Divórcio


Texto do vídeo:

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: “Tenho algo importante para te dizer”. Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos. 
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: “Por quê?”

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou “você não é homem!” Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta
satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. 

Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me
senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar
meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. “Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio” – disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então, quando eu a carreguei para fora da casa, no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O papai está carregando a mamãe no colo!” Suas palavras me causaram
constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho “Não conte para o nosso filho sobre o divórcio” Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da
casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto,
seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso… ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração….. Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: “Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo”.

Eu não consegui dirigir para o trabalho… fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia… Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela “Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar”.

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa “Você está com febre?” Eu tirei sua mão da minha testa e repeti.” Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe”.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: “Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe”.

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – e prolongou a nossa vida juntos
proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, do seu marido, façam pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Um casamento centrado em Cristo é um casamento que dura uma vida toda.

(Recebi o texto acima, por e-mail. Não sei quem escreveu. Acho, também, que pouco importa se é um relato real ou fictício. Por isso resolvi publicar aqui. Se salvar do divórcio um casamento fragilizado, terá valido a pena). Amilton Menezes

Comentários Lição 9 – Casamento: Um dom do Éden (Prof. César Pagani)


23 de Fevereiro a 01 de Março de 2013

Verso em Destaque: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea [uma adjutora que esteja diante dele .” Gn 2:18 - VARC.

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.

            Feliz foi Adão, que não teve sogra e nem caminhão.” Quantas vezes lemos essa bem-humorada afirmação em para-choques de caminhões? De fato, Adão não teve sogra, nem sogro, nem cunhados e cunhadas. Nenhum padrinho esteve em seu casamento e Deus não recitou nenhum texto tradicional para uni-los em matrimônio. Não houve troca de alianças, nem damas de honra e não se fez nenhuma festa após as núpcias.
            Porém, a sublimidade e singeleza da narrativa bíblica ensina que Deus criou os seres humanos em pares. Eram indivíduos, sim, com diferenças anatômicas, físicas, psíquicas, hormonais, com órgãos reprodutores diferentes e outras características de distinção.  Adão foi criado solteiro e Eva também, mas Deus os uniu logo em seguida, porque não “era bom” que homem e mulher vivessem sós. Um deveria ser o complemento do outro. Uma só carne somente seria consolidada após a copulação (o homem se uniria à sua mulher e seriam echad [echad é o mesmo vocábulo usado para expressar a união da Divindade] , isto é, uma só carne, um organismo indissolúvel constituído de duas partes). Não seriam apenas uma carne, mas um só destino, um só propósito – construir a felicidade um do outro – um só organismo social.
            Precisamos recorrer ao Gênesis para entender o propósito de Deus, que ainda é o mesmo, para o consórcio nupcial. Esforcemo-nos por entender isso nesta semana. 

DOMINGO

Lo Tov  (Não é bom)

            O “não é bom” do Senhor resultou de uma ação proposital do Criador.  Sabiamente Elohyim omitiu a criação do par de Adão  no primeiro momento. Quando Ele criou cada espécie animal, proveu cada espécime de um par com quem unir-se para a propagação da espécie.  Adão deu nome a cada par quando Deus designou que assim o fizesse (Gn 2:19).
O homem era a obra-prima da Criação, pois trazia em si a imagem e semelhança do Criador, o que não acontecia com nenhum outro espécime animal vivo.  Ele fora  feito com capacidade de pensar, amar e relacionar-se com o Criador.
            “Depois da criação de Adão, toda criatura vivente foi trazida diante dele para receber seu nome; ele viu que a cada um fora dada uma companheira, mas que entre eles ‘não se achava adjutora que estivesse como diante dele’. Gn 2:20. Entre todas as criaturas que Deus fez sobre a Terra, não havia uma igual ao homem. E disse ‘Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele’. Gn 2:18. O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado.” PP, 46.
            Adão, embora perfeito, foi criado com carência de ajuda. Por isso Deus, ao criar Eva, denominou-lhe ezer “adjutora” (VARC), “auxiliadora” (VARA), “auxiliar” (Bíblia de Jerusalém), “alguém que o auxilie e que lhe corresponda” (NVI). O homem não era autossuficiente.
            “Misteriosamente”, Adão deitou-se no solo como se estivesse totalmente entorpecido. Não foi um sono de cansaço ou para eliminar toxinas, ácido láctico dos músculos, proporcionar descanso aos sistemas orgânicos... Como o homem precisava de um ser que lhe desse simpatia, carinho, companheirismo, amor e comunhão social, Deus fez cair sobre ele pesado sono para que, ao despertar tivesse uma agradável surpresa e desfrutasse os primeiros momentos de felicidade conjugal.
            Adão ficou tão maravilhado do ser que tinha diante dele, que chamou sua mulher primeiramente de varoa (Ishshah – mulher, fêmea, esposa). A propósito, em português temos o verbo esposar cujo sentido é “tomar a seu cuidado”.  Aquela belíssima fêmea, seu complemento vivo, seria a mãe de toda a espécie humana e eterna companheira. Ela o ajudaria a governar a Terra, a cuidar dos filhos, a promover sua felicidade pessoal – e ele promoveria a felicidade de sua metade. Seria a sua rainha, a primeira-dama do novo planeta.

SEGUNDA

Uma Companheira para Adão
        A palavra “companheiro(a)” é de origem latina cum panis ou aquele(a) com quem dividimos o pão. Aquele ou aquela em quem confiamos o suficiente para assentá-lo(a) em nossa mesa e dividir nossas ideias, vitórias, derrotas ou um simples pedaço de pão. 
            A matéria-prima com a qual o Criador fez Eva foi uma costela. A Sra. White explica o significado desse ato divino: Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nesta relação. ‘Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta.’ Ef  5:29. ‘Portanto deixará o varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.’ Gn 2:24. “ Cartas a Jovens Namorados, p. 11.
            Viram a postura divina? Nem machismo, nem feminismo. Mas igualdade. Adão deveria amar e proteger Eva. Eva devia amar e completar o marido.  
            Excita-nos a curiosidade em saber por que o Senhor usou uma costela e não outro órgão ou órgãos do corpo. É certo que vimos um dos significados explicitados por Ellen White. Mas será que é só isso? É bem possível. Porém, poderíamos extrapolar um pouco e tentar imaginar outro sentido.
          A costela é um elemento anatômico protetor. Os doze pares de costelas que temos formam uma caixa protetora (gradil costal) dos órgãos vitais do ser humano. Elas “abraçam” pulmões, coração, fígado, pâncreas e baço.
           A mulher é um elemento protetor do homem em certo sentido. Quando ela ama o esposo, não há protetora maior (quando mãe, é a guardadora por excelência do filho ou da filha; quando um homem é presa de medo extremo, ele chama por quem? “Manhêêê!”). Com seu afeto ela deveria ser o alter ego (segundo Houaiss: alter ego também tem o sentido de  grande amigo, pessoa em quem se pode confiar tanto quanto em si mesmo) do marido.)
           

            Você não vai encontrar o casamento ideal nos usos e costumes da sociedade pós-moderna, que  aceita, promove e pratica casamentos abertos, ajuntamentos de conveniência, uniões gays, aderências sem vínculo conjugal, adesões descomprometidas, direito de paternidade a casais homossexuais, etc. Evidentemente, não nos compete condenar as pessoas que, sem conhecimento de luz maior, aderem aos “valores” e costumes do pós-modernismo.  Pelo contrário, somos compelidos pelo Evangelho a levar-lhes o modelo ideal de sociedade e de consórcio matrimonial, segundo o Criador estabeleceu, para decidam o caminho a seguir.
            No princípio Deus criou homem e mulher – dois sexos com características peculiares de cada um dos cônjuges.  A mulher com suas características psicofísicas, anatômicas, hormonais, espirituais  e emocionais próprias .  O homem com seus predicados distintos da mulher. Deus propositou que os dois deveriam unir essas características numa vida longa e comum. 
            Deus marcou o casamento com a cláusula de indissolubilidade. Uma vez casados, casados para sempre. É verdade que Ele permitiu houvessem em Israel leis reguladoras da dissolução de casamentos. Um dos dispositivos estabelecia que se houvesse infidelidade conjugal, o vínculo matrimonial seria desfeito. Outros dispositivos estabeleciam motivos diversos para a dissolução. Mas Jesus deixou claro que essas exceções foram criadas por causa da dureza de coração do povo escolhido (Mt 19:8; Mc 10:5).
            Também não é plano de Deus que haja em nossos arraiais casamentos dissolvidos. Mesmo em casos em que não houve infidelidade explícita, muita gente tem-se divorciado e contraído novas núpcias. Há que se admitir que existam problemas muito sérios em certos casamentos desfeitos e novas núpcias, os quais precisam até ser levados a instâncias superiores de nossa Organização para exame e solução. Hoje, motivos como incompatibilidade sexual, desequilíbrio financeiro, incompatibilidade de gênios, desinteresse pelo cônjuge, perda do amor, etc.,  são razões suficientes para procurar um advogado e mover processos separatórios.
            A Bíblia diz que Deus odeia o divórcio (Ml 2:16 – Tradução Brasileira). Como Deus não muda, acreditamos que Ele ainda mantenha a mesma indisposição contra o repúdio ou divórcio.
O divórcio contesta o intento original de Deus ao fundar o casamento (Mt 19:3-8; Mar. 10:2-9), mas a Bíblia não silencia sobre o assunto. O rompimento do vínculo matrimonial  é  parte da experiência humana sob o regime do pecado, mas foi provida  legislação bíblica especial para restringir  os danos causados por ele (Dt 24:1-4). A Bíblia procura santificar o  casamento e dissuadir a ação  separadora, apresentando as alegrias do amor e da fidelidade conjugal (Pv  5:18-20); Ct 2:16; 4:9 a 5:1), comparando a relação de Deus com o Seu povo ao casamento (Is 54:5; Jr  3:1), focalizando as possibilidades do perdão e da restauração matrimonial (Os 3:1-3) e indicando a aversão de Deus ao divórcio e à desdita causada por ele (Mt 19:4-6; Mt 10:6-9). Fartas orientações bíblicas enaltecem o casamento e procuram orientar na solução de problemas que tendem a enfraquecer ou anular o alicerce do matrimônio (Ef. 5:21-33; Hb 13:4; I Ped. 3:7).” 
            O Celebrante do primeiro casamento havido na Terra estabeleceu que homem e mulher se conheçam previamente mediante namoro santo, que analisem se podem viver uma vida perene em comum , que orem e submetam sua pretendida união a Deus e então, explorando as possibilidades de dar certo ou não e achando-as conformes, partir para o altar e receber a bênção divina, ou desfazer o compromisso.  A causa de muitas separações no seio da igreja é que casamentos são celebrados precipitadamente, sem oração e uso da razão, e depois de algum tempo desmoronam tristemente. 
Reconhecendo os ensinamentos da Bíblia acerca do casamento, a Igreja está ciente de que as relações matrimoniais, em muitos casos, ficam aquém do ideal. O problema do divórcio e do novo casamento só poderá ser observado em seu verdadeiro aspecto quando for encarado à luz do Céu e contra o fundo histórico do Jardim do Éden. O ponto central do santo plano de Deus para o nosso mundo foi a criação de seres feitos à Sua imagem, que se multiplicassem e enchessem a Terra, e vivessem juntos em pureza, harmonia e felicidade. Ele criou Eva do lado de Adão, e deu-a a Adão como sua mulher. Foi assim instituído o casamento – sendo Deus o autor da instituição e Deus o oficiante do primeiro casamento. Depois de o Senhor revelar a Adão que Eva era verdadeiramente osso de seus ossos e carne de sua carne, nunca lhe poderia surgir na mente dúvida alguma de que os dois fossem uma só carne. Nem podia surgir na mente de nenhum dos componentes do santo par, dúvida alguma de que Deus pretendesse que o seu lar tivesse duração eterna.” Sétimo Dia.
     
QUARTA

Protegendo o que é precioso
              Pois é, o casamento está hoje sob cerrado ataque da cultura e costumes pós-modernos. A sociedade tem sido manipulada pelos filósofos, pensadores e a mídia (entenda-se como mídia a literatura, TV, cinema, rádio, Internet, redes sociais, etc.)  para não reconhecer a santidade do matrimônio nos moldes bíblicos. Mesmo os legisladores  estão se rendendo a casamentos homossexuais, concubinatos, ajuntamentos e outras formas consorciais, tendo que estabelecer leis para a regência do que acontece na sociedade, com respeito a formas recém-criadas de união conjugal.  
            As igrejas cristãs têm feito o possível para se defender das incursões da sociedade no terreno sagrado do matrimônio. 
            As revoluções sexuais dos anos sessentas e setentas apresentaram uma perspectiva social ousada e em desafio aos códigos comportamentais tradicionais existentes até então. Elas se tornaram fenômenos mundiais e estabeleceram novas regras de conduta sexual.  A liberação sexual incluiu maior aceitação do sexo fora das relações heterossexuais e monogâmicas tradicionais (principalmente do casamento).  A contracepção e a pílula, nudez pública, a normalização da homossexualidade,  outras formas “alternativas” de expressão sexual e a legalização do aborto foram fenômenos que começaram a ganhar força nas sociedades ocidentais.
            O casamento religioso e seus valores começou a perder terreno. Os princípios estabelecidos por Deus passaram a ser abertamente desafiados. Há casos de adventistas que só se casaram no civil.
            Jesus e Seus apóstolos ensinaram princípios fundamentados na sagrada Lei de Deus para blindar o casamento cristão contra as invenções do maligno e de seus seguidores.  Ficou claro que o adultério inclui mais do que relações sexuais ilícitas. O adultério pode acontecer na mente do indivíduo ainda que não se expresse em atos.
            Uma análise sintética do termo “adultério”, tanto no hebraico (na’aph)  quanto no grego (porneia, moichao),  revela que o termo está relacionado sempre como antítese do casamento monogâmico, e diz respeito a atos tidos por ilícitos perante a Lei de Deus e nominados como relações sexuais ilegais ocorridas entre pessoas não casadas.   Porneia tem aplicação a relações homossexuais, lesbianas,  coito entre solteiros ou fornicação e até ajuntamento com animais.
A Bíblia não tem meias palavras e nem faz rodeios a respeito de qualquer profanação da sacraticidade do matrimônio e já adverte a respeito de quais serão os resultados para os que incorrem no delito: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas [...] herdarão o reino de Deus.” (1Co 6:9, 10)
            A IASD tem procurado cumprir seu papel de defensora dos princípios e protetora do casamento bíblico, promovendo encontros de casais, cursos para noivos, realizando pregações, publicando literatura específica  e envidando todo esforço para conservar a estabilidade dessa instituição divina.
             

O casamento como uma metáfora para a igreja

             várias passagens nas Escrituras em que Deus Se apresenta como esposo de Sua igreja.   A parábola das 10 virgens, por exemplo, assinala a volta de Jesus como esposo da igreja e Sua alegria final em reunir-se para as bodas do Cordeiro. Jesus também é apresentado como noivo em Mt 9:15; Mc 2:19, Lc 5:34 e 12:36; como esposo em 2Co 11:2.
            No AT Jeová é mostrado e declara-Se a Si mesmo como Esposo de Seu povo (Is 50:1; Jr 3:8, 14).
            Deus considera a união com Seu povo assim como  matrimônio indissolúvel. Cada apostasia  de Sua igreja é tida como adultério (Jr 3:8). No livro do profeta Oseias o Senhor pede a Seu servo que despose uma mulher de prostituições para simbolizar o que Israel fez com o Amante de sua alma. 
            Quando a igreja acata costumes do mundo, suas práticas, ainda que travestidas de trajes religiosos, comete prostituição e trai seu Marido que a comprou com o próprio sangue.
            E tanto Deus a considera como mulher perpétua que, depois das bodas do Cordeiro ocorrer no Céu, após a triunfante vinda de Cristo, Ele a tomará para morar eternamente Consigo.  
            Embora o Senhor ame todos os seres que criou e que não caíram em pecado, mantendo-se castos, Ele escolheu a humanidade resgatada para habitar com ela para sempre no pós-milênio. Apocalipse 21:3 diz: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.”
            Tanto no Antigo como no Novo Testamentos, a relação matrimonial é empregada para representar a terna e sagrada união existente entre Cristo e Seu povo, os remidos a quem Ele comprou a preço do Calvário. ‘Não temas’, diz Ele; ‘porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor.’ Is 54:4 e 5. ‘Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; porque Eu vos desposarei.’ Jr 3:14. No Cântico dos Cânticos ouvimos a voz da esposa, dizendo: ‘O meu Amado é meu, e eu sou dEle.’ Ct 2:16. E Aquele que é para ela ‘o primeiro entre dez mil’ (Ct 5:10), fala a Sua escolhida: ‘Tu és toda formosa, amada Minha, e em ti não há mancha.’ Ct. 4:7.” MDC, 64. 
            Cristo honrou a relação matrimonial tornando-a também símbolo da união entre Ele e os remidos. Ele próprio é o esposo; a esposa é a igreja, da qual diz: ‘Tu és toda formosa, amiga Minha, e em ti não há mancha.’ Ct 4:7.” CBV, 356.
            “Cristo comparou Seu amor pela Igreja com o amor entre o marido e a esposa. As Escrituras contêm ternas histórias de amor, tais como a de Jacó e Raquel e a comovente história de Rute, a moabita, que através de seu casamento com Boaz tornou-se um elo na genealogia do Messias.” Cartas a Jovens Namorados, 7. 
            Perguntamos: O que essa bela simbologia tem a ver com meu casamento individual? “O Senhor pôs o esposo como cabeça da esposa para ser seu protetor; ele é o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma como Cristo é a cabeça da igreja e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que sustenta amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão; assim exerça o esposo seu poder e imite a grande Cabeça da igreja.” LA,215. 
            Cristo é nosso exemplo no governo do lar e na proteção e união da família. Sendo Jesus um Esposo amante e dedicado, ensina-me que devo imitar-Lhe o exemplo como chefe de família. Ele é nosso modelo em tudo!

Comentários Lição 9 – Casamento: um presente dado no Éden (Carlos Bitencourt)

(23 de Fevereiro a 02 de Março de 2013)

Cuidado! A lição fala de “casamento”, mas a Lição não é sobre casamento!

O que isso significa? Significa que não devemos nos esquecer do tema geral do trimestre (Origens), repartido em 13 semanas, e que todas estão e devem continuar de mãos dadas. Sendo assim, o “casamento” desta semana faz parte da Criação e da Redenção – e deve ser dado todo espaço necessário para a conclusão dentro desse contexto.  O presente foi dado no Éden, e, mesmo fora do Éden, continua a ser um presente de Deus. Foi um presente no período da santidade e perfeição, e continua sendo um presente dentro do grande conflito.

A propósito: o grande conflito nos faz esquecer da santidade do matrimônio, mas Deus, que não nos abandonou e nem nos deixou como brinquedo na mão do inimigo, em Seu glorioso Plano da Redenção, deixa Sua marca de resgate, de restauração, de cuidado e carinho. É verdade que o inimigo tem interesse na família, mas Deus já disse: “a família é minha”.

Outra coisa: não use a lição para ferir aqueles que erraram ou estão em erro. A Palavra de Deus é redentiva, instrutiva e disciplinar (e disciplinar não significa “bater”, mas educar). Não faça da classe um tribunal, um lugar de julgamento, e nem sentencie o errante. Permita que o Espírito Santo faça Sua obra.

* Domingo – “Não é bom que o homem esteja só” (24 de fevereiro). Até o dia anterior (o quinto), Deus havia dito e repetido: “Tudo é bom”. Vai findar, então, o dia da criação da humanidade (o sexto), e o Criador dirá: “Tudo é muito bom”.  Assim, Adão é bom, o breve tempo que ele existiu sem Eva era bom, a momentânea inexistência de uma pessoa que lhe fosse idônea era bom, a criação de Eva foi boa, e o casamento foi bom. Tudo era muito bom. Sendo assim, ao dizer que “não é bom que o homem esteja só”, Deus não estava dizendo que algo estava errado, mal feito, mal acabado. Não. Tudo era perfeito.

Sem querer forçar o texto, me lembrei do “sem forma e vazia”. Não era o caos. Nada havia de errado. Prova é que o Espírito de Deus pairava sobre o que Moisés disse ser “abismo”. Onde está Deus, a perfeição ali está. Nos momentos solitários de Adão, ali estava Deus, ali estava a benção de Deus. Ocorre, no entanto, que, assim como Deus poderia ter criado tudo já pronto e funcionando, pois Ele não precisa de etapas, preferiu, mesmo assim, as etapas. Entendeu ser importante para o homem sentir e experimentar o desejo de, assim como os animais que ele dava os nomes, ter uma companheira, uma pessoa, uma mulher. Deus provocou a experiência, a valorização e a responsabilidade sobre o presente que iria conceder. Adão entendeu. E é com o homem e a mulher, ou seja, com o macho e a fêmea, que é completa a imagem e semelhança de Deus. Notaram? É com os dois. Não é só ele e não é só ela. Os dois!

Entendo ser possível comentar sobre a “procriação”. Deus podia, mas não fez a Terra povoada por dezenas ou milhares de pessoas, conforme uma numeração ideal pensada por Ele, como é o caso dos anjos. Não. A raça humana é diferente. A partir de Adão e Eva, casais seriam formados, e estes deveriam gerar crianças, formando as famílias. E aqui uma preciosa lição: todos somos irmãos. Nós somos da mesma família. Em função do Pecado, passamos a necessitar de salvação, de redenção. Jesus, então, assume a humanidade. Nasce entre nós. É verdade que Sua encarnação é um mistério. Ele é gerado pelo Espírito Santo. Mas nasceu de Maria. Tem o nosso sangue. Tem a nossa carne. Somos da mesma família. Somos de Deus pela Criação. Somos de Deus pela Redenção.

* SegundaUma companheira para Adão (25 de fevereiro). É muito significativo o fato de Deus ter usado uma costela de Adão para criar Eva. Eles são dependentes um do outro. Ambos são responsáveis por si e um pelo outro. Casados, são uma só carne.
Adão ficou encantado, maravilhado e de boca aberta. Deus lhe deu dois presentes: Eva e casamento. Feliz união. Belíssima cerimônia. E Deus estava presente. Com isso, que belo sábado eles devem ter tido, hein?!

Do lado de fora do Éden, e com cerca de 6 mil anos de pecado, lamento não ter as palavras adequadas para me expressar sobre as coisas de Deus. Quanto machismo e preconceito em minhas palavras e ações. Quantas palavras mal faladas, mal escritas, incompletas, inadequadas. Distorcemos o papel da mulher, da esposa, do matrimônio. Descrevemos passo a passo a desobediência de Eva, com riqueza de detalhes, e superioridade no julgamento. Quanta bobagem. Bastaria reconhecer e afirmar: a mulher é um presente de Deus para o homem. O homem é um presente para a mulher. Eva era a manifestação e execução do planejamento de Deus. Era amiga, companheira, idônea. Nisso estava o amor.
TerçaCasamento ideal (26 de fevereiro). Casamento ideal, bem ideal, ideal de verdade, foi o de Adão e Eva, antes do Pecado. Ocorre, porém, que, mesmo sendo expulsos do paraíso, levaram uma semente dada por Deus: a unidade. Mas, já repararam que o inimigo tem atacado justamente esse ponto? Ele insinua que a pessoas devem buscar o prazer e a realização individual – e, se o cônjuge interferir nisso, que seja substituído, e quantas vezes for necessário. Vejam a que ponto chegamos!

No entanto, fiquemos ainda dentro do eixo da lição, que resgata o princípio bíblico da unidade. (Quando da conclusão da lição, veremos a unidade entre Cristo e a Igreja – e por isso a ênfase nesse momento). O casamento ideal, mesmo depois do Pecado, ocorre quando se busca a união, que não ocorre no terreno do Pecado, mas quando em presença de Deus. Assim, em Cristo, busque o perdão por coisas do passado e comprometa-se em buscar Sua preciosa presença a cada dia, a partir de agora. Restabeleça ou reafirme com o cônjuge o compromisso de unidade em Cristo Jesus. A propósito: que os leitores e ouvintes sejam levados à plena confiança em que Cristo tem o enorme desejo de perdoar e restabelecer as relações.

* QuartaProtegendo o que é precioso (27 de fevereiro). Nem todos se sentem bem em falar em público, e de forma descente, sobre sexo. Pois bem, a lição aborda sim essa questão. Respeitando então o modo reservado dos irmãos, sejamos diretos: a atividade sexual deve acontecer entre marido e mulher, macho e fêmea, e somente no contexto do matrimônio. Qualquer coisa fora disso é Pecado.
Entendo ser apropriado relembrar que somos (marido e mulher/ macho e fêmea) à imagem e semelhança de Deus. Alto nível de respeito deve ser exercitado.

*  QuintaCasamento como uma metáfora da igreja (28 de fevereiro). Desde o Velho Testamento, Deus buscou ensinar Seu povo através de figuras. Ele falou do Plano da redenção através de situações que fossem comuns às pessoas, facilitando o aprendizado. E uma das figuras foi justamente a de Marido e esposa, a de Senhor e Sua Igreja.
É impressionante! Mesmo aderindo a rebelião, a humanidade não foi esquecida pelo Criador. Ele, agora também Redentor, busca, busca, e busca, porque ama, ama, e ama.
Queridos, aceitemos a proposta gratuita de Deus. Mantenhamos relacionamento de quantidade e qualidade com nosso Criador. Amém!

Comentários Lição 9 – Casamento: um presente dado no Éden (Prof. Sikberto Marks)

 
Semana de 23 de Fevereiro a 02 de Março de 2013

Verso para memorizar: “Disse mais o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gên. 2:18).

Introdução de sábado à tarde
Quando era jovem e chegando o tempo para casar, orava para que DEUS escolhesse a moça ideal. Parecia que todas eram interessantes, mas por trás das aparências nós, seres humanos, pouca coisa podemos ver. Nós julgamos pelos frutos, como diz a Bíblia, mas DEUS julga pelo que se passa na mente, e vê o futuro. E DEUS escolheu minha companheira para a vida. Já passamos de 34 anos de casados, e a vida está cada vez melhor. Somos felizes, e procuramos promover, um a felicidade do outro.
Hoje é admirável ver como DEUS escolheu certo a mulher da minha vida. Ele pensou na felicidade dela e na minha, e nos uniu para esse fim: sermos felizes e facilitar nossa salvação. Nos complementamos perfeitamente, em tudo. Temos os mesmos gostos, e nada do que cada um faz incomoda o outro. Parece que ela foi feita para mim e eu para ela. Só para Adão DEUS fez uma mulher, evidentemente, adequada. E Adão, que fora criado antes, DEUS já o fizera adequado para a mulher que Ele criaria um pouco depois. Ele fez Adão e Eva compatíveis um com o outro.
Hoje DEUS não faz mais mulheres para os homens. Mas Ele pode, e quer escolher, das que existem, a mais adequada. Creio firmemente que é assim que deve ser, se desejar que o casamento dê certo.
O casamento é uma pequena sociedade, a menor de todas. É uma sociedade de apenas duas pessoas, um casal que se complementa. Aqui aprendemos que sociedades de pessoas que se ligam para qualquer empreendimento devem ser de pessoas diferentes mas que sejam capazes de agir com harmonia. Um casal que se complementa, que entende a posição um do outro, evita que um domine sobre o outro.
Com o andar da história, muitas coisas mudaram no comportamento do ser humano. A incompatibilidade hoje, entre duas pessoas, é bem mais fácil de ocorrer que a harmonia. Um casal de namorados deve observar bem se são realmente compatíveis. Podem os dois serem bons cristãos, porém, pode ocorrer que não sejam compatíveis. Percebo hoje, que se tivesse casado com alguma outra moça que ainda hoje está na igreja, teríamos problemas, porque o costume de vida dela me incomodaria, e o meu costume de vida a incomodaria. E essas coisas só DEUS pode discernir como será o futuro entre duas pessoas que formam um novo lar. Há hoje, em nossa igreja, tantas separações que fico assustado. Parece até que DEUS já não está mais conosco. Como é que na igreja de CRISTO se erra tanto?
A formação de um novo lar tornou-se assunto banal. Uma moça e um rapaz passam a se gostar e perdem a cabeça, querem casar logo, e só depois descobrem que um não eram para o outro. Na maioria dos casos se separam, não por traição, mas porque um não suporta o outro. É evidente que esse lar não foi formado por escolha divina, por escolha da parte daquele que instituiu o casamento e que tem o maior interesse que ele dê certo sempre.
Esse é um assunto importante para todos os membros de nossa igreja. Precisamos demonstrar de modo autêntico que somos os embaixadores do Céu, isto quer dizer, que vivamos de acordo com o que o Criador estabeleceu e que este é o modo correto de viver. Falta bastante para sermos isto!

  1. 1.      Primeiro dia:  “Não é bom que o homem esteja só”
DEUS poderia ter feito tudo de modo diferente. Há infinitas maneiras que Ele poderia ter utilizado para criar. Por exemplo, no princípio Ele criou a matéria organizada em forma de Universo, e entre os incontáveis corpos celestes, também criou a nossa Terra. Tal como a Terra, certamente os demais planetas eram sem forma e vazios. E assim, muitos permanecem até hoje. Aos poucos DEUS ia criando seres vivos para ocuparem os planetas que considerava adequados para a vida. Por quê Ele não criou a vida em todos os lugares do Universo, de uma só vez? Capacidade para isto certamente DEUS possuía.
Até no modo como DEUS faz as coisas Ele tem propósitos e insere significados. DEUS, tal como nós, também tem sentimentos, aprecia realizar coisas, gosta do belo e das novidades. Ele detesta a monotonia, assim como nós. Deve ser muito prazeroso para Ele criar a vida em um novo planeta. Como deve ser emocionante para DEUS o dia após dia durante uma nova criação!
Também Ele bem poderia ter criado a vida e as outras coisas em nosso planeta num só dia. Mas o fez em seis dias. Isso também teve propósito. Ele poderia ter criado o homem tal como fez com os animais, falando. Mas preferiu formar um boneco para depois soprar o fôlego de vida. Poderia ter criado Eva do modo como criou Adão, mas a fez a partir de uma parte de Adão. Tudo isso tem significados e nos ensina alguma coisa. Como dissemos, há uma infinidade de maneiras que DEUS poderia ter utilizado para criar, e Ele preferiu uma delas, a que foi relatada na Bíblia, e esta alternativa tem simbologia especial, ela traduz uma mensagem que vem diretamente de Seu amor.
Por quê DEUS, ao criar o ser humano, fez primeiro o homem e depois fez a mulher? Isso é interessante. Ao Adão passar a existir, DEUS lhe deu uma tarefa. Ele pôde apreciar toda a criação, especialmente sua beleza. E o homem foi feito com sentimentos tal como DEUS. Então o homem foi incumbido de nomear os animais, pode ter sido a classificação deles. Adão, inteligente como fora feito, percebeu que todos animais eram pares, machos e fêmeas. É evidente que notou que ele não possuía uma fêmea, no entanto, era um macho. Faltava alguma coisa, a criação não estava completa. Essa falta foi proposital.
Com que sentimentos e expectativa Adão foi deitar para DEUS lhe tirar uma parte e fazer a mulher. Ele sabia que acordaria com a sua fêmea. Como seria ela? As fêmeas dos animais eram diferentes, a dele também seria diferente dele, mas como ela seria?
Ao DEUS fazer Adão, ele passou a viver, viu DEUS acima dele. Podemos imaginar que DEUS tenha estendido a mão para que Adão levantasse. Agora, podemos imaginar que Adão e Eva acordaram para a vida, e Adão teve o privilégio de fazer o mesmo com sua companheira. Por certo ele, que vira todos os animais, e já apreciara algo da natureza vegetal, avaliou a sua mulher como a beleza máxima da criação. E ficou entusiasmado, chegando a dizer que ela era parte de seus ossos e de sua carne. É certo que Adão amou Eva à primeira vista, e assim também aconteceu com ela. Houve uma aclamação de felicidade no Éden, e DEUS ficou feliz pelo que fez e pelo modo como fez. Como é bom fazer surpresas para o cônjuge! Nos gostamos de surpresas, desde o Éden.
A felicidade depende de servirmos uns aos outros, não de dominarmos uns sobre os outros. Foi por isso que DEUS criou Eva no mesmo nível de Adão, e a fez de uma parte dele, a que estava perto do coração. DEUS é uma trindade, são três seres, e eles são como um só tamanha a intensidade do amor entre eles. O lar inicia aparentemente como duas pessoas, um casal, mas não é bem assim. Essa é a maneira errada de se iniciar um lar. Ele deve iniciar com três seres, duas criaturas, e o Criador. Um lar que pensa ser bem sucedido tem que começar como foi com Adão e Eva: DEUS unindo um ao outro, e evidentemente, consolidando essa união o tempo todo. Assim como DEUS mantém a criação, como já estudamos, do mesmo modo Lhe compete manter a felicidade no casamento. Afinal, DEUS é amor, e o casamento, para se manter, necessita desse amor. Portanto, a ausência de DEUS no lar é o grande fator de fracasso dos casamentos. Assim como foi DEUS que no Éden criou um para o outro, assim necessita ser Ele que escolha um para o outro, e assim também a Sua presença deve ser desejada permanentemente no lar. Então sim, haverá felicidade autêntica e crescente. Isso significa que todos os dias devemos destinar tempo para juntos estarmos com DEUS, e também que devemos impedir que entre em nosso lar tudo aquilo que rouba esse tempo e que atente contra os princípios do verdadeiro casamento.

  1. 2.      Segunda: Uma companheira para Adão
Se vivermos conforme o plano de DEUS, o efeito será felicidade após felicidade. E o plano de DEUS é bem simples, acessível a todo ser humano. Ele quer que nos amemos, e isto significa, que nos dediquemos uns aos outros tanto quanto amamos a nós mesmos. Isto é equilíbrio. É assim que se ama o próximo, servindo-o, não exigindo dele submissão. A felicidade depende de sermos racionais, e isto quer dizer, sábios para entender que fazendo o outro feliz é que todos poderemos ser felizes. É impossível haver felicidade onde há disputa ou dominação. Nesse contexto facilmente haverá desconfiança, desentendimento e conflito. Mas quando todos estiverem dispostos sempre a servir, como DEUS, então é impossível ocorrer a desconfiança, o desentendimento e o conflito. Devemos ensinar a ciência da felicidade às crianças, desde cedo. Ela é simples e fácil, mas como as pessoas custam a aceita-la. “Desde bem cedo deve-se ministrar à criança a lição de prestatividade. Logo que suas forças e a faculdade de raciocínio estejam suficientemente desenvolvidas devem-se-lhe confiar deveres a desempenhar em casa. Deve ser estimulada a tentar auxiliar o pai e a mãe, estimulada a ser abnegada e a dominar-se a si mesma, a colocar a felicidade e o bem-estar dos outros acima dos seus, a estar atenta às oportunidades de animar e ajudar os irmãos e os companheiros, e a mostrar bondade para com os velhos, os doentes e os infelizes. Quanto mais profundamente o espírito de verdadeiro serviço penetrar o lar, tanto mais profundamente ele se desenvolverá na vida das crianças. Elas encontrarão prazer em servir e sacrificar-se pelo bem dos outros” (A Ciência do Bom Viver, 401).
Um casal, como DEUS idealizou, um homem e uma mulher, que veem as coisas de modo diferente, porque assim DEUS quis, se complementam nas diferenças. Por exemplo, um homem, em relação a escolha do automóvel pensa de modo diferente da mulher. Ele geralmente atenta para a potência do motor e velocidade que pode atingir, ela atenta mais para a segurança e conforto. Os dois devem se complementar nas escolhas, seja do que for, pois a sabedoria está nessa complementação. É para esse fim que ambos são uma só carne. Quando os dois dialogam e se respeitam, isto é, se amam, a felicidade é o efeito.
DEUS primeiro criou Adão. Então lhe fez perceber que ele necessitava de uma companheira. E DEUS fez Eva de uma costela de Adão, isso significa que os dois, casando-se, tornam-se como uma só carne, um só ser, uma unidade que se forma pela complementação. Isto quer dizer, quando se amam, sempre entrarão em acordo por meio do diálogo, e nunca procurarão dominar um sobre o outro por meio da discussão. Terão pontos de vista diferentes, mas conversando um com o outro, descobrirão maneiras que muitas vezes não são nem a ideia de um, nem de outro. Eles criaram uma nova solução dialogada, e assim obtiveram vantagem para os dois. Como é bom dialogar um com o outro, como se aprende e se cresce intelectualmente! Ainda mais quando se trata de um casal, que, por serem de sextos diferentes, pensam por pontos de vistas diferentes, mas sempre chegam a uma posição de consenso. É assim que se constrói o amor. Mas sempre lembrando, no momento em um procura se impor sobre o outro, estraga tudo e a infelicidade ganha terreno fértil para acabar com o casamento.
A chave da felicidade no casamento é sempre procurar ser uma só carne, isto quer dizer, dialogando, com respeito, querendo sempre servir, não dominar, chegar a consensos em tudo. E isso é bem fácil de conseguir caso tenham DEUS no lar.
Por quê coisas tão simples que fariam a vida muito agradável, são tão difíceis de alcançar nesse mundo?

  1. 3.      Terça: Casamento ideal
Há algumas décadas tive como professor um Dr. em Gestão Universitária. Ele afirmou que a tarefa mais difícil é viver a dois, ou seja, viver casado. Pensei logo, se esse Dr. não consegue viver com uma mulher, se ele não sabe como é isso, o que esse homem está querendo me ensinar sobre como se administra uma Universidade? Com que moral ele pretende nos ensinar a ciência da gestão de uma organização que geralmente possui milhares de pessoas envolvidas, se ele não consegue ser bem sucedido com uma única pessoa? Ele estava literalmente pregando moral de cuecas. Perdeu a credibilidade como professor. É bom sabermos que se pretendemos ser o povo de DEUS, e damos testemunho incoerente, perdemos a credibilidade perante pessoas que pensam.
Não é difícil viver a dois, como um casal, se seguirmos o plano de DEUS. E o plano de DEUS, já nos referimos a ele, é bem simples. Significa a união, em amor, de um homem com uma mulher, tendo como participante especial o Criador. Com o tempo eles se tornarão, por causa do amor, tão íntimos que agem como sendo uma única pessoa, como uma só carne. É o amor que consolida a unidade. Havendo amor, haverá também interesse e dedicação em grande intensidade pela felicidade um do outro. Cada um se empenhará para fazer algo que deixe o outro feliz. Esse será o maior interesse. E os dois, unidos, frequentemente buscarão a companhia, mesmo que espiritual, daquEle que os uniu. Eles não se esquecerão de DEUS, pelo contrário, quanto mais bem sucedidos forem no casamento, mais sentirão natural desejo de estarem juntos com DEUS. É assim, bem simples.
O procedimento do amor tem uma via, que também não pode ser esquecida. É o marido que procura a mulher para a fazer feliz. Também é ele quem procura sua esposa para os momentos de intimidade, e isso não quer dizer que a mulher não deva tomar essas iniciativas. Ele também vai gostar disso. Sempre devemos nos lembrar de que JESUS fez uma analogia dEle com a igreja. É só nesse contexto que podemos entender bem o que significa a mulher ser submissa ao marido, como está em Efésios 5:22 a 25. Hoje, em nossa sociedade machista, é bem fácil interpretar que o marido deva dominar sobre sua esposa, ou que ela de alguma maneira deva ser inferior. Mas sempre que se interpreta assim, o resultado certo disso será o fracasso desse casamento, ou no mínimo frustração, tristeza, brigas e coisas desses tipo.
A igreja é submissa a JESUS, e Este se é o cabeça dela. Assim a mulher deve ser submissa ao marido e ele o cabeça dela. É aqui que devemos ter cuidado para entender bem o que isso quer dizer. Nossa cultura degenerada pode facilmente distorcer tudo.
O que isso não quer dizer? Não diz que o marido deve governar sobre a esposa. Também não diz que ela é inferior.
O que, afinal, dizem esses versos? Eles comparam o marido a JESUS e a mulher com a igreja. Nestes casos, o marido deve entregar-se por ela, como JESUS Se entregou pela igreja. Isso pode exigir sacrifícios, pois JESUS Se esvaziou pela igreja, Ele chegou a morrer por ela. Não se pode esquecer que a igreja é a sucessão do povo de Israel. CRISTO Se entregou por Seu povo, e por todos os que desejem ser povo dEle.
E submissão quer dizer fidelidade a um marido que ama tanto a esposa que ela nem chega a pensar em outra possibilidade. Que nunca ocorra, como já foi no passado, que o povo de DEUS vá seguir outros caminhos, rebelando-se contra a dedicação que o Salvador tem por este povo. Isso é a submissão, palavra um tanto inadequada para se entender bem corretamente. É de se destacar logo que uma mulher não deve ser submissa a um homem como se este fosse seu chefe, e muito menos, se ele a trata mal, mas sim, corresponder com fidelidade a um homem que é capaz de dar a sua vida por ela, assim como fez JESUS. Esta é a relação que dá certo!
Nesse sentido começa a ficar mais fácil entender o que quer dizer ser o cabeça da mulher. Em primeiro lugar, não quer dizer que ela tem um lugar inferior nos planos do lar, e que nesse aspecto, ele tem a última palavra. O que quer dizer isto é que o marido tem a responsabilidade do sacerdócio do lar e cabe a ele tomar as iniciativas pela manutenção da espiritualidade afim de que ele, sua esposa e os filhos sejam salvos. Ele é o cabeça, assim como JESUS, para servir a sua esposa, e depois, quando vierem, seus filhos.
Isso tudo é assim para que fique coerente com a natureza que DEUS deu à mulher. Mulheres normais tem uma grande faculdade de multiplicar tudo o que é bom, e o que recebem de bom. Assim sendo, uma mulher que é amada, retorna em maior intensidade amor ao marido, aos filhos e a todos que consegue entrar em contato. DEUS fez assim a mulher. Portanto, coitadas das mulheres cujo marido trata mal, pois elas não conseguem desempenhar seu papel natural, portanto, vivem frustradas ou contidas, não entendendo porque as cosias são assim. Por elas não receberem felicidade, não conseguem facilmente fazer outros felizes, e a estratégia do lar feliz, que DEUS idealizou não se cumpre.
Aqui vai uma pergunta: porque não seguir o plano de DEUS, se ele é tão bom?

  1. 4.      Quarta: Protegendo o que é precioso
Hoje a lição trata da sexualidade, um tabu em nossa igreja anos atrás. Porém, sendo uma realidade, e sendo muito mal compreendido e servindo mais para encrencas que para bênçãos, é importante que esse assunto seja tratado entre nós, clara e respeitosamente. Afinal, a sexualidade foi criada por DEUS, e com elevados propósitos.
O sexo deve ser praticado, uma vez que DEUS assim determinou. Porém, praticado não como em nossos dias. É para um casal comprometido por toda a vida pela felicidade um do outro. Isto quer dizer, casados e unidos por DEUS, depois do pecado até que a morte os separasse, antes do pecado, unidos por toda a eternidade. E somente entre um homem e uma mulher.
E é imprescindível que as intimidades sejam no âmbito santo do casamento, pois só assim a felicidade será garantida. Esse é o âmbito da pureza. Hoje as pessoas imaginam que o adultério não seja algo tão grave, pensam ser uma transgressão leve. Mas não é assim. É um pecado que não acontece por impulso, ele é construído na mente e quando a oportunidade aparece, ele já foi suficientemente acariciado, então se impõe sem que a vítima possa oferecer resistência. Só depois que as consequências se manifestam em toda a sua malignidade, e o pior é que ele se torna repetitivo.
Para que não caiamos em pecado de adultério, a recomendação de JESUS é bem prática e eficaz. Ninguém deve olhar para outra pessoa, do sexo oposto, com intenção impura, pois já adulterou com ela, em pensamento. E abriu a porta para facilmente transformar esse tipo de adultério em algo prático.
A nossa felicidade não depende de sexo com várias pessoas. Ela depende de sermos fiéis a quem nos ama, amando essa pessoa, e demonstrando isso no dia a dia da vida real.

  1. 5.      Quinta: Casamento como uma metáfora da igreja
A força e estabilidade do casamento está no amor. Os casamentos que fracassam é porque não havia lugar adequado para o amor se manifestar. E o amor só vem de DEUS. Não há outra fonte de amor.
O casamento é algo tão poderoso para gerar vida com felicidade que DEUS utilizou essa aliança para ilustrar a Sua relação com Seu povo, o povo escolhido. Nos tempos do antigo Israel, DEUS era simbolizado como o marido e a nação de Israel como a esposa. A relação entre DEUS e o povo era tal como a do casamento, DEUS amava seu povo e queria por ele ser amado. Portanto, isso requeria fidelidade por parte de ambos. DEUS sempre foi fiel, mas o povo em sempre.
A nação escolhida devia dedicar-se apenas a seu DEUS. Não deveria envolver-se com outras nações no sentido de adulterar as relações com DEUS. Por exemplo, não deveriam adorar os deuses das outras nações, nem envolver-se com sua cultura, pois era uma cultura paganizada. Isso quer dizer, pagão é aquele que se dedica a algum deus de sua terra, do ‘pago’, ou território onde vive. O povo de DEUS deveria envolver-se com os costumes das outras nações, deviam ter seus próprios costumes. É que cada costume sempre tem algo a ver com adoração. Por exemplo, hoje, a ornamentação do corpo, que está cada vez mais intensa, tem algo a ver com a idolatria do corpo. Até pode acontecer que o cristão pratique algum costume mundano por inocência, nem pensando que isto tem algo a ver como um meio para se destacar entre as demais pessoas. Mas ainda assim, é um costume inventado pelos modistas mundanos, para fins de promoção pessoal, portanto, como no antigo Israel, condenavel por DEUS. Temos que prestar mais atenção ao que fazemos, se é que desejamos mesmo servir a DEUS.
Os cidadãos da nação de Israel não deviam casar-se com pessoas de outras nações. O casamento entre formas diferentes de fé estabelece relações difíceis, e um dos dois vai ter que ceder para o outro quanto a adoração. Não há como imaginar harmonia e condições boas para o amor frutificar se os cônjuges adoram deuses diferentes. Mais difícil ainda se um deles adora o DEUS verdadeiro e o outro um deus que nem é o Criador.
A nação escolhida não devia nem mesmo estabelecer relações comerciais em certos casos, nem fazer alianças. Estas relações e alianças muitas vezes resultavam em casamentos, entre filhos dos reis envolvidos. Israel devia ser uma nação exclusivamente dedicada a DEUS, mas, ao mesmo tempo, devia ser um exemplo para as outras nações de como era positivo servir a esse DEUS. Por meio dos frutos dessa adoração as demais nações deviam se interessar a também desejar pertencer ao DEUS de Israel, ou então, temer tanto esse povo que evitassem de ataca-lo.
Assim é também a relação entre marido e mulher: fidelidade em tudo. Assim como qualquer envolvimento de um dos cônjuges com outra pessoa, em intimidades de qualquer tipo, é pela Bíblia definido como prostituição, também no antigo Israel, relacionamentos com formas de adoração de outros deuses era prostituição espiritual. Ou seja, adorar um pouco ao DEUS verdadeiro e um pouco algum deus que é falso. Para que o amor funcione e de resultados perfeitos, deve haver pureza pela fidelidade. Hoje é a igreja que está em lugar do antigo povo de Israel, e DEUS faz as mesmas exigências de dedicação exclusiva. Já não temos mais problemas com idolatria, e faz tempo. Nos referimos a idolatria da adoração a deuses de pedra ou qualquer outro material, por exemplo, gesso. Mas temos o grave problema da adoração moderna, os ídolos do cinema, do futebol, do boxe, dos super-heróis, e milhares de outros. Até temos a fraqueza, muitas vezes, da adoração dos bens, das riquezas, dos costumes que DEUS não aprova mas o mundo impõe, dos jogos eletrônicos, da alimentação desregrada, dos passatempos inúteis para nossa salvação, e assim por diante. O inimigo adaptou a ligação das pessoas para ele, de modo que não pareça ser adoração, e as pessoas caem facilmente.
Então, o que acontece? No caso do lar, quando as crianças se tornam adolescentes, os pais as veem saindo, aos poucos, da igreja, indo para o mundo. Acontece que naquele lar há tempos o mundo já tinha entrado. Agora vem a hora de se unir a ele. Assim como no antigo Israel. O que afinal mudou? A prostituição tentadora se modernizou e se adaptou ao nosso tempo, e o modo de atração se intensificou, mas o objetivo de satanás continua o mesmo: separar-nos de nosso Criador. E como funciona! O resultado, qual é? Uma igreja morna, comprometida com o mundo, achando que assim consegue atrair as pessoas do mundo para salvá-las. Mas isto felizmente já está mudando, por meio do reavivamento e reforma. É triste que poucos se reavivarão para serem reformados, os demais preferirão continuar no mundo até serem sacudidos fora da igreja. Atenção, isto é uma realidade que conhecemos pela profecia.

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
As estrelas, planetas e satélites, a natureza vegetal, os animais, os seres humanos, a semana, o sábado e o casamento são obra de DEUS, e todos possuem finalidades específicas. Mas todos contém uma finalidade comum: servir para promover a felicidade dos seres humanos e para a glória de DEUS como Criador. E quando se fala em glória de DEUS, jamais se pode confundir com o que os homens desejam para terem sua glória. É glória para DEUS nós seremos felizes e vivermos eternamente e em paz, em harmonia, sem problemas de espécie alguma. Esse é o plano de DEUS, essas é a Sua vontade. Foi com essa intenção que nos criou e é com essa intenção que Ele está trabalhando para nos salvar. Ele quer nos livrar dos problemas que apareceram com o pecado, e que, presentemente, trazem muito sofrimento sobre a humanidade. Aqui, como costumo dizer, sofrem bons e maus, e isso tudo causa dor em DEUS.
O casamento é para ser a instituição complementar ao sábado para contribuir para o ser humano ser feliz. O sábado é o dia da semana em que esquecemos nossos afazeres e nos ligamos exclusivamente ao nosso Criador. É o dia em que mantemos uma íntima comunhão com quem nos criou. É o dia que dedicamos toda nossa atenção a fonte do amor. É assim que se cultiva a felicidade. Assim alimentados espiritualmente, durante os demais dias da semana estaremos vivendo conforme os princípios da vida feliz.
Se até o próprio DEUS não é uma só pessoa, nós também não seríamos. DEUS nos fez para vivermos como casais, e para gerarmos famílias, onde estão as pessoas que são as mais íntimas, os amigos mais achegados, ligados por laços de sangue.
Um homem e uma mulher, que se casam segundo o plano de DEUS, isto quer dizer, nesse caso Ele faz parte do casamento, não são do mesmo sangue familiar. Mas tornam-se como uma só carne por causa da intensidade do amor entre eles. É o amor, ou seja, é DEUS que os une em uma incrível ligação inseparável. E são inseparáveis porque cada dia que passa, são mais felizes entre eles porque o amor aumenta. Cada vez um depende mais do outro e um ama mais o outro. Cada vez mais querem estar juntos, portanto, tornam-se dia a dia, mais inseparáveis. A felicidade deles depende de estarem juntos, unidos, de seres íntimos. Tornam-se mais semelhantes com a Trindade.
Logo, o que é o casamento? É a união promovida pelo Criador, quando Ele escolhe um homem e uma mulher compatíveis para viverem juntos afim de promoverem a felicidade mútua. E é nos sábados que eles mais intensamente se dedicarão à felicidade, deles, dos filhos quando chegarem, e de todos aqueles que puderem influenciar. Passando o tempo, tornam-se tão felizes por estarem casados que não conseguem reter essa felicidade só par eles. Ela passa a extravasar para um círculo de pessoas mais amplo, que se tornam os amigos para a vida eterna. Assim é o plano de DEUS.
Mas, enfim, o ser humano geralmente não acha o plano de DEUS suficientemente bom, e inventa alternativas, e geralmente se dá mal. Como aquele professor de gestão de universidades, que acha a vida dois a coisa mais difícil do mundo. Pois, algo que é tão simples, que mais simples não pode existir para funcionar para o bem, se nem isso aqui em nosso planeta funciona, então é sinal de que a degeneração pelo pecado avançou tanto que está acabando com a sociedade humana.
Porque nós, adventistas, deveríamos também ser afetados por tal degeneração? nosso testemunho deve ser conforme o plano de DEUS.

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