Páscoa: Coelho ou Cordeiro?

(adaptado do texto de Hilton Robson)

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2)

Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, como no Brasil, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia, pelo contrário, o símbolo da Páscoa é um Cordeiro. Então de onde surgiu o coelho? Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica (Equivalente a Diana e a Vênus nas mitologias romana e grega respectivamente). A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada, claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs (Sincretismo religioso). Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento.

Curiosamente um dos símbolos utilizados pelas revistas masculinas é o coelho. O símbolo da Revista Playboy é um coelho. O coelho é um símbolo do sexo.

O sincretismo religioso foi realizado para tornar a conversão menos impactante. Assim a Igreja utilizou a figura do coelho que estava simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades.

Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? A desculpa apresentada pela Igreja Cristã é que tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida. A mesma desculpa apresentada para o domingo, o dia da Ressurreição de Cristo. O mundo cristão sempre utilizou símbolos pagãos, mudando seus significados para ganhar adeptos, realizando o mais descarado sincretismo religioso.

Nós como igreja e povo de Deus não devemos utilizar símbolos pagãos para comemorar a páscoa ou outra festa religiosa qualquer, lembre-se da controvérsia entre o Sábado e o Domingo. Portanto, ao invés de entregar um coelho às crianças ou ovos de chocolate, pois estes são altamente prejudiciais à saúde, faça símbolos de um cordeiro que simboliza Cristo, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", pois é Ele o verdadeiro símbolo da páscoa. "Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para as vossas famílias, e sacrificai a páscoa." (Êxodo 12:21). Compare com João 1:29.

Reflita: Se o coelho é um dos símbolos do sexo, quando fantasiamos nossas crianças utilizando o coelho, não estamos oferecendo nossas crianças ao sexo, fazendo-as de símbolos sexuais? Não será esse um dos motivos da juventude se envolver sexualmente cada vez mais cedo?

Ontem assistir uma reportagem sobre as pulseiras do sexo (algum lastimável), onde alguns diretores e pais estavam discutindo os impactos negativos na vida dos jovens e adolescentes que as usam. Os impactos são realmente devastadores. Por outro lado, quando se fala em maquiar nossas crianças como coelhinhos, que é um símbolo do sexo, todos concordam por não ver maldade nisso. Satanás entra sorrateiramente na vida de nossas crianças e nós ainda afirmamos que é lindo. Ele se transforma em “anjo de luz” para nos enganar e nos conduzir para perdição (2 Coríntios 11:14). Dessa forma, Satanás desmerece o verdadeiro símbolo da Páscoa, Cristo, e ainda conduz nossas crianças para o sexo precoce.

REFLEXÃO: “Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nEle andai, arraigados e edificados nEle, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças” (Colossenses 2:6-7)



Páscoa: Coelho ou Cordeiro? - Outra visão

(adaptado do texto do Pr. Itaniel Silva)

"A Páscoa é uma celebração de origem divina e seu caráter é essencialmente bíblico e religioso"

Nas últimas décadas, a humanidade, influenciada pela força do capitalismo a transformou em fonte de lucro e de consumo, deturpando radicalmente seu sentido cristão.

Por acreditarem que o ovo simbolizava o nascimento, os antigos egípcios e persas costumavam pintar ovos com cores da primavera e presentear aos amigos. Os primeiros a darem ovos coloridos na Páscoa, simbolizando a ressurreição, foram os primitivos cristãos do Oriente e da Europa.

Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era apenas um presente original simbolizando a ressurreição como o início de uma nova vida. Os ovos de chocolate como conhecemos hoje, surgiram no século 20.

O coelho foi símbolo da fertilidade e da vida para diversos povos da terra. Os imigrantes alemães trouxeram a tradição do coelho para as Américas em meados do século 18. Assim, os ovos e o coelho tradicionalmente passaram a fazer parte da Páscoa cristã.

Mas, embora na tradição dos povos o coelho seja símbolo da fertilidade e os ovos símbolo da renovação da vida, definitivamente eles não são símbolos da Páscoa original.

Para conhecermos o verdadeiro sentido da Páscoa, os elementos envolvidos nela e a razão de sua origem, devemos voltar à Bíblia.

O povo de Deus, formado a partir de Abrão e Sarai, estava já por quatrocentos e trinta anos vivendo sob a escravidão dos egípcios. Mas, o momento de Deus libertá-lo havia chegado. (A história da Páscoa pode ser encontrada a partir do capítulo 3 do livro do Êxodo). Então o Senhor chamou Moisés para ser o líder da tão sonhada libertação. Quando Moisés apresentou o plano, Faraó recusou. É claro que ele jamais iria aceitar a proposta de perder a mão-de-obra escrava de centenas de milhares de homens e mulheres.

Percebendo o descaso de Faraó, Deus passou a apelar por meio de atos dolorosos, os quais a Bíblia chama de pragas. Dez ao todo. Diante de cada uma delas, o chefe da nação egípcia continuava endurecido. Deus então anuncia aquela que seria a décima e última praga. O último destes atos de juízo divino atingiria o que há de mais precioso para o ser humano - a vida. "Assim diz o Senhor: Por volta da meia noite, passarei por todo o Egito. Todos os primogênitos morrerão, desde o filho mais velho do Faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho da escrava" (Êxodo 11. 4 e 5). Desta vez, o juízo recairia sobre os filhos primogênitos, tanto dos animais como dos homens. Tanto dos egípcios, quanto dos escravos hebreus. Todos estavam sob a condenação. Mas, Deus nunca executa um juízo sem antes prover um meio de escape. "Deus é amor" (I João 4.8). Assim, naquela noite, se alguma família quisesse ser poupada da morte, quer fosse egípcia ou israelita teria que praticar a Páscoa. Só ela poderia salvar da morte. E o que era a Páscoa? Como praticá-la e evitar a catástrofe sobre os primogênitos? Simples: Cada família deveria prover um cordeirinho, sem defeito, de um ano, matá-lo, colher seu sangue, pintar o alto e as laterais da porta com o sangue. Toda a família deveria entrar pela porta, permanecer dentro da casa durante a noite e comer a carne do cordeirinho com pão sem fermento e ervas amargas. Fazendo assim, à meia noite, quando o anjo responsável por executar o juízo da morte chegasse, ao ver o sangue na porta, ele pularia aquela casa. A família estaria salva. Isto é a Páscoa. A palavra Páscoa quer dizer "passar por cima". "Passar por alto", conforme (Êxodo 12.13,23 e 27). A história completa da Páscoa pode ser conhecida lendo o livro bíblico do Êxodo, capítulo 12.

O cordeirinho morto naquela noite, para salvar os primogênitos condenados do Egito, simbolizava outro cordeiro. "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1.29). Toda pessoa que nasce no mundo, chega aqui em semelhante condenação à dos primogênitos naquela noite no Egito. "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23). Mas Deus nunca permite que a sentença de morte recaia sobre quem quer que seja sem antes oferecer uma saída. E a saída veio por meio de Jesus. Ele deu a vida para que cada pessoa da terra pudesse marcar sua vida com seu sangue e assim ser livre da condenação. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).

Coelhos, ovos e chocolates nunca estiveram associados à Páscoa, mas ao comércio e ao consumismo. NOSSA VERDADEIRA PÁSCOA É CRISTO JESUS. Seu sacrificio dá o real sentido à comemoração desta data.

Nesta Páscoa, muito além de comer os ovos de chocolate [que na sua grande maioria não fazem bem à saúde], não deixe de se "alimentar" de Cristo Jesus. Ele disse de si mesmo: "Aqui está o pão que desce do céu, para que não pereça quem dele comer" (João 6.50).

REFLEXÃO: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo" (João 6:51)



Corações quebrantados e agradecidos

(adaptado do texto de Paulo R. Barbosa)

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53:5).

Certo homem era visto constantemente em um cemitério de Nashville, Tennessee, Eua, chorando amargamente. Alguém se aproximou e lhe perguntou o motivo pelo qual estava sempre ali, chorando, e ele respondeu: "Eu fui recrutado, durante a Guerra Civil. Eu possuía uma grande família e minha esposa era muito doente. Nós éramos muito pobres e todos achavam
que a minha família passaria fome. Eu tinha um grande amigo cuja idade não era apropriada para ser convocado. Ele se apresentou, contou o caso e se ofereceu para me substituir. Ele foi aceito. Ele tomou o meu lugar. Ele morreu em batalha e está enterrado aqui. Esta é sua sepultura. Ele morreu por mim. É esse o motivo de minha tristeza e meu choro. Eu estou vivo porque ele está morto".

Estamos aqui, vivos, alegres, cheios de sonhos e planos para o futuro. Podemos escolher uma vida de regozijo e felicidade, temos o nome escrito nos Céus, temos a possibilidade de decidir para onde queremos ir e optar por uma vida eterna no lar celestial, temos uma herança que jamais será corrompida. E por que temos tudo isso? Por que temos vida e vida abundante? A resposta é simples: alguém morreu em nosso lugar, para pagar o preço de nosso pecado, para nos trazer de volta à presença de Deus, para sermos felizes por toda a eternidade.

Ele nos ensinou o que é amar verdadeiramente. Ele nos ensinou a expulsar o egoísmo e viver para servir. Ele nos ensinou que melhor é dar do que receber. Ele nos ensinou que para sermos o maior devemos servir a todos. Ele nos ensinou o que significa viver de verdade.

Quando nós refletimos sobre a morte de Cristo, em nosso lugar, devemos ter os corações quebrantados e cheios de gratidão.

REFLEXÃO: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39)



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