Comentários Lição 01 – O santuário celestial (Prof. Sikberto Marks)

28 Set. a 05 de Out de 2013

Verso para memorizar: “Ouve Tu nos Céus, lugar da Tua habitação, a sua prece e a sua súplica e faze-lhe justiça” (I Reis 8:49).

Introdução de sábado à tarde
Onde mora DEUS (Trindade)? Pela Bíblia sabemos que Ele mora num Tabernáculo, um lugar de adoração, de reverência, e ali, no lugar santíssimo, está o Seu trono. Sabemos que ali estão os Dez Mandamentos originais da Lei de DEUS, dentro de uma arca. Este é o lugar de onde emana amor para todo o Universo. Esse é o lugar mais poderoso do Universo, onde existe a capacidade de criar vida, de ressuscitar mortos, de julgar com retidão e de retribuir conforme os atos e possíveis arrependimentos, de um modo justo e verdadeiro, sem que se cometa o menor resquício de favorecimento aos salvos ou de exagero na pena ou na absolvição. Mesmo na condenação final, um anjo, representando a todos, declarará: “Declara o anjo de Deus: “Justo és Tu, ó Senhor, … porque julgastes estas coisas” (Apoc. 16:2, grifo meu).

  1. 1.      Primeiro dia: A habitação de DEUS
DEUS, que é eterno – existiu desde sempre, e existirá sempre, e com Ele existirão para sempre aqueles que O amam, pois Ele também os ama – não necessita de um lugar de habitação. Afinal, pelo que sabemos, DEUS criou todas as coisas que existem, só não criou a Si mesmo, porque vem da eternidade. Então, pelo que se pode deduzir em nossos fracos raciocínios, deve ter havido um tempo em que só existia DEUS, mais nada e mais ninguém.
O que será que DEUS criou primeiro? Seguindo o mesmo raciocínio, que é contestável, certamente, Ele deve ter criado em primeiro lugar, a Sua habitação, Seu santuário, onde mais tarde, criaturas feitas por Ele, O viessem adorar, isto é, amar.
O moto central do governo de DEUS é o amor. DEUS, Ele mesmo, é amor. E esse é o motivo original de Sua criação e de como Ele Se comporta. É a única explicação para que JESUS, membro da Trindade, viesse à Terra, em situação humilhante, morrer por nós, porque nos tornamos pecadores e mortais.
Esse raciocínio ainda leva a se considerar a possibilidade de DEUS não ter necessidade de morar em algum lugar definido, mas, por causa das criaturas, tem um lugar onde habita, e para onde se dirigem os seres inteligentes. Ele tem uma sede, com uma cidade capital, um palácio, isto é, um tabernáculo e Seu trono. Para O servir, Ele criou milhares de seres inteligentes, e é interessante notar que Ele não necessita ser servido. Ele é servido como uma demonstração de amor por parte dos que O servem. É, entre nós, inimaginável como ocorre a relação de amor entre DEUS e Suas criaturas, pois nós temos uma natureza pecaminosa. O Criador tem um lugar onde Ele mora por um motivo muito especial: como disse o sábio Salomão, a fim de que para lá se dirigissem todos para adorá-Lo. O Seu lugar, afinal, é a nossa casa de adoração, de vida eterna, de felicidade absoluta. É o lugar de onde emana o amor de DEUS e para onde aflui nossa gratidão, eternamente. Maravilha de lugar! “Mas verdadeiramente habitará Deus com os homens na Terra? Eis que o Céu e o Céu dos Céus não Te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado. Atende, pois, à oração do Teu servo, e à sua súplica, ó Senhor meu Deus, para ouvires o clamor, e a oração que o Teu servo ora perante Ti. Que os Teus olhos estejam dia e noite abertos sobre este lugar, de que dissestes que ali porias o Teu nome, para ouvires a oração que o Teu servo orar neste lugar. Ouve, pois, as súplicas do Teu servo, e do Teu povo Israel, que fizerem neste lugar; e ouve Tu do lugar da Tua habitação, desde os Céus; ouve, pois, e perdoa” (I Reis 27-30).
Para os pecadores, o lugar de habitação de DEUS é fonte de esperança para o retorno à vida eterna, para aqueles que nunca se perderam porque nunca pecaram, e que certamente não estão aqui entre nós, para estes esse lugar é fonte de amor eterno e perfeito.

  1. 2.      Segunda: Sala do trono
O lugar do trono é lugar de justiça, de juízo, de graça e de verdade. Ali estão os Dez Mandamentos, que resumem em dez itens, como se ama a DEUS e como se ama o próximo, a partir de nossos pais. São os mandamentos que infelizmente menos fazem parte em nosso mundo, castigado pela discórdia, violência, imoralidade e corrupção. Faltam os Dez Mandamentos.
Esses mandamentos, que são o centro da justiça divina, se resumem em dois: amar a DEUS e amar o próximo, que, portanto, se resumem em um só: amor a todos.
O amor é o princípio geral do governo de DEUS. Portanto, se a Ele nos dirigimos, a lógica deve ser esse amor, isto é, seremos atendidos conforme essa lógica. É isso que simboliza o trono de DEUS, ou melhor, é assim que Ele governa a todos.
Nós, aqui na Terra, estamos diante de DEUS numa situação especial. Somos vistos por DEUS como seres para resgatar do pecado para o amor. Nós aqui nem sabemos direito o que afinal é amor, temos pelo menos uma pálida ideia. Sabemos, por exemplo, que o amor é bom, e que é capaz de morrer por nós.
Outra coisa bem importante que devemos constatar ao meditarmos sobre o trono de DEUS é que ali está o Ser que pode tudo. Lá está a fonte de todo o poder no Universo. Lá está Quem tem todo o poder, que é capaz de saber o que se passa em todas as mentes das criaturas, que é capaz de estar presente em todos os lugares. E não fosse assim, DEUS não seria capaz de governar esse imenso Universo, que talvez seja infinito. O Universo é um gigante, e DEUS é maior e mais capaz que todas as forças e inteligências que se encontram no Universo. E se DEUS não tivesse as capacidades que Ele tem, o Seu governo não poderia ser de amor, pois dependeria de testemunhas e informantes para colocá-Lo a par do que acontece no Universo afora. E DEUS tem essas testemunhas, mas não necessita delas. Elas existem para confirmar a todos que DEUS já sabia e que é justo e retoAs testemunhas de DEUS, e delas fazemos parte, tem uma lógica: atestar a todos, bons ou maus, de nosso planeta ou do restante do Universo, que DEUS age por amor. E isso é tudo!

  1. 3.      Terça: Adoração no Céu
O que afinal é adoração? E porque as criaturas devem adorar a DEUS? Essas perguntas são simples e fáceis de responder. Se conhecemos a DEUS, saberemos que Ele é um Ser social, que cria criaturas para poder amar e fazer o bem a elas. Isso Ele, que é Criador, reproduziu, por exemplo, nos seres humanos, que nascem, crescem, casam e que querem ter filhos para amar. Na normalidade; porque hoje as coisas estão saindo da normalidade, as criaturas tem para amar seus pais, um ao outro quando se casam e tem para amar os filhos a partir da geração. E esse amor vem de DEUS, por isso amam em primeiro lugar a fonte do amor. Se não mantiverem o relacionamento prioritário de amor com DEUS, também não saberão como amar o próximo. É isso que acontece em nosso mundo castigado pelo pecado e pelo ódio. Vem só, estamos outra vez num rumor de guerra, envolvendo a Síria, Estados Unidos e outras nações (escrevi isto em 5/9/2013).
Há dois modos de relacionamento por parte de DEUS com Suas criaturas. Um é o modo como Ele Se relaciona com os que nunca pecaram; outro modo é com os pecadores. Os primeiros não precisam ser salvos, mas precisam ser protegidos para que não se tornem também pecadores. Nós, que infelizmente pecamos, precisamos ser salvos, coisa que os outros não necessitam. Mas o princípio geral do governo de DEUS é um só: o amor.
Detendo-nos no amor de DEUS por nós, em como Ele Se relaciona conosco, podemos visualizar o Senhor JESUS CRISTO, em pé, diante do trono do DEUS Pai, intercedendo pela vida de cada um de nós, pecadores. E se orarmos a DEUS, podemos visualizar o ESPÍRITO SANTO traduzindo nossas imperfeitas palavras e frases em gemidos inexprimíveis diante do DEUS Pai.
Hoje, o centro das atenções no trono de DEUS é a atividade do Cordeiro, o Senhor JESUS CRISTO. O Universo inteiro está observando, e nós aqui na Terra nem tanto, porque somos desligados de tudo o que mais nos interessa: a atividade do Cordeiro. Ele faz ali o que aqui na Terra fazia o sumo sacerdote, no dia da expiação. Ele intercede por nós junto a DEUS Pai, isto é, toda vez que aparece um pedido de perdão, traduzido pelo ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO vale-se de Seu sacrifício para oferecer a esse pedido o perdão, pelos méritos que só pertencem a Ele, a mais ninguém, nem mesmo ao Pai e nem ao ESPÍRITO SANTO, e muito menos a algum ser humano.
Vendo as coisas por este ângulo, então sim, entendemos o que é adoração: é um tributo de agradecimento a DEUS, porque nos criou e em JESUS CRISTO nos salvou. Nós, terrestres, temos dois motivos de adoração: a criação e a salvação. Os demais seres não caídos só tem por motivo de adoração a criação. Mesmo assim, bem que gostaria de ser um deles.
“Nosso Deus é um terno e misericordioso Pai. Seu serviço não deve ser considerado como um exercício penoso e entristecedor. Deve ser uma honra adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra. Deus não quer que Seus filhos, para quem preparou uma tão grande salvação, procedam como se Ele fosse um duro e exigente feitor. É seu melhor amigo, e espera que, quando O adorem, possa estar com eles, para os abençoar e confortar, enchendo-lhes o coração de alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto em Seu serviço, achando mais prazer que fadiga em Sua obra. Deseja que aqueles que O buscam para Lhe render adoração, levem consigo preciosos pensamentos acerca de Seu cuidado e amor, a fim de poderem ser animados em todas as ocupações da vida diária, e disporem de graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas” (Caminho a CRISTO, 103).

  1. 4.      Quarta: Sala do tribunal
DEUS observa e atenta para o que se passa no Universo, e também aqui na Terra. Ele governa com absoluta justiça, seja sobre o contexto de pecado terrestre, seja no contexto de pureza do restante do Universo. Aqui Ele julga com retidão, e cada coisa a seu tempo, no devido tempo, irá retribuir aos bons pelo seu arrependimento, e aos maus pelos atos dos quais não se arrependeram. Aos que se arrependeram, dará como recompensa, a vida eterna de volta; aos que se mantiverem rebeldes, não dará de volta a vida eterna, mas, como sendo uma opção consciente deles, os exterminará para sempre. Infelizmente terá que proceder assim, pois não pode permitir que o mal persista eternamente. Esse é Seu ato estranho, é incoerente com o amor, mas tem que ser feito.
A história da humanidade envolve uma sucessão de atos de DEUS, aqui na Terra. Primeiro veio o pecado, uma sucessão de injustiças, e depois, só no final, vem o juízo. Já estamos em tempo de juízo, desde 1844. É a fase investigativa. Tempo em que os justos serão julgados para ver se são justos mesmo. Isso implica no seguinte: não que eles tiveram uma vida sem pecado, mas que se arrependeram e que a justiça de CRISTO, demonstrada na cruz, lhes foi atribuída. Se em sua vida houver o sangue de CRISTO, assim como nas portas do povo de DEUS na saída do Egito, eles serão considerados puros assim como CRISTO foi ser humano puro e venceu.
Antes da execução, durante o milênio haverá uma fase em que os livros estarão à disposição dos salvos para investigarem a respeito das razões da condenação dos outros. Depois vem a faze executiva, quando os justos forem levados para o Céu, e os ímpios forem condenados a extinção. “O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles” (O Grande Conflito, 668).

  1. 5.      Quinta: Lugar de adoração
“Foi-me mostrado que toda igreja entre nós necessita das profundas atuações do Espírito de Deus. Oh! haveríamos de dirigir os homens para a cruz do Calvário. Recomendaríamos que olhassem para Aquele que foi traspassado por seus pecados. Recomendaríamos que contemplassem o Redentor do mundo sofrendo a penalidade da transgressão da lei de Deus por eles. O veredicto é: “A alma que pecar, essa morrerá.” Ezeq. 18:4. Mas na cruz o pecador vê o Unigênito do Pai morrendo em seu lugar e dando vida ao transgressor. Todos os seres na Terra e no Céu são convidados a ver que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus. Todo pecador pode olhar e viver. Não observeis a cena do Calvário de maneira descuidada e irrefletida. Dar-se-á o caso de que os anjos, ao olharem para nós, os recipientes do amor de Deus, notem que somos frios, indiferentes e insensíveis, quando o Céu contempla com assombro a estupenda obra de redenção para salvar um mundo caído, e deseja devassar o mistério do amor e da aflição do Calvário? Os anjos olham com admiração e assombro para aqueles em cujo favor foi provida tão grande salvação, e se admiram de que o amor de Deus não os desperte, incentivando-os a emitir melodiosos acordes de gratidão e adoração. Mas o resultado que todo o Céu almeja contemplar não é visto entre os que professam ser seguidores de Cristo. Com que facilidade proferimos palavras afetuosas acerca de nossos amigos e parentes; e, no entanto, como somos remissos em falar dAquele cujo amor não tem paralelo, manifestado em Cristo crucificado entre vós!” (Fundamentos da Educação Cristã, 197 e 198).

  1. 6.      Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
a)      Síntese dos principais pontos da lição
  • Qual o foco principal?
O foco da lição desta semana é o santuário celestial como morada de DEUS e como fonte de todo o amor no Universo, e também o lugar onde podemos ser perdoados. Isso nos diz que o santuário celestial é o centro do Universo, onde está o Criador e para onde as criaturas podem dirigir suas atenções a fim de viverem com felicidade.
  • Quais os tópicos relevantes?
Os mais relevantes, para nós seres terrestres, são a possibilidade de sermos perdoados e de recebermos de volta a vida eterna bem como a perfeição. Como poderíamos hoje, nas condições em que nos encontramos, entender tão grande favor por nós, se nem mesmo entendemos bem a nossa situação assim como não discernimos direito o grande amor de DEUS por nós?
  • Você descobriu outros pontos a acrescentar?
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b)      Que coisas importantes podemos aprender desse estudo?
Que existe um santuário onde DEUS habita, lá está o trono do Universo, e ali estão os Dez Mandamentos bem como ali se faz justiça verdadeira. Ali é o lugar de onde vem a graça a todos aqueles que a desejam. É um lugar onde a verdade tem valor, e de onde emana amor a todos os seres do Universo.
  • Que aspectos posso acrescentar a partir do meu estudo?
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c)       Que providências devemos tomar a partir desse estudo?
Por essa lição, entendemos que devemos adorar a DEUS por meio de verdadeiro louvor, assim como Ele estabeleceu, não como nós achamos ou imaginamos que é louvor. Muitas vezes o nosso louvor é um tributo àquele que presta louvor. Esse não está louvando, está buscando se engrandecer.
  • O que me proponho a reforçar, se for bom, ou mudar se for mau, em minha vida?
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d)     Comentário de Ellen G. White (grifos acrescentados)
“A alma pode ascender para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e músicas nas cortes celestes, e, ao exprimir-Lhe a nossa gratidão, estamo-nos aproximando do culto que Lhe é prestado pelas hostes celestes. “Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará.” Sal. 50:23. Cheguemos, pois, com reverente alegria a nosso Criador, com “ações de graças e voz de melodia”. Isa. 51:3” (Caminho a Cristo, págs. 103 e 104).

e)      Conclusão geral
Tenhamos em mente que DEUS existe, Ele é amor, nós somos pecadores, e necessitamos dEle para nos salvar. Existe um lugar no Universo onde DEUS ministra, é Seu santuário, onde está o Seu trono. Ali ocorre o julgamento da raça humana, agora para saber quem será salvo, depois, para saber qual será a sentença dos que se perderam.
  • Qual é o ponto mais relevante a que cheguei com este estudo?
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Comentários Lição 13 – Reavivamento prometido: missão cumprida (Prof. Sikberto Marks)

21 a 28 de Setembro de 2013

Verso para memorizar: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coraçãopois a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5:7 e 8).

Introdução de sábado à tarde
Quando, afinal, DEUS derramará o poder do ESPÍRITO SANTO sobre a Sua igreja? Em parte Ele já está fazendo isso. A igreja está, há uns poucos anos, pregando com maior poder. Esta pregação despertará oposição em Babilônia e também internamente, na igreja. Levantar-se-ão inimigos, e esta pregação criará temor no inimigo que responderá com o decreto dominical. Mas como não se pode combater DEUS e Seus propósitos, o efeito maior deste decreto será a sacudidura e a purificação da igreja mediante o fortalecimento do trigo e o expurgo do joio.
“A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical], eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 385).
Então a igreja pura terá um surpreendente poder do alto. “Esta obra será semelhante à do dia de Pentecoste. Assim como a “chuva temporã” foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a “chuva serôdia” será dada em seu final para o amadurecimento da seara” (O Grande Conflito, pág. 611).
Nós, hoje, devemos nos interessar pela purificação, para por ventura, não sermos sacudidos com o joio que se unirá a Babilônia. “Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste” (Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 69). “A chuva serôdia virá, e a bênção de Deus encherá toda alma que estiver purificada de toda contaminação. É nossa obra hoje entregar nossa alma a Cristo, para estarmos preparados para o tempo de refrigério pela presença do Senhor – preparados para o batismo do Espírito Santo” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 191).

  1. 1.      Primeiro dia: O poder prometido
Qual é a grande promessa de JESUS CRISTO aos que cumprirem o “ide”? Ele estará com eles todos os dias para lhes acompanhar, dar força, orientar e dar poder.Assim seria até a consumação dos séculos. A pregação irá a toda nação, tribo, língua e povo. “Para nós, assim como para os discípulos, CRISTO comissionou a tarefa de levar a verdade ao mundo. Mas antes de nos envolvermos nessa grande e agressiva batalha, da qual dependem resultados eternos, somos convidados por CRISTO a avaliar o custo. Ele nos assegura que, se tomarmos posse da obra com coração não dividido, entregando-nos como portadores de luz para o mundo, se nos apossarmos de Sua força, faremos paz com Ele, e obteremos assistência sobrenatural que nos habilitará em nossa fraqueza a produzir frutos da Onipotência” (Comentários de EGW, Reavivamento e Reforma, 88).
Hoje, como estudamos todas as semanas, é o tempo do reavivamento e reforma. Devemos ceder-nos à vontade de DEUS, e até pedir que Ele nos transforme para que sejamos úteis. “Todo obreiro deve provar suas próprias habilitações pela Palavra de Deus. Têm os homens que lidam com coisas sagradas claro entendimento, correta percepção das coisas de interesse eterno? Consentirão em ceder à atuação do Espírito Santo? Ou permitem a si mesmos serem controlados por suas próprias tendências hereditárias e cultivadas? A todos convém examinar-se para ver se estão na fé” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 259, grifo acrescentado).
O poder já está sendo concedido, e a igreja ainda receberá muito mais poder. “A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva temporã no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva serôdia, no final do mesmo” (Eventos Finais, 203).

  1. 2.      Segunda: Chuva temporã e chuva serôdia
A ilustração da água e da chuva, para nos ensinar sobre o ESPÍRITO SANTO, é muito simples de entender. Aliás, como tudo na Bíblia, se bem explicado, torna-se simples. A água é para limpar e purificar. A chuva derrama muita água, e ela é para purificar e também para fazer brotar e crescer. A primeira chuva (temporã), no Oriente, era para fazer brotar o grão. A última chuva (serôdia) era para fazer amadurecer e preparar para a colheita farta. Assim é que na Bíblia se ilustra o trabalho do ESPÍRITO SANTO. A primeira pregação, a dos apóstolos, serviu para dar o impulso inicial à igreja. Ela serviu para pregar o evangelho a todo mundo naqueles dias. A última chuva é para a conclusão da obra de pregação, para que JESUS volte e leve ao Céu aqueles que foram salvos. Entre as duas chuvas houve uma grande seca, de 1260 anos, período em que a igreja sofreu no árido deserto.
“E fará descer a chuva, a temporã e a serôdia.” No Oriente a chuva temporã cai no tempo da semeadura. Ela é necessária, para que a semente possa germinar. Sob a influência de fertilizantes aguaceiros, brota o tenro rebento. Caindo perto do fim da estação, a chuva serôdia amadurece o grão, e o prepara para a foice. O Senhor utiliza esses elementos da natureza para representar a obra do Espírito Santo (Zac. 10:1; Osé. 6:3; Joel 2:23 e 28). “A chuva serôdia, amadurecendo a seara da Terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do homem” (Eventos Finais, 183).
Para concluir a obra, DEUS utiliza tanto os pouco letrados como os muito letrados. Todos têm uma parte a fazer, cada um no seu dom. Até aqueles que não sabem ler ou escrever, podem fazer algo importante. É DEUS quem capacita para a Sua obra. Assim como toda boa empresa, ao contratar um novo empregado dá o devido treinamento, DEUS, ainda muito mais, prepara Seus obreiros para que sejam bem sucedidos. “O homem iletrado que é consagrado a ‘DEUS’ e aspira a abençoar a outros, pode ser e é utilizado pelo SENHOR em Seu serviço. Mas os que, com o mesmo espírito de consagração, tiveram o benefício de uma instrução completa, podem fazer obra muito mais extensa para ‘CRISTO’. Estão em posição vantajosa” (PJ, 333).
Portanto, sendo pouco ou muito instruídos, dediquemo-nos a participar desta chuva final, e quando JESUS retornar, Ele não só levará a nós como a muitos amigos, para desfrutarmos juntos a eternidade.

  1. 3.      Terça: Pré-requisitos para a chuva serôdia
O que os membros da igreja verdadeira devem fazer para receberem o dom do ESPÍRITO SANTO? Há alguns pré-requisitos. Como já estudamos, deve ter havido verdadeiro arrependimento pelos pecados que vinham cometendo, um forte e definitivo desejo de mão cometê-los mais; deve ter havido confissão desses pecados, e pedidos de poder para vencê-los. Não é necessário aos servos de DEUS já serem completamente transformados, ainda serão pecadores, porém, detestando os pecados. Quando os cometem, será não mais por vício, mas por causa da fraqueza e da condição de pecador.
Então, na trilha da santificação, pessoas humildes, despretensiosas, desejando somente servir e nunca serem servidas, isto como efeito do poder do alto, essas pessoas devem pedir o ESPÍRITO SANTO, o Seu poder para operar em nome de DEUS. Temos que pedir para receber. Esse pedir não é para que DEUS Se dê conta do que queremos,mas para que nós nos demos conta de que devemos permanecer obedientes e fiéis a DEUS, entregues à Sua boa vontade. “Peçam os cristãos… com fé a bênção prometida, e ela virá. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a “chuva temporã”, e glorioso foi o resultado. Mas a chuva serôdia será mais abundante (Evangelismo, 701).
O poder do ESPÍRITO SANTO será dado para que seja completada a obra da pregação do evangelho pelo mundo todo. Isto é necessário para que JESUS volte e leve daqui muitas pessoas. É pela colaboração nossa que milhares de pessoas serão escolhidas para a vida eterna. “Ao avizinhar-se o fim da ceifa da Terra, uma especial concessão de graça espiritual é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do Filho do homem. Esse derramamento do Espírito é comparado com a queda da chuva serôdia; e é por esse poder adicional que os cristãos devem fazer as suas petições ao Senhor da seara “no tempo da chuva serôdia”. Em resposta, “o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água”. Zac. 10:1. “Ele… fará descer a chuva, a temporã e a serôdia, no primeiro mês” Joel 2:23.” (Atos dos Apóstolos, 55).
Aqueles que não se interessarem pelos pré-requisitos para receber o poder do alto, não terão apreciação por este poder. Eles acham que já são bons e competentes para realizar a obra, quando na verdade não têm poder divino algum. Esses não prosperarão na obra, e eles mesmos se perderão. “Nem todos os membros da igreja cultivam a piedade pessoal; por isso não compreendem sua responsabilidade pessoal. Não reconhecem que é privilégio e dever seu, alcançar a alta norma da perfeição cristã. … Estamos nós aguardando a chuva serôdia, esperando confiantemente um dia melhor, quando a igreja será dotada de poder do alto, e assim habilitada para a obra? A chuva serôdia jamais há de refrigerar e fortalecer o negligente, que não use as faculdades que Deus lhe deu” (O Cuidado de DEUS, MM 1995, p. 364). “Podemos estar certos de que quando o Espírito Santo for derramado, os que não receberam nem apreciaram a chuva temporã, não verão nem compreenderão o valor da chuva serôdia” (Testemunhos Para Ministros, pág. 399). “Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos” (Testemunhos Para Ministros, pág. 507). “‘DEUS’ mostrará que não depende de seres humanos instruídos e cheios de si” (5T, 80 e 82; EF, 176).
Um dos pré-requisitos é a obediência com humildade. No Céu todos são humildes, a partir do DEUS Criador. JESUS quando veio à Terra, não Se tornou humilde, Ele já veio assim. Devemos colocar em prática tudo o que já sabemos a respeito das Escrituras, e assim aprenderemos mais, e também colocaremos esse algo a mais em prática. É assim que os verdadeiros cristãos crescem para receber poder. “Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do Espírito Santo na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 507).

  1. 4.      Quarta: O batismo de fogo
Veja no verso, logo abaixo, João falando que JESUS vem para batizar com o ESPÍRITO SANTO e com fogo. Isto quer dizer que há o batismo por meio das águas, e o que concede o dom do ESPÍRITO SANTO, com fogo. Não são coisas separadas, são um uma só, pois está escrito “e” com fogo. A concessão do ESPÍRITO SANTO é o batismo com fogo.
E que batismo é esse? O que resulta dele?
O batismo com o ESPÍRITTO SANTO, ou seja, com fogo, quer dizer que DEUS habita naquela pessoa, a dirige e orienta o que fazer e como fazer. Tem a guia do poder do alto. Ela tem poder do alto para testemunhar de modo correto, sem incoerências, a respeito da mensagem da Palavra de DEUS, a BíbliaEla dá um bom testemunho, revela ao mundo uma pessoa pura, decente, que não é afetada pelas coisas negativas do mundo.
“Eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento”, disse João, “mas Aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Mat. 3:11. O profeta Isaías declarara que o Senhor purificaria o Seu povo de suas iniquidades “com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor” Isa. 4:4. As palavras do Senhor a Israel, eram: “E porei contra ti a Minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza” Isa. 1:25. Para o pecado, onde quer que se encontre, “nosso Deus é um fogo consumidor” Heb. 12:29. O Espírito de Deus consumirá o pecado em todos quantos se submeterem a Seu poder. Se os homens, porém, se apegarem ao pecado, ficarão com ele identificados. Então a glória de Deus, que destrói o pecado, tem que destruí-los. Depois de sua noite de luta com o anjo, Jacó exclamou: “Tenho visto a Deus face a face e a minha alma foi salva” Gên. 32:30 (O Desejado de Todas as Nações, 107, grifo acrescentado).
Uma pessoa nessas condições pode dar um testemunho positivo. DEUS não terá Sua imagem denegrida pelo que ela faz. Portanto, como diz a serva do Senhor, “operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes. Satanás também opera com prodígios de mentira, fazendo mesmo descer fogo do céu, à vista dos homens (Apoc. 13:13). Assim os habitantes da terra serãolevados a decidir-se” (O Grande Conflito, 612, grifos acrescentados).
Assim será concluída a obra de salvação. Quanto mais perto do fim, mais poder será concedido aos santos, e mais santos haverá que desejarão ser puros para ter esse poder. Eles trabalharão conforme a vontade de DEUS, concluirão a pregação da mensagem por meios simples, uma vez que as autoridades do mundo, após o decreto dominical, não permitirão mais os ensinamentos em grande público e nas igrejas. “Permiti-me dizer-vos que o ‘SENHOR’ trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano. Haverá entre nós os que sempre desejarão dominar a obra de ‘DEUS’, para ditar até que movimentos se farão quando a obra avançar sob a direção do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo. ‘DEUS’ usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas próprias mãosSurpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele usará para efetuar e aperfeiçoar sua obra de justiça” (Eventos Finais, 175, grifos acrescentados).
Enfim, haverá poder em gente pura para dar um testemunho que sirva para a glória de DEUS. Eles terão sido tão santificados pelo ESPÍRITO SANTO, que é DEUS para poder recriar, que serão corajosos e perfeitos como foram os apóstolos, embora ainda pecadores.

  1. 5.      Quinta: O grande conflito terminou
Enfim, a lição deste trimestre está chegando ao final, e JESUS, três meses mais próximo de voltar. Assim também o que vem antes: o decreto dominical, as perseguições, o alto clamor, as pragas, a angústia de Jacó; e o que mais esperamos, a nossa salvação. Tudo está mais perto.
Principalmente, também está mais perto, o alto clamor, efeitos do reavivamento e da reforma. Com ele vem a fortíssima pregação e os ensinamentos sobre a verdadeira adoração. Com ele vem também o refrigério, uma sensação da forte presença de DEUS conosco. Com ele vem a maior de todas as mobilizações do povo de DEUS nesta Terra, desde que há criação. Os extremos se afastarão, o povo de DEUS sendo transformado, santificado, para o grupo de pessoas mais puro de todos os tempos. Do outro lado, os assassinos mais cruéis de todos os tempo. Aliás, hoje, presentemente, já vemos a tendência.
Não devemos abandonar essas lições maravilhosas. O que devemos fazer é torná-las um manual para continuarmos estudando em grupos, nas igrejas, e até o fim, não mais deixar esse assunto de lado. Assim cumprir-se-á em nós o prometido por DEUS.“Homens humildes, armados unicamente com a Palavra da verdade, resistiram aos ataques de homens de saber, que, com surpresa e ira, perceberam a ineficácia de seus eloquentes sofismas contra o raciocínio simples, direto, daqueles que eram versados nas Escrituras ao invés de sê-lo nas subtilezas filosóficas” (O Grande Conflito, 455).
“Assim será proclamada a mensagem do terceiro anjo. Ao chegar o tempo para que ela seja dada com o máximo podero Senhor operará por meio de humildes instrumentos, dirigindo a mente dos que se consagraram ao Seu serviço. O obreiros serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das instituições de ensinoHomens de fé e oração serão constrangidos a sair com zelo santo, declarando as palavras que ‘DEUS’ lhes dá” (…) Os pecados de Babilônia …tudo será desmascarado” (O Grande Conflito, 606).
“Vi que os santos deverão ter uma compreensão completa da verdade presente, a qual serão obrigados a manter pelas escrituras” (PE, 262).   “Devemos examinar bem o fundamento de nossa esperança; pois teremos de dar uma razão da mesma pelas escrituras” (PE, 262). “Ao se avolumarem as trevas e o erro aumentar, devemosalcançar mais completo conhecimento da verdade e estar preparados para sustentar nossa posição das escrituras” (PE, 104-105). “Quando o tempo de prova vier, revelar-se-ão os que fizeram da Palavra de Deus sua regra de vida” (GC, 602). “Lealdade para com ‘DEUS’,  no invisível – foram a âncora de José. Nisto se encontrava o segredo de seu poder” (Educação, 53).
Com a conclusão da obra, e terminando as pragas, a última batalha aqui na Terra com a presença dos santos terá terminada. O que vem após o milênio será a execução final, não mais uma batalha. A batalha final está justo à nossa frente. A vitória, já garantida na cruz do Calvário, se completará com a vitória do obediente povo seguidor de JESUS, os mansos e humildes, reavivados e reformados. Um pouco antes do fechamento da porta da graça eles estarão prontos para serem julgados e aceitos, ainda em vida, como povo puro e santo. Eles têm seus pecados apagados para sempre, e seus nomes preservados para bem logo serem resgatados dessa Terra maldita.
Eu e minha família estaremos lá! Convido que você também faça o mesmo. Prepare-se para estar em pé naquele dia, o grande dia para os salvos. Viajaremos para junto de DEUS Pai, e ali seremos recebidos como vencedores junto com JESUS.

  1. 6.      Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
a)      Síntese dos principais pontos da lição
  • Qual o foco principal?
A missão da igreja, dada por CRISTO, é levar a notícia da Sua volta ao mundo todo. Não quer dizer que todos se convertam, mas que todos tenham informações suficientes para o arrependimento. O poder do ESPÍRITO ASNTO a uma igreja reavivada capacitará os pastores e membros para realizarem a obra de outra maneira impossível. A atuação de DEUS será por meio de recursos que ao natural não são disponíveis aos seres humanos. Isto ocorrerá nos últimos dias, e só com aqueles que tiverem clamado pelo poder.
  • Quais os tópicos relevantes?
Devemos pedir o derramamento do ESPÍRITO SANTO, pois assim DEUS nos capacitará para recebê-Lo. Então seremos batizados com o ESPÍRITO SANTO e com fogo, isto quer dizer, seremos capazes de testemunhar sobre a glória de DEUS. Só assim o evangelho será levado a todas as pessoas vivas no mundo.
  • Você descobriu outros pontos a acrescentar?
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b)      Que coisas importantes podemos aprender desse estudo?
DEUS só concederá o poder máximo a uma igreja pura, isto quer dizer que ela deverá ter pastores e membros puros. Esse é o nosso desafio, buscar o reavivamento e a reforma, para que sejamos transformados pelo ESPÍRITO SANTO.
  • Que aspectos posso acrescentar a partir do meu estudo?
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c)       Que providências devemos tomar a partir desse estudo?
Humildemente (porque aos arrogantes jamais será concedido poder do alto) clamar em oração pelo derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre a igreja, e tratar de fazer alguma coisa prática pela salvação de pessoas para o reino de DEUS.
  • O que me proponho a reforçar, se for bom, ou mudar se for mau, em minha vida?
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d)     Comentário de Ellen G. White
“Se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos e corteses e compassivos e piedososhaveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma. Mas, professando ser convertidos, levamos vida de egoísmo que consideramos excessivamente preciosa para ser abandonada. É nosso privilégio depositar esse fardo aos pés de JESUS, assumindo em Seu lugar o caráter e semelhança de CRISTO. O Salvador está esperando que assim procedamos” (Testemunhos Para a Igreja, v.9, 189, 190, grifos acrescentados).

e)      Conclusão geral
“O Senhor terá um povo tão verdadeiro como o aço, de fé tão firme como o granito. Eles devem ser-Lhe testemunhas no mundo, instrumentos Seus para realizar uma obra especial, gloriosa, nos dias de Sua preparação” (I Testemunhos Seletos, 590, grifos acrescentados).

  • Qual é o ponto mais relevante a que cheguei com este estudo?
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Assista o comentário clicando aqui.

Comentários Lição 12 - Reforma: Curando Relacionamentos Quebrados (Prof César Pagani)

14 a 21 de Setembro de 2013

Verso para Memorizar

“Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida.” (Rm 5:10)

César L. Pagani
            É inevitável que aconteçam, por vezes, alguns conflitos no seio da igreja. Seres humanos imperfeitos são passíveis de certas hostilidades. Nem mesmo os santos homens da igreja primitiva escaparam dessa atitude. Veja, por exemplo, a contenda entre Paulo e Barnabé por causa de João Marcos. Lembre-se também da reação irada dos discípulos de Jesus quando a mãe de Tiago e João foi pedir “cargos” governamentais para os filhos. Em Atos temos a querela entre cristãos gregos e cristãos judeus por causa da distribuição de alimento às suas viúvas.  Filemon e Onésimo, patrão e servo, contenderam acremente. Cristãos fariseus contenderam com cristãos gentios por causa da obrigatoriedade da circuncisão aos novos conversos.
            Na história de nossa igreja temos as disputas entre o presidente da Associação Geral, George Butler, seu secretário, Uriah Smith, versus Ellet Waggoner e Alonzo Jones, isso sem contar os partidários de cada lado.
            O que se precisa evitar é a continuidade dos enfrentamentos. A concórdia e o perdão são sempre os melhores rumos. Seguidores de Cristo precisam ser conciliáveis.
 A lição desta semana explora os princípios e procedimentos que promovem a unidade e criam ambiente para o reavivamento e a reforma. 

DOMINGO
 Da ruptura à amizade    
             A dissensão entre Paulo e Barnabé não foi de pequena monta. O texto de At 15:39 fala em termos de “tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro”. Aqueles que haviam sido tão unidos na obra do Senhor acabaram perdendo de certa forma o controle e resolveram separar-se por causa de Marcos que, numa precipitação juvenil por causa das agruras que a vida de missionários produzia, resolveu abandonar a obra e trair a confiança de Paulo.
            Convenhamos que a posição de Paulo parece inflexível. Ele, naquele momento, não queria dar segunda chance ao jovem. Paulo era extremamente zeloso e não admitia que a obra de Deus fosse prejudicada pela veleidade do moço. Barnabé, seu tio, via os erros de Marcos de uma forma mais paternal e achava que a anterior defecção deveria ser perdoada com amor.
            “Barnabé estava pronto a ir com Paulo, mas desejava que tomassem a Marcos, o qual se decidira de novo a devotar-se ao ministério. Paulo fez objeção a isto. Parecia-lhe ‘razoável que não tomassem consigo aquele que’ durante sua primeira viagem missionária tinha-os deixado em tempo de necessidade. Ele não estava inclinado a desculpar a fraqueza de Marcos em desertar da obra pela segurança e conforto do lar. Insistia que alguém de tão pouca fibra não estava habilitado para uma obra que requeria paciência, altruísmo, bravura, devoção, fé e disposição para sacrificar, se necessário, a própria vida. Tão forte foi a contenda, que Paulo e Barnabé se separaram, seguindo este suas convicções e tomando consigo a Marcos. ‘Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos, à graça de Deus.’ At 15:38-40.” Atos dos Apóstolos, 202.  
            Porém, mais tarde, Paulo mostra que não nutria ressentimentos. Ele recomendou o jovem Marcos (mais tarde o escritor sagrado do evangelho que leva seu nome) aos irmãos da igreja de Colossos e fez boas recomendações a seu respeito (Cl 4:10). O apóstolo considerava Marcos agora como um de seus fiéis cooperadores juntamente com Aristarco e Jesus, apelidado o Justo.
            Escrevendo a Timóteo, Paulo ordenou que ao se encontrar com ele Timóteo trouxesse Marcos, dizendo que o considerava “muito útil para o ministério”. Reatava-se a amizade cristã anterior e o “pecado” de Marcos foi perdoado e relevado. Esse é o princípio cristão de perdoar sempre e procurar a recuperação do faltoso. 
            A reconversão de Marcos – “Desde os primeiros anos de sua profissão de fé, a experiência cristã de Marcos tinha-se aprofundado. Ao estudar mais acuradamente a vida e a morte de Cristo, tinha ele obtido mais clara visão da missão do Salvador, Suas provas e conflitos. Lendo nas cicatrizes das mãos e pés de Cristo as marcas de Seu serviço pela humanidade, e até aonde leva a abnegação para salvar os perdidos e prestes a perecer, Marcos se dispusera a seguir o Mestre na senda do sacrifício. Agora, partilhando a sorte de Paulo, o prisioneiro, ele compreendeu melhor que nunca, que é infinito ganho ganhar a Cristo, e infinita perda ganhar o mundo e perder a alma por cuja redenção foi o sangue de Cristo derramado. Em face de severa adversidade e prova, Marcos continuou firme, um sábio e amado auxiliar do apóstolo.” Atos dos Apóstolos, 440.  

SEGUNDA
            Na epístola a Filemon não há qualquer menção do motivo de Onésimo haver fugido da casa de seu amo.  Quem sabe fosse repreendido por ser madraço ou preguiçoso, indolente, não se desempenhando bem das tarefas que lhe eram ordenadas. Ellen White diz que Onésimo havia roubado Filemon e fugido. Então, insurgiu-se contra Filemon e fugiu para abrigar-se sob a proteção do apóstolo Paulo.
            Certamente isso constituíra um prejuízo para Filemon, que contava com os serviços de Onésimo.
            Paulo recebeu Onésimo, mas não lhe garantiu permanência consigo, porque isso não era lícito pelas leis romanas. O escravo era propriedade plena de seu amo e quem o protegesse constituía-se em apropriador de bem alheio, estando sujeito às penas da lei. 
            Tanto Filemon quanto Onésimo eram frutos do trabalho missionário de Paulo. Ele os amava intensamente e queria que tudo chegasse a bom termo.
            Notemos que a intercessão de Paulo junto a Filemon contém autoridade para ordenar e respeito para solicitar. Ele solicita que Filemon, como líder da igreja que estava em sua casa e pastor dos crentes que lá congregavam, receba Onésimo não mais na condição de escravo, para reencaixá-lo no mesmo regime que antes, mas como “irmão caríssimo” perdoado de todas as suas faltas.
            Paulo pediu que, em consideração a ele próprio, Filemon recebesse Onésimo sem hostilidades e sem exercitar seus direitos legais de senhor. O apóstolo até se oferece para pagar eventuais prejuízos que Filemon houvesse sofrido pela fuga do escravo.
            O apelo do apóstolo foi tão tocante que, temos certeza, Filemon seguiu à risca seus conselhos e recebeu Onésimo. O restabelecimento da concórdia foi de grande conforto ao coração do sofrido mensageiro de Cristo.
            “Entre os que deram o coração a Deus por intermédio do trabalho de Paulo em Roma, estava Onésimo, escravo pagão que havia lesado a seu senhor, Filemom, crente cristão de Colosso, e havia escapado para Roma. Na bondade de seu coração, Paulo procurou aliviar a pobreza e angústia do desventurado fugitivo, e em seguida procurou derramar a luz da verdade em sua mente obscurecida. Onésimo ouviu as palavras da vida, confessou seus pecados e foi convertido à fé em Cristo. 
            “Onésimo tornou-se caro a Paulo por sua piedade e sinceridade, não menos que por seu terno cuidado pelo conforto do apóstolo, e seu zelo em promover a obra do evangelho. Paulo viu nele traços de caráter que poderiam torná-lo útil auxiliar no labor missionário, e aconselhou-o a retornar sem delonga a Filemom, suplicar-lhe perdão, e fazer planos para o futuro. O apóstolo prometeu responsabilizar-se pela soma de que Filemom havia sido roubado. Estando pronto para despachar a Tito com cartas para várias igrejas na Ásia menor, enviou com ele Onésimo. Era uma severa prova esta para o servo, apresentar-se ao senhor a quem havia lesado, mas havia sido convertido de verdade, e não se furtou a este dever. 
“Paulo tornou Onésimo portador de uma carta a Filemom, na qual, com seu usual tato e bondade, o apóstolo pleiteava a causa do servo arrependido, e manifestava o desejo de retê-lo para seu serviço no futuro...
“Quão apropriadamente isto ilustra o amor de Cristo pelo pecador arrependido! O servo que defraudara a seu senhor não tinha com que fazer a restituição. O pecador que tem roubado a Deus de anos de serviço não tem meios de cancelar o débito. Jesus Se interpõe entre o pecador e Deus, dizendo: Eu pagarei o débito. Poupa o pecador; Eu sofrerei em seu lugar.” Atos dos Apóstolos, 456, 458.  

TERÇA

             A igreja de Corinto era um celeiro de problemas espirituais. Dissensões por motivos políticos internos, imaturidade espiritual, ciúmes, disputas, rixas, preferências pastorais, imoralidade, desunião...
            Como é que uma igreja assim poderia ser representante de Jesus no mundo greco-romano?
            Jesus veemente e constantemente recomendara que eles fossem unidos a Ele como Ele era unido ao Pai. Nosso Salvador queria formar uma unidade contínua entre família terrena e família celeste. Ensinou que aquele que quisesse ser o maior na igreja, fosse seu maior servidor. O próprio Paulo se apresenta na epístola como um servo de Cristo.
            Apolo, pastor substituto de Paulo para cuidar da igreja de Corinto, ficou tão desanimado com as dissensões e divisões internas, mesmo com as preferências demonstradas pela sua pessoa, que deixou a cidade e jamais voltou a trabalhar lá, a despeito de reiterados convites de Paulo.  
             “Dentre os mais sérios males que se haviam desenvolvido entre os crentes coríntios, estava o de haverem retornado a muitos degradantes costumes do paganismo. A apostasia de um converso tinha sido tal que sua atitude   de licenciosidade constituía uma violação até do mais baixo padrão de moralidade adotado pelo mundo gentio. O apóstolo insta com a igreja para que afaste de seu seio ‘o que cometeu tal ação’. ‘Não sabeis’, admoestou ele, ‘que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento.’ 1Co 5:6 e 7. 
“Outro grave mal que havia na igreja era o de ir um irmão contra outro perante tribunais. Haviam sido tomadas suficientes medidas para a solução de dificuldades entre crentes. O próprio Cristo havia dado claras instruções sobre a maneira de solucionar tais questões. ‘Ora, se teu irmão pecar contra ti’, aconselhara o Salvador, ‘vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir ganhaste a teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar à igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu.’ Mt 18:15-18. 
“Satanás está constantemente procurando introduzir desconfiança, alienação e malícia entre o povo de Deus. Somos muitas vezes tentados a sentir que nossos direitos estão sendo usurpados mesmo quando não há causa real para tais sentimentos. Aqueles cujo amor por si mesmos é mais forte que por Cristo e Sua causa, colocarão seus próprios interesses em primeiro lugar, e valer-se-ão de quase qualquer expediente a fim de guardá-los e mantê-los. Mesmo muitos que parecem ser cristãos conscienciosos são, pelo orgulho e estima própria, impedidos de ir particularmente àquele a quem consideram em erro, a fim de falar-lhe no espírito de Cristo e juntos orarem um pelo outro. Quando se consideram ofendidos pelo irmão, alguns vão até aos tribunais, em vez de seguirem a regra dada pelo Salvador.” Atos dos Apóstolos, 303 a 305.
Qual foi a solução proposta Paulo para colocar a igreja nos eixos? União, recepção e exercício dos dons do Espírito, amor de uns pelos outros, tolerância cristã, trabalho conjunto na missão de Cristo, uniformidade de pensamento doutrinário, firme apego aos princípios da igreja.
O caminho para a equalização da igreja hoje passa pelos mesmos canais. Precisamos deixar de lado nossos classismos sociais e étnicos, partidos políticos locais, indiferença, impaciência, intolerância e orgulho, e rogar que Jesus nos faça um como Ele é com o Pai.  

QUARTA
Do atrito ao perdão
Há várias palavras hebraicas e gregas para o termo perdão. Sua ideia comum é libertar um ofensor da culpa de seu procedimento e restaurar a relação pessoal existente antes da ofensa. Os dois verbos mais utilizados para “perdoar” são sâ' (literalmente "erguer ou tirar a culpa e sâlaj. Também é usado o verbo kâfar, com o significado de cobrir, ocultar ou expiar. Já os verbos gregos são jarízomai (literalmente "dar com graça, como favor", "remitir, absolver ou indultar, cancelar o débito”.
Perdão e renunciar ao ressentimento e anseio de vendeta ou vingança contra quem nos ofendeu. A Bíblia ensina que há condições obtenção de perdão. Lucas 17:3 registra as palavras do Mestre: “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.” E se ele não se arrepender? Ainda assim devemos desistir de nosso direito de retribuição e orar por ele, deixando com Deus tratá-lo como Ele julgar conveniente e justo. Foi o que Estevão fez ao ser apedrejado. Foi o que Jesus fez suspenso na cruz em face aos Seus inimigos.
O perdão incondicional de Deus foi-nos concedido quanto ainda éramos pecadores, não Lhe havíamos confessado nada e nem nos arrependido da afronta que Lhe fizemos. Isso provou o amor infinito do Senhor oferecendo Ele a Cristo na cruz. Isso, contudo, não é indulgência plenária ou perdão antecipado de todos os pecados, a despeito de nossa violação voluntária da Lei. É ato santo de justiça de Deus punir o pecado. E se o pecador se apega cega e firmemente a ele, terá de sofrer a penalidade. Deus nos perdoou antecipadamente em Cristo, mas temos de seguir as orientações dEle nos passos da confissão, arrependimento e abandono. 
“Todos os homens pecam contra Deus (Rm. 3:23) e estão condenados à morte eterna (Rm 6:23), a menos que se arrependam de seus pecados (Lc. 13:3, 5; At 3:19) e dEle obtenham perdão (1Jo 1:9), restaurando com Ele uma relação correta (Rm. 5:1). Deus não é obrigado a perdoar o pecador culpado, porém Seu caráter bondoso O impele cada vez que se deseja ou se pede perdão (Ex 34:6, 7; Lm. 3:42). O pedido de perdão deve ser feito, porém, com toda a sinceridade e com a intenção de não se aproveitar da graça livremente outorgada. Quando Deus perdoa o faz completamente e sem reservar, restaura o pecador ao mesmo estado de favor que antes desfrutava e elimina toda alienação e separação.” Dicionário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, verbete “perdão”.
O perdão deve ser amplo, sem reservas para com nossos ofensores. Lembremo-nos da parábola do credor incompassivo. É verdade que o perdão não justifica a atitude ofensiva. Ele tão somente não a revida.  Setenta vezes sete um mesmo pecado contra nós deve ser perdoado. Jesus disse que se meu irmão pecar contra mim sete vezes num só dia e vier pedir o perdão, devo perdoá-lo sob essas condições.
“É privilégio de todos os que cumprem as condições, saber por si mesmos que o perdão é oferecido amplamente para todo pecado. Abandonem a suspeita de que as promessas de Deus não se referem a vocês. Elas são para todo transgressor arrependido. Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas pelos anjos ministradores a toda alma crente.” Caminho a Cristo, 52 e 53. 
“As condições para obter misericórdia de Deus são simples, justas e razoáveis. O Senhor não requer de nós atos penosos a fim de que alcancemos o perdão dos pecados. Não precisamos empreender longas e cansativas peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do Céu ou expiar nossas transgressões; mas o que confessa os seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia.
“Diz o apóstolo: ‘Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis.’ Tg 5:16. Confessai vossos pecados a Deus, que é o único que os pode perdoar, e vossas faltas uns aos outros. Se ofendestes a vosso amigo ou vizinho, deveis reconhecer vossa culpa, e é seu dever perdoar-vos plenamente. Deveis buscar então o perdão de Deus, porque o irmão a quem feristes é propriedade de Deus e, ofendendo-o, pecastes contra seu Criador e Redentor. O caso será levado perante o único Mediador verdadeiro, nosso grande Sumo Sacerdote, que ‘como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado’, e que Se compadece ‘das nossas fraquezas’ (Hb 4:15), sendo apto para purificar-nos de toda mancha de iniquidade.” Idem, 37.  

Do rancor para a restauração

            Rancor, ódio, raiva, ira, aversão, são a mesma coisa e, segundo o apóstolo Paulo, obras da carne (Gl 5:20) e os que o nutrem com frequência serão excluídos do reino de Deus (v. 21). O rancor pode ser gerado por vários motivos: ser alvo de desprezo, humilhações, agressões físicas ou verbais, inveja, ciúmes, ou mesmo antipatia gratuita, indiferença, segregação e daí por diante.
            Ele é um sentimento minador de forças tanto físicas quanto psíquicas, produtor de adrenalina excessiva , combatente da natureza espiritual, autodestrutivo, bloqueador de boas emoções, etc.
            Já o perdão, segundo o Dr. Fred Luskin, da Escola de Medicina da Universidade de Stanford e criador do Projeto Stanford de Perdão (instituição que estuda os efeitos do perdão no ser humano ), garante que perdoar  é uma ação libertadora que permite um vivência de plenitude e saúde mental, física e espiritual. Diz Luskin que quando uma pessoa perdoa a ofensa de alguém contra si, acaba melhorando sua vitalidade geral, o apetite, a conciliação e usufruto do sono e do repouso e aumenta os níveis de energia. Até a pressão arterial se normaliza.
            Deus, por Seu maravilhoso exemplo, nos ensina a perdoar sempre, embora jamais tenha o culpado por inocente. Seu trato com os israelitas é prova do constante desejo divino de perdoar sempre.  Isso, contudo, não quer dizer enterrar a transgressão na impunidade e permitir que o faltoso continue em seu curso maldoso.
            Jesus ensinou que se meu irmão pecar contra mim, a primeira coisa a fazer não é esperar que ele me peça perdão, mas ir-lhe ao encontro e travar um conversa honesta, respeitosa e sincera, procurando persuadi-lo de seu erro. O Senhor também outorgou à parte inocente o direito de repreensão. Isto é, o inocente pode chamar a atenção do ofensor e denunciar o erro perpetrado. A vítima deve lembrar-se, antes do encontro com o culpado, de que deve orar e pedir palavras sábias para dizer-lhe. Que Deus lhe ponha um guarda à porta dos lábios para que nenhuma palavra inadequada seja dita.
            Como sempre existem pessoas turronas e a congregação de cristãos não está livre delas, se o ofensor se fechar em seu orgulho e recusar-se a confessar seu erro e pedir perdão, o ofendido fica livre para trazer de uma a três testemunhas para que o fato se estabeleça.  Como tantas vezes o ofensor acha que estava certo em agravar o ofendido, talvez a argumentação de mais pessoas possa despertar-lhe a consciência.
            Persistindo ainda a atitude erradia, o caso deve ser levado aos líderes da igreja para exame e, quiçá, novas tentativas de persuasão, quem sabe com a intervenção do próprio pastor local.
            Agora, se o indivíduo resistir às admoestações da igreja, que é a estância final, depois de todos os recursos esgotados, o caso é até motivo para desligamento do quadro de membros.
            Mas a esperança do ofendido é que o agressor seja convencido pela bondosa e perdoadora atitude do primeiro. Assim, a reconciliação se proverá um poderoso lenitivo para dissipar os últimos traços de animosidade e restaurar uma amizade até mais robusta do que antes.

            Uma coisa é certa: a atitude de perdão deve sempre remanescer no coração da vítima, ainda que a parte contrária não arrede de jeito nenhum.  Perdoar é divino.

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