalecer, e exultaram em sua vitória. Do fendido sepulcro de José, porém,
saiu Jesus vitorioso. ‘Despojando os principados e potestades, os
expôs publicamente e deles triunfou em Si mesmo.’ Cl 2:15. Pela virtude de Sua morte e ressurreição, tornou-Se o ministro do ‘verdadeiro
tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem’ Hb 8:2. Foram homens que
erigiram o tabernáculo judaico; homens construíram o templo; o santuário de
cima, porém, do qual o terrestre era o símbolo, não foi construído por nenhum
arquiteto humano. ‘Eis aqui o Homem cujo nome é Renovo; Ele mesmo edificará o
templo do Senhor, e levará a glória, assentar-Se-á, e dominará no Seu trono.’
Zc 6:12 e 13.” DTN, 165, 166.
“Esses poderes, a quem vocês ainda temem, aparentemente insistiram em
sua escrita; mas foram desarmados com facilidade; como inimigos capturados tiveram
suas armaduras retiradas e agora eles estão acorrentados do lado de fora do
carro dos vitoriosos. Na cruz foram
mostrados como incapazes. O campo de batalha foi conhecido e ali ocorreu a
vitória sobre o poderoso [Satanás] e seu reino.” Handbuch zur Bibel Erkalarung.