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Adoração no Livro do Apocalipse - Comentários

Lição 13 – 17 a 23 de setembro de 2011
(Comentários do irmão César Pagani)

VERSO EM DESTAQUE: “Cantavam um novo cântico diante do trono e diante das quatro criaturas viventes e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” (Ap 14:3 – Trad. Brasileira)

As mensagens divinas de advertência são sempre enviadas em tempo e ocasião oportunos. Misericordioso e compassivo como é, Deus aprecia dar bastante tempo para que as pessoas recebam a luz e se convertam à verdade.

A ordem do primeiro anjo clama à população mundial (cerca de sete bilhões de pessoas hoje) que temam a Deus e lhe deem glória. Em outras palavras: “Reverenciem [tratem com todo o respeito devido; prestem culto”] a Deus e tributem-Lhe glória [do gr. Didomi, que tem como sentido também “dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre].

Há algum tempo tive conhecimento de que algumas celebridades não acreditam na existência de Deus. Isso não é novidade! Filósofos, cientistas, homens de saber, estadistas e mesmo milhões de pessoas não aceitam a existência do Criador e Soberano Deus. Os perversos é que dizem que não há Deus (Sl 10:4). Também os insensatos o fazem (Sl 53:1). Para justificar sua libertinagem, corrupção, depravação e pecados, é melhor que não haja no Céu um Deus Justo e Julgador. Mas no dia final de acerto de contas, que vão dizer os ateus, os apóstatas, os famosos do mundo dos espetáculos e dos esportes, da política e dos negócios?

O pior é que mesmo protegidos pelas paredes de um templo, muitos entendem que devem viver a vida a seu gosto, estando isentos de qualquer responsabilidade moral. Lei dos Dez Mandamentos? Para que serve?

A Associação de Ateus e Agnósticos lançou uma campanha internacional em Londres no ano de 2009, que se estendeu pelos EUA e Espanha e, entre outras ações, fixa cartazes em meios de transporte público com imagens como a de Charles Chaplin e Adolf Hitler, e frases como “Religião não define caráter”. Em outro cartaz, a frase é: “A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas”. No Brasil, além de Salvador baiana (com cinco ônibus com cartazes) também foi exibida em Porto Alegre (em dez ônibus), por um mês.

Há um chocante declínio da religião cristã mesmo em igrejas protestantes e católicas. As formalidades ou a manipulação emocional e campanhas de arrecadação substituem a vera pregação do evangelho de Cristo.

Em meio ao caos das religiões e do mundo, Deus apela para que os homens venham a Ele, que está disposto a salvar todos os que se aproximarem.

O Apocalipse é um livro glorioso. “No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus. O próprio nome dado às suas inspiradas páginas, ‘revelação’, contradiz a afirmação de que é um livro selado. Uma revelação é alguma coisa que foi revelada. O próprio Senhor revelou a Seu servo os mistérios contidos neste livro, e propõe que seja aberto ao estudo de todos. Suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da Terra, como o foram aos que viviam nos dias de João. Algumas das cenas descritas nesta profecia estão no passado e algumas estão agora tendo lugar; algumas apresentam-nos o fim do grande conflito entre os poderes das trevas e o Príncipe do Céu e algumas revelam os triunfos e o regozijo dos remidos na Terra renovada.

“No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação. O livro que foi selado não é o Apocalipse, mas a porção da profecia de Daniel relativa aos últimos dias. O anjo ordenou: ‘E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo. ’ Dn 12:4.” AA, 584, 585.

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A Arte de Falar

(Pr. Mauri Kappel)

O estribilho do hino 415 do HPD diz: “Palavra não foi feita para dividir ninguém, palavra é uma ponte onde o amor vai e vem”. Eis aí um tema sempre oportuno que merece nossa constante reflexão e cuidado. Este é também o assunto do 8º mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20.16). É da vontade de Deus que a convivência entre as pessoas seja sempre boa, justa e agradável. Para que isto se torne realidade, necessariamente, há de se cuidar com o uso da palavra.

Muitas vezes nós somos chamados a dar um testemunho a respeito de alguém. Isto acontece em todas as áreas de nossas vidas, seja familiar, profissional ou social, seja num tribunal, seja numa conversa informal. E nós precisamos saber que aquilo que falamos interfere na vida do nosso próximo e pode, em muitos casos, até decidir sobre o seu futuro. Por isso a exigência fundamental é não dar um falso testemunho, isto é, não dizer mentira. Infelizmente muitas vezes pessoas prestam um falso testemunho com a intenção de ferir, diminuir, destruir, difamar alguém. E isso é diabólico. Aliás, a expressão “diabo” significa: difamador, caluniador.

Nossa palavra pode ser usada para a verdade ou para a mentira. Pode produzir vida ou destruição. Nossa palavra pode destruir pessoas, basta um boato. Quando emitimos uma opinião pouco lisonjeira sobre alguém, produzimos uma má influência sobre quem a ouve.

Certamente já lhe aconteceu de ter sido influenciado negativamente a respeito de alguém, por uma palavra que você ouviu. E você também pode ter influenciado alguém com algo que você disse. Existe uma expressão terrível: “não quero falar mal, não, mas....”.

Creio que todos nós concordamos que mentir é uma desgraça. Creio que concor-damos que a má palavra fere, destrói, mata. A mentira dói muito. E aquele/a que espalha mentira enfrentará um processo duro diante de Deus, porque fez alguém viver com uma dor incurável.

Mas a verdade também tem os seus limites. Também ela pode ser usada com a intenção de prejudicar e destruir alguém, depende de quando e como é usada. Todos nós temos coisas que gostaríamos de esquecer. Alguma vez pisamos na bola, erramos, fizemos o que não era correto. Sim, a nossa imperfeição nos faz cometer erros. E um comentário, mesmo que seja sobre uma verdade, dito de forma irrefletidamente, ou por maldade, pode causar um prejuízo enorme e uma grande dor. Tão diabólico como a mentira é a franqueza irresponsável ou maldosa. Tem gente que diz, com orgulho: “eu digo as coisas na lata”, “eu sou muito franco”, “a verdade tem que ser dita” , e não se importa se isso machuca alguém.

Além do mais, a verdade é sempre relativa e existe a possibilidade real de não ser bem assim como estou enxergando. Podem existir circunstâncias, fatos e momentos em que alguém pode ser levado a agir desta ou daquela forma.

Pode acontecer que alguém enfrente dificuldades e pressões tão grandes que condicionam o seu agir. Lembro-me de já ter sido chamado de orgulhoso e arrogante por não cumprimentar alguém por quem passei na rua. Mas quem chegou a esta conclusão não se preocupou se eu tinha lá os meus problemas; se poderia estar com o pensamento longe; ou se simplesmente não vi. E se nós abrimos essa reflexão para todas as áreas de nossas vidas, vamos constatar que o momento interfere decisivamente no nosso comportamento.

Por isso, a explicação que Lutero faz do 8º mandamento é muito importante. Ele diz que precisamos interpretar tudo da melhor maneira possível. Acho que este é o caminho. Antes de emitir um conceito, dar uma opinião, fazer um julgamento, é preciso tentar compreender a pessoa. É fundamental considerar que muitas coisas poderiam condicionar para aquela atitude. É importante não ser rápido nos julgamentos. E, acima de tudo, evitar qualquer palavra que possa diminuir, denegrir, destruir alguém, ainda que com aparência de verdade.

Jesus Cristo é a verdade (Jo 14.6). E se Jesus é a verdade, então o seu ensino conduz à verdade. E o critério para se lidar com a verdade é o AMOR que Jesus en-inou. O critério da nossa palavra é o AMOR. A mentira, o falso testemunho, a intenção de ferir é absoluta falta de amor. Assim como a verdade sem amor é diabólica.

Aprendamos de Jesus a amar o nosso próximo, defender-lhe o nome, segurá-lo pela mão, erguê-lo quando cair, perdoar e aceitar. Que a nossa palavra seja uma ponte onde o AMOR vai e vem. Que a nossa palavra seja filtrada pelo amor. Que seja assim!
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