Comentários Lição 8 – JESUS, provedor e mantenedor (Carlos Bitencourt)

(16 a 23 de fevereiro de 2013)

A Bíblia revela uma quantidade enorme de doutrinas. Se imaginássemos que o conjunto delas seja como um prédio, a doutrina fundamental – ou seja, aquela sobre a qual todas as demais estão alicerçadas – seria a de Cristo como o Criador. A Bíblia já inicia assim!

Nós, adventistas, então, somos criacionistas. Cremos que a sequência das doutrinas (que  atravessa o Grande Conflito e se expande no Plano da Redenção, e culmina com a Segunda Vinda e a Restauração da Terra) se origina em Deus Criador. NEle está a nossa origem, NEle a nossa existência, e NEle o nosso destino.

Bem, com ou sem Pecado, a questão mais sólida de todas é: dependemos de Deus. Por isso a lição usa as seguintes expressões: Jesus éCriador, Fonte de Vida, Provedor, Mantenedor, Sustentador, Continuador da Vida. É Ele quem sustenta tudo. “Tudo foi criado por Ele todas as coisas subsistem por Ele” (Colossenses 1:16,17).

E o mais interessante é que, nos três pontinhos, está a expressão chave para a lição: “… e para Ele”. (O verso completo é: “Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”). Invertendo a questão, nós nos encontramos em dificuldades exatamente porque não vivemos para Ele. Em Adão, e repetidamente, vivemos em rebelião – em busca da satisfação do eu; em busca de uma vida independente (ato impossível, pois isso significaria a morte eterna).

Questão interessante a ser levantada e discutida: que seria de nós se Cristo não Se propusesse a ser o nosso Redentor? Não fosse Sua ação imediata em favor da raça caída, criando inimizade entre nós e o inimigo, e concedendo um tempo de graça, e trabalhando para a restauração humana, o que seria de nós?

* DomingoO Mantenedor (17 de fevereiro). Pergunta 1 – Qual é a função de Jesus na existência contínua do Universo? Resposta: Sustenta o Universo com o poder da Sua palavra – isso significa que Ele mantém continuamente a existência do Universo. O Universo não é independente. Sua existência depende do exercício contínuo da vontade divina. “Porque faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:45).

Testemunhos Para a Igreja, vol. 8, cap. 43 – “Deus na Natureza”, pág. 260: “Não é por meio de uma condição original inerente à natureza que ano após ano a Terra produz as suas dádivas, e prossegue em sua marcha em redor do Sol. A mão do infinito poder está perpetuamente em atividade, guiando este planeta. É o poder de Deus, exercido momento a momento, que o mantém em posição na sua rotação.

O Deus do Céu está continuamente em atividade. É pelo Seu poder que a vegetação cresce, que cada folha brota e toda flor desabrocha. Toda gota de chuva ou floco de neve, cada haste de grama, folha, flor e arbusto, testifica de Deus. Essas pequeninas coisas, tão comuns em torno de nós, ensinam a lição de que nada escapa à consideração do infinito Deus, nada é insignificante demais para a Sua atenção.

A estrutura do corpo humano não pode ser totalmente compreendida; apresenta ela mistérios que desconcertam os mais inteligentes. Não é como resultado de um mecanismo que, uma vez posto em movimento, continue a funcionar, que o pulso bate e respiração se segue a respiração. Em Deus vivemos, nos movemos e existimos. Cada respiração, cada batimento do coração constitui prova contínua do poder de um Deus onipresente”. Maravilhosa afirmação, não é mesmo?!!!

Maravilhosa, também, as palavras da lição: “Outra verdade é que mesmo os que rejeitam a salvação dependem do poder sustentador de Deus para sua existência”. Questão interessante a ser levantada: Satanás tem vida em si mesmo ou depende que Deus lhe conceda a existência?

* SegundaGeneroso Provedor (18 de fevereiro). Esse tema é como se fosse a continuação e reforço do que foi dito no domingo. O detalhe está na delicadeza do texto em falar do Jardim do Éden. Tudo contribuía para a vida, a vida imortal, a vida que não precisaria acabar, a vida em abundância. E “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”.

Ouço histórias de pais que se sacrificaram para que nada faltasse aos filhos. Quanta dedicação! O amor de mãos dadas com a generosidade.
Sou agradecido aos meus pais também. Lá em casa nunca faltou pão, roupa, calçados e um gostoso travesseiro.

Eu e meus pais agradecemos a Deus. Nunca nos faltou Sua benção.

* TerçaMal Natural (19 de fevereiro). Se uma pessoa não conhece a Bíblia, no que ela crê? Que base tem ela para formar seu conjunto de crenças? Qual a sua fonte, então?
Bem, embora tenhamos a Bíblia, também é verdade que não temos todas as respostas – ou seja, a nossa compreensão não é satisfeita por completo.

Então, tanto o que tem a Bíblia quanto o que não a tem, ambos presenciam inundações, furacões, secas, incêndios, terremotos, desastres, fome, doenças, sofrimento, dor e morte. Como entender essas coisas? Se Deus está no controle, por que essas coisas acontecem?

A resposta da Bíblia é: Em Satanás existe o mal. Deus recomendou que Adão não aceitasse o mal. Ocorrendo a desobediência, o mal entrou na criação. Esse poder antagônico alterou aquilo que Deus fizera e chamara de “bom”. Com o mal passamos a conhecer a decadência e, finalmente, a morte. Cristo disse ser Ele a Vida, enquanto Satanás, o homicida, a morte. Um dia, disse o Criador, não mais existirá a morte.

Por outro lado, e isso é notório, a Bíblia também mostra Deus agindo para a morte. E daí? Como responder a isso? Bem, para mim, me satisfaço nas respostas anteriores, e, então, passo a compreender assim: “Na linguagem bíblica, muitos atos são atribuídos a Deus, não com a ideia de que Deus os executa, mas de que, em Sua onipotência e onisciência, não os impede” (Comentário Bíblico Adventista, referente Ezequiel 20:25). “A cultura hebraica atribuía responsabilidade a um indivíduo por atos que ele não cometeu, mas permitiu que ocorressem. Portanto, os escritores inspirados da Bíblia apresentam a Deus como tendo executado ativamente o que em nosso pensamento ocidental diríamos que Ele permitiu ou não evitou que ocorressem” (Comissão de Métodos de Estudo da Bíblia, da Associação Geral – Adventist Review, 22.01.1987). “Doença, sofrimento e morte são obra de um poder antagônico. Satanás é o destruidor; Deus, o restaurador” (Ellen White – A Ciência do Bom Viver – 10ª edição. Pág. 113 / 7 – A Cooperação do Divino com o Humano).

A história de Jó serve de exemplo. “Qualquer que tivesse sido o instrumento destruidor, os antigos o teriam considerado como proveniente de Deus. Os fatos do grande conflito, tão vividamente demonstrados neste caso, não foram compreendidos, e os homens atribuíram a Deus o que com frequência era obra do adversário. Ainda que se revelem os perversos artifícios de Satanás, os fatos que o Senhor permite são com frequência atribuídos a Deus” (Comentário Bíblico Adventista, referente Jó 1:16).

Querido leitor, ao ler que Deus é Criador, para mim Ele é Criador. Criador não significa destruidor. Criador é criador. Ponto. Deus é Criador.

* QuartaGovernando uma Criação Danificada (20 de fevereiro). A Bíblia mais uma vez é chamada a responder: em Gênesis 3 vemos que o Criador deixou bem claro para o inimigo e para os agora pecadores seres humanos – Ele manteria Seu governo. Certamente permitiria que a humanidade sofresse “parte” das consequências do Pecado, mas, que, até isso estaria sob Seu controle. E, assim, o pecador saberia, na pele, que o Seu Reino não está “neste” Mundo.

* QuintaProvedor para uma Criação Danificada (21 de fevereiro). Ainda em Gênesis 3, implícita na “inimizade” entre o inimigo e a humanidade (mesmo caída), o glorioso Plano da Redenção. Para visualizar o ensinamento sobre a provisão de salvação, Deus confeccionou roupas feitas da pele de um cordeiro que acabara de ser sacrificado (pela 1ª vez no Universo, a morte). Para o sofrimento que a partir de então experimentaria, nossos pais tinham uma certeza: Deus estava provendo para eles – e não só as questões básicas da vida, mas, principalmente, a questão da vida eterna.

Conclusão: se Deus assim me permitir, em classe irei aprofundar e prolongar mais o tema dessa semana. Não perderei a oportunidade de “grudar” o tema no Plano da Redenção. Quer provisão maior do que essa?

Related Posts with Thumbnails