Novos Olhos

(por H. Dennis Fisher)

"… iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual a riqueza da glória da sua herança nos santos". (Efésios 1:18)

Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos,
Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações:

Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;

Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;

E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,

Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.

Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;
Efésios 1:15-21
Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos,
Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações:

Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;

Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;

E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,

Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.

Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;
Efésios 1:15-21
"Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo principado, e poder, e potestade e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro."

Conheci uma estudante universitária recém-convertida a Cristo. E ela descreveu sua primeira mudança de vida da seguinte maneira: “Quando confiei em Cristo como Salvador, senti como se Deus tivesse descido dos céus e colocado novos olhos em minha cavidade ocular. Pude entender a verdade espiritual!”

Foi comovente ouvir como o seu encontro com o Salvador trouxe-lhe uma nova percepção espiritual. Mas a experiência dela não é singular. Todos são imbuídos com visão espiritual quando confiam em Cristo como seu Salvador. Contudo, por vezes um “nevoeiro” envolve nossa visão espiritual tornando-a nebulosa e obscura. Isso acontece quando negligenciamos nosso relacionamento com Cristo.

Nas ardentes orações de Paulo pela visão espiritual dos cristãos, vemos como é importante apreciar por completo tudo o que Deus fez e fará para nós, por meio de Cristo. Ele orou para que os olhos do nosso entendimento fossem iluminados para sabermos “… qual é a esperança nos santos” (Efésios 1:18).

Cada cristão recebeu novos olhos para discernir as verdades espirituais. À medida que mantemos nossos corações voltados a Deus, Ele nos ajudará a ver com os nossos olhos espirituais tudo o que Ele nos deu em Cristo.

Pensamento: Outrora eu era cego, mas agora vejo!

Fonte: /mensagens que edificam


Frases #54

"Mostre-me um exército de líderes e eu lhe mostrarei um exercito de leitores." 

Napoleão Bonaparte

Comentários Lição 6 - Criação e Queda (Prof. Sikberto Marks)


de 02 a 09 de Fevereiro de 2013

Verso para memorizar:Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gên. 3:15).

Introdução de sábado à tarde
Este verso é uma breve descrição da batalha na cruz do calvário, entre JESUS e Lúcifer. Em razão da queda de Adão e Eva, o próprio Criador, que os amava, e também nos ama, prometeu lutar por eles para dar a todos uma nova oportunidade. Como a Lei de DEUS é para ser mesmo cumprida, e como ela, ao ser descumprida jamais pode deixar de realizar sua sentença, que é a morte, o ser humano não poderia escapar da sentença. Uma única via de escape seria o próprio Criador morrer em lugar da raça humana por Ele criada. E foi isto que JESUS anunciou naquele dia da queda, quando disse que Ele seria ferido no calcanhar pela serpente (crucificado e morto), mas a serpente, ou seja, o próprio Lúcifer seria ferido na cabeça, isto é, sentenciado a morte eterna. Ou seja, JESUS venceria naquela batalha, e a vida poderia ser devolvida aos seres humanos que desejassem.
A ferida de JESUS ocorreu na cruz, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia. Ele ressuscitou da morte eterna, que é a segunda morte. Mas a serpente, ou Lúcifer, naquele dia da cruz, foi condenado para a morte eterna. Foi ali que ele perdeu a batalha decisiva. E a última representante na Terra, a sua igreja oficial, foi ferida mortalmente em 1789 por um general francês. Sua ferida vem sendo curada, mas ela é mortal, pois esta organização caminha para a destruição, que é a queda definitiva de Babilônia.

  1. 1.      Primeiro dia:  A serpente foi mais astuta
Uma palavra adequada para atribuir a Lúcifer é “vigarista”. Usa-se esta palavra para identificar alguém bem apessoado, aparentemente acima de qualquer suspeita, que fala bem, tem boa aparência e que é capaz de assumir comportamento necessário para transmitir credibilidade, mas que tem intenções de enganar os outros com o intuito de levar vantagem e de tirar algo dos outros. Alguém assim tem charme e sua presença tende a ser desejável, suas propostas são interessantes e seduzem a mente. Ele sabe bem o que mais interessa às suas vítimas, e arquiteta um plano de maneira a tornar sua falsa proposta como algo que não pode ser desperdiçado. Essa é uma descrição bem razoável de Lúcifer. Afinal, ele enganou 33% dos anjos, enganou Eva e Adão foi junto, enganou os antediluvianos menos oito deles, e assim por diante.
“Satanás assumiu a forma de serpente e entrou no Éden. A serpente era uma bela criatura com asas, e quando voava pelos ares apresentava uma aparência brilhante, parecendo ouro polido. Ela não andava sobre o chão, mas ia de uma árvore a outra pelo ar e comia frutos como o homem. Satanás entrou na serpente e tomou sua posição na árvore do conhecimento e começou vagarosamente a comer do fruto.
“Eva, a princípio inconscientemente, absorvida em suas ocupações separou-se do marido. Quando percebeu o fato, sentiu a apreensão do perigo, mas de novo imaginou estar segura, mesmo não estando ao lado do marido. Tinha sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir-lhe. Os anjos haviam-na advertido para que não fizesse isso. …
“Satanás desejava infundir a ideia de que pelo comer da árvore proibida eles receberiam uma nova e mais nobre espécie de conhecimento do que até então tinham alcançado. Este tem sido seu trabalho especial, com grande sucesso, desde a queda – levar o homem a forçar a porta dos segredos do Todo-poderoso e a não estar satisfeito com o que Deus tem revelado, e não cuidar de obedecer ao que Ele tem ordenado. Gostaria de levá-los a desobedecer aos mandamentos de Deus, e então fazê-los crer que estão entrando num maravilhoso campo de saber. Isto é pura suposição, e um miserável logro. Eles deixam de compreender o que Deus tem revelado, menosprezam Seus explícitos mandamentos e aspiram a mais sabedoria, independente de Deus, e procuram compreender aquilo que Lhe aprouve reter dos mortais. Exultam com suas ideias de progresso e se encantam com sua própria vã filosofia, mas apalpam trevas de meia-noite quanto ao verdadeiro conhecimento. Estão sempre estudando e nunca são capazes de chegar ao conhecimento da verdade [ver Rom. 1:21].
“Não era da vontade de Deus que este santo par tivesse qualquer conhecimento do mal. Dera-lhes livremente o bem, mas retivera o mal. …
“Eva pensava ter capacidade própria para decidir entre o certo e o errado. A enganadora esperança de entrada num mais elevado estado de conhecimento levou-a a pensar que a serpente era um amigo especial, que tinha grande interesse em sua prosperidade. Tivesse procurado o marido, e ambos relatado ao seu Criador as palavras da serpente e teriam sido imediatamente livrados de sua astuciosa tentação” (História da Redenção, págs. 32-34, 36 e 37).
Satanás, através da serpente, aplicou três mentiras a Eva: “É certo que não morrereis”, “abrir-se-ão os vossos olhos” e “sereis como DEUS”. Ora, parecia bom se, não morrendo, entendessem muitas coisas mais, como o conhecimento também do mal, além do bem que já conheciam, e mais ainda, serem como DEUS, igual a DEUS. Ou seja, ali satanás levou Eva a acreditar que DEUS estava mentindo e escondendo alguma coisa boa deles. A serpente que já havia comido do fruto, agora se tornou como DEUS, era até superior aos dois seres humanos. Assim parecia, afinal, serpentes, mesmo no Éden, não falavam. Ser semelhante a DEUS teria, evidentemente, muitas vantagens, seriam independentes; fariam suas próprias leis; não poderiam ser julgados por ninguém, pois não haveria ninguém acima deles; não haveria autoridade sobre eles; teriam poder para tudo, até de criar; enfim, seriam livres. E para tudo isto, e muito mais, qual o preço? Era só comer daquele fruto.
O mesmo acontece hoje. Tudo é facilitado. Para se tornar rico, é só comprar um bilhete premiado, ou participar de outras trapaças. Para ser feliz é só experimentar algumas das milhares de atrações do mundo. Para se salvar não necessita desligar-se do mundo, pode ficar no caminho largo. DEUS é bondoso, não exige total entrega, ele perdoa e esquece. Basta fazer um tipo de entrega a JESUS sem abrir mão de atrativos do mundo, que são evidentemente incompatíveis com a cidadania celeste, mas que já não são vistos assim.
A proposta que Lúcifer fez a Eva é a proposta da mornidão que faz aos membros de nossa igreja. Algo como: “é certo que não perdereis a vida eterna.” Assim como quem caiu no conto do bilhete premiado, como foram felizes os momentos seguintes do fruto comido, mas como logo mais foram amargos os sentimentos quando a realidade surgiu, assim será amargo o dia daqueles que ainda pensam poder salvar-se sem se desconectar dos atrativos que afetam nosso caráter e deterioram nosso testemunho.
Ou será que satanás perdeu sua capacidade de enganar?

  1. 2.      Segunda: A mulher e a serpente
Qual é a estratégia do vigarista? Ele, bom falante, atrai a pessoa para uma conversa agradável e que desperte o interessa dela. Por exemplo, Joseph “Yellow Kid” Weil foi um dos mais famosos vigaristas da sua época. Ao longo da sua carreira, acredita-se ter roubado mais de 8 milhões de dólares. Os seus amigos mais próximos diziam que o seu grande trunfo era conhecer muito bem a natureza humana. A sua frase célebre: “Eu não aplico golpes em pessoas honestas, somente naqueles que acham que podem ganhar algo sem dar nada. Para essas, eu dou nada, em troca de algo“. É importante meditar na frase deste vigarista. Ele dava golpes em pessoas ambiciosas, que queriam de alguma maneira levar vantagem. É assim que satanás trabalha.
O que é um pecador? O mesmo que um ladrão, um mentiroso, um traidor. Um pecador é aquele que tem propensão a fazer alguma coisa errada, fora da lei, e gosta de fazer isso, não consegue viver sem determinados pecados. A sua imaginária liberdade depende de praticar seu vício do qual se tornou dependente, escravo. Outro pecador, mais esperto que ele, o vigarista, explora seu ponto fraco e tira vantagem de algo que o pecador menos esperto imaginava ser favorável a ele. Assim um engana o outro, sempre mentindo ou dissimulando, e obviamente, falando bem, usando a persuasão. Persuadir é falar de tal maneira que a outra pessoa sinta a falsa proposta ser uma solução especial para ela, naquilo que tanto deseja, mas que, sozinha, não consegue. Sempre é bom lembrar que se pode persuadir também para algo bom.
Assim foi com Eva. Lúcifer estava rondando o jardim, e observando todos os movimentos de Adão e Eva. Ele, como faz o vigarista, estava estudando como obter vantagem sobre os dois. Logo percebeu que para enganá-los seria mais fácil se eles estivessem separados um do outro. Paciente, esperou por anos o momento mais favorável. Um certo dia os dois se separaram por descuido, e Eva achou-se perto da árvore da qual não deveria comer. Satanás não perdeu essa oportunidade, para a qual, seu discurso já havia preparado muito bem. Encarnando uma serpente, que era um animal bonito, em forma de surpresa de algo inédito, falou por meio da serpente. “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim” Gênesis 3:1. O seu objetivo era levar a mulher a questionar a palavra que Deus havia dito. Em segundo lugar, ele negou a palavra de Deus, dizendo: “É certo que não morrereis” Gênesis 3:4. Deus havia advertido sobre a desobediência e respectiva morte, porém, satanás negou que DEUS agisse assim, fazendo-O como um mentiroso.
Quando Eva deu atenção a satanás, ele fez uma proposta a ela, assim como fazem os vigaristas. Se eles comessem do fruto, “…como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” Gênesis 3:5. Sejamos honestos, muitos há que gostariam de ser gênios como Einstein. E porque não ser igual a DEUS? Era muito atraente ser igual a DEUS. No exato momento de uma proposta totalmente inviável, fora de qualquer possibilidade, mas que seja muito interessante, a pessoa tende a não pensar nos riscos, fixa-se na vantagem, no sonho, na nova situação. O momento de alguma proposição muito atraente, feita com aparência de honestidade, aparentando que o proponente deseja fazer algum bem especial, é de intensa emoção, e a pessoa não pensa racionalmente, mas emocionalmenteE, importante, deixa de atentar para a realidade. Ela atenta para os desejos, sonhos, ambições, ganâncias, e assim por diante. Isto é, passam a dominar a mente os seus pontos fracos! Eva por uns instantes deixou de crer em DEUS e em Sua palavra. Se ela desse mais um tempo, esperasse um pouco para refletir, seu bom senso retornaria, e no mínimo duvidaria da palavra daquela serpente. Mas antes que isso acontecesse, satanás, vigarista, tomou ele mesmo do fruto e alcançou a ela, que comeu. Aí estava tudo perdido.
É como o velho conto do bilhete premiado. A pessoa, querendo levar vantagem, no momento de bobeira, de cegueira, de sonho, fora da realidade, compra algo que não tem valor algum. São momentos de forte predomínio das emoções, não da razão. Como explica o vigarista Yellow Kid, acima. Fascinada pela vantagem oferecida, que era inviável, a mulher creu numa mentira, colocou a sua vontade acima da de DEUS, e arruinou a sua vida. A mulher arruinou somente a sua vida, mas quando o seu marido decidiu comer também, ele arruinou a vida de toda raça humana. Tornaram-se um casal capaz de gerar filhos já pecadores. Ficasse Adão sem comer, por certo seria de alguma maneira evitado que um ser perfeito gerasse filhos com outro ser pecador. E a solução do pecado seria diferente, e bem mais simples. Só Eva teria que ser salva!
Enfim, Eva não deveria ter dado atenção à serpente. Vendo aquilo tão inusitado, deveria ter ido junto ao marido e os dois perguntado a DEUS. Sendo assim, por via das dúvidas, cada vez que aparece algo muito atraente mas que seja inédito, no mínimo desconfie e aconselhe-se. “Satanás embeleza o presente, mas oculta o futuro”.
Pensamento de Hugh Farmer.

  1. 3.      Terça: Enganados pela evidência
Árvore do conhecimento do bem e do mal, ou a árvore mágica? DEUS a definiu como árvore do conhecimento do bem e do mal, mas satanás deu a esta árvore outra conotação, bem diferente, como tendo poderes mágicos. Assim faz até hoje, e as pessoas acreditam. Ele disse que no dia em que comessem da árvore os olhos deles se abririam e se tornariam como DEUS. Isto quer dizer, pelo simples fato de comer, seriam também deuses. Hoje o inimigo faz o mesmo, propondo que existe energia cósmica em pirâmides, cristais, pedras preciosas, astros, braceletes, etc. Vivemos a geração do He-Man, She-ra, os Smurfies, Guerra nas Estrelas, o incrível hulk, super heróis, jogos eletrônicos e muitas outras invenções absurdas. Essa geração acredita nestas coisas. Elas têm poderes sobrenaturais que encantam a imaginação das pessoas. Quantas crianças, até de nossa igreja, ganham bonecos destas cosias e assistem as respectivas produções. Alguém pode ser salvo estando preso a isto?
“Sereis como DEUS”. Estas palavras soam como uma grave acusação contra DEUS. O Criador estaria, se isto fosse verdade, escondendo algo de Suas criaturas. Então, comendo daquele fruto mágico, poderiam ser como DEUS. Agora pense um pouco: todo vigarista sempre propõe algo bem ingênuo, mas no momento da bobeira parece ser algo que não se pode deixar escapar. É o momento da “não reflexão”, em que não se toma tempo para fazer uma pergunta como esta: “por ventura isto é não é uma mentira?” O que Lúcifer estava dizendo era o seguinte: “o fruto desta árvore pode livrar vocês da ditadura divina.” “Vocês nem sabem o que estão perdendo.” E a serpente, apenas um animal, teria comido do fruto, e lá estava ela, falando como um ser humano. Parecia uma demonstração da veracidade das afirmações. Até uma serpente falando! Parecia uma maravilha! A árvore era mágica! E a serpente parecia ser como DEUS! Ou seja, ela estava se passando como se a coisa desse certo, a árvore mágica fez efeito, logo DEUS, o Criador, seria um mentiroso. E Eva nem desconfiou que tamanha afirmação, tamanho absurdo, poderia ser tudo falso. Ela e seu marido foram advertidos; sabiam bem da existência de Lúcifer e do que houve no Céu. Eles sabiam, assim como nós, o que a nós foi escrito pelo profeta Isaías: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono… subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Isa. 14:13 e 14). O que Lúcifer estava defendendo ali, e sempre fez isto, era algo assim: você não precisa de DEUS porque você pode ser DEUS.
A serpente tomou um fruto e o alcançou para Eva. Ela via que o fruto parecia bom. Não haveria perigo, não poderia haver perigo. Parecia ser bom para dar entendimento. O autor da lição descobriu três evidências de que a afirmação da serpente poderia ser verdadeira, mas na realidade são quatro. 1ª) o fruto da árvore era bom para se comer; 2ª) a aparência do fruto era agradável aos olhos; 3ª) parecia que no fruto havia poderes mágicos; 4ª) alguém diferente, um animal, falava com sabedoria e entendimento porque havia comido do fruto. Não é assim hoje? Vá num supermercado e veja os frutos. São lindos, mas nem sempre são saudáveis. Aliás, quanto melhor sua aparência, maior a probabilidade de fazerem mal à saúde.
Mas, o que era realidade nessa história? Simples, era tudo mentira! E Eva deu conversa ao maioral dos vigaristas, e quando percebeu a realidade, era DEUS que estava certo, e a serpente, ou seja, Lúcifer, a havia enganado. Agora se tinham tornado mortais.

  1. 4.      Quarta: Graça e julgamento no Éden – parte I
Aquele dia da queda também foi um dia de revelação por parte de DEUS. O que Lúcifer esperava que acontecesse? Aliás, o que o restante do Universo temia acontecer? A morte do casal! Conforme DEUS disse, eles agora deveriam morrer. Lúcifer estava exultante, porque, afinal, o DEUS de amor, como Ele Se definia, e como dizia ser Sua lei, caíra numa armadilha, teria que tirar a vida de Adão e de Eva. Assim ficaria evidente que os argumentos de Lúcifer eram corretos, ao menos aparentariam ser. E mais seres criados poderiam se posicionar ao lado de Lúcifer. Era o caráter de DEUS que estava em jogo!
Outra coisa, seria urgente que o casal comesse, depois do fruto proibido, também da árvore da vida. Assim DEUS Se obrigaria a conceder a eles a imortalidade mesmo tendo pecado. Estava dando tudo certo para satanás, até que DEUS falou.
DEUS condenou severamente a Lúcifer por meio da serpente. Era um animal belo e voador, de agora em diante, rastejaria. Isso quer dizer que Lúcifer jamais seria um vitorioso, mas seu reino algo como rastejante, junto ao pó, isto é, junto aos mortos, que se tornam pó. Ele nunca seria bem sucedido. De fato, os reinos e impérios deste planeta não duram muito, lutam uns contra os outros, e se destroem mutuamente. Lúcifer jamais conseguiu emplacar um reino ou império por longo tempo, que dominasse supremo sobre toda a Terra.
Utilizando a figura da serpente, que Lúcifer se valeu para enganar, DEUS disse que a serpente teria que enfrentar o próprio Senhor Criador JESUS CRISTO numa batalha frente a frente, em defesa do casal e de seus filhos. Isso foi na cruz. E predisse o resultado dessa batalha: Ele sairia ferido no calcanhar, isto é, morreria na cruz, mas ressuscitaria, e ela sairia ferida na cabeça, isto é, seria morta para toda a eternidade.
Depois desta severa condenação DEUS disse que, por causa do pecado, até a terra seria amaldiçoada, e enfraqueceria, e não daria mais toda a sua força para a produção de alimentos. Brotariam ervas daninhas que iriam atrapalhar muito as plantações, principalmente as anuais, como trigo, milho, aveia, etc. Isto dificultaria muito o trabalho pelo sustento, que antes nem havia, era só colher e comer.
Os animais selváticos, que antes eram mansos, tornaram-se ferozes e briguentos. Até os domésticos ficaram maus, os cachorros logo passaram a correr atrás dos gatos, e estes atrás dos ratos, e assim por diante. Formou-se a cadeia alimentar; animais se tornaram caçadores para se alimentar, e passaram a comer carne. Ai do cordeiro se passasse pelo caminho do leão. E ai do ser humano também.
Tudo mudou com o pecado.
Mas algo que não se sabia até então, foi nesse dia revelado. O tamanho do amor de DEUS. Ninguém esperava, nem os anjos bons, nem lúcifer e os seus anjos maus, nem os seres humanos semelhantes a nós mas de outros planetas e nem Adão e Eva, que DEUS viesse a esta Terra em forma humana para morrer por nós. Quando este plano foi revelado com a possibilidade do perdão e da transformação, sem enfraquecer a lei, Lúcifer tremeu, o casal condenado se viu cheio de esperança, e o Universo deve ter louvado e adorado a DEUS por ser amor. O Universo é diferente antes e depois daquele dia, e mais diferente ainda antes e depois da sexta-feira da cruz. Ficou marcado para toda a eternidade qual é mesmo o tamanho do amor de DEUS, ou seja, é ilimitado.

  1. 5.      Quinta: Graça e julgamento no Éden – parte II
Meditemos hoje um pouco sobre a lei. Só pode haver julgamento se houver lei. Só há crime se houver lei. Mas, sem lei, mesmo não existindo crime, existe o mal. Por exemplo, se não fosse ilegal matar, isso não quer dizer que não haveria assassinatos, mas sim, que o assassinato não seria crime. Portanto, qualquer lei deve ser inteligente para prever o que deve ser evitado, as pessoas devem ser inteligentes para seguir os preceitos legais, e por fim, para que “lei seja lei”, isto é, para que ela tenha valor, precisa ter uma pena e deve ter possibilidade de julgamento. Afinal, não se aplica pena sem julgamento.
A lei de DEUS tem uma única pena: a morte. Se transgrediu a lei, vai morrer. Portanto, essa é uma lei perfeita, isto é, sob esta lei não há lugar para a impunidade. Quando existe impunidade, por exemplo, quando nem sempre se aplica uma punição havendo transgressão, a lei perde seu poder e com o tempo se torna como se nem existisse. Isso é bem comum aqui no Brasil, e certamente em outros países também.
A lei de DEUS tem um outro ingrediente a mais, que nenhuma outra lei aqui neste planeta pode ter. Ela é a lei do amor! E o amor é o próprio DEUS. Portanto, esta lei reflete o caráter da perfeição. E agora iremos abordar um ponto importante demais para ser lido rapidamente, medite sobre a próxima frase. Enquanto a lei de DEUS, que é amor, pune com a morte, o próprio DEUS, que é amor, Se coloca em lugar do transgressor, para morrer por ele, e perdoar o culpado. Claro, se a vítima aceitar o perdão. Essa é a lei perfeita, ao mesmo tempo que ela jamais propicia a impunidade, também propicia o perdão. Aqui na Terra, em nossas leis que temos, quando há perdão é porque a lei que devia ser aplicada não foi. Portanto, nosso sistema judicial não passa de trapos de imundícia.
Então, a lei do Universo, trata da relação de amor entre as criaturas para que a criação continue sendo perfeita e que o equilíbrio se mantenha. Havendo transgressão, fere-se a perfeição, e aparece a maldição, que quer dizer, problemas ocorrerão. O desfecho final da transgressão da lei de DEUS é a morte. E se atentarmos para o pensamento evidente, isto é lógico, temos que deduzir que o planeta inteiro, toda a natureza e os animais, um dia morrerá em decorrência da transgressão do ser humano, posto como administrador de tudo aqui. Se DEUS deixasse o planeta seguir seu curso natural após o pecado, em um tempo no futuro entraria em colapso, e a morte gradativamente se estenderia para tudo o que tem vida, afinal, tudo se tornou mortal. E a vida desapareceria daqui. Aliás, não estamos longe dessa situação, embora até pareça que a ciência esteja contornando essa tendência. Porém, devemos ver a própria ciência, que vem de homens que são pecadores (portanto, muitos deles são de má índole), como causa do abreviamento da morte de tudo no planeta. Basta pensar sobre como as armas de matar são cada vez mais sofisticadas.
É por isso que nesses tempos há um clamor cada vez mais alto, por meio do povo de DEUS, que todos devem temer a DEUS e dar-lhe glória (serem agradecidos), porque já chegou a hora de ser feita justiça. Pode não parecer, mas o juízo está em andamento desde 22 de outubro de 1844. O anúncio do juízo é precedido pela conclamação ao temor a DEUS, e que todos deem glórias a Ele, isto quer dizer, ainda há possibilidade de salvação, portanto, aproveitem essa oportunidade que vai se esgotando.
A ênfase de DEUS não é, nunca foi, no juízo e na execução de sentença, e sim, no perdão e na salvação. JESUS não veio a esta terra para estender a salvação a uns poucos, mas, a todos. Aqui se revela algo impressionante: a lei de DEUS é o amor, e condena o transgressor, mas, pelo mesmo amor, DEUS assume a condenação, como se Ele fosse o culpado, morre pelo pecador para poder perdoá-lo. Essa é a ciência que devemos conhecer bem!

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Na criação o propósito era que não houvesse nem um tipo de morte. Nem de plantas, nem de animais e nem de seres humanos. As flores nunca murchavam. Os frutos nunca envelheciam. O conhecimento e a experiência da morte era algo que Adão e Eva, e depois seus descendentes, não deveriam conhecer. O muito que conheciam sobre o mal é que a morte seria uma decorrência em caso de desobediência.
Queremos aqui aproveitar para uma reflexão sobre a morte. Porque a transgressão da lei de DEUS é punida com a morte? Porque a prova do fruto proibido? Não seria muito severo, para um DEUS de amor?
O amor é a fonte da vida. Permanecer vinculado ao amor é permanecer ligado à vida. Enquanto permanecer assim, viverá sempre. Todas as criaturas devem, para viver, permanecer amando o Criador, e por sua vez, o Criador ama as criaturas dando-lhes permanentemente a vida, e muitas outras coisas, como a felicidade e a beleza das coisas. Então, o que é pecado? É qualquer procedimento que resulte no desligamento da fonte de vida. Logo, como consequência, esse desligamento resulta em morte. Assim devemos entender a sentença de algum pecado como um efeito natural do desligamento da fonte da vida. E nem poderia ser diferente, pois como uma lâmpada que é desligada dos fios elétricos se apaga, também assim um ser humano que se desliga do amor, fonte de vida, morre. Pergunta-se, haveria outra punição para as transgressões senão essa?
Precisamos entender o princípio do amor antes do pecado e depois do pecado. Lá no jardim do Éden, DEUS não lhes deu Dez Mandamentos escritos em tábuas de pedra. Não havia necessidade por dois motivos: eles desconheciam o mal, e eram muito inteligentes, a ponto de, apenas com base no princípio do amor, saberem que quem ama não mente nem mata nem rouba, etc. Já, para nós hoje, que estamos numa degeneração de seis mil anos, nem detalhando proibições por meio de Dez Mandamentos se consegue obter uma sociedade ordeira. No Éden eles seguiam o princípio do amor, e isso funcionava perfeitamente bem enquanto assim se comportassem, obedientes ao princípio do amor. Depois a raça humana se deteriorou, e esse princípio teve que ser desdobrado em vários mandamentos para deixar bem claro principalmente o que não pode. Portanto, por causa do pecado, estamos numa sociedade muito esquisita, sempre tendo que saber o que pode e o que não pode. E, pasmem, em nossa igreja muitos estão se revoltando contra o que chamam de ditadura do “pode ou não pode.” Mas, degenerados como estamos, outra condição não há. Imagina nosso planeta sem as proibições de adulterar, matar, mentir e roubar!
E porque DEUS plantou a árvore do conhecimento do bem e do mal, como uma prova para o casal? Uma relação de amor não tem valor se não for confirmada por demonstração. Vamos a uma situação. Imagine um casal de namorados. Eles estão iniciando a vida a dois. Precisam poder confiar um no outro. Pois, como se unirão se não tiverem provas confiáveis mútuas? Ao longo dos dias surgem situações em que podem provar fidelidade mútua. Por exemplo, um ficou doente, o outro acudiu e assistiu. Noutra ocasião aparece outro pretendente para um deles, mas este manteve-se fiel. Um deles fez alto errado, o outro perdoou. Um foi convidado para uma festa, mas o outro não, e preferiu focar junto, não ir à festa. E assim por diante. Aos poucos, por meio das circunstâncias da vida, um vai provando ao outro que de fato ama, aconteça o que acontecer. Depois de alguns anos, a confiança mútua já é tão forte que essas demonstrações perdem o sentido, eles simplesmente estão tão unidos que jamais desconfiarão de nada uma vez que há forte amor bem fundamentado entre eles. Esse era para ser o motivo da árvore da ciência do bem e do mal. Servir de ponto de prova de fidelidade do casal para com DEUS, pois foram criados livres para decidir. O que sabemos é que eles fraquejaram e então, em lugar deles, foi o Senhor JESUS CRISTO que teve que ser provado. Com a queda de Adão e Eva, o que poderia ser contestado era a lei de DEUS, o amor! Essa lei era mesmo viável? O Criador teria que provar isto. E provou, foi na cruz. Quando todos O abandonaram, mesmo assim, Ele amou até morrer.
DEUS não é severo. E também o amor não é uma brincadeira fútil, ou um sentimento banal. O amor é a essência da inteligência no Universo, o maior de todos os princípios pelo qual tudo funciona perfeitamente. O amor, assim como requer intimidade para se demonstrar, também requer fidelidade para existir. Então, quando somos fiéis uns aos outros, de fato nos amamos, e a vida é bela. Porém, se nos traímos, o efeito e as consequências serão desastrosos.
Mas porque a infração do amor gera efeito tão radical como a morte? Simples responder: o amor é tão bom, seus efeitos são tão agradáveis, a felicidade que ele proporciona é tão intensa que, se ele for traído, os efeitos desta traição são inversamente proporcionais na mesma intensidade a todo bem que o amor produz. Exemplifiquemos: se pelo amor somos infinitamente felizes, saindo do amor, seremos amargamente infelizes. Se pelo amor temos vida eterna, fora do amor teremos morte eterna. Se pelo amor vivemos sem preocupações, fora do amor sofreremos dramaticamente. Essa é a explicação. No amor, estaremos num extremo de coisas excelentes, fora do amor, estaremos noutro extremo, e de coisas ruins que nos farão sofrer. E não pode existir um estágio intermediário que produza uma vida pelo menos razoável? Sim, pode. Esse estágio é a esperança do cumprimento da promessa de perdão, transformação e nova vida eterna. Enquanto pudermos crer nessa promessa, a vida melhora um bocado.

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Comentários Lição 6 - Criação e Queda (Prof. César Pagani)

de 02 a 08 de Fevereiro de 2013
Verso para Memorizar:

Verso em Destaque: “Terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que a terra produza algum alimento; isso até que você volte para a terra, pois dela você foi formado. Você foi feito de terra e vai virar terra outra vez.” Gn 2 – NTLH.

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.

Tem-me sido apresentada a deplorável condição do mundo no tempo atual. Desde Adão, a humanidade tem estado degenerando. Foram-me reveladas algumas das razões da lastimável condição atual de homens e mulheres formados à imagem de Deus. E o sentimento de quanto será necessário fazer para deter, mesmo em pequena escala, a decadência física, mental e moral, fez com que o meu coração ficasse pesaroso e abatido. Deus não criou o gênero humano em sua presente condição debilitada. Este estado de coisas não é obra da Providência, mas, do homem; e tem sido ocasionado por maus hábitos e abusos, pela violação das leis que Deus estabeleceu para governar a existência humana. Cedendo à tentação de satisfazer o apetite, Adão e Eva caíram originalmente de sua condição elevada, santa e feliz. E é por meio da mesma tentação que os homens se têm debilitado. Eles têm permitido que o apetite e a paixão ocupem o trono, mantendo em sujeição a razão e o intelecto.” Ed, 9.
A queda foi de tanta magnitude e atingiu tal ponto, que foi necessário que Deus lançasse mão da mais custosa providência requerida: encarnação, sofrimento e morte redentora de Seu próprio Filho. Hoje, no mundo em geral, a imagem e semelhança de Deus está tremendamente obliterada, quase irreconhecível.
Porém, é maravilhoso que o drama não se encerra na queda, mas na glorificação. Tudo voltará a ser como era antes do pecado. Ou melhor ainda.

DOMINGO

A serpente era mais esperta
             “Satanás assumiu a forma de serpente e entrou no Éden. A serpente era uma bela criatura com asas, e quando voava pelos ares apresentava uma aparência brilhante, parecendo ouro polido. Ela não andava sobre o chão, mas ia de uma árvore a outra pelo ar e comia frutos como o homem. Satanás entrou na serpente e tomou sua posição na árvore do conhecimento e começou vagarosamente a comer do fruto.” HR, 32.  
            A arma do fascínio – O inimigo poderia ter-se apresentado como um belo pássaro canoro multicolorido, de formas atraentes. Poderia ter-se apresentado como um animal de formoso aspecto – um leão dourado, por exemplo -, mas preferiu a forma da serpente, com seu aspecto brilhante como de ouro polido, voadora (ver Is 14:29, 30:6) e “sagaz”, isto é, esperta, sutil, prudente (ver Mt 10:16), colorida, com padronagens de pele sedutoras. EGW diz no Grande Conflito, p. 531, que a serpente era uma “criatura de fascinante aspecto” (ver também PP, 54).
            A estratégia era primeiramente atrair e fixar a atenção e depois aplicar argumentos que apelassem à emoção e ao raciocínio. O satânico impostor fez, de início, um elogio bem composto da beleza e do encanto pessoal de Eva. O resultado de todo o conjunto de circunstâncias que envolvia o diálogo produziu reações emocionais em Eva: “Eva estava encantada, lisonjeada, enfatuada.” HR, 33.
Uma situação quase hipnótica obstruiu o pensamento lógico de nossa primeira mãe.  Ela não conseguia submeter o que estava ocorrendo à boa razão. “Não ocorreu à sua mente que este pudesse ser o inimigo decaído, usando a serpente como médium. Era Satanás quem falava, não a serpente... Tivesse encontrado uma personagem autoritária, possuindo uma forma semelhante à dos anjos e a eles se parecendo, teria ela se colocado em guarda. Mas essa estranha voz devia tê-la impelido para junto de seu marido, a fim de perguntar-lhe porque outro podia assim livremente dirigir-se a ela. Mas entrou em controvérsia com a serpente. Respondeu a sua pergunta: ‘Do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.’ Gn 3:2-5.” 
            Nas tentações do deserto, o perverso e traiçoeiro mentiroso-chefe tentou com Jesus o mesmo expediente. Apareceu-Lhe em forma de um luminoso anjo. Ele alterou sua aparência decaída fantasiando-se de um anjo de Deus. Apresentou-lhe cenas contendo as visões mais fascinantes do mundo e prometendo dar o domínio a Jesus, se Este o adorasse. Procurou fazer com que Jesus olhasse para as pedras do deserto (encantamento visual) para que em Sua mente elas figurassem broas de trigo.  Porém, Cristo, diferentemente de Eva, submeteu as argumentações do maligno ao teste da Palavra de Deus. Os duvidosos “se” inseridos nas propostas de Satanás não enganaram Cristo. O Salvador, inda que cansado, faminto, debilitado e desgastado por quarenta dias de tentações contínuas, repeliu o tentador com um poderoso “Está Escrito”.   
  
SEGUNDA
             O diálogo entre Satanás, via serpente, e Eva começou com uma pergunta cavilosa (fingida) por parte do enganador, apresentada com negativa (“Não comereis de toda árvore!”) falsa. O perverso trapaceiro queria apenas um “gancho” para iniciar a conversa sedutora. Afinal de contas, ele conseguira enganar a terça parte dos exércitos celestiais com suas argumentações, e por que não seria capaz de tapear uma inexperiente mulher recém-criada? Ele sempre gosta de insinuar dúvidas: “Se Tu és o Filho de Deus...”
            Exploração dos sentidos - Eva não percebeu que a mágica de um animal falante poderia ser um ardil. Tanto quanto ela sabia, Deus não concedera o dom da fala a animal nenhum. Ainda assim, seu “desconfiômetro” não funcionou. O inusitado acontecimento despertara a curiosidade da primeira mulher, a ponto de ela não se dar conta de que o que estava acontecendo poderia ser arte daquele inimigo de que os anjos celestiais tanto falaram. O elemento visual (sedução pelos olhos) apresentado pela serpente - voadora e semelhante em aspecto ao ouro polido reluzindo magneticamente à luz do Sol - era uma distração para diminuir o nível de atenção concentrada da mulher.
            Não sabemos por que Eva fez acréscimos à ordem de Deus, que nada dissera sobre não tocar o fruto. Erro de interpretação? Mas não havia nada a interpretar numa ordem tão clara. Há que se destacar também o perigo da racionalização quando estivermos sob tentação.  Observemos a sequência deste verso: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento...” (Gn 3:6). Aqui se pode ver o que Eva racionalizou: 1) A árvore era boa para se comer. Ora, Satanás dissera que a serpente havia comido do fruto e agora estava falando e se expressando com inteligência. Eva pensou que se a serpente, um animal, atingira tal grau de conhecimento, por que ela não estaria numa esfera bem superior após comer do fruto?  O segundo ponto era que o fruto parecia tão lindo, saboroso e atraente que não poderia ter nada em si de perigoso ou prejudicial. A terceira racionalização foi com respeito à presunção de obter um grau de inteligência muito maior em curtíssimo prazo. Eva foi apanhada na tríplice força da tentação: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida.
         Nunca se obtém qualquer benefício ou vantagem desprezando as expressas ordens de Deus. É fatal não dar ouvidos ao que se encontra revelado na Palavra de Deus. Outro ponto é a mistura da verdade com o erro.
            Mais uma precaução a tomar: Nunca devemos dialogar com a tentação. Essa deve ser repelida de pronto com um “Assim diz o Senhor” e “Está escrito”.        
           

         Satanás, usando a serpente, introduziu uma afirmação chocante e que contrariava frontalmente a Palavra de Deus . Deus dissera: “Morrereis”, o inimigo replicara: “Não morrereis”. A capciosa declaração deveria ter despertado em Eva, que era uma mulher com superior inteligência, a desconfiança de que havia algo errado. As mulheres são muito perspicazes e percebem as coisas no ar. E Satanás não usou de rodeios para contradizer Deus diante da mulher. Ele foi direto.
            A inspirada escritora Ellen White escreveu sobre o teor do argumento satânico apresentado a Eva: “’Disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.’ Gn 3:2-5. A serpente declarou que se tornariam como Deus, possuindo maior sabedoria que antes, e sendo capazes de uma condição mais elevada de existência. Eva cedeu à tentação e, por sua influência, Adão foi levado ao pecado. Aceitaram as palavras da serpente, de que Deus não queria dizer o que falara; desconfiaram de seu Criador, e imaginaram que Ele estava a restringir-lhes a liberdade, e que poderiam obter grande sabedoria e exaltação por transgredir Sua lei.” GC, 532.
              Seguindo a mamãe: É sobremaneira admirável a cegueira do povo desta geração. Milhares rejeitam a Palavra de Deus como indigna de crédito, e com absoluta confiança esposam os enganos de Satanás. Cépticos e escarnecedores acusam o fanatismo dos que contendem pela fé dos profetas e apóstolos, e divertem-se ridicularizando as declarações solenes das Escrituras referentes a Cristo, ao plano da salvação e ao castigo que aguarda os que rejeitam a verdade. Aparentam grande piedade por espíritos tão acanhados, fracos e supersticiosos que reconheçam as reivindicações de Deus e obedeçam aos requisitos de Sua lei. Manifestam tamanha segurança como se na verdade, houvesse feito um concerto com a morte e uma aliança com o inferno - como se houvessem erigido uma barreira intransponível, impenetrável, entre si e a vingança de Deus. Nada lhes pode suscitar temores. Tão completamente se têm entregue ao tentador, tão intimamente se acham com ele unidos e tão imbuídos de seu espírito, que não têm poder nem inclinação para desembaraçar-se de suas ciladas.” GC, 561.  
            Por falar em evidências, uma coisa evidente é um fato que não dá margem à dúvida. Mas nossos primeiros pais duvidaram da evidência dada por Deus e acreditaram na inevidência expressada pelo conspirador-mor. As dúvidas ocorrentes no coração daqueles seres criados santos só podem ter explicação em seu poder de escolha.
            Satanás continua a aplicar o mesmo critério de tapeação: 1) Tenta induzir, pela vista, o homem ao pecado. 2) falhando a primeira investida, sugere mentiras que parecem ter foros de verdade; apela à inteligência, mas procura dirigi-la segundos seus propósitos, e (3) introduz sinais e milagres para, com utilização do sobrenatural, impressionar os corações e seduzi-los. Não fará ele, porventura, nos últimos dias, o uso de sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios escolhidos? 
 
QUARTA
Graça e Juízo no Éden – parte1
            Após a queda Deus faz um breve interrogatório com Adão. Observemos que o Senhor não se dirigiu a Eva, que foi o pivô da queda, mas ao homem. Por que não à mulher?  Porque Adão era o responsável maior perante Deus, o rei da Terra. Veja o que diz Paulo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Rm 5:12).
            Se Adão tivesse resistido à tentação, o pecado não teria entrado no mundo. Isto é o que se evidencia do texto paulino.  Eva morreria por seu próprio pecado, Adão não. Veja este texto do Espírito de Profecia: Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de Deus, desrespeitara a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta íntima. Lamentava que houvesse permitido desviar-se Eva de seu lado. Agora, porém, a ação estava praticada; devia separar-se daquela cuja companhia fora sua alegria. Como poderia suportar isto? Adão havia desfrutado da companhia de Deus e dos santos anjos. Havia olhado para a glória do Criador. Compreendia o elevado destino manifesto à raça humana, se permanecessem fiéis a Deus. Todavia, estas bênçãos todas foram perdidas de vista com o receio de perder ele aquela única dádiva, que, a seus olhos, sobrepujava todas as outras. O amor, a gratidão, a lealdade para com o Criador, tudo foi suplantado pelo amor para com Eva. Ela era uma parte dele, e ele não podia suportar a ideia da separação. Não compreendia que o mesmo Poder infinito que do pó da terra o havia criado, como um ser vivo e belo, e amorosamente lhe dera uma companheira, poderia preencher a falta desta. Resolveu partilhar sua sorte; se ela devia morrer, com ela morreria  ele. Afinal, raciocinou, não poderiam ser verdadeiras as palavras da sábia serpente? Eva estava diante dele, tão bela, e aparentemente tão inocente como antes deste ato de desobediência. Exprimia maior amor para com ele do que antes. Nenhum sinal de morte aparecia nela, e ele se decidiu a afrontar as consequências. Tomou o fruto, e o comeu rapidamente.” PP, 56, 57.
            Pois bem, agora o culpado par esperava a sentença máxima de Deus. Adão pensava que Deus iria fulminá-los ali mesmo. Mas algo aconteceu. Eles não morreram naquele dia. Será que Deus voltara atrás no que havia dito?
            Algo maravilhoso que só Deus tem ocorreu naquele momento. A graça divina poupara a vida de Adão e Eva. Foi-lhes explicado que, no futuro, Aquele que era igual a Deus Se revestiria de carne para expiar a culpa daquele pecado e de todos os outros cometidos pela descendência de Adão e Eva.  O Ser divino vindo do Céu tomaria a descendência de Eva. Ele redimiria totalmente a Criação, retirando a maldição que ora caía sobre a Terra por causa do pecado de Adão.
            Ele seria atacado e ferido pela serpente (Satanás), mas lhe esmagaria a cabeça mediante Sua morte e ressurreição. O juízo que Deus pronunciara iria cair sobre o Descendente da mulher: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Is 53:5) 
            O Juiz Se tornaria réu. Ele absolveria assim todos os seres humanos: “E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Co 5:15) 
           
Graça e Juízo no Éden – parte 2
            A primeira sentença do Juiz foi contra a serpente. Não que o animal tivesse culpa em si mesmo, mas ela se tornaria um símbolo e memorial da sutileza do engano e do pecado. Ela fora usada como médium tendo seu corpo tomado pelo anjo decaído. Agora ela não mais seria aquele animal inofensivo, deslumbrante, obra maravilhosa do Criador. Porém, um ser asqueroso, peçonhento, temido, detestado e caçado pelo homem. Não mais voaria, mas rastejaria sobre seu ventre  e se tornaria predadora traiçoeira.
A sentença que Deus pronunciou sobre a serpente  teve mais direto peso sobre o astucioso tentador, introdutor do pecado no Universo e, especialmente, na Terra.  "Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". Gn 3:15.
   Deus declara: "Porei inimizade." Esta inimizade não é entretida naturalmente. Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza se tornou má, e ele ficou em harmonia com Satanás e não em desacordo com ele. Não existe, por natureza, nenhuma inimizade entre o homem pecador e o originador do pecado.  Ambos se tornaram malignos pela apostasia. O apóstata nunca está em sossego, exceto quando obtém simpatia e apoio, induzindo outros a lhe seguir o exemplo. Por este motivo os anjos decaídos e os homens ímpios se unem em desesperada união. Se Deus não Se houvesse interposto de maneira especial, Satanás e o homem teriam entrado em aliança contra o Céu; e, ao invés de alimentar inimizade contra Satanás, toda a família humana se teria unido em oposição a Deus.”  GC, 505.
Essa inimizade é inserida pelo Espírito Santo no interior do homem quando ele aceita entrar em aliança com Deus. Chama-se “ódio contra o pecado”.  Pelo sacrifício de Cristo o homem recebeu o direito de ter a graça da inimizade contra a transgressão. Um coração mudado pelo Espírito Santo não abriga o pecado, mas o odeia assim como Deus o faz.  À medida que o ser vai sendo santificado por ação do Espírito, mais inimizade cresce em seu íntimo. Para combater o maligno ele se alista no exército de Cristo e sai proclamando o Evangelho prometido em Gn 3:15. Assim invade o território dominado por Satanás e arrebata-lhe os súditos.
O Maravilhoso Salvador compadeceu-Se do homem e resolveu descer
“O Filho de Deus, o glorioso Comandante do Céu, ficou tocado de piedade pela raça decaída. Seu coração moveu-se de infinita compaixão ao erguerem-se diante dEle os ais do mundo perdido. Entretanto o amor divino havia concebido um plano pelo qual o homem poderia ser remido. A lei de Deus, quebrantada, exigia a vida do pecador. Em todo o Universo não havia senão um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer as suas reivindicações. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo, poderia redimir da maldição da lei o homem decaído, e levá-lo novamente à harmonia com o Céu. Cristo tomaria sobre Si a culpa e a ignomínia do pecado - pecado tão ofensivo para um Deus santo que deveria separar entre Si o Pai e o Filho. Cristo atingiria as profundidades da miséria para libertar a raça que fora arruinada.”  PP, 63.
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