(23 de Fevereiro a 02 de Março de 2013)
Cuidado! A lição fala de “casamento”, mas a Lição não é sobre casamento!
O que isso significa? Significa que não devemos nos esquecer do tema geral do trimestre (Origens),
repartido em 13 semanas, e que todas estão e devem continuar de mãos
dadas. Sendo assim, o “casamento” desta semana faz parte da Criação e da Redenção – e deve ser dado todo espaço necessário para a conclusão dentro desse contexto. O presente foi dado no Éden, e, mesmo fora do Éden, continua a ser um presente de Deus. Foi um presente no período da santidade e perfeição, e continua sendo um presente dentro do grande conflito.
A propósito: o grande conflito nos faz esquecer da santidade do matrimônio, mas Deus, que não nos abandonou e nem nos deixou como brinquedo na mão do inimigo,
em Seu glorioso Plano da Redenção, deixa Sua marca de resgate, de
restauração, de cuidado e carinho. É verdade que o inimigo tem interesse
na família, mas Deus já disse: “a família é minha”.
Outra coisa: não use a lição para ferir aqueles que erraram
ou estão em erro. A Palavra de Deus é redentiva, instrutiva e
disciplinar (e disciplinar não significa “bater”, mas educar). Não faça
da classe um tribunal, um lugar de julgamento, e nem sentencie o
errante. Permita que o Espírito Santo faça Sua obra.
* Domingo – “Não é bom que o homem esteja só” (24 de fevereiro). Até o dia anterior (o quinto), Deus havia dito e repetido: “Tudo é bom”. Vai findar, então, o dia da criação da humanidade (o sexto), e o Criador dirá: “Tudo é muito bom”. Assim, Adão é bom, o breve tempo que ele existiu sem Eva era bom, a momentânea inexistência de uma pessoa que lhe fosse idônea era bom, a criação de Eva foi boa, e o casamento foi bom. Tudo era muito bom. Sendo assim, ao dizer que “não é bom que o homem esteja só”, Deus não estava dizendo que algo estava errado, mal feito, mal acabado. Não. Tudo era perfeito.
Sem querer forçar o texto, me lembrei do “sem forma e vazia”.
Não era o caos. Nada havia de errado. Prova é que o Espírito de Deus
pairava sobre o que Moisés disse ser “abismo”. Onde está Deus, a
perfeição ali está. Nos momentos solitários de Adão, ali estava Deus,
ali estava a benção de Deus. Ocorre, no entanto, que, assim como Deus
poderia ter criado tudo já pronto e funcionando, pois Ele não precisa de
etapas, preferiu, mesmo assim, as etapas. Entendeu ser importante para o
homem sentir e experimentar o desejo de, assim como os animais que ele
dava os nomes, ter uma companheira, uma pessoa, uma mulher. Deus provocou a experiência, a valorização e a responsabilidade sobre o presente que iria conceder. Adão entendeu. E é com o homem e a mulher, ou seja, com o macho e a fêmea, que é completa a imagem e semelhança de Deus. Notaram? É com os dois. Não é só ele e não é só ela. Os dois!
Entendo ser possível comentar sobre a “procriação”. Deus podia, mas
não fez a Terra povoada por dezenas ou milhares de pessoas, conforme uma
numeração ideal pensada por Ele, como é o caso dos anjos. Não. A raça
humana é diferente. A partir de Adão e Eva, casais seriam formados, e
estes deveriam gerar crianças, formando as famílias. E aqui uma preciosa
lição: todos somos irmãos. Nós somos da mesma família. Em função do
Pecado, passamos a necessitar de salvação, de redenção. Jesus, então,
assume a humanidade. Nasce entre nós. É verdade que Sua encarnação é um
mistério. Ele é gerado pelo Espírito Santo. Mas nasceu de Maria. Tem o
nosso sangue. Tem a nossa carne. Somos da mesma família. Somos de Deus
pela Criação. Somos de Deus pela Redenção.
* Segunda – Uma companheira para Adão (25 de fevereiro). É
muito significativo o fato de Deus ter usado uma costela de Adão para
criar Eva. Eles são dependentes um do outro. Ambos são responsáveis por
si e um pelo outro. Casados, são uma só carne.
Adão ficou encantado, maravilhado e de boca aberta. Deus lhe deu dois presentes: Eva e casamento. Feliz união. Belíssima cerimônia. E Deus estava presente. Com isso, que belo sábado eles devem ter tido, hein?!
Do lado de fora do Éden, e com cerca de 6 mil anos de pecado, lamento
não ter as palavras adequadas para me expressar sobre as coisas de
Deus. Quanto machismo e preconceito em minhas palavras e ações. Quantas
palavras mal faladas, mal escritas, incompletas, inadequadas.
Distorcemos o papel da mulher, da esposa, do matrimônio. Descrevemos
passo a passo a desobediência de Eva, com riqueza de detalhes, e
superioridade no julgamento. Quanta bobagem. Bastaria reconhecer e
afirmar: a mulher é um presente de Deus para o homem. O homem é um
presente para a mulher. Eva era a manifestação e execução do
planejamento de Deus. Era amiga, companheira, idônea. Nisso estava o
amor.
Terça – Casamento ideal (26 de fevereiro). Casamento
ideal, bem ideal, ideal de verdade, foi o de Adão e Eva, antes do
Pecado. Ocorre, porém, que, mesmo sendo expulsos do paraíso, levaram uma
semente dada por Deus: a unidade. Mas, já repararam que o inimigo tem
atacado justamente esse ponto? Ele insinua que a pessoas devem buscar o
prazer e a realização individual – e, se o cônjuge interferir nisso, que seja substituído, e quantas vezes for necessário. Vejam a que ponto chegamos!
No entanto, fiquemos ainda dentro do eixo da lição, que resgata o princípio bíblico da unidade.
(Quando da conclusão da lição, veremos a unidade entre Cristo e a
Igreja – e por isso a ênfase nesse momento). O casamento ideal, mesmo
depois do Pecado, ocorre quando se busca a união, que não ocorre no terreno do Pecado,
mas quando em presença de Deus. Assim, em Cristo, busque o perdão por
coisas do passado e comprometa-se em buscar Sua preciosa presença a cada
dia, a partir de agora. Restabeleça ou reafirme com o cônjuge o
compromisso de unidade em Cristo Jesus. A propósito: que os leitores e
ouvintes sejam levados à plena confiança em que Cristo tem o enorme
desejo de perdoar e restabelecer as relações.
* Quarta – Protegendo o que é precioso (27 de fevereiro).
Nem todos se sentem bem em falar em público, e de forma descente, sobre
sexo. Pois bem, a lição aborda sim essa questão. Respeitando então o
modo reservado dos irmãos, sejamos diretos: a atividade sexual deve
acontecer entre marido e mulher, macho e fêmea, e somente no contexto do
matrimônio. Qualquer coisa fora disso é Pecado.
Entendo ser apropriado relembrar que somos (marido e mulher/ macho e
fêmea) à imagem e semelhança de Deus. Alto nível de respeito deve ser
exercitado.
* Quinta – Casamento como uma metáfora da igreja (28 de
fevereiro). Desde o Velho Testamento, Deus buscou ensinar Seu povo
através de figuras. Ele falou do Plano da redenção através de situações
que fossem comuns às pessoas, facilitando o aprendizado. E uma das
figuras foi justamente a de Marido e esposa, a de Senhor e Sua Igreja.
É impressionante! Mesmo aderindo a rebelião, a humanidade não foi
esquecida pelo Criador. Ele, agora também Redentor, busca, busca, e
busca, porque ama, ama, e ama.
Queridos, aceitemos a proposta gratuita de Deus. Mantenhamos relacionamento de quantidade e qualidade com nosso Criador. Amém!
Fonte: Ligados na Videira