A Volta de Jesus - Pr. David Wilkerson

 

"Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o Senhor Deus." 
(Amós 4:12)
 

Comentários Lição 9 - Eventos Finais (Prof. César)



25 de agosto a 1º de setembro de 2012
  
Verso para memorizar: “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação” (I Tes. 5:8).

Temos presenciado e vivenciado um esforço hercúleo da IASD a fim de preparar o mundo para a ocorrência dos eventos finais da história terrestre. Mas, pergunto-me meio encabulado se nós, como povo remanescente, estamos tendo a gana ou desejo agudo de passar pelo despertamento, reavivamento e reforma, de maneira a estarmos preparados para o fim?

De uma coisa sinto-me seguro. A sacudidura que começou nos tempos da irmã White (EF, 220; PE, 50) está em pleno processo, aumentando paulatinamente de intensidade. Não sei, meus irmãos, mas preocupo-me com a conformidade com o mundo que penetrou nossas fileiras e pode ser constatada sem muito esforço. Modas, costumes, ornamentos, música duvidosa, linguagem e muita preocupação com a aparência pessoal têm rebaixado as normas. Se não concordam com o que dizemos, tudo bem. É apenas um enfoque pessoal. Mas de uma coisa ainda estou certo: esta é a igreja amada de Jesus e ela será vitoriosa, tão certo como existem céus e Terra. Temos lido o Espírito de Profecia e visto em geral o reclamo inspirado para uma vida mais consagrada e representativa de Cristo saído da pena de EGW. Assustamo-nos porque vemos que o nível ali requerido não está cotejando (ainda), nem de longe, com o que professamos. Por que a irmã White tem tantas mensagens de advertência, reprovação, exortação e esclarecimento contextuadas para os dias finais? Por que haveria tanto esforço da parte da mensageira para tentar elevar a Igreja de Cristo a um patamar espiritual apostólico, se já atingimos um estado espiritual aceitável? Não! Temos que ser rudemente francos conosco mesmos e dizer que ainda não atingimos o estado ideal para enfrentar os eventos finais.

Outro aspecto: Quantas reformas já executamos, ou temo-las em curso, como congregação local, que nos ponham em vantajosa posição perante o Céu e o mundo? Vestuário, saúde, hábitos, evangelismo, música, cultos, liturgia, estudo da Bíblia, oração mais fervente, renúncia do eu e outras tantas?  É evidente que só faremos tudo isso mediante a unção do Espírito, e não por nossas iniciativas. Gostaria de dizer-lhes que meu cérebro está, neste preciso momento, apontando cinco dedos para mim. Eu também sou culpado de desleixo espiritual (ver matéria do Pr. Erton Kohler no final destes comentários).

Contudo, de uma coisa tenho plena certeza: Minha igreja não envergonhará Jesus nestes dias finais. Sei que meu povo está ardendo de desejo de ver Jesus voltando nas nuvens dos céus. Sei que ele responderá ao clamor da tríplice mensagem angélica, aos rogos do Espírito Santo, que dará urgência na conclusão da obra e se ombreará aos nossos ministros sinceros para completar a missão que nos foi confiada. A profecia diz que isso será assim.

DOMINGO
Os dois lados do juízo

Quando ao chamado lado negativo, temos a submissão da mulher ao homem e as dores de parto. Note que essa submissão rompeu o equilíbrio de domínio que o casal deveria exercer sobre a criação. Houve, como castigo, uma absorção de parte da independência feminina. Não que Adão devesse tiranizá-la e reduzi-la a nada, mas as coisas não seriam como em estado de santidade. “’O teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará’. Gn 3:16. Na criação Deus a fizera igual a Adão. Se houvessem eles permanecido obedientes a Deus - em harmonia com Sua grande lei de amor - sempre estariam em harmonia um com o outro; mas o pecado trouxera a discórdia, e agora poderia manter-se a sua união e conservar-se a harmonia unicamente pela submissão por parte de um ou de outro. Eva fora a primeira a transgredir; e caíra em tentação afastando-se de seu companheiro, contrariamente à instrução divina. Foi à sua solicitação que Adão pecou, e agora foi posta sob a sujeição de seu marido. Se os princípios ordenados na lei de Deus tivessem sido acariciados pela raça decaída, esta sentença, se bem que proveniente dos resultados do pecado, ter-se-ia mostrado ser uma bênção para o gênero humano; mas o abuso da supremacia assim dada ao homem tem tornado a sorte da mulher mui frequentemente bastante amargurada, fazendo de sua vida um fardo.” PP, 58. 59. 

Foi dito também ao homem, como parte da sentença, que ele definitivamente voltaria ao pó da terra. Isto é, seu corpo, depois de alguns anos e em virtude da morte que o pecado produzira, se desfaria e voltaria à inexistência. “Houvesse ao homem sido permitido franco acesso à árvore da vida, após a sua queda, e teria ele vivido para sempre, sendo assim imortalizado o pecado. Querubins e uma espada chamejante, porém, guardavam ‘o caminho da árvore da vida’ (Gn 3:24), e a nenhum membro da família de Adão foi permitido passar aquela barreira e participar do fruto doador da vida. Não há, portanto, pecador algum imortal.” GC, 533, 534.

Por causa do pecado caiu maldição sobre a bela Terra que Deus criara. Ela produziria agora cardos e abrolhos e não renderia, sem duro e suarento trabalho por parte dos humanos, suas benesses. “Sob a maldição do pecado, a Natureza toda devia testemunhar ao homem o caráter e resultado da rebelião contra Deus. Quando Deus fez o homem, Ele o fez governador sobre a Terra e todas as criaturas viventes. Enquanto Adão permanecesse fiel ao Céu, toda a Natureza estaria sob a sua sujeição. Quando, porém, se rebelou contra a lei divina, as criaturas inferiores ficaram em rebelião contra o seu domínio. Assim o Senhor, em Sua grande misericórdia, mostraria aos homens a santidade de Sua lei, e os levaria por sua própria experiência a ver o perigo de pô-la de lado, mesmo no mínimo grau.” PP, 59, 60.  

A perda da felicidade edênica foi outro castigo sobre o pecado. Jamais voltaria o casal a desfrutar na Terra as delícias paradisíacas. Somente depois de mil anos da volta de Cristo à Terra eles poderiam rever seu lar restaurado. O clima mudou, a natureza mudou, eles mudaram. Desse tempo em diante o mundo tornou-se domínio do príncipe das trevas, que precipitou a humanidade em crescente degeneração física, moral, psíquica e espiritual.

Não fosse a sentença aplicada sobre o originador do pecado (Gn 3:15) e nós estaríamos fadados a um destino de progressiva infelicidade. Deus tomou providência e criou uma indisposição figadal entre as partes pecadoras: “Deus declara: ‘Porei inimizade.’ Esta inimizade não é entretida naturalmente. Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza se tornou má, e ele ficou em harmonia com Satanás, e não em desacordo com ele. Não existe, por natureza, nenhuma inimizade entre o homem pecador e o originador do pecado. Ambos se tornaram malignos pela apostasia. O apóstata nunca está em sossego, exceto quando obtém simpatia e apoio, induzindo outros a lhe seguir o exemplo. Por este motivo os anjos decaídos e os homens ímpios se unem em desesperada união. Se Deus não Se houvesse interposto de maneira especial, Satanás e o homem teriam entrado em aliança contra o Céu; e, ao invés de alimentar inimizade contra Satanás, toda a família humana se teria unido em oposição a Deus.”  GC, 505.

Outro aspecto positivo verificado no primeiro juízo de Deus sobre a Terra está no paternal cuidado do Senhor com os filhos decaídos. Ele lhes fez com as próprias mãos vestes que abrigassem seus corpos agora mortais. Para isso teve de matar animais tenros e derramar o primeiro sangue de vítima inocente na Terra. As vestes deveriam lembrar o casal que por causa do pecado deles, alguém teve de pagar com a vida.

Temos ainda o benefício do trabalho árduo. Adão se cansaria ao final de um dia de trabalho, o que não acontecia antes do pecado. Porém, a despeito do suor e da canseira no trato com a terra, além de obter dela o sustento da vida, desfrutaria um sono reparador à noite, onde suas energias seriam readquiridas.

                SEGUNDA  
Repentina e inesperada (1Ts 5:1-3)
               
“Daquele dia e hora ninguém sabe”, declarou o Salvador. O dia e hora da volta de Jesus é tempo reservado pela autoridade do Pai e não revelado a nenhuma criatura (At 1:7). Porém, os crentes estão sobejamente informados do que deve antevir à manifestação final do Senhor, para julgar os habitantes da Terra.

O que Jesus quer que façamos é vigiar o tempo todo, orando para receber graça a fim de passar por todas as provações e tentações que confrontam o povo de Deus, e obter o preparo para a transladação.

Uma das características da vinda do Senhor é sua repentinidade. Ela será surpreendente para os ímpios, que estarão vivendo suas rotinas, comendo, bebendo, casando-se e dando-se em casamento. Eles não quiseram se converter e passar pelos preparativos para o maior evento de todos os tempos. O Dia do Senhor lhes sobrevirá como o assalto do ladrão à noite. Outro ponto a considerar nas imagens usadas pelo apóstolo é a figura das dores de parto. Elas começam com maior espaçamento e vão se tornando mais frequentes à medida que se aproxima a hora de parturir. Assim como os ansiosos pais sabem que está próximo o nascimento de seu bebê, quando as contrações ganham um ritmo mais acentuado. Numa mulher que dá a luz pela primeira vez, o trabalho de parto dura de 12 a 154 horas. Para as mamães já experientes, o tempo médio é de seis a oito horas.

Em Sua infinita misericórdia, nosso Pai deu-nos sinais inconfundíveis do retorno de Cristo. Guerras, fomes, pestilências, violência, catástrofes, terremotos, maremotos, sinais nos céus, na Lua, no Sol e nas estrelas. Alguém mais cético dirá que isso sempre existiu. Concordamos. Porém, a intensidade, assiduidade e quantidade deles é fato indisputável. A cada dia que passa eles se tornam mais frequentes e aterrorizantes. Como as dores de parto, o tempo se encurta e avisa do desfecho.

A despeito dos marcantes avisos dados aos homens, esses continuam em seus afazeres e na busca insana da satisfação de seus desejos carnais. A Terra tornou-se o Império dos Sentidos, onde prevalecem o “perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios” (Os 4:2). Coisas absurdas e chocantes têm acontecido. No fundo do coração dos homens há uma expectação horrível do que pode acontecer com este velho mundo. Eles falam de futuro, de novas realizações, de vida mais gratificante, porém, não acreditam realmente nisso, pois têm conhecimento de que as coisas vão nada bem na Terra. Um futuro de fome, sede, devastações, violências, desrespeito aos direitos e insegurança para as gerações futuras é o que acena. Os recursos da Terra estão à beira do esgotamento.

Nosso amado Salvador advertiu contra o deixar-se absorver pelas coisas deste mundo. Olhando para o futuro Jesus viu que Satanás buscaria envolver os homens nos prazeres da vida, nas delícias da carne e preocupações todo-absorventes com questões materialistas. Está evidente que as coisas espirituais não fariam parte do cotidiano do homem dos dias finais. Noutra parte Cristo adverte contra a prática de religiões hipócritas e pseudocristãs. Falsa espiritualidade também seria fatídico sinal dos últimos dias.

Satanás tem usado como eficaz arma contra a Igreja a reduzida consciência dos tempos solenes. Ele amortece as percepções dos homens usando todos os meios possíveis. Hoje a tecnologia absorve a mente dos homens. Temos celulares, I-pads, I-pods, tablets e outros portáteis que podemos levar conosco para todos os lugares e que nos conectam com o mundo. Temos computadores poderosos que podem nos levar a qualquer parte do mundo. A comunicação global tem permitido a rápida troca de informações e a contaminação de costumes, pecados novos e velhos, devassidão e transgressões perpassam de um lado para o outro.

Embora inseridos no contexto da civilização, somos instados a manter severa vigilância para guardar todas as saídas da alma. Pelejar por estar em pé na presença de Cristo quando Ele vier precisa ser nossa prioridade A.

Como disse Paulo, Deus nos destinou para a salvação e tem feito todo o possível para nos manter no caminho da glória. Oremos para não estorvarmos a obra do Espírito com nosso descaso e negligência.    

TERÇA      
A vantagem do crente (1Ts 5:4, 5)

Diríamos, as vantagens do crente.

A primeira delas é que o crente possui a maravilha da comunicação universal que é a Palavra de Deus. Ele fica bem informado quanto ao que aconteceu no passado, o que se passa no presente e o que advirá no futuro. Deus não permitiu que ele ficasse em trevas quanto a coisa alguma.    
     
     A segunda diz respeito ao Salvador que o crente tem. Jesus é a Luz do Mundo. Em Cristo, o crente torna-se filho da luz e não das trevas. Ele aprende a andar na luz assim como Cristo na luz está. O Sol da Justiça ilumina seu caminho.
     
    A terceira é referente à expectativa dos dias finais. O crente não está sujeito a surpresas, porque o Espírito do Senhor revelou o que irá acontecer ao mundo. Como disse o Pr. Paulien, ele só não sabe o tempo certo.

     A quarta diz respeito ao Dia de Deus. Que dia é esse? De glória, sim, mas de terrível ira e justiça sobre os que desprezaram todos os apelos da graça. Nesse dia Jesus separará as ovelhas dos bodes, o joio do trigo, os filhos do maligno dos filhos de Deus. Mas o crente não sofrerá juízo. O juízo para os crentes transcorre neste preciso momento. Jesus, envergando Suas magníficas vestes sumo sacerdotais, está intercedendo por todos os que, em arrependimento e confissão, O buscam para perdão dos pecados. Diríamos que o Juízo é antecipado para ser executado em condições bastante favoráveis, isto é, em tempo de graça. Então, no dia final, Jesus lhes pronunciará a agradável sentença: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Os pecados não confrontarão o humilde pecador que fez de Jesus a Rocha de sua vida. Visto que o Cordeiro foi morto em seu lugar, o pecador penitente não sofre o dano da morte eterna.

      O mundo, em contraste, está dando de mão dessas vantagens que ainda lhe são dispostas. “O mundo não está mais preparado para dar crédito à mensagem para este tempo do que estiveram os judeus para receber o aviso do Salvador, relativo a Jerusalém. Venha quando vier, o dia do Senhor virá de improviso aos ímpios. Correndo a vida sua rotina invariável; encontrando-se os homens absortos nos prazeres, negócios, comércio e ambição de ganho; estando os dirigentes do mundo religioso a engrandecer o progresso e ilustração do mundo, e achando-se o povo embalado em uma falsa segurança, então, como o ladrão à meia-noite rouba na casa que não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos descuidados e ímpios, e ‘de nenhum modo escaparão’ (1Ts 5:3-5).” GC, 38.

Plano de trabalho para o presente, a fim de não perdermos as vantagens

1) Investimento de tempo e vida para exposição à luz que emana da Palavra de Deus. “Essa educação deve basear-se na Palavra de Deus. Somente aí nos são apresentados seus princípios, em toda a sua plenitude. A Bíblia deve ser tomada como fundamento do estudo e do ensino. O conhecimento essencial é o conhecimento de Deus e dAquele que Ele enviou.” CBV, 401.

2) Entrega diária. “Consagrai-vos a Deus pela manhã; fazei disto vossa primeira tarefa. Seja vossa oração: ‘Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti.’ Esta é uma questão diária. Cada manhã consagrai-vos a Deus para esse dia. Submetei-Lhe todos os vossos planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indique a Sua providência. Assim dia a dia podereis entregar às mãos de Deus a vossa vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo.” CC, 70.

3) Vigilância. “Enquanto estivermos no mundo, encontraremos influências adversas. Haverá provocações para ser provada a nossa têmpera; e é enfrentando-as com espírito reto que as virtudes cristãs são desenvolvidas. Se Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres no meio das contrariedades e irritações. Dia após dia, e ano após ano, vencer-nos-emos a nós próprios e cresceremos num nobre heroísmo. Tal é a tarefa que sobre nós impende; mas não pode ser cumprida sem o auxílio de Jesus, firme decisão, um alvo bem determinado, contínua vigilância e oração incessante. Cada um tem suas lutas pessoais a travar. Nem o próprio Deus pode tornar nosso caráter nobre e nossa vida útil, se não colaborarmos com Ele. Quem renuncia à luta perde a força e a alegria da vitória.” CBV, 487.

                                                  QUARTA 

Vigilância constante (1Ts 5:6-8)

No verso seis, Paulo usa a imagem do estado hipnótico do sono para expressar a suspensão dos sentidos espirituais. Jesus ensinou na parábola do trigo e do joio (Mt 13:24-30). O lavrador era um homem responsável e profissional em seu trabalho. A semente era boa. O problema foi que o inimigo do lavrador, aproveitando-se do torpor do sono nos servos que vigiavam o terreno, lançou o joio no meio do trigo. Estivessem os homens acordados e o pilantra não faria o que fez. Os discípulos, quando com Jesus no Getsêmani, perderam momentos cruciais que deveriam tê-los preparado para a grande decepção que iriam sofrer, porque dormiram a sono solto. Jesus os repreendeu brandamente, avisando-os que deveriam estar vigiando para não cair em tentação.

Paulo comparou o mundo moral romano às trevas da noite, onde a visão das coisas, do que acontecia era impossível. O apóstolo procurou alertar os crentes admoestando-os a que vigiassem, fossem sóbrios, isto é, não permitissem que seus sentidos fossem obscurecidos por coisa alguma, inclusive por atitudes intemperantes.  Por duas vezes nesses três versos ele fala de sobriedade.

Mas não somente isso. Ele adverte que é preciso expandir a fé e o amor. Em estado de vigilância espiritual, embora você possa estar constatando fatos espirituais que possam lesá-lo, se não tiver fé implícita na Palavra de Deus, não poderá interpretar esses fatos e tirar deles proveito.

“Especialmente importante para a igreja em nosso tempo são os ensinamentos do apóstolo sobre este ponto. Para os que vivem tão próximos da grande consumação, as palavras de Paulo devem ter eloquente força: ‘Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade, e tendo por capacete a esperança da salvação. Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com Ele.’ 1Ts 5:8-10. 

“Cristão alerta é o cristão que trabalha, buscando zelosamente fazer tudo que está em suas forças para o avançamento do evangelho. À proporção que aumenta o seu amor pelo Redentor, também aumenta por seus semelhantes. Como seu Mestre, experimenta ele severas provas, mas não permite que a aflição lhe irrite o temperamento ou destrua a paz de espírito. Sabe que as provações, se bem aceitas, o refinarão e purificarão, pondo-o em íntima comunhão com Cristo. Os que são participantes das aflições de Cristo também participarão de Sua consolação e por fim de Sua glória.” AA, 260, 261.

“Sem oração constante e diligente vigilância, estamos em perigo de tornar-nos descuidosos e desviar-nos do caminho verdadeiro. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação.” CC, 95.  

A imagem da armadura romana é empregada por Paulo para ilustrar as atitudes espirituais dos crentes em face aos perigos. Você pode fazer um breve exame das peças da armadura, consoante aqueles que Paulo tinha em mente ao usar as metáforas. Veja que a armadura romana era desenhada para dar proteção total ao soldado quando em combate. As partes vitais estavam protegidas. O escudo tinha mais da metade da altura média do combatente. Não surpreende que Paulo buscasse uma imagem vívida para impressionar os crentes com os valores protetivos da fé, do amor ágape e da sempre viva esperança de salvação.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz, embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” (Ef 6:11-17)

“A impiedade está alcançando um nível nunca dantes atingido; contudo, muitos pastores estão clamando: ‘Paz e segurança.’ 1Tm 5:3. Mas os fiéis mensageiros de Deus devem prosseguir firmemente com sua obra. Revestidos com a armadura do Céu, devem avançar destemida e vitoriosamente, jamais cessando de lutar até que cada alma a seu alcance tenha recebido a mensagem da verdade para este tempo.” AA, 220.  

QUINTA                                                                                                     

Encorajar uns aos outros (1Ts 5:9-11)

“Deus não nos escolheu para sofrermos o castigo da Sua ira, mas para nos dar a salvação por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para podermos viver com Ele, tanto se estivermos vivos como se estivermos mortos quando Ele vier. Portanto, animem e ajudem uns aos outros, como vocês têm feito até agora.” (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

Está bem claro e cristalino que o projeto máximo de Deus é de nos conceder salvação em Jesus Cristo. Para realizá-lo, visto tê-lo planejado muito antes da fundação do mundo, o Senhor não poupou nem mesmo Seu próprio Filho, antes O entregou por nós. Não economizou nenhum recurso da graça infinita a fim de levar a cabo o que havia intentado em Seu paternal coração.

Esse é um projeto de vida eterna. O Senhor não queria desfrutar Sua eternidade sem a presença de Seus filhos antes caídos em pecado. Como nenhuma pessoa no mundo é igual à outra, nem mesmo gêmeos univitelinos, o Pai não quer perder nenhum espécime da coleção de “Formados à Sua Semelhança”. Se você ou eu faltar no dia final, imagine o pesar do coração divino ao não poder contar conosco.

Para Deus não importa se morrermos hoje ou amanhã. Jesus disse que para o Pai, todos os Seus filhos remidos estão vivos, embora possam repousar por um tempo no mundo do silêncio.

A ordem apostolar é que nos animemos com as novas da ressurreição dos mortos e do dia final do galardão. Por vezes penso que estamos muito apegados às coisas materiais, que não separamos tempo para conversarmos entre nós acerca das coisas da eternidade. Veja, por exemplo, aos sábados. Depois da Escola Sabatina e do Culto Divino vamos para casa e procuramos cumprir nossa agenda espiritual. Uns saem a dar estudos, outros para atividades de seus departamentos na igreja, outros para visitação, estudos bíblicos, etc. Observe que, em meio a toda essa atividade, falamos em coisas espirituais, mas raramente nos detemos para imaginar as coisas eternas e falar sobre elas. Que tal, com base nas revelações bíblicas, tentar imaginar o que acontecerá depois de estarmos na caravana de Cristo rumo à Nova Jerusalém? Como será a entrada triunfal pelos imensos portais perolados? Como será emocionante o momento em que o Rei Jesus apanhar a coroa da vida eterna e colocá-la sobre nossa fronte? Como será, pela primeira vez, provar o fruto da árvore da vida? E acima de tudo o mais, como será ver o rosto santo do Pai?

A Estratégia Errada – Mensagem do Presidente Adventista na América do Sul, Pr. Erton Kohler

"Era sábado. Eu havia acabado de pregar em uma grande igreja e fui almoçar na casa de um dos irmãos. Enquanto conversávamos, ele foi direto: ‘Estou preocupado com os rumos que as coisas estão tomando na igreja.’

Logo comecei a imaginar aquilo de que ele iria reclamar. Para minha surpresa, ele falou: ‘O mundo está se modernizando, todos estão mais tolerantes, mas a igreja parece que ainda não entendeu isso.” Eu estava ainda mais admirado enquanto ele continuava: “O sábado, por exemplo, é um assunto em relação ao qual a igreja precisa se contextualizar. Essa história de levar os membros a guardá-lo a qualquer preço está fora de lugar. Se a igreja continuar assim, vai se isolar e diminuir cada vez mais.”

Gastei tempo pensando nas palavras dele. A princípio, elas me pareceram fora de propósito e apenas produto da cabeça dele. Mas acabei entendendo que existem outras pessoas que pensam dessa forma, talvez até inconscientemente.

Alguns refletem esse pensamento querendo “modernizar” nossa mensagem ou estilo de vida, para tornar atrativa a igreja. Querem parecer menos diferentes e mais iguais.

Para Ellen White, essa estratégia está errada. Ela é clara quando diz que “a conformidade aos costumes mundanos converte a igreja ao mundo; jamais converte o mundo a Cristo” (O Grande Conflito, p. 509).

Outros tentam esconder sua identidade, pensando em não criar preconceito e, com isso, abrir portas no futuro. Sei que devemos ser prudentes, mas essa também é uma estratégia errada. Precisamos apresentar a mensagem bíblica com amor, de forma positiva, mas também com profundidade, clareza e refletida em nossa forma de viver.

Existem também aqueles que procuram viver como os que ainda não se entregaram a Jesus, querendo ser aceitos por eles. Acham que esse é um ponto de aproximação, que elimina barreiras. Outra estratégia errada! Pode até eliminar barreiras humanas, mas cria barreiras espirituais. É o principio da água e do óleo. Um pode influenciar o outro, mas não se misturam.

Quanto mais perto estivermos da volta de Cristo, mais diferentes vamos ficar, até que esse convívio se torne impossível e Ele venha nos buscar.

Com dor no coração, tenho visto algumas pessoas que deixam de lado nossa identidade de formas tão simples e práticas, do tipo:

1. Aparência pessoal fora dos princípios bíblicos. Modéstia e decência não combinam com roupas que apelam para o sensualismo, uso de unhas coloridas ou joias, por mais discretas que possam parecer (I Pedro 3:3, 4). Ellen White afirma: “A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. [...] abster-se de ostentação de joias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé” (Evangelismo, p. 269). “Joias e vestuário dispendioso não nos darão influência” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 249).

2. Frequência a lugares impróprios para um cristão. Bares, boates, cinemas ou shows são ambientes que não combinam com o estilo de vida adventista nem com os valores cristãos. Eles enfraquecem nosso testemunho.

3. Gosto musical comprometido. Não podemos esquecer que, nos últimos dias, “Satanás fará da música um laço” (Ellen White, Eventos Finais, p. 159). Não é tentando tornar nossa música mais gospel ou mais popular que vamos fazê-la poderosa. Ela poderá ficar mais interessante, mas acabará sendo menos eficaz.

4. Enfraquecimento dos princípios de saúde. Continuamos sendo o povo que cuida do corpo como o templo do Espírito Santo (I Coríntios 6:19); que busca uma alimentação saudável e natural; que não usa bebidas alcoólicas ou café por recomendação inspirada: “O único caminho seguro é não tocar, não provar, não manusear o chá, o café, vinhos, o fumo [...] e as bebidas alcoólicas” (Ellen White, Conselhos Sobre Saúde, p. 125). O mundo está apresentando essa mensagem sem timidez. Não podemos enfraquecê-la.

Le Roy Froom dizia que “enquanto a igreja evangeliza o mundo, o mundo seculariza a igreja”. Essa é a estratégia errada. As pessoas não estão procurando um evangelho de segunda linha, que seja uma coisa, mas tenta parecer outra. Nossa sociedade não quer mais desse evangelho. Por isso, como igreja, somos desafiados a reformar e não nos conformar com os hábitos da sociedade em que vivemos (Romanos 12:2). Afinal, “ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz” (Lucas 8:16).

Vamos usar a estratégia certa!"

Como Purificar a Igreja para
os Acontecimentos Finais

“O tempo presente é de dominante interesse para todo o vivente.

Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção posta nos acontecimentos que tomam lugar ao nosso redor. Estão observando as relações que existem entre as nações. Eles examinam a intensidade que está tomando posse de cada elemento terreno, e reconhecem que algo grande e decisivo está para acontecer – que o mundo está no limiar de uma crise estupenda. PR, 537

“As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. 3 TS, 280

Tempos Turbulentos que Ocorrerão em Breve

“O tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo. Não temos tempo a perder. O mundo está agitado com o espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel quase atingiram o seu cumprimento.” Review and Herald, 24 de novembro de 1904

“O tempo de angústia – angústia qual nunca houve, desde que houve nação [Daniel 12:1] – está precisamente sobre nós, e somos semelhantes às virgens adormecidas. Devemos acordar e pedir que o Senhor Jesus ponha debaixo de nós os Seus braços eternos e nos conduza durante o tempo de provações à nossa frente.” 3 MR, 305 (1906)

“O mundo está-se tornando cada vez mais iníquo. Em breve surgirá grande perturbação entre as nações – perturbação que não cessará até que Jesus venha.” Review and Herald, 11 de fevereiro de 1904

“Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos.” 3 TS, 306

“Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros – fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue.” PR, 278

“Há perante nós tempos tempestuosos, mas não pronunciemos uma só palavra de incredulidade ou desânimo.” SC, 136

“Uma grande crise aguarda ao povo de Deus. Uma crise aguarda ao mundo. A mais momentosa luta de todos os séculos está justamente à nossa frente... Mas estaremos prontos para o acontecimento? Temo-nos desincumbido fielmente do dever que Deus nos confiou, de dar ao povo a advertência quanto ao perigo que têm pela frente? ...Se Deus nos proporcionou luz que mostra os perigos à nossa frente, como poderemos subsistir perante Ele se negligenciarmos de envidar todos os esforços que pudermos para apresentá-la ao povo? Poderemos contentar-nos com deixá-los a ir ao encontro desse acontecimento momentoso sem os advertir? ...Nós como um povo não temos cumprido a obra que Deus nos confiou. Não estamos preparados para o desfecho ao qual nos levará a imposição da lei dominical. É nosso dever, ao vermos os sinais do perigo que se aproxima, despertar-nos para a ação... O povo deve ser despertado em relação aos perigos do tempo presente. Os atalaias estão adormecidos... Deus nos convida a despertarmo-nos, pois está perto o fim.” 2 TS, 318-323

“Devemos estudar os grandes sinaleiros da estrada que indicam os tempos em que vivemos.” Nossa Alta Vocação, 338

“Demorai-vos perante Ele em humildade de coração. Orai com o máximo fervor por compreensão dos tempos em que vivemos, por mais plena concepção de Seu desígnio”... 2 ME, 400


Comentários Lição 9 - Eventos Finais (Prof. Sikberto)


25 de agosto a 1º de setembro de 2012
 
Verso para memorizar:Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação” (I Tes. 5:8).

Introdução de sábado à tarde
 Tessalonicenses 5:1 a 11 é um trecho profético poderoso para todos os tempos, essencialmente para os nossos dias. Ele apresenta, no verso 3, um dos sinais mais notórios de que a vinda de CRISTO está próxima: “quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição.” É o que hoje estamos ouvindo. Esse trecho trata dos ímpios, pois, se fosse escrito direto para os que se preparam para a segunda vinda, em lugar de “repentina destruição” Paulo escreveria algo como “eis que Ele logo vem.” Estamos, portanto, num tempo de urgência, de preparo para a segunda vinda.
Quando viajo, minha esposa é que prepara a mala. Faz isso com muito carinho. Para ela parece ser um privilégio. Geralmente prepara a mala no dia anterior da viagem, para não esquecer nada. Só descubro o que ela colocou ali quando abro no destino para onde viajei. Está tudo super arrumado, e por mais que me esforce, na volta não fica tão bem arrumado. Mas serve de ilustração. Para as viagens sempre sabemos o dia e a hora, mas para a segunda vinda não sabemos. Se não soubesse o momento exato para as viagens, certamente deveria ter a mala pronta o tempo todo. Pois, por exemplo, poderia vir um telefonema dizendo que em meia hora alguém passaria em casa para determinada viagem. Sendo assim, tudo deveria estar pronto o tempo todo.
Nós, que não sabemos o dia e a hora da vinda do Salvador, devemos estar preparados o tempo todo. Podemos ser atingidos por uma bala perdida, ou sofrer algum mal súbito, e sem ter tempo nem de pensar, morrer num instante. Sem tempo para fazer preparos de última hora, devemos estar sempre preparados. É certo, por exemplo, que JESUS não volta nesse ano de 2012, pois nem ainda saiu o decreto dominical, e depois dele ainda tem um tempo de pregação do Alto Clamor e depois as pragas, que talvez durem um ano. Sendo assim, o senso de urgência parece desvanecer, e vai-se deixando o preparo para depois. Mas a nossa vida é tão frágil que podemos ser surpreendidos por algum fato, e perder tudo. Portanto, devemos viver como se a volta de JESUS ainda demorasse, mas também como se viéssemos a perder a vida de um momento para outro. Se a volta de JESUS ainda pode demorar um pouco mais que um ano, ou sabe-se lá quanto tempo, o que pode acontecer a qualquer momento é a perda da nossa vida.
A rigor, uma coisa é certa, pelos sinais sabemos que a volta de JESUS está próxima. Mas ainda falta vir o decreto dominical, a perseguição, o forte derramamento da chuva serôdia, o alto clamor, as pragas, e nelas, na sétima praga, o anúncio do dia e da hora da segunda vinda, e então vem o fim.
Atenção: para nós adventistas, a palavra fim não tem o melhor significado e nem é o nosso foco. Na verdade, nós não desejamos tanto assim o fim, desejamos o início de um novo sistema de vida, que é perfeito e eterno. Não é no fim do mundo que enfatizamos, e sim, na segunda vinda e o que ela representa, pois nós somos “adventistas” não “finalistas”.

1.      Primeiro dia: Os dois lados do juízo
A justiça na Terra geralmente tem uma conotação de vingança, ou seja, de punição. Mas nem sempre é assim. Há prisões em que os apenados podem ter uma nova oportunidade de, trabalhando, aprender uma profissão. Quando saem, já estão prontos para uma atividade econômica lícita. Mas em geral, no Brasil, as prisões são locais de onde saem piores do que entraram. A sociedade geralmente apenas quer se ver livre dos maus elementos, mas não se preocupa muito em restabelecê-los.
Isso nos ensina alguma coisa importante. Na igreja, há muitos membros que estão de saída, outros já saíram. Eles precisam ser recuperados, pelo menos deve haver esforço com essa finalidade. Já foram pessoas separadas do mundo, e estão retornando para a perdição.
Na justiça de DEUS há sempre os dois lados: o da punição, e em contrapartida, o da oportunidade. Para DEUS, só punição não é justiça perfeita, pois no reino do amor, esse conceito não pode ser aceito sem uma nova oportunidade. Quem ama sempre quer resolver as coisas pela melhor maneira, e certamente simplesmente punir não é a melhor forma. Por outro lado, simplesmente dar nova oportunidade, sem punição, também não é uma excelência em demonstração de amor, pois essa pessoa amada não se preocupará em esforçar-se pela recuperação. Ela não terá interesse, pois seus atos maus não lhe trouxeram consequências negativas. Portanto, a lógica do amor é um juízo que traga punição mas que também ofereça oportunidade.
De modo geral, a punição do pecado é a morte, mas, em contrapartida, a oportunidade do pecador é se arrepender e receber a vida eterna de volta. Assim, já nesta vida, quem vive de acordo com os princípios divinos, aqui mesmo colhe alguns dos benefícios da oportunidade, embora deva conviver com aspectos da punição. Aqui ficamos doentes, mas aqui também podemos, ao mesmo tempo, ser o povo mais saudável do mundo. Aqui morremos, mas, ao mesmo tempo, podemos ter a esperança da vida eterna. Aqui temos que enfrentar sofrimentos, mas, ao mesmo tempo, podemos ser mais felizes que as pessoas sem esperança e sem a orientação bíblica de uma vida superior.
Portanto, se os gentios de hoje vivem em determinada situação, nós devemos viver melhor que eles. Isso significa sermos mais saudáveis, ter esperança verdadeira. E as limitações que temos em relação a eles, como a de trilhar o caminho estreito, deve ser algo tão bom e positivo que essa estreiteza seja para nós proteção contra consequências negativas que os do mundo devem sofrer, não nós.

2.      Segunda: Repentina e inesperada (I Tess. 5:1-3)
O fim, para os ímpios, será repentino, sem mais tempo para preparo. Assim foi para os antediluvianos, para os de Sodoma e Gomorra, para os de Jerusalém no cerco e destruição da cidade e do templo. Em todos esses casos houve oportunidade até certo momento, e então veio a destruição. Os ímpios terão se tornado tão rebeldes que, mesmo dando ainda um tempo a eles, não se arrependeriam, pelo contrário, se endureceriam ainda mais contra DEUS. Mais tempo que se lhes dê, assim como o faraó diante das pragas, mais se enfurecem contra o povo de DEUS, ficando pior para eles mesmos.
O fim para os mornos (ou joio) da igreja também não lhes dará tempo para preparo. Sim, porque se acostumaram com os atrativos do mundo que são inconvenientes para cidadãos celestes, que não largarão esses atrativos, mesmo permanecendo aberta a porta da graça por mais tempo que o recomendado. Aliás, vindo o decreto dominical, eles passarão a odiar os seus irmãos que permanecem firmes ao lado da verdade, e não cedem em nada. Aqueles se converterão nos piores inimigos da igreja, do decreto dominical em diante. E quando virem a nuvem da segunda vinda, tal como os antediluvianos, clamarão desesperados diante do amargo sabor de sua ruína. Os ímpios perseguirão os seus falsos líderes religiosos, mas os ex-adventistas, que sabiam o suficiente para fazerem uma escolha acertada, contra quem reclamarão?
É importante saber que para o povo de DEUS, o tempo de preparo vai até antes do decreto dominical, pois com ele se inicia o Alto Clamor, e nesse tempo todos nós deveremos ser úteis ao máximo para a proclamação final do terceiro anjo e também do quarto, de Apoc. 18:4. Portanto, para nós, é hoje o tempo de preparo. Nisso o Pr. Ted Wilson tornou-se um grande exemplo positivo a seguir, pois para liderar o movimento de reforma e reavivamento, começou em sua casa.
A expressão “tempos e épocas” significa, como a lição ensina, fatos da maior importância que acontecerão em nosso planeta. São os fatos da solução de nosso grande problema do pecado. Acontecerão num tempo especial, em época determinada. Os fatos são: o dia do Senhor (refere-se à intervenção de DEUS nos negócios dos homens por meio de vários atos, desde na natureza, na sociedade como soltando os ventos, e na pregação em extremo poderosa pelo povo de DEUS); a segunda vinda; o fim da história do pecado; o dia do juízo, que inclui o milênio; a restauração da perfeição aqui na Terra, que sucede a extinção dos ímpios e de suas obras. Esses fatos e seus respectivos tempos fazem parte da agenda de DEUS, e nós não temos nenhum poder sobre eles. Portanto, antes deles se tornarem realidade, nós devemos nos preparar.
Um último e relevante motivo para o preparo é que, para cada um de nós, o tempo disponível pode se esgotar a qualquer momento. O fim vem como um ladrão. Ora, quando o ladrão já está dentro de casa, o que mais há para se fazer a fim de evitar que ele entre? Em nossos dias essa ilustração de JESUS é mais que real. Como existem hoje invasões de domicílios, sequestros, assaltos, seja nas casas, nos bancos, nos automóveis e na rua mesmo! Ou você está preparado para morrer a qualquer momento, ou corre grave risco de perder também a vida eterna, junto com a vida atual. As coisas no mundo correrão em aparente normalidade, até que, de um dia para outro, a cena se altera, sai o decreto dominical, e os fatos finais se sucedem em grande velocidade, tudo saindo da normalidade. Assim foi para os antediluvianos e para os de Sodoma e Gomorra. Mas o povo de DEUS tem as profecias para não ser pego de surpresa. Porém, profecia sem preparo é o mesmo que sem profecia.

3.      Terça: A vantagem do crente (I Tess 5:4 e 5)
Qual é o dia em que JESUS volta? Ninguém aqui sabe, nem o incrédulo nem o crente. Então, quais as vantagens de ser crente? Muitas, e elas são importantes. Vamos falar da vantagem do crente que se prepara, pois há aquele que não faz isso. Este, em certo tempo estará em situação pior que o ímpio. Vamos fazer uma lista de vantagens de ser crente sobre não ser:
a)      O verdadeiro crente está o tempo todo preparado. Se é certo que JESUS não vem nos próximos meses, pode, no entanto, acontecer de nós morrermos a qualquer momento. Se isso ocorrer, e se não estivermos preparados, os parentes podem orar e rezar milhares de horas que isto não muda em nada a situação de perdido. Portanto, feliz de quem morreu preparado; o futuro dele é maravilhoso.
b)      Estar o tempo todo preparado, em si, traz outra vantagem importante. Leva a um estilo de vida superior, melhor, sob o princípio do amor. Não estar preparado leva facilmente a cair nas tentações desse mundo, e a vida é apenas aparentemente boa.
c)      Vamos supor, radicalmente, que a promessa da segunda vinda seja uma mentira. Mesmo assim, crer nela é vantagem. Pois, como no item “b”, nesse caso embora não se salve, ainda assim, pelo menos nessa vida vive mais saudável e mais feliz. Ora, se é bom estar preparado, seria lógico algo bom ter um fim ilusório?
d)     Também devemos ter em mente que o crente sabe o que vem pela frente, e tem certezas, mas o ímpio vive de conjecturas que podem dar certo como podem falhar.
e)      Ser crente, caso haja sofrimento, é ter certeza de que um dia esse sofrimento será recompensado com maravilhas, e estas não serão temporárias, mas eternas.
f)       Outra vantagem por parte do crente é que ele aqui tem o privilégio de fazer muitos amigos, pessoas que salva, para tê-los como pessoas especiais durante a vida eterna.
g)      A grande vantagem do crente sobre o ímpio é o cumprimento da promessa da segunda vinda, e a vida que terá a partir de então.
Mas, afinal, qual é a explicação de DEUS para não nos ter dado a data da segunda vinda? Há pelo menos dois motivos gerais. O cristão, candidato à cidadania celeste, não deve ser oportunista, isto é, aproveitar o máximo do tempo fazendo o que é errado, e no último instante se arrepender. É evidente que corre grande risco de se perder, porque poderia morrer antes de se aproximar a data planejada do arrependimento. E os que viveram muito antes de nós buscariam se preparar um pouco antes da velhice. Ora, tal pensamento é compatível com o caráter que devemos formar para vivermos sempre? Pois, o que DEUS quer é que vivamos melhor aqui, que aproveitemos o máximo desta vida segundo os critérios divinos, ou seja, nesse caso aproveitar o máximo significa uma vida superior a tudo o que o mundo possa oferecer. Isso nos leva ao outro motivo: devemos sempre estar preparados. Ou seja, viver aqui mesmo uma amostra da atmosfera celeste para onde iremos. Isso em si também é uma grande vantagem.
Devemos viver segundo a luz, segundo as instruções bíblicas. Isso é andar na luz, e seguir essa luz é viver bem melhor que qualquer recomendação ou atrativo terrestre. Vamos a uma ilustração bem corriqueira. Lembra de algum artista famoso ou de uma celebridade? São tantos que chegam à fama segundo ao mundo, mas que morrem cedo, e muitas vezes, falidos. Eles têm que ingerir drogas para ao menos poderem dormir. Embora a fama e o assédio dos fãs, não tiveram paz, e muitos deles morreram de forma dramática. Isso foi o que o mundo lhes ofereceu: vida ilusória e morte sem a verdadeira honra. E eles aproveitaram esta vida, segundo os critérios do mundo. Nós, no entanto, aproveitamos esta vida e a que DEUS promete para a eternidade. Sim, porque aproveitar a vida é viver segundo os princípios que DEUS nos deu, não segundo os mundo, de Lúcifer, que ele sedutoramente propõe.
 
4.      Quarta: Vigilância constante (I Tess 5:6-8)
Paulo resolveu ilustrar a importância de estarmos preparados o tempo todo. Usou a ilustração do bêbado, que dorme de dia e faz farra de noite. Ou seja, há momentos em que não está pronto para reagir a algum perigo, ou mesmo para trabalhar produtivamente. O cristão sóbrio sempre está vigilante. Nesse ponto, Paulo comparou ao sistema de guarda das cidades antigas. Por revezamento sempre havia vigilância, 24 horas por dia, 7 dias da semana. É verdade, havia revezamento, mas sempre alguém estava cuidando da cidade a fim de protegê-la. Assim nós devemos ser. Isso não quer dizer que não devamos dormir, mas que devemos estar preparados o tempo todo. E estar preparados é estar prontos para não sermos pegos de surpresa quando JESUS voltar ou se a morte vier antes disso. Vamos supor que uma pessoa tenha todos os seus pecados perdoados, mas, em certo momento, cometeu um pequeno deslize, como dizemos. Isto é pecado, e a consequência, se não pedir perdão, é a morte eterna. Então digamos que essa pessoa caia da escada, bata a cabeça, e tem morte instantânea. Ela perdeu a vida eterna, por causa de um pecado. Não foi vigilante o tempo todo, pois o ótimo é não pecar, mas bom é pedir perdão caso pecarmos. Ninguém entrará na Nova Terra sem ser em tudo perdoado. Nisso devemos vigiar. Para entender essas coisas é importante estudar sobre o ritual do santuário.
Mas há outras coisas pelas quais vigiar, além de cuidarmos de nossos atos e de pedirmos perdão. Por exemplo, devemos estar atentos aos que estão ao nosso redor, para ver se algum deles está aberto para receber uma mensagem de esperança. Isso não quer dizer que devemos logo propor um estudo bíblico, mas que devemos dar um testemunho positivo o tempo todo, demonstrar quem somos, e porque agimos assim. Dias atrás um ancião de igreja postou no facebook imagens de mulheres praticamente sem roupas. Que testemunho é esse? O de um bêbado espiritual, que não se flagra sobre o que é certo e o que é errado. Não consegue distinguir, não vê direito. A embriaguez a que Paulo se refere é esta: a incapacidade de distinguir o que pertence ao mundo e do que devemos nos separar, e a que nos devemos apegar.

5.      Quinta: Encorajar uns aos outros (I Tess 5:9-11)
Nós somos da luz. Este planeta é das trevas. As pessoas aqui amam a noite, especialmente nos finais de semana. É quando fazem festas com bebidas alcoólicas e muito barulho, sem falar em drogas. Desgastam-se quando deveriam descansar, então a segunda-feira se torna o pior dia da semana, pois, cansados, devem voltar ao trabalho. Se não fosse a necessidade de trabalhar, certamente festejariam até caírem mortos.
Nós, os que aguardamos a volta de JESUS, vivemos de modo diferente. Trabalhamos de dia e dormimos de noite, exceção daqueles que por motivos profissionais trabalham de noite ou fazem plantões, que se justifica por razões de necessidade. Mesmo assim, não é o melhor para a saúde. Nós devemos sempre estar vigilantes, isto quer dizer, atentos para possíveis armadilhas do inimigo. Por isso, como Paulo diz, se estivermos acordados, portanto de dia, ou se estivermos dormindo, estejamos sempre unidos a CRISTO. Por meio desse procedimento estaremos em situação de proteção. Ele nos alertará quando se aproximar o perigo.
Vivendo assim, escaparemos da ‘ira de DEUS’. A ira de DEUS é Seu conjunto de atos de aplicação da Lei de DEUS sobre os desobedientes, que mesmo tendo conhecimento para distinguir o certo do errado, de modo rebelde decidiram pelo caminho do mal. Portanto, a ira de DEUS é uma colheita do que os ímpios mesmos semearam. Nada mais justo. Por exemplo, na semana passada soube pela televisão de um crime brutal: um padrasto que matou seu enteado de poucos anos batendo nele. Quebrou até o crânio da criança. A ira de DEUS aguarda esse homem, vai colher um sofrimento antes da morte eterna que ele nem faz ideia. Pode arrepender-se, e que bom se o fizer, pode alcançar a vida eterna. Se ele se arrepender, poderá demonstrar o poder de DEUS testemunhando uma poderosa transformação em alguém de quem já não se espera mais nada de positivo. Mesmo que se arrependa diante de DEUS, deve permanecer preso conforme a lei. Afinal, ele tirou a vida de uma criança inocente, tirou a oportunidade dessa criança um dia vir a conhecer a verdade e viver para sempre. Mas se ele se arrepender, vai se tornar amigo dos parentes da criança que também por ventura se salvarem, e na eternidade todos viverão em harmonia.
A ira de DEUS é contra o pecado, e no final, quando se fecha a porta da graça, contra todos aqueles que, mesmo diante da luz do Alto Clamor resistirem a aceitar essas luz para uma vida superior. Aqui cada um colhe o que semeia, ou colhe amor para a eternidade, ou ira para sua eliminação no fogo do inferno. O bonito disso, antes que nos desesperemos, é que todos nós fomos predestinados a não sofrer essa ira. Pela morte de JESUS, que foi por todos, podemos ser perdoados, se quisermos. O que JESUS quer, que DEUS também quer, é que todos escapem da ira de DEUS, que cairá sobre o demônio e seus anjos, pois causaram ruína nesse planeta. É assim que se entende a tal predestinação para a vida. No entanto, se algum de nós preferir morrer, essa decisão será respeitada por DEUS, e essa pessoa experimentará a Sua ira.

6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Estamos vivendo os últimos anos nessa Terra. Quanto tempo ainda temos que sofrer aqui? Não sabemos, pois o dia e a hora ainda não foram anunciados. Mas pelos sinais sabemos que teremos pouco tempo. Podemos afirmar que são poucos anos. O que ainda temos pela frente, em grandes eventos são apenas: aumento do anúncio da segunda vinda de CRISTO; decreto dominical e respectiva perseguição; forte sacudidura, alto clamor e saída do povo de DEUS de Babilônia; fechamento da porta da graça e as pragas. Há outros eventos ainda pela frente, mas esses são essenciais. E eles serão rápidos. O alto clamor, que é a terminação da pregação do evangelho de CRISTO ao mundo todo, é uma atividade gigantesca, mas com o poder do ESPÍRITO SANTO será rápida e eficaz. Portanto, uma coisa é hoje extremamente importante: vigiar, ou, estar preparado o tempo todo. “Se formos chamados a sofrer por amor de Cristo, seremos capazes de ir para a prisão confiando nEle como uma criancinha confia em seus pais. Agora é o tempo de cultivar fé em Deus” (Eventos Finais, 149).
 Na realidade, o adventista do sétimo dia deve preparar-se bem antes do decreto dominical, pois quando ele for emitido, a perseguição se desencadeia, e aí fica bem difícil se preparar. Quando vier esse decreto, mais provável para o adventista que não estiver preparado é ele abandonar a igreja. “Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona a sua posição, passando para as fileiras do adversário” (O Grande Conflito, 608). Entenda-se por não estar preparado ainda o permanecer ligado ao mundo, naquilo que não é adequado quando tem o conhecimento do que deveria fazer. Pois então se pergunta: como alguém que não abandonou o mundanismo em tempos favoráveis irá fazer isso, de um momento para outro, e ainda buscar o conhecimento de DEUS? As amarras com o mundo criarão tal dificuldade que é mais provável que ela capitule. Nunca esquecer que os demônios estarão bem ativos nesses dias contra essas pessoas. “Quando a lei de Deus for anulada, a Sua igreja será peneirada por provas terríveis, e uma proporção maior do que agora podemos prever, dará ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios.” Mensagens Escolhidas, vol. 2, 368.
Fiquemos sossegados. Tudo o que acontecer contra nós terá algum proveito. “Ele não permite que aflição humana alguma sobrevenha à igreja senão unicamente a que é necessária para sua purificação, seu bem presente e eterno. Purificará Sua igreja assim como purificou o templo no princípio e no fim de Seu ministério na Terra. Tudo que Ele traz sobre a igreja em forma de provações e aflições, fá-lo para que Seu povo adquira mais profunda piedade e mais força para levar a todas as partes do mundo as vitórias da cruz” (Testemunhos Seletos 3, p. 391 e 392 e Eventos Finais, 153 e 154).
Portanto, se há algo que devemos fazer nesse momento, e que nos será útil em futuro próximo, é o preparo para a crise final.

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