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11 de janeiro de 2013
Verso para Memorizar:
“Porque
assim diz o Senhor que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a
estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o
Senhor e não há outro.” Is 45:18.
Nota
do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença
nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do
original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.
“Nenhuma das explicações que a ciência oferece
acerca da existência do Universo e dos homens de carne e osso que formulam
essas explicações, substitui as primeiras palavras de Gênesis. A ciência não
diz, de modo algum, por que existe o Universo que nos rodeia: precavidamente
prometeu apenas explicar como chegou o Universo ao seu atual estado físico; e,
para além, destes detalhes, os homens andam em constantes disputas. Até vários
séculos depois de enunciados, os versículos iniciais do primeiro dos cinco
livros mosaicos – pouco depois de 1.500 a.C., continuaram oferecendo um relato
da Criação que os mais sábios homens desses tempos consideravam como o mais
razoável e, portanto, o mais científico.” Forest Ray Moulton e Justus J.
Schifferes, Autobiografia da Ciência, p. 1.
A ciência moderna surgiu no contexto
cultural do cristianismo europeu com os sábios Copérnico, Kepler e Newton.
Porém, à medida que o tempo decorreu, ciência e religião foram se distanciando.
Hoje a ciência (aqui valamos em filosofia mascarada de ciência, ou a
“falsamente chamada ciência” - ver 1Tm 6:20 – VARC) faz aberta questão de descartar
a priori a existência de Deus como planejador, criador e mantenedor do
Universo.
A Lei da Causalidade diz que tudo
quanto teve um começo, teve uma origem. Não podemos imaginar que tudo quanto
existe no Universo não teve uma causa inteligente. Veja, por exemplo, o design de estrelas e planetas: todos têm
formas esféricas perfeitas. Intriga-nos como, segundo as teorias naturalistas, esses
corpos celestes atingiram esse formato espontaneamente se no espaço, depois da
megaexplosão, não há atrito no cosmos para “esmerilhá-las”. E o equilíbrio
entre repulsão e atração (força gravitacional)? Como é que eles se
estabilizaram em suas órbitas, de modo a mantê-las sempre regulares , sem
caírem no vazio?
Sem dúvida, eles foram moldados por uma mão
poderosa. Se o Big Bang realmente existiu, como querem os excluidores de Deus,
a explosão monumental não deveria lançar gigantescos “cacos” informes no
espaço? Fragmentos, pura e simplesmente?
Não sei, essas são perguntas curiosas de um leigo que quer explicações convincentes
– e não conversas enroladoras de camelô - sobre origens.
No
Gênesis, porém, a mente despreconceituosa pode encontrar explicações razoáveis
para as origens da Terra. Foi o que disse certa vez o cientista brasileiro
César Lattes, ao ser perguntado por uma repórter de uma publicação de Campinas,
qual era, na sua opinião, a origem do Universo. O cientista apanhou uma Bíblia
que estava ao seu lado no sofá, e batendo em sua capa disse: “Aqui está a
origem de tudo.”
DOMINGO
Sem forma e vazia
Gênesis 1:2 diz que a Terra era sem forma e vazia e estava
coberta de trevas pesadas. Cabe dizer que mesmo os criacionistas têm opiniões
diferentes sobre a origem da Terra. Alguns creem que a Terra foi criada muito
tempo antes da semana da Criação, e ficou “reservada” para futura ativação
quando o Criador assim desejasse. Esse
conceito parece ser apoiado pelo Espírito de Profecia. Diz EGW: “O Pai consultou a Jesus quanto à possibilidade de executar imediatamente
o propósito de fazer o homem para habitar a Terra.” Signs of the Times, 9 de janeiro de
1879. Esse parágrafo está contextuado no episódio da expulsão de Lúcifer e
seus anjos do Céu. Quer dizer que logo após o banimento da terça parte dos
anjos do céu, o Pai tomou essa decisão.
Então havia um corpo astronômico sem nome vagando no espaço do
sistema solar, escuro, totalmente aquático, sem qualquer nesga de terra
aparente. Esse conceito leva o nome de Teoria do Intervalo Passivo.
Outros cristãos entendem que o texto se refira a um curto
período de tempo havido entre a criação inicial descrita no primeiro versículo,
e a criação da luz apontada no verso três.
A terceira ideia ou Teoria do Intervalo Ativo entende que Deus
não poderia ter criado um mundo caótico, sem ordem, vazio. Supõem os adeptos
desse ponto de vista que a Terra fora criada organizada anteriormente, mas que
houve uma catástrofe que a deixou no estado “sem forma e vazia” até o Gênesis. Esta
suposição não tem qualquer texto bíblico a apoiá-la.
Outro aspecto a ponderar é por que o Criador não fez a Terra num
só momento, mas preferiu prepará-la em seis dias, inclusive com a feitura de
seus habitantes. Não Lhe teria sido nenhum problema fazer tudo na hora. Podemos
supor que Deus queria primeiro estabelecer um ciclo de tempo semanal que
levasse ao dia de repouso. Afinal, o sábado foi feito por causa do homem, para
que esse desfrutasse um dia de total reconstituição física e espiritual, em
comunhão mais demorada com o Criador. Esse dia é muito importante no pensamento
de Deus, e tanto que o
Senhor irá conservá-lo quando fizer novas todas as coisas.
O que se
vê sem muito esforço é que Deus tinha um plano criador. Primeiramente Ele
preparou a Terra para sustentar a vida e a povoou com criaturas viventes.
Durante quatro dias Deus preparou todo o cenário para a vida no planeta e nos
dois últimos dias criou a vida animal. No sexto dia trouxe à luz um casal de
filhos: Adão e Eva.
Ele
completou a criação – ainda faltava algo – no sétimo dia preparando 24 horas de
alegria especial, onde Ele passaria o tempo integral em companhia de Seus
filhos terrenos. Era o dia de colóquio amoroso entre Pai e filhos.
SEGUNDA
Que luz era essa? O texto original diz: “וַיֹּאמֶר אֱלֹהִים יְהִי אֹור וַֽיְהִי־אֹֽור׃” ou “Elohim ‘amar hayah owr owr”. A palavra owr (luz) não está aí se referindo aos
corpos celestes, na opinião do Dr. Frank L. Marsh, cientista adventista, mas ao
fenômeno físico a que denominamos luz. Quanto à origem dessa luz, há opiniões
divergentes. Uns admitem que o sistema solar já existia, mas a luz do Sol ainda
não iluminava a Terra em base regular. Ainda segundo Marsh, a luz do Sol, antes
difusa, passou a incidir concentrada sobre a superfície do planeta a partir da
ordem divina. O Dr. Harry J. Baerg opina que a luz pode ter vindo de um corpo
celeste como o Sol ou do próprio Sol, e que outra hipótese é que essa luz tenha
vindo do próprio Criador. Uma coisa que nos intriga nessa opinião é que, uma
vez que a presença de Deus emana continuamente a mais intensa de todas as
luzes, por que o Criador Se daria ao trabalho de chamar a luz à existência, se
Sua própria presença já iluminava a Terra? Outra coisa: e quando Sua presença
se retirasse, a luz se ausentaria da Terra? O Sol substituiu a luz de Deus a
partir do quarto dia?
Bem,
a verdade é que essa luz passou a ser fixa e servir de relógio natural para o
tempo terrestre. Prossegue Marsh: “Que a
Terra começou a rotação sobre o seu eixo quando apareceu, é demonstrado pelo
fato de que o primeiro dia consistiu de uma porção de trevas e uma porção de
luz, tarde e manhã. Os últimos três dias da semana da criação são claramente
controlados pelo Sol, cujo disco apareceu visivelmente no quarto dia, e os dias
são descritos nos mesmos termos usados para limitar os primeiros três. Isso
constitui forte argumento de que os primeiros seis dias foram iguais em
extensão e em natureza; foram dias normais de vinte e quatro horas.” Estudos Sobre o Criacionismo, p. 198. O tempo terrestre começou a ser contado desde
então.
O
céu terrestre – Na
ação divina de criar o céu atmosférico vemos o que pode ser chamado de divisor
de águas. O Criador trouxe à existência
a camada de ar vital para a vida que seria criada no quinto e sexto dias. O termo original para a palavra “firmamento” é
raqyia, com o sentido de coisa
nebulosa expandida. Essa “faixa” gasosa
que Deus criou foi posta de intermeio entre as águas da face da Terra e a
região das nuvens, onde as águas estão em suspensão.
A camada que chamamos de troposfera
vai desde o nível do mar até 12.000 metros de altura. Nela Deus criou nuvens, que
são aglomerados de gotículas de água ou de cristais de gelo. O Dr. Harry Baerg, cientista ASD, diz que por
Sua palavra Deus separou as matérias mais pesadas da Terra, como a água, o solo
e as rochas, das matérias mais leves como o vapor de água, o oxigênio, o
nitrogênio e o dióxido de carbono... Entende ele que o Criador pode ter usado a
lei da gravidade para fazer essa separação.
Deus deu o nome de “firmamento” à
faixa de separação entre águas, porque deveria ser um espaço inamovível, preso
à circunferência do globo, onde se dariam os fenômenos atmosféricos e os
mecanismos de sustentação da vida aeróbia (isto é, capaz de usar o oxigênio em
seu metabolismo).
Mas, o Criador não projetou e
executou o firmamento simplesmente para funcionar como reservatório de gases
vitais. Ele o fez para proteção, filtragem dos raios cósmicos e controle da
temperatura.
A fórmula aeróbica que Deus colocou
no firmamento é perfeitamente equilibrada e atendente às necessidades de
aeração dos seres criados:
O nitrogênio, cujo maior percentual compõe o ar, faz parte das proteínas. O oxigênio é utilizado moemente na respiração dos organismos. Os gases nobres são elementos essenciais do metabolismo. o gás carbônico, produto do ar manipulado pelo organismo, é utilizado principalmente pela fotossíntesse. O vapor de água, também presente no ar atmosférico, confere umidade ao ar.
Sabe-se que processamos milhares de litros cúbicos de ar todos os dias, que abastecem as células do corpo, percorrendo cerca de 100.ooo km a cada 24 horas.
Sabe-se que processamos milhares de litros cúbicos de ar todos os dias, que abastecem as células do corpo, percorrendo cerca de 100.ooo km a cada 24 horas.
Como
respirar o céu - O pastor e professor Durval S. Lima ensina uma
interessante prática para uso do “firmamento”: “encoste os calcanhares no
rodapé da parede; depois os quadris, os ombros e a cabeça. Faça então seu
exercício de respiração. Levantando os braços, inspire tanto ar quanto lhe seja
possível; segure-o por um tempo nos pulmões: 15, 30 ou mais segundos. Então,
abaixando lentamente os braços, vá soltando esse ar. Inspire de novo, segure,
solte e assim por diante.”
QUARTA
Espaço para a vida
A
porção seca – Os cientistas concordam que em determinado tempo existiu uma
estupenda extensão de terra chamada Pangeia, ladeada e entremeada de canais,
rios e mares. Não havia, portanto, separações continentais, o que ocorreu
depois – cremos nós em razão da ocorrência do Dilúvio mundial.
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Observemos no relato genesíaco que Deus ordenou que as águas se ajuntassem "num só lugar". Esse continente unido recebeu o nome de Pangeia, que em grego quer dizer "toda a Terra", e era rodeado por um único oceano chamado de Pantalassa.
Concluída a criação do substrato ou
fundamento onde seria colocada toda a vida animal e vegetal, o Criador a
revestiu de vegetação. A nós, acostumados a ver as plantas crescer a partir de
uma simples semente, espanta o milagre do surgimento imediato do reino vegetal
ante a ordem divina. Marsh diz que “as plantas apareceram como resultado do
crescimento que foi acelerado como para ocupar um momento apenas”. Baerg entende ter havido ordem na criação,
isto é, primeiramente surgiu a relva ou grama ou tapete verde. O termo “relva”
em Gênesis provém do hebraico deshe’ que
significa vegetação nova, erva verde. Em seguida, apareceram árvores altas e
adultas para constituir florestas. Logo frutas frescas, viçosas e maduras
pendiam de seus galhos e estavam disponíveis ao consumo da vida animal que logo
seria criada. Acrescenta Baerg: “Um tapete vivo de grama, flores e arbustos
surgiu da palavra do Deus Criador, cobrindo as colinas arredondadas e planícies
que tinham surgido recentemente das profundezas das águas.”
Não temos ideia de quantas espécies
vegetais criou Deus originalmente. Os cientistas calculam que o número esteja
entre 10 e 50 milhões, mas até agora eles conseguiram classificar apenas 1,5
milhão de espécies. É estonteante a capacidade criativa e criadora dAquele que
fez todas as coisas com a força de Sua palavra.
Pela extensão da Pangeia, deduzimos
que Deus queria que determinado número de habitantes a preenchesse e dominasse.
Em princípio, não havendo interferência da morte, a população humana e animal
se multiplicariam até atingir determinado número – controlado pelo Criador.
Então cessariam os processos procriativos e todos os seres vivos desfrutariam
das delícias que o amorável Deus lhes tinha propiciado.
Com os recursos vitais sempre
renováveis, Deus sustentaria a vida que criara pela interminável eternidade.
Seu poder criador manteria a terra produtora e a biosfera (ecossistemas da
Terra) sempre dinâmicos e pujantes. Nunca haveria escassez de nada que fosse
imprescindível à vida.
A todo-poderosa
palavra de deus
A palavra que procede
dos lábios de Deus é pleníssima de poder. Ela executa tudo quanto Deus pensa. É
o instrumento criador do Altíssimo. Ele trabalha através dela. Por ela o Senhor
revela Suas afeições pelo homem: “Com
amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.” (Jr 31:3) “Quando Israel era menino, Eu o amei; e do Egito chamei o Meu
filho.” (Os. 11:1)
Pela Sua palavra Ele executa juízos
terríveis sobre a Terra. O Senhor deu ordens às nuvens, às fontes das águas,
aos mares, e esses inundaram a Terra, transformando drasticamente sua
superfície e alterando totalmente a biosfera. Por 370 dias prevaleceram as
águas sobre a superfície terrena, desde o dia do arrebento da tempestade até
estar a terra totalmente seca. Por Sua
Palavra foram destruídas as pretensões dos construtores da Torre de Babel, sem
nenhuma destruição, apenas criando idiomas diversos entre eles. Por Sua palavra caíram 10 juízos sobre o
Egito opressor de Seu povo. Por Sua palavra abriram-se o Mar Vermelho e o Rio
Jordão para darem passagem ao povo amado. Por Sua palavra o dia de Josué foi o
mais longo de toda a história da humanidade. Ele fez com que a rotação da Terra
ralentasse (de seus costumeiros 1.674 km/h ao nível do equador, para cerca de
830 km/h) a tal ponto de, na mesma data, ocorrer quase dois dias.
A palavra de Deus através da boca de
Jesus ressuscitou mortos, multiplicou a matéria nos dois milagres dos pães e
peixes, curou todos os tipos de doenças, acalmou o mar e trouxe luz a milhões
de almas.
As ordens de Deus nunca podem ser
negadas, a menos que Ele as revogue em vista do arrependimento dos pecadores.
Vejam a história de Israel: quantas vezes o Senhor aplicou-lhes juízo e depois,
por misericórdia, suspendeu-os.
O que mais nos surpreende e fascina
é o poder de trazer a matéria desde o nada. Ele mandou e logo tudo veio à
existência. Deus, diz EGW, não dependeu de matéria preexistente para realizar
Sua criação. Na criação da Terra, Deus não
dependeu de matéria preexistente. ‘Falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.’ Sl.
33:9. Todas as coisas, materiais ou espirituais, apareceram diante do Senhor
Jeová à Sua palavra, e foram criadas para Seu próprio desígnio. Os Céus e todo
o seu exército, a Terra e tudo quanto nela há,
vieram à existência pelo sopro de Sua boca.” CBV, 414, 415.
Pelo poder de Sua palavra a Terra é
mantida em seus sistemas de vida. Não são simplesmente as leis da Natureza que
invariavelmente sustentam a vida. “Deus está continuamente ocupado em manter e
empregar como servos as coisas que criou. Opera por meio das leis da Natureza,
delas Se servindo como instrumentos Seus. Elas não agem por si mesmas. A
Natureza, em sua obra, testifica da presença inteligente e da atividade de um
Ser que opera em tudo segundo a Sua vontade...
“Não é por um poder a
ela inerente que ano após ano a terra produz suas fartas colheitas, e continua
sua marcha ao redor do Sol. A mão do Infinito está em perpétua operação,
guiando este planeta. É o poder de Deus em contínuo exercício que mantém a
Terra em equilíbrio em sua rotação. É Deus que faz o Sol se erguer nos céus.
Abre as janelas do céu e dá a chuva.” Idem,
416.