365 Recados Inspirados - #28


"Não devemos preparar para o sábado mais liberal provisão de alimento, nem maior variedade que nos outros dias. Em lugar disso, a comida deve ser mais simples, e menos se deve comer, a fim de a mente estar mais clara e vigorosa para compreender as coisas espirituais. Um estômago abarrotado quer dizer um cérebro pesado. As mais preciosas palavras podem ser ouvidas e não apreciadas devido à mente estar confusa por uma alimentação imprópria. Comendo demais no sábado, muita gente faz mais do que julga para se tornar incapaz de receber o benefício de suas sagradas oportunidades."

(Ciência do Bom Viver, pág. 307)


Descanso e Renovação

"Jesus lhes disse: 'Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco'." (Marcos 6:31)

Mesmo consciente do peso do trabalho que repousava sobre Seus ombros, Jesus ocasionalmente Se ausentava com Seus discípulos do lugar em que estavam trabalhando para um retiro e uma quebra no ritmo das atividades. Dava a Si mesmo um descanso para estar com esse grupo especial que O acompanhava, e, como era tradicional na cultura judaica, tomar refeições com calma, recheadas com muita conversa. Queria estabelecer uma regra de equilíbrio entre tempo para os outros e tempo para Si mesmo.

E qual era o resultado? Desses momentos de retiro, o grupo voltava com pilha nova e bateria recarregada para seguir o trabalho. “Entre o vaivém da multidão [...], aquele que é assim refrigerado será circundado de uma atmosfera de luz e de paz. Receberá nova dotação de resistência física e mental. Sua vida exalará uma fragrância e revelará um poder divino que tocarão o coração dos homens” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 58).

Não apenas nesses períodos ocasionais de retiro, mas também em nosso descanso diário podemos renovar nossa energia física e mental.

Os estudiosos do comportamento humano dizem que antes da invenção da luz elétrica, a maioria das pessoas dormia dez horas por noite. Hoje, a média está em sete horas e meia. Você pode ficar com Einstein que dormia nove horas por noite, ou com Thomas Edson que dormia entre quatro a cinco horas. Essas naturalmente são as exceções, não a regra.

Nós começamos o dia com uma lista interminável de tarefas, cada uma puxando para diferentes direções. Se pudéssemos, encolheríamos cada uma delas para que possam caber dentro do tempo que temos disponível. Isso sem contar os muitos prazos para serem cumpridos, chamadas telefônicas para retornar, etc. Deus, que é o autor do tempo, sabe muito bem que vamos ser dominados por ele se não planejarmos à Sua maneira. Ellen White deixou o seguinte conselho: “Não é sábio estar sempre sob a tensão do trabalho ou agitação, mesmo no ministrar às necessidades espirituais dos homens. [...] Não tenteis amontoar num dia o trabalho de dois. Afinal, verificar-se-á que os que trabalham cuidadosa e sabiamente terão realizado tanto como os que expõem de tal modo sua resistência física e mental, que não possuem mais reservas de onde tirar no momento necessário” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 243, 244).

Certamente, esse é um bom conselho a ser seguido!

Fonte: MD 2011

Reflexões no Congestionamento

(adaptado do texto do Pr. Marcos Schmidt)

"E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol." (Eclesiastes 2:10,11)

O nosso jeito de viver não tem mais sentido – se é que um dia teve. É só parar um pouco e descobrir que estamos andando em círculo, isto é, a lugar nenhum. Se bem que parar é o que mais se faz. Um estudo diz que os congestionamentos atingem 1/3 da população brasileira, e desse total, 20% ficam presas no trânsito mais de uma vez por dia. O mais absurdo é que se paga muito caro para esta prisão de quatro rodas. Pelas contas, o transporte hoje tem os mesmos custos da alimentação, ou seja, 20% de nossa renda. Não é uma loucura? Construímos veículos sofisticados que consomem boa parte de nosso salário, para depois nos deixarem presos e estressados no asfalto?

E se descobrimos que as ruas não mais suportam tantos carros, o que dizer do congestionamento populacional? Os demógrafos dizem que no dia 31 de outubro de 2012 vai nascer o “bebê número 7 bilhões”. Tem espaço para tanta gente? Os cientistas calculam que há comida suficiente no mundo para nos alimentar até em 2050, quando a população do planeta será de 9 bilhões – mas isto ainda depende do uso adequado dos recursos naturais.

Mas este é nosso drama, estamos acabando com os recursos do planeta – esta “nave espacial” com combustível, água, alimento e condições de sobrevivência que estão se esgotando na prateleira. E com isto chegamos a conclusão do autor de Eclesiastes (2.1-11). Ele buscou cegamente o prazer da bebida, do consumismo, da riqueza, da promiscuidade, do individualismo, mas no final descobriu que era tudo ilusão. Hoje vivemos no topo do consumismo tecnológico, mas descobrindo que, além de ilusão, tudo retorna em lixo tóxico e destrutivo.

Quando a Bíblia diz que “por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo” (Colossenses 1.20), tal promessa de um novo céu e uma nova terra (Apocalipse 21.1) não elimina a responsabilidade humana e, sobretudo cristã, de cuidar do Jardim (Gênesis 2.15).

Creio que podemos aproveitar este tempo quando ficamos presos nos congestionamentos, e refletir neste jeito louco de viver. Não vamos individualmente resolver os graves problemas do planeta, mas não precisamos cooperar na degradação dele.

Fonte: Tele-Fé


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