Cicatrizes

"Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53:5)

Sentei-me, uma tarde, num parque do Norte da Inglaterra, ao lado de um velho mineiro aposentado. Notei que ele tinha uma longa cicatriz na face es­querda, que atravessava todas as rugas de seu rosto. "Sofreu algum acidente nas minas?", perguntei-lhe. Um brilho estranho veio aos seus olhos, enquanto respondia: "Não, moço, esta cicatriz foi deixada por uma garrafa quebrada, quando na minha mocidade seguia o general William Booth, fundador do Exército da Salvação. Tenho orgulho desta cicatriz".

Quando leio as Escrituras e encontro o versículo desta meditação, recor­do, envergonhado, quão diminuto têm sido meus esforços e quão fraca, a mi­nha resistência contra o mal, em nome de Jesus Cristo. A cicatriz honrosa que aquele homem trazia no rosto era, sem dúvida, "resistência até o sangue". A maioria de nós não precisa, hoje em dia, sofrer a tal ponto, mas se quisermos realmente avaliar nossa resistência ao pecado e ao mal, temos de olhar para a cruz de Cristo e lembrar que Ele morreu para que tivéssemos vida. Não deve­mos nos alegrar pela Sua obra redentora em nossas vidas e ter orgulho dos conflitos que enfrentamos em seu nome?

William Walton (Inglaterra)

Você enxerga as cicatrizes de Jesus Cristo como as cicatrizes do seu Salvador? Você enxerga Suas cicatrizes como marcas do maior amor que existe?
 
Se você já O aceitou, você poderá dizer como Paulo: "porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus"? Gálatas 6:17

Testemunho Jeaane Gomes - Programa 180º NT

Jeaane Cristina Oliveira de Brito Gomes nasceu em Manaus, Amazonas, em uma família de católicos praticantes, mas aos 17 anos ela entregou seu coração à Cristo e batizou-se na Igreja Batista. Que revolução. Depois de enfrentar forte oposição da família, ela conseguiu reverter a situação e levá-los um a um para a Igreja Batista. Cursou seminário teológico, casou-se com um pastor batista e depois de muitos anos, passou pela maior transformação de todas. O que será que Deus ainda tinha a revelar pra ela?
 
 


365 Recados Inspirados #114

"Todos podem encontrar alguma coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que possa trabalhar por Cristo." 

CBV, pág. 104

Lição 13 - Comentários em Vídeo (Prof. Sikberto)

Lição 13 - Conservando a igreja fiel - (Lições da Bíblia) TV Novo Tempo

Comentários Lição 13 - Conservando a igreja fiel (Prof. César Pagani)


22 a 29 de setembro de 2012

Verso para Memorizar:

      "Portanto, irmãos, ficai firmes e apegai-vos às instruções que vos foram ensinadas – quer mediante discurso ou através de nossa carta" (2Ts 2:15) – Rothrham Version. 

A igreja é o povo escolhido, o exército, a comunidade discípula e imitadora e Cristo, a nação intercessora (sacerdotal), o povo santo (separado do mundo), a divulgadora incansável do reino da graça, a detentora dos oráculos divinos, a morada do Espírito Santo.
            A despeito de tudo, há em seu meio problemas de muitas sortes. Jesus disse que no mundo Sua Igreja teria aflições. E a Igreja não está imune a problemas externos e, mormente, internos. O Senhor não nos prometeu o paraíso dentro dos arraiais. A têmpera do aço é obtida em meio às altas temperaturas da provação, que também ocorrem no arraial dos santos.
            Grande ênfase tem sido dada por nossos pastores dirigentes ao grande movimento de renovação que deve preceder a recepção do poder da chuva serôdia. E, de fato, precisamos desesperadamente de reavivamento. Só um cego não vê o estado presente de Laodiceia.
            Entretanto, não nos esqueçamos de que todo o Céu está trabalhando denodadamente para levar a Igreja a um estado de fidelidade. Multiplicam-se os testemunhos das grandes coisas que o Senhor tem feito por nós.
            As ações evangelizadoras da IASD têm logrado êxito retumbante. Porém, temos defecções ou apostasias (há apostasias internas, isto é, de gente afastada que ainda congrega e apostasias de abandono total da congregação, quando não migrando para igrejas populistas, milagreiras, “financistas” e entretenedoras) em número preocupante. Qual será a razão? Ou razões? Valendo-nos da versão inglesa Rothrham, da qual foi extraído o verso para memorizar, cremos que grande parte do problema se deve ao desapego ou apego frouxo às instruções que nos foram ensinadas.  Não que deixamos de ouvir a Palavra ou estudá-la, mas de praticá-la segundo o “assim diz o Senhor” e o poder da graça que o Espírito nos confere. Emocionar-se com a Palavra é uma coisa; consternar-se com ela ao ponto do arrependimento é outra.
            Todavia, não há razão para pessimismo e incredulidade. A real igreja remanescente receberá das mãos de Cristo a coroa da vida, porque será fiel até a morte. Isso nos é garantido por Aquele que jamais comete erros. Nunca é demais repetir o entusiasmante parágrafo escrito por EGW no livro Serviço Cristão, pp. 13, 14: “Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça,  na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações.”

DOMINGO 
Fiéis por escolha divina (2Ts 1:13-17)

O Deus Redentor escolheu cada homem e cada mulher para que fossem salvos. Deus escolheu cada homem e cada mulher para serem fiéis até a morte e receberem a coroa da vida.  Porém, deu a todos o direito de preferência de serem fiéis ou não.
A escolha da fidelidade por parte do Senhor tem embutida em si mesma toda graça necessária para que essa lealdade seja desenvolvida e mantida.
Deus primeiro chama a pessoa mediante o convite do evangelho. Leva-lhe ao conhecimento que Ele fez todas as provisões para o resgate completo e a vida imortal sob a glória de Cristo.   Os méritos de Jesus são concedidos primeiramente àquele que O aceita, não apenas como Salvador, mas também como Senhor, isto é, o Proprietário de tudo quanto esse indivíduo é e possui.
Paulo recomenda firmeza dos crentes. Que eles não se demovessem de tudo quanto lhes fora ensinado pela palavra falada e escrita de Paulo. Recomenda o apóstolo que os fiéis conservem as tradições que receberam. A esta altura é bom esclarecer que as tradições de que Paulo está falando não são de doutrinas humanas, mas de tradições ou de coisas transmitidas com base na Palavra de Deus. Embora haja tradições que, não sendo mencionadas pelas Escrituras, não são más em si mesmas, é bom que abramos os olhos para outras que podem ser transmitidas dentro da igreja e que não levam a lugar nenhum.
            O Pr. Morris Venden, em sua meditação matinal “Fé Que Opera”, p. 258, fala sobre tradições que nos foram passadas. Diz ele: “Alguns pensam que é pecado abrir os olhos durante a oração! Isso é uma tradição. Não aparece em nenhuma passagem da Bíblia. Algumas pessoas acham que é pecado colocar alguma coisa sobre a Bíblia. Isso é uma tradição. Devemos rejeitar todas as tradições? Não. Não devemos rejeitá-las arbitrariamente!” Alguém me disse certa vez que a Irmã White proíbe que usemos peças de roupa de cor vermelha. Até agora não encontrei uma passagem do Espírito de Profecia a respeito. A propósito, numa de suas visões a irmão White viu pessoas no Céu em cuja veste havia uma orla de cor vermelha. Eram os mártires ressuscitados que haviam sido fiéis até a morte. Mas, cuidado com “teorias” e tradições passadas por alguns membros da igreja.
            A fidelidade recomendada por Paulo é aquela que se apega inflexivelmente às revelações da Palavra do Senhor, e não a tradições que são meros preceitos humanos.

SEGUNDA     
Confiança diante do mal (2Ts 3:1-5)
           
“Finalmente, irmãos, orem por nós para que a mensagem do Senhor continue a se espalhar rapidamente e seja bem aceita, como aconteceu entre vocês. Orem também para que Deus nos livre das pessoas más e perversas, pois nem todos creem na mensagem. Mas o Senhor Jesus é fiel. Ele lhes dará forças e os livrará do Maligno. E o Senhor faz com que confiemos em vocês; temos a certeza de que estão fazendo e continuarão a fazer o que lhes recomendamos. Que o Senhor os faça compreender melhor o amor de Deus por vocês e a firmeza que ele, Cristo, dá!” (NTLH)
A preocupação prioritária de Paulo era a expansão dinâmica e célere do Evangelho. Seu amor por Cristo e Seu Evangelho era tanto, que desejava haver uma verdadeira explosão do conhecimento de Jesus para salvar as almas. Notemos que ele pede oração para que a mensagem fosse bem recebida pelos ouvintes.
Ele estava bem ciente de que a maldade de homens e mulheres, associada à perversidade das hostes das trevas, tentaria por toda sorte deter o avanço da mensagem. Paulo, que fora tão perseguido, escorraçado, ameaçado, fustigado e incansavelmente caçado pela oposição, pedia orações para que as pessoas malignas não estorvassem o bom trabalho. Davi orava: “Livra-me, Senhor, do homem perverso, guarda-me do homem violento, cujo coração maquina iniquidades e vive forjando contendas. Aguçam a língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide. Guarda-me, Senhor, da mão dos ímpios, preserva-me do homem violento, os quais se empenham por me desviar os passos. Os soberbos ocultaram armadilhas e cordas contra mim, estenderam-me uma rede à beira do caminho, armaram ciladas contra mim. Digo ao Senhor: Tu és o meu Deus; acode, Senhor, à voz das minhas súplicas.” (Sl 140:1-6)
O grande arauto do Evangelho não temia por si mesmo, mas pelos danos que os agentes de Satanás podiam causar à igreja e à obra de Cristo. Como ele sabia que a graça também precisa ser pedida mediante a oração, exortava o povo a solicitá-la constantemente do Céu.
O coração de Paulo, por outro lado, era tranquilíssimo. Ele tinha total certeza de que “fiel é o Senhor, que vos confirmará e guardará do maligno” (2Ts 2:50). Não precisamos temer de que o Senhor Jesus não levará a bom termo Sua obra de salvação. Ele é fiel. Jamais deixará que Sua igreja seja derrotada pelo arqui-inimigo.  Se o povo de Deus puser nEle sua confiança, Ele Se levantará como Miguel, o Defensor dos filhos de Seu povo, e mais uma vez combaterá e vencerá o mal.
             
TERÇA
As escrituras e a tradição (2Ts 3:6-8)
             
       Retornamos à questão da tradição. O contexto dos versos de hoje revela que havia irmãos que andavam “desordenadamente” (ataktos), ou fora das regras ou ordens estabelecidas.
      Em várias partes de suas cartas aos tessalonicenses, Paulo fala, citando seu próprio exemplo, que é mister trabalhar para o sustento próprio. Ele, como apóstolo, deu exemplo de não depender de subsídios dos irmãos para pregar e servir no altar. Embora um doutor, não se recusou a usar as mãos em trabalho artesanal para prover seu sustento.  Na primeira epístola disse ter trabalhado dia e noite para não ser pesado aos irmãos (1Ts 2:9).
      Ainda na primeira epístola ele autoriza os irmãos dirigentes a admoestar ou repreender os desordeiros (ociosos, preguiçosos, párias). Já estudamos que havia em Tessalônica alguns crentes que, crendo na imediação ou proximidade da vinda de Cristo, incentivavam outros a não trabalhar, mas empregar seu tempo em atitude contemplativa de preparo para o grande evento.
       A tradição a que Paulo se refere é a “maneira que convém andar e agradar a Deus” (1Ts 4:1) E mais: “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos...” (1Ts 4:11). Tradição é tudo aquilo que é transmitido verbalmente e também por escrito.  A despeito do significado depreciativo que o termo assumiu por causa de ensinos humanos firmados tanto na cultura religiosa quanto na secular, existem boas tradições cristãs que estão em plena harmonia com a Palavra.
      Há tradições bíblicas e tradições dos homens. Jesus repreendia os escribas e fariseus porque colocavam as tradições religiosas judaicas acima dos preceitos da Santa Palavra (Mt 15:3; Mc 7:5-13). Paulo também advertira os colossenses a esse respeito (Cl 2:8), e também exortara Tito a que repreendesse os cretenses a que não se fiassem em fábulas judaicas (Tt 1:14)
      EGW diz que o erro anda muito próximo da verdade. Assim, convém-nos aprofundar o conhecimento bíblico para que não sejamos enganados por ventos de doutrinas e “boatos espirituais” que muitas vezes circulam em nosso meio e fora dele. Por mentiras assacadas pelos dissidentes da igreja, às quais eles revestem de palavreado artificioso para enganar. Não fechamos os olhos para os erros e desmandos cometidos nos arraiais de Israel, porém, temos plena confiança na direção de Cristo, de que Ele não permitirá que os que “têm veneno de áspides debaixo de seus lábios” (Sl 139:4 – Versão Matos Soares – 9a edição – Ed. Paulinas) consigam perverter os ensinos santos.

QUARTA                                                       

Trabalhar e comer (2Ts 3:9-12)
             
            Paulo, informado da existência de um grupo de bons vivants (vadios, indolentes) no seio da igreja, pediu providências drásticas imediatas contra os mandriões. Quando trabalhou entre os tessalonicenses, ele já determinara que quem não quisesse prover seu próprio sustento, tendo condições de fazê-lo, não devia nem mesmo ser ajudado pela igreja se padecesse necessidades.
            Ele mesmo dera exemplo trabalhando num serviço artesanal para se sustentar. Embora houvesse o direito consuetudinário de o missionário ser mantido pelos que recebiam suas instruções, o apóstolo preferiu abrir mão do privilégio e praticar o ofício de tendeiro. De forma alguma podia concordar com aqueles que, a pretexto de se prepararem para o iminente – segundo supunham – retorno de Jesus, estavam vivendo como párias e dando mau testemunho do cristianismo.
            “Paulo não dependeu inteiramente do trabalho de suas mãos, para manter-se enquanto esteve em Tessalônica. Referindo-se mais tarde a sua experiência nesta cidade, ele escreveu aos crentes filipenses em reconhecimento dos donativos que deles havia recebido enquanto esteve ali, dizendo: ‘Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica.’ Fp 4:16. Não obstante o fato de haver recebido este auxílio, foi cuidadoso em dar aos tessalonicenses um exemplo de diligência, para que ninguém pudesse com razão acusá-lo de cobiça, e também para que os que mantinham pontos de vistas fanáticos referentes ao trabalho manual recebessem uma reprovação prática.” AA, 348-340. 
            “Em cada século Satanás tem procurado prejudicar os esforços dos servos de Deus pela intromissão na igreja do espírito de fanatismo. Assim foi nos dias de Paulo e assim foi também durante o tempo da Reforma. Séculos mais tarde, Wycliffe, Lutero e muitos outros que abençoaram o mundo por sua influência e fé, encontraram as astúcias pelas quais o inimigo busca levar ao fanatismo extremado mentes desequilibradas e não santificadas. Criaturas desorientadas têm ensinado que a conquista da verdadeira santidade coloca a mente acima de todos os pensamentos terrestres, e leva os homens a se absterem inteiramente do trabalho. Outros, interpretando com extremismo determinados textos das Escrituras, têm ensinado que é pecado trabalhar - que os cristãos não devem preocupar-se quanto aos seus interesses temporais e de sua família, mas dedicar sua vida inteiramente às coisas espirituais. Os ensinos e exemplos do apóstolo Paulo são uma reprovação a tais extremismos.” AA, 348.  
             
QUINTA 
Amor severo (2Ts 3:13-15)

          “Tratando com membros que cometem faltas, o povo de Deus deve seguir estritamente as instruções dadas pelo Salvador no décimo oitavo capítulo de Mateus.” – TS 3, pág. 200.
           E o que diz Mateus 18:15-17? “Se o seu irmão pecar contra você, vá e convence-o entre você e ele só. Se ele o escutar, você ganho seu irmão; mas, se não o escutar, leve com você uma ou duas pessoas, a fim de que toda palavra seja confirmada pela boca de duas ou três testemunhas. Se ele se recusa ouvir, diga-o à igreja; e, se recusar ouvir também à igreja, seja ele para você como o pagão e o publicano.” Versão Italiana Nova Riveduta.
            Vemos aqui três instâncias de apelação até a aplicação disciplinar. Esse não deixa de ser um processo de amor e não de vindita. O propósito é recuperar e não meramente punir. O problema está na obstinação do ofensor ou agravante. Ele não se deixa convencer; não quer “dar seu braço a torcer”. Se tão somente reconhecesse seu erro, Jesus nos impõe o amoroso dever de perdoá-lo, ainda que nos ofenda sete vezes num só dia (Lc 17:4). E se ele não pedir perdão, devemos ainda assim perdoá-lo? Essa possibilidade não considerada na sequência desse verso. Ficamos então sem orientação de Jesus? Não! Não foi Ele mesmo que nos ensinou que se não perdoássemos nossos devedores, também não seríamos perdoados, pois Deus usaria nosso exemplo irreconciliável contra nós mesmos. Mesmo que o ofensor, em sua obstinação, não se humilhe e peça perdão, ainda assim, por amor a Jesus devemos perdoá-lo.
            Agora, se o perdoarmos isso dispensa o procedimento de Mt 18:15-17? O que acham? “Não tolereis pecado em vosso irmão; mas também não o exponhais ao opróbrio, aumentando assim a dificuldade, de sorte que a repreensão pareça vingança. Corrigi-o do modo
proposto na Palavra de Deus.” TS3, 201.
            Vejam que no roteiro ordenado por Jesus em Mateus, há a obrigatoriedade, se malogrados os passos anteriores, de comunicar à direção da igreja o pecado havido. Ocultá-lo é incorrer em cumplicidade. “Mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado.” Lv 19:17.
        A última fase é penosa para qualquer pastor, congregação e os membros individualmente. Está escrito: “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos [publicamente], para que também os demais temam.” (1Tm 5:20)
“Deve-se tratar prontamente com o pecado e os pecadores na igreja, para que outros não sejam contaminados. A verdade e a pureza exigem que façamos uma obra completa para purificar o acampamento de Acãs. Que os que ocupam posições de responsabilidade não sofram pecado num irmão. Mostrai-lhes que ele, ou tira o seu pecado, ou é separado da igreja.” – TS2, 38.

Comentários Lição 13 - Conservando a igreja fiel (Prof. Sikberto)


22 a 29 de setembro de 2012

Verso para memorizar: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2 Tes. 2:15).

Introdução de sábado à tarde
Enquanto estivermos na Terra enfrentaremos dificuldades e cometeremos erros. Por dois motivos. Primeiro: porque ainda somos pecadores. Embora possamos estar em processo de transformação, de santificação, e sejamos cada dia mais capacitados na obediência a DEUS, só seremos perfeitos quando formos transformados por completo, e isto ocorrerá no dia da segunda vinda de CRISTO. O segundo motivo é que, neste planeta, enquanto ele não for restaurado, enquanto aqui satanás e seus anjos estiverem buscando nos induzir a erros, como pecadores que somos, estaremos sujeitos a sermos enganados. Esta é a realidade. Portanto, vigiar é o que devemos fazer.
As dificuldades que enfrentaremos serão como indivíduos e como igreja. Como pessoas erramos e pecamos, e esses erros evidentemente afetam a igreja. E também cometeremos erros como organização, no caso, nas decisões que se tomam em nome da igreja. São decisões nos diferentes colegiados como as comissões locais, as mesas administrativas, e também as decisões de executivos, como as dos membros que ocupam cargos, dos pastores, de departamentais e presidentes. Não existe possibilidade de termos uma igreja infalível quanto à gestão, ao que faz o ser humano, uma vez que esse ser humano é falível. A igreja só é perfeita nas partes que são desempenhadas pelos anjos de DEUS e por JESUS.
Portanto, temos um alerta importante. Devemos sempre lutar, orar bastante e manter a comunhão com nosso Senhor, para de transformação em transformação, sermos cada vez mais semelhantes a JESUS, e assim permanecermos firmes. Necessitamos cuidar para não estorvar a operação do ESPÍRITO SANTO em nossa vida mantendo vícios de conduta que já sabemos há tempo que estão errados, que não são aprovados por DEUS. Atenção: quando descobrirmos que algo não é aceitável por DEUS, isto quer dizer inequivocamente que o ESPÍRITO SANTO nos deu essa informação. Para tal fim, Ele pode valer-Se de diversos meios como leituras, assistir uma pregação ao vivo ou de um DVD, e por muitas outras maneiras. Então, se não tomarmos uma atitude favorável à operação do ESPÍRITO SANTO, estaremos nos afastando dEle, e arriscando com o tempo a não ouvirmos mais a Sua voz, atraindo sobre nós, naquele aspecto, um tipo de operação do erro.  A operação do erro é o efeito do pecado contra o ESPÍRITO SANTO. Leva ao caminho de não se conseguir mais desenvolver interesse por mudar de vida, acomodando-se nos velhos pecados e arriscando a perda da vida eterna. E muitas vezes, leva a se rebelar contra a igreja e a combatê-la.

  1. 1.      Primeiro dia:  Fiéis por escolha divina (2 Tes. 2:13-17)
A escolha divina ocorre em reciprocidade com a escolha humana. Todos os seres humanos desde o princípio foram escolhidos por DEUS para serem salvos. JESUS morreu por todos. A salvação está estendida a todos.
Contudo, a oferta de salvação gratuita não é suficiente para que a escolha divina se complete e que produza os resultados desejados por DEUS. O ser humano deve corresponder por meio de uma atitude positiva. O ser humano deve também escolher a DEUS.
Quando o ser humano corresponde à escolha divina, então se inicia uma vida maravilhosa de emoções interessantes. Problemas surgem, mas são resolvidos por meios que muitas vezes não se explicam facilmente. Provas e dificuldades aparecem, mas a pessoa sente um poder superior que a faz ir adiante, mantendo-se firme. Uma vida nova se inicia e a pessoa experimenta o desejo de superar os atrativos do mundo. Ela se desencanta, ao longo do tempo, com o que o mundo oferece. Mesmo algumas coisas lícitas e interessantes do mundo ela não coloca na frente das que são de cima. A prioridade passa a ser a vida eterna, não algum proveito que possa ter aqui.
A escolha divina, para valer na prática, deve ter a iniciativa de DEUS, e essa já ocorreu. Mas também deve ter a aceitação por parte do ser humano. Só então a pessoa estará no caminho da salvação, ou seja, só então ela passa à eficácia da condição de eleita.
O que aconteceu com os de Tessalônica? Eles receberam os ensinamentos de Paulo. É o que diz o texto selecionado, verso 14: “vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançar a glória de nosso Senhor.” Até aí, podemos dizer, era DEUS, por meio desse pregador, oferecendo a eles a salvação, tendo JESUS já feito tudo para que houvesse a salvação, isto é, que pudessem ser perdoados. E o interessante, que deixa esses tessalonicenses especiais, é que eles aceitaram em poucas semanas, e aderiram fortemente à salvação. Eles aceitaram a pregação que DEUS lhes fazia por meio de Paulo. E permaneceram firmes na fé, pelo que Paulo os exortou que ficassem nessa condição, sempre firmes.
É assim que as pessoas se salvam. Todas foram escolhidas, mas de fato se salvam aquelas que aceitam a escolha e permanecem fiéis.
Parece simples, não é? E é simples mesmo!

  1. 2.      Segunda: Confiança diante do mal (2 Tes. 3:1-5)
O mal existe? E o bem? Há guerra entre os dois? Satanás é mesmo um espírito mau? E DEUS, é o Criador?
Não devemos nos preocupar tanto com as provas para saber se as repostas a estas perguntas são sim ou não, nem nos envolver nos respectivos debates. Não é esse o enfoque, provar estas coisas, pois isso não é o mais importante. Devemos ter convicção do que cremos por meio das Escrituras. Estas sim, devemos verificar suas provas de veracidade, e elas existem.
A coerência das Escrituras por diversos autores é uma das provas de veracidade, assim como o cumprimento das profecias. A descrição bíblica profética feita há milênios sobre os dias de hoje, sua exatidão, é no mínimo evidência superior ao que a ciência atual é capaz de prever para daqui a dois anos quanto à economia do mundo. Quanto à previsibilidade, confrontando-se a Bíblia numa amplitude de longo prazo com a ciência numa amplitude de curto prazo, a Bíblia torna-se uma ciência exata e a ciência torna-se num fracasso estatístico.
Mas a maior comprovação de que DEUS existe, que há anjos por aqui e que JESUS voltará outra vez, é a transformação que pode ocorrer em seres humanos. O exercício do poder de DEUS para recriar é uma forte evidência de que Ele existe, e as coisas que acontecem ao nosso redor, outra evidência da existência do mal e de satanás. Afinal, não são poucas as pessoas que antes da transformação eram maus elementos, muitas delas pessoas perigosas, seja por serem criminosas seja por serem trapaceiras. Depois que se encontraram com JESUS, tornaram-se diametralmente opostas ao que eram, pela transformação. Aliás, quem, por exemplo, hoje é “mau elemento”, essa pessoa tem a grande oportunidade de provar ao mundo, pela sua transformação efetuada por DEUS, que Ele existe e que tem poder. Afinal, uma pessoa que é socialmente aceitável, se ela faz sua entrega a DEUS, e evidentemente é transformada, a diferença entre o antes e o depois não é tão impactante como um assassino ou traficante que passa pela transformação. Assim sendo, quem é radicalmente mau, veja bem e considere o poder que possui quando testemunha do poder transformador de DEUS.Aproveite a oportunidade dessa situação, e prove por sua vida transformada que DEUS existe. Interessante que no Reino de DEUS há emocionantes e radicais oportunidades aos classificados maus elementos.
Paulo exortou aos tessalonicenses que orassem por ele. A oração é um recurso poderoso, pois os efeitos que resultam dela vem da associação de um ser humano com o Criador do Universo. Analise o seguinte: orando estamos falando, por enquanto à distância, com Alguém que foi capaz de criar o Universo do nada, somente pela força de Sua vontade. Se Ele tem tal capacidade, pergunta-se: quais são os Seus limites? Ou seja, por exemplo, se Ele criou a vida, não pode fazer ressuscitar quem a perdeuSe Ele criou esse mundo, não pode recriar tudo aqui?
Portanto, se Ele tem tais poderes, e ainda por cima é puro amor, vale a pena manter comunhão com Ele, pois o resultado será bom para nós, embora ainda tenhamos algum sofrimento pela frente.

  1. 3.      Terça: As Escrituras e a tradição (2 Tes. 3:3-8)
A verdade a que Paulo se refere está baseada nas epístolas escritas e nas palavras proferidas por ele, pelos apóstolos e por JESUS. Naqueles tempos o Novo Testamento estava sendo vivido para ser escrito. Os membros da igreja bem como seus líderes aceitavam como guia seguro os escritos do Antigo Testamento, os textos já escritos do Novo Testamento e o que JESUS havia falado junto com o que os apóstolos falavam. Essas duas últimas eram tradição, ou seja, transmissão oral. Todas essas fontes eram tidas como de igual credibilidade.
Hoje não podemos mais aceitar textos ou pronunciamentos feitos em nosso tempo como de igual autoridade às Escrituras. O que podemos, e devemos fazer é, ao ouvir ou ao ler, verificar se o embasamento foi correto. Portanto, tudo o que vem a nós que não seja as Escrituras, devemos conferir se estão de acordo com elas. Os escritos de Ellen G. White são para nós adventistas confiáveis, mas o status deles são no sentido de explicar as Escrituras, não de complementar nem de se igualar a elas. Aliás, é curioso que frequentemente acusam os adventistas de terem os escritos de EGW como iguais à Bíblia, mas ninguém se lembra de acusar a Igreja Católica nem a Luterana de terem seus catecismos como superiores à Bíblia.
Estamos nos dias em que as Escrituras devem ser respeitadas como um todo. Elas devem nos servir como mapa para mostrar o caminho da vida eterna. Delas muitas coisas podemos aprender, em especial, sobre como viver em coerência com a excelente vontade de DEUS. E é exatamente o contrário disso que mais se pratica no mundo: utilizando as Escrituras como base para uma infinidade de ensinamentos contraditórios, tantas e quantas igrejas existem. E no essencial das crenças, estas igrejas creem do mesmo modo: santificação do domingo e imortalidade da alma.
Assim como os cristãos dos tempos dos apóstolos aceitavam as Escrituras e as palavras dos apóstolos e de JESUS, do mesmo modo nós devemos aceitar, quer por ensinamento que por exemplo e testemunho de vida.

  1. 4.      Quarta: Trabalhar e comer (2 Tes. 3:9-12)
A classe dos acomodados, dos que se esforçam pouco ou menos que as suas necessidades, dos que nada fazem (preguiçosos), ou dos que se intrometem nas atividades dos outros descuidando das delas, sempre existiu. Sempre houve pessoas astutas que sabiam como fazer para sobreviver às custas dos outros. Estas tornam-se um peso aos pais, aos irmãos, aos amigos, etc., dependendo de cada situação. Não se pode incluir nessa lista os doentes, os idosos, as crianças, os desempregados temporariamente, e outros casos especiais, que precisam de ajuda.
Em primeiro lugar, tais pessoas são candidatas ao inferno. Nossa vida de cristãos deve ser de atividade produtiva e construtiva. “Quando o homem se reconcilia com Deus, as coisas da natureza falam-lhe em palavras de sabedoria celestial, dando testemunho da verdade eterna da Palavra de Deus. Ao dizer-nos Cristo o sentido das coisas da natureza, a ciência da verdadeira religião se manifesta, explicando a relação da lei de Deus para com o mundo natural e espiritual.
“A andorinha e o grou observam as mudanças das estações. Emigram de um país a outro para encontrar um clima apropriado à sua comodidade e felicidade, conforme designou o Senhor que fizessem. São obedientes às leis que governam sua vida. No entanto, os seres formados à imagem de Deus deixam de O honrar pela obediência às leis da natureza. Desrespeitando as leis que governam o organismo humano, inabilitam-se para servir a Deus. Ele lhes envia advertências para que se apercebam de que violam Sua lei, por violarem as leis da vida. O hábito, porém, é forte, e eles não darão atenção. Os dias se enchem de dor corporal e inquietação de espírito porque estão decididos a seguir hábitos e costumes errados. Não raciocinam da causa para o efeito, e sacrificam a saúde, paz e felicidade à sua ignorância e egoísmo.
“O sábio se dirige ao indolente, nestas palavras: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.” Prov. 6:6-8. A habitação que as formigas constroem para si revela habilidade e perseverança. Tão somente um pequenino grão de cada vez podem elas carregar, mas pela diligência e perseverança realizam maravilhas.
“Salomão indica a operosidade da formiga como uma censura aos que desperdiçam suas horas na ociosidade, ou em práticas que corrompem a alma e o corpo. A formiga se prepara para as estações futuras; mas muitos que são dotados das faculdades do raciocínio deixam de se preparar para a futura vida imortal.
“O Sol, a Lua, as estrelas, as sólidas rochas, o rio que flui e o vasto e inquieto oceano ensinam lições que todos bem fariam em levar a sério” (Conselhos para Professores, Pais e Estudantes, 189-190).


  1. 5.      Quinta: Amor severo (2 Tes. 3:13-15)
Dentro de que contexto iremos estudar a lição de hoje? É um contexto de rebelião generalizada mundo afora. Os gays têm direitos a mais que as pessoas tradicionais, e exigem, ameaçam ou recorrem por meio de processos judiciais. Aqueles que amam mais o mundo que a DEUS se acham cobertos de razão, apoiados pela mídia e pelos atuais costumês; taxam tudo o que não estiver conforme o que acreditam como antiquado. Ainda há poucas semanas, integrantes do grupo punk rock Pussy Riot fizeram uma apresentação de mau gosto dentro de uma catedral ortodoxa em Moscou, contra Vladimir Putin, presidente da Rússia. Foram condenadas a dois anos de prisão, o que muitos consideram exagerado. As opiniões se dividiram, muitos contra a condenação. Não considero o mérito da condenação, mas é de assustar o clamor mundial a favor das moças que cometeram aquele ato totalmente reprovável. Há uma tendência de que tudo deva ser permitido, de impunidade para com os desregrados e de preconceito sobre aqueles que vivem de acordo com as leis. O mundo se vulgariza em relação à Lei de DEUS e às dos homens. Na situação da sociedade atual, a pergunta é: como cuidar dos casos de rebeldia dentro de nossa igreja? Não me refiro aos que erram por descuido – essas situações são simples de resolver se os tratarmos com amor, e geralmente todos saem ganhando. Refiro-me aos casos de notória transgressão que gera infâmia ao bom nome da igreja.
É nesse contexto que hoje devemos não só zelar pelo nome de nossa igreja, que se identifica com o Salvador e Sua maior promessa, mas também zelar pela vida espiritual dos membros, para que não se percam do caminho da vida eterna. Essa é uma tarefa difícil, atualmente combatida pelo inimigo da verdade e do amor. JESUS e Paulo dão boas instruções neste sentido. JESUS, em Mateus 18:15 a 17, disse que nos casos de ofensas entre irmãos (e nem todos os casos que requerem correção são ofensas…), o que foi ofendido deve dirigir-se ao irmão para falar com ele. Esta parte está em conformidade a outra instrução dada por JESUS em Mat. 5:23 e 24: a reconciliação com o ofensor. Quando o ofendido lembrar disso no momento em que estiver ofertando, deve interromper a sua oferta e ir até o ofensor e tentar acertar tudo. Esse é o princípio do caminho mais fácil, ou seja, é mais simples ao ofendido tomar a iniciativa da reconciliaçãodo que o ofensor fazer isso. Vem da sabedoria do alto. Há outro princípio aqui: resolver a questão sem envolver outras pessoassem dar publicidade ao fato. Se entre os dois houver acerto, fica por isso mesmo, e não se fala mais no assunto, afinal, houve perdão e solução. Ou melhor, houve um crescimento espiritual, pois dar perdão é um ato divino, não desse mundo.
Porém, se o ofensor não se mostrar humilde e resistir à reconciliação, deve nesse caso o ofendido retornar com mais uma ou duas pessoasas testemunhas e também mediadoras. Elas servem para ajudar na persuasão pela busca da paz, mas também já servem de testemunhas em caso da situação conflitiva permanecer aberta. E se o caso ainda não for resolvido, só então se deve levar à igreja (onde todos ficarão sabendo, que se buscava evitar), ou seja, à comissão da igreja, que estudará detalhadamente, ela pode fazer diligências, levantar mais informações, etc., para evitar mal entendidos. A comissão fará uma recomendação à igreja que dará a última palavra.
A lógica aqui é que se evite que os problemas entre os irmãos chegue a uma assembleia, e sim, que se resolva com o menor trauma moral possível. Problemas, se ocorrem, são como que desafios à nossa santidade como povo de DEUS para resolvermos sem publicidade e difamação do nome do ofensor e do nome da igreja e do nome de DEUS. Quando uma pessoa insiste em levar a coisa precipitadamente perante a igreja, está usando de incompetência espiritual, pois insiste em que muitos tomem conhecimento de algo que só prejudica a todos. Pior ainda se falar por fora, a outros, sobre o mal que alguém fez (isso se chama fofoca, e é ato demoníaco, é o inimigo que tem o mau costume de acusar). Devemos espalhar as coisas boas, mas as ruins devemos resolver o quanto antes e sem publicidade (fofocas), como fazem alguns noticiários sensacionalistas na televisão, que despertam a atenção da maioria das pessoas. Sabemos, no entanto, que há casos que a igreja deve se pronunciar em público. Imagine a igreja silenciar diante de um estupro por parte de um membro, cuja situação não veio a público ainda. Mais tarde pode ser conhecido de muitos, e a igreja ficará numa posição de conivência, como que a esconder fatos que a sociedade não aceita. Devemos resolver tudo sem prejudicar a imagem de CRISTO aqui na Terra, nem a imagem da igreja, pois isso afastaria boas pessoas de serem salvas. Ou melhor, o ótimo seria que nós, membros do corpo de CRISTO não déssemos motivos para reconciliações, e que vivêssemos sempre reconciliados e em harmonia.

  1. 6.      Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A lição deste trimestre foi rica e variada em temas importantes para a vida cristã. É de se esperar que todos os estudantes tenham sido transformados pela ação do ESPÍRITO SANTO valendo-se do conhecimento adquirido. Sempre há o grave risco de adquirirmos novo conhecimento importante para a nossa salvação, mas não o colocarmos em prática. Nesses casos estaremos habituando a mente a rejeitar esse conhecimento, ou, no mínimo, de ficarmos indiferentes a ele. Sempre que aprendermos algo novo, devemos ter respeito por esse conhecimento interessando-nos pelas mudanças que ele requer em nossa vida. O ESPÍRITO SANTO não nos transformará por imposição, não é assim que o Reino de DEUS funciona.
Um dos pontos importantes dos estudos deste trimestre é sobre o poder enganador de satanás. O seu principal agente na Terra é o anticristo, na pessoa do bispo de Roma, o papa. De fato, ele é seguido por 1,2 bilhões de pessoas. Mas a esse número devemos somar as outras igrejas que aceitam doutrinas de Roma, então o número se eleva para 2,5 bilhões de pessoas, das chamadas igrejas cristãs. O poder de enganar é tão intenso, que no outro lado das igrejas cristãs está a que segue por inteiro os ensinamentos bíblicos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, com cerca de 20 milhões de pessoas. Ou seja, quem fala a verdade consegue poucos interessados. A proporção é de menos de um adventista para cada 100 cristãos. É espantoso ver o tamanho deste poder enganador, e isto nos alerta, que cuidemos para nós mesmos, em vez de nos mantermos em pé, vir também a sermos enganados. Esse é o perigo.
Satanás há tempos vem concedendo poder a seus aliados. Mas DEUS ainda não está fazendo o mesmo com seu povo. DEUS não é um irresponsável, como satanás. O inimigo concede poder a sua confusa babilônia, não importam as consequências, mas DEUS só concede poder a um povo que O represente perfeitamente como Ele é. Assim, quando o Seu povo, que se chama pelo Seu nome, se humilhar e permitir que seja por Ele transformado, então o mundo verá, como jamais pôde ver, o que é o poder de DEUS em ação por meio de pessoas fiéis. As lutas dos antigos irmãos de Tessalônica nos servem de ensinamento (pois também nós estamos em guerra espiritual), que existe um poderoso inimigo detentor de uma capacidade incrível de persuadir sedutoramente para o erro. E DEUS tem em nós os instrumentos pelos quais Ele quer alertar o mundo para essa situação, levando o evangelho da verdade ao mundo inteiro, para que JESUS volte bem logo. Os sinais estão clamando em alto volume que JESUS está às portas. As trombetas que os anjos utilizarão para tocar na volta de JESUS estão prontas e as arpas que iremos tocar ao chegarmos ao mar de vidro estão afinadas. Em breve, muito breve, Ele vem, como prometeu. Esteja pronto e vigie todos os dias.

365 Recados Inspirados #113

"Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la"

Parábolas de Jesus, pág. 69

Testemunho Diego Neves - Programa 180º NT

Ele nasceu na zona sul de São Paulo em um contexto de pobreza. Presenciou várias cenas de tráfico de drogas, perseguições policiais, agressões físicas, e decidiu seguir um caminho diferente; ele ia ser jogador de futebol. Incentivado pelo pai, Diego Neves de Carvalho, logo aos 9 anos, ingressou na escolinha de futebol do São Paulo Futebol Clube. Jogou a Taça São Paulo de 2004 e em seguida passou a compor o elenco do Clube para sua idade. Nessa mesma época ele passou a sentir sede de Deus, começou a estudar a Bíblia sozinho e aí teve início uma mudança de 180º em sua vida.

"... estivera Moisés em contemplação da terra da promessa. Mas, por causa de seu pecado em Meribá, não lhe fora dado ali entrar. Não devia ter a alegria de introduzir as hostes de Israel na herança de seus pais. Foi-lhe recusada sua angustiosa súplica: 'Rogo-Te que me deixes passar, para que veja esta boa terra que está dalém do Jordão; esta boa montanha e o Líbano!' Deut. 3:25. Deve-lhe ser negada a esperança que por quarenta anos aclarara as sombras das vagueações do deserto. Uma sepultura nesse deserto, eis o objetivo daqueles anos de labuta e opressivo cuidado. Mas Aquele 'que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos' (Efés. 3:20), assim atendera à súplica de Seu servo. Moisés passou sob o domínio da morte, mas não devia permanecer na sepultura. O próprio Cristo o chamou à vida. Satanás, o tentador, reclamara o corpo de Moisés por causa de seu pecado; mas Cristo, o Salvador o tirara da tumba." Jud. 9.

O Desejado de Todas as Nações, p. 421

Testemunho Fernando Meira - Programa 180º NT

Quando nasceu, Fernando Garcia Torres Meira, foi batizado na igreja católica e também num centro de candomblé. Desde criança ele sempre sentiu uma necessidade muito grande de buscar o caminho certo, e tinha sede pela verdade. Ele buscou à Deus em quase 20 religiões e filosofias diferentes. Escritor, músico, compositor, vocalista, ele é um artista invejável e sua trajetória de vida, intercala momentos de extrema necessidade com propostas de sucesso, fama e muito dinheiro. Mas no fundo mesmo, ele experimentava constantemente uma sensação absurda de vazio profundo. Mas um dia a misericórdia de Deus o alcançou, e sua vida teve uma virada de 180º. 

Testemunho Renato Gruber - Programa 180º NT

Ele foi educado, polido e moldado pra ser um perfeito ateu. E foi isso o que aconteceu. Mas um dia desenhando cavalos na porta de um circo, Renato Fontes Groger, teve um encontro inusitado e Deus usou esse momento para transformar completamente sua vida. Que caminhos transformaria esse ateu culto em um crente da mais nobre categoria? O que aconteceu? Conheça agora a virada de 180º na vida de Renato Gruber.

Comentários Lição 12 - O Anticristo (Prof. César)

15 a 22 de setembro de 2012

Verso para memorizar:Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto [a chegada do dia do Senhor, conforme no verso anterior] não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2 Tes. 2:3).
 
A preocupação de Paulo era alertar, provavelmente não tanto seus contemporâneos, mas os futuros cristãos, sobre o aparecimento de um poder apóstata escatológico. Ao mencionar “apostasia” fica claro que o apóstolo profetizava acerca de um poder derivado do próprio cristianismo, porém, negador da fé evangélica.  Esse poder religioso seria a própria encarnação do pecado. Ele é chamado “homem do pecado”.  Parece evidente, também, que o sentido da expressão significa um homem que encarnaria o mal e levaria muitos à perdição.
            Esse poder atuaria antes da vinda de Jesus e seria um sinal da proximidade do grande evento. Imaginamos com que pesar Paulo encarou essa revelação. Ele se esforçava ao máximo para conservar pura a igreja. Por instrução do Espírito ele é informado que o mal já estava infiltrado na igreja e que se desenvolveria até constituir o que EGW chama de “a obra prima do poder de Satanás”.  Essa mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do ‘homem do pecado’ (2Ts 2:3), predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre Ele. Aquele gigantesco sistema de religião falsa é a obra-prima do poder de Satanás - monumento de seus esforços para sentar-se sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade.” HR, 327.  
“O apóstolo Paulo, em sua segunda carta aos tessalonicenses, predisse a grande apostasia que teria como resultado o estabelecimento do poder papal. Declarou que o dia de Cristo não viria "sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus". 2Ts 2:3 e 4. E, ainda mais, o apóstolo adverte os irmãos de que ‘já o mistério da injustiça opera’. 2Ts 2:7. Mesmo naqueles primeiros tempos viu ele, insinuando-se na igreja, erros que preparariam o caminho para o desenvolvimento do papado.” GC, 49.  
DOMINGO
O problema (2Ts 2:1-3)
               
            O homem do pecado, o filho da perdição, o chefe humano da apostasia iria ser revelado antes da volta de Jesus. Mas não era muito cedo para falar de um cumprimento profético que estaria muito distante? Na verdade, não demoraria tanto tempo assim para esse poder começar sua obra destruidora. Paulo afirmou que o “mistério da iniquidade” já estava operando.
“Pouco a pouco, a princípio furtiva e silenciosamente, e depois mais às claras, à medida que crescia em força e conquistava o domínio da mente das pessoas, o mistério da iniquidade levou avante sua obra de engano e blasfêmia. Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas.” GC, 49.
“O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo. ‘Porque não será assim’, diz ele, ‘sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado.’ 2Ts 2:3. Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do ‘homem do pecado’. Este ‘homem do pecado’, que também é denominado ‘mistério da injustiça’, ‘filho da perdição’, e ‘o iníquo’, representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Este período terminou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. Paulo, com a sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até ao ano de 1798. É depois dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada.” Idem, 356.
“A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificações o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspecto cristão; não mudou, porém. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas passadas, existem ainda hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda são mantidas. Ninguém se deve iludir. O papado que os protestantes hoje se acham tão prontos para honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando homens de Deus se levantavam, com perigo de vida, a fim de denunciar sua iniquidade. Possui o mesmo orgulho e arrogante presunção que dele fizeram senhor sobre reis e príncipes, e reclamaram as prerrogativas de Deus. Seu espírito não é menos cruel e despótico hoje do que quando arruinou a liberdade humana e matou os santos do Altíssimo. 
            “O papado é exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: a apostasia dos últimos tempos (2Ts 2:3 e 4). Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o invariável veneno da serpente. ‘Não se deve manter a palavra empenhada aos hereges, nem com pessoas suspeitas de heresias’, declara Roma. - História do Concílio de Constança, de Lenfant. Deverá esta potência, cujo registro milenar se acha escrito com o sangue dos santos, ser hoje reconhecida como parte da igreja de Cristo? 
            “Não é sem motivo que se tem feito nos países protestantes a alegação de que o catolicismo difere hoje menos do protestantismo do que nos tempos passados. Houve uma mudança; mas esta não se verificou no papado. O catolicismo na verdade em muito se assemelha ao protestantismo que hoje existe; pois o protestantismo moderno muito se distancia daquele dos dias da Reforma.” Idem, 571.
 Esse poder retomará o controle religioso do mundo com o auxílio do protestantismo e o apoio político dos Estados Unidos da América. O monstro perseguidor da Idade Média ressurgirá. Porém, desta vez ele terá de se haver com Cristo, perseguido implacavelmente na pessoa de Seus seguidores. Há uma praga final reservada para a besta do Apocalipse.     
SEGUNDA
A breve resposta de Paulo (2Ts 2:3, 4)
               
            Depois de exortar com veemência a igreja, para que não se deixe enganar por nenhuma “mídia” que lhes fosse apresentada, ele apresenta a revelação da profecia. Dotado de espírito profético pelo Espírito Santo, Paulo vaticinou que o retorno de Cristo não aconteceria sem antes ocorrer uma espantosa apostasia no seio do cristianismo.  Essa defecção se corporificaria na pessoa do “homem do pecado”.  Que é uma individualidade poderosa, isso se pode ver em suas ações: 1) Ele se opõe a Deus.  Como alguém pode fazer oposição a Deus? Combatendo Seu governo. Como o governo de Deus se baseia na Constituição Universal da Santa Lei, a estratégia e tentar anulá-la.  Outra forma é atacar o adversário, nesse caso Deus. “Proferirá palavras contra o Altíssimo”. Esse poder falava “grandes palavras” contra Deus, “falava com vanglória” (Dn 7:8, 11, 20) 2) Quer mexer com Deus? Então ataque Seu povo. Esse apóstata destruiria “os santos do Altíssimo” (Dn 7:25) Ele faria outra coisa terrível: Procuraria mudar os tempos (períodos determinados; hb. zaman). Que tempos determinados? É o sábado um tempo determinado? Sim ou não? Sim, evidentemente. O Criador o determinou logo na primeira semana deste mundo como mnemônico (memorizador) de que o mundo tem sua origem no poder do Eterno. O que o poder apóstata pretenderia? Mudar a Lei. Como, historicamente, ele fez isso? Implantando um dia de adoração espúrio no lugar do sábado da Santa Lei.
            Paulo diz mais. Que o homem do pecado se assentaria no templo de Deus. Ora, esse iníquo não se assentou literalmente em nenhum templo de Deus.  Os templos dedicados ao Senhor foram destruídos.  Mas há um templo remanescente. O do Céu. Como o homem do pecado destronou a Deus e procurou pôr-se em Seu lugar? Ele “substituiu a Deus”.  Criou deuses inúmeros para desbancar o Senhor. Há mais de dez mil santos e beatos católicos.  Todos são intercessores e beneficiadores dos humanos. Vejam este texto: “A Igreja não tem dúvida quanto à intercessão da Virgem Maria e dos outros santos junto a Jesus. Eles não realizam milagres por si sós, por isso não possuem ‘poderes’. Eles pedem a Jesus que atenda aos seus pedidos. Nós não os adoramos, pois a adoração só é devida a Deus, mas os amamos como discípulos e imitadores do Senhor durante sua vida terrena e por sua incomparável devoção pelo Mestre.” (Catecismo Católico, parágrafos 956, 957).
Há muitas maneiras desse poder desviar a atenção do Deus supremo. Peregrinações, mitos, adoração de relíquias, missas, santuários edificados a santos canonizados. Ensinos como Inferno, Purgatório, Limbo ensinam um Deus perverso que se compraz no sofrimento eterno de pobres criaturas pecadoras.
Querem ver outro “desvio de rota”?  Há 911 igrejas e 267 santuários dedicados a Fátima em todo mundo. Só dentro de Roma existem 50 igrejas dedicadas a Virgem Maria. E mais templos nominados a:   Nossa Senhora d'Ablon, Nossa Senhora da Abadia, Nossa Senhora de Absam, Nossa Senhora da Abundância, Nossa Senhora da Ajuda, Nossa Senhora de Akita, Nossa Senhora de Almudena, Nossa Senhora do Amparo (título de Maria), Nossa Senhora dos Anjos, Nossa Senhora da Apresentação, Nossa Senhora da Apresentação de Natal, Nossa Senhora da Arábia, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora de Lourdes, Virgem de Guadalupe (México),   Minha mãe, que era católica, falava muito em “Santa Maria Maggiore”, um dos títulos da virgem. E as igrejas dedicadas aos santos?  O espaço restrito não nos permite alongar as identificações. Teríamos muita coisa a apresentar. Seria preciso um tratado para detalhar as obras do poder identificado por Paulo.
           
TERÇA  
O detentor (2Ts 2:5-7)
                 
       Algo estava detendo a manifestação precoce do poder iníquo ao qual Paulo estava se referindo. Logicamente esse algo era entrave às pretensões de poder do homem do pecado. Paulo diz que os tessalonicenses tinham conhecimento do empecilho. Comentando o verso 6, o SDABC, vol. 7, p. 241 diz: “Os estudantes posteriores de suas palavras têm a desvantagem de não saber o pleno conteúdo de sua [de Paulo] citação oral.” Isto é, não há possibilidade de saber exatamente a que Paulo se referia.
      E o SDABC prossegue: “Os comentaristas reconhecem grandes dificuldades nos versos 6-12, e as ligam ao fato de Paulo estar se dirigindo aos tessalonicenses num contexto de informações previamente partilhadas, as quais nós não possuímos. Assim, qualquer explanação da passagem proposta contém um elemento conjectural, e deve ser cuidadosamente pesado no contexto da mensagem de Paulo aos tessalonicenses.” Pp.241-242.
      Porém, é clara a conclusão de que o poder que detinha o progresso do iníquo vinha da parte de Deus, embora não lhe conheçamos o meio.
      “O mistério da iniquidade já opera...” – Havia anticristos contemporâneos de Paulo? Por certo que sim. Ler 1Jo 2:18. O inimigo nunca deu trégua à oposição a Jesus. O poder perseguidor do povo de Deus que reinaria por 1.260 anos já estava em fase fetal. Um curso de terrível apostasia estava tomando forma.
            Já na época dos reformadores, esse poder estava bem estabelecido. Dele disse Calvino: “Algumas pessoas pensam que somos demasiadamente severos e censuradores quando chamamos de Anticristo o pontífice romano. Mas aqueles que são desta opinião não consideram que eles trazem a mesma carga de presunção contra o próprio Paulo, de quem falamos, e cuja linguagem adotamos… vou brevemente mostrar que as (palavras de Paulo em II Tessalonicenses 2) não são capazes de qualquer interpretação diferente do que a aplicação ao papado.” Institutes of the Christian Religion.
            Roger Williams, primeiro pastor batista dos EUA, afirmou: “O pretenso vigário de Cristo na Terra, que se assenta como Deus sobre o Templo de Deus, exaltando-se não só acima de tudo o que é chamado de Deus, mas sobre as almas e as consciências de todos os seus vassalos, sim, sobre o Espírito de Cristo, sobre o Espírito Santo, sim, e do próprio Deus … fala como o Deus do céu, pensando em mudar os tempos e as leis, mas ele é o filho da perdição (2 Tessalonicenses 2).” The Prophetic Faith of Our Fathers,vol. 3, p. 52.
 John Wesley, fundado do metodismo, expôs: “Ele está em um sentido enfático, o homem do pecado, como que aumentando todos os tipos de pecado acima da medida. E ele é, também, devidamente intitulado como ‘o Filho da Perdição’, como ele tem causado a morte de inumeráveis multidões, tanto de seus opositores como seguidores… Ele é o que… se levanta contra tudo que se chama Deus, ou que é adorado… reivindicando maior poder, e maior honra… reivindicando as prerrogativas que pertencem somente a Deus.” Antichrist and His Ten Kingdoms, p. 110.
Wycliffe, Tyndale, Lutero, Calvino, Cranmer, no século XVII, Bunyan, os tradutores da Bíblia King James e os homens que publicaram as confissões de fé batistas e de
Westminster, Sir Isaac Newton, Wesley, Whitfield, Jonathan Edwards, Spurgeon e, mais recentemente, o bispo JC Ryle e o Dr. Martin Lloyd-Jones; estes homens, entre inúmeros outros, todos viram o papado como o anticristo”. All Roads Lead to Rome, Michael de Semlyen. p. 205.
Hoje há fatores de detenção que impedem esse poder de retomar o controle religioso do mundo. Pouco a pouco, contudo, eles vão sendo removidos para que se prepare o caminho do erguimento da imagem da besta, que dará vida à primeira besta e oprimirá a consciência. Porém, “os protestantes dos Estados Unidos, serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência.” GC, 588. 
QUARTA               

O anticristo revelado (2Ts 28-10)
                 
                O advérbio “então” coloca no texto uma relação de tempo. Quando ocorrerá esse “então”? Quando for “afastado aquele que agora o detém”. Segundo a interpretação historicista, o mistério da iniquidade alcançou reconhecimento e apoio de Clóvis, imperador dos francos em 508, embora desde Justiniano o papa ter sido considerado pelo imperador como o cabeça de todas as igrejas. O catolicismo tornou-se a religião oficial do Sacro Império Romano. O historiador Victor Duruy atestou: “Clóvis foi o primeiro a unir todos os elementos dos quais a nova ordem social seria formada,a saber, os bárbaros, aos quais ele colocou no poder; a civilização romana, à qual ele rendeu homenagem ao receber a insígnia de patriarca e cônsul da parte do Imperador Anastácio; e a Igreja Católica, com a qual ele estabeleceu a frutífera aliança que foi continuada pelos seus sucessores. O Concílio de Orleans havia sancionado essa aliança, reconhecendo a Clóvis como o protetor da Igreja, cujas isenções ele confirmou nesse mesmo concílio. O papa já havia escrito a ele: ‘O Senhor proveu as necessidades da Igreja por lhe conceder como defensor um príncipe armado com o capacete da salvação: sejas sempre para ela uma coroa de ferro, e ela te concederá a vitória sobre os teus inimigos’”.
            Clóvis entendeu que politicamente seria um grande lance obter o apoio da Igreja Católica, que já se constituía um poder religioso forte. Como havia se casado com Clotilde, uma princesa católica, ele até abriu mão de sua antiga religião para abraçar convenientemente a da esposa. Sua luta contra os inimigos arianos da igreja romana é notória nos anais históricos.
            É verdade que muitos eventos históricos concorrentes para o estabelecimento do papado tiveram lugar nos anos antecedentes a 538 a.D. e que contribuíram para a inegável hegemonia político-religiosa de Roma papal, fazendo dela a controladora tanto da religião quanto da política da Idade Média. O Imperador Justiniano já reconhecera oficialmente a proeminência do papa, faltava à igreja autonomia política para dominar.  Segundo os historiadores, desde a queda do império romano em 476 a.D., Roma sempre esteve sob controle de um rei ariano e, portanto, inimigo do papado.
            Depois de ser livrada do domínio dos hérulos e dos vândalos, ainda faltava um inimigo a ser vencido: os ostrogodos. “A pesada derrota dos ostrogodos no cerco de Roma... em 538 a.D., foi um golpe mortal para a independência do poder ariano que governava a Itália, e constituiu, portanto, uma data notável no desenvolvimento da supremacia papal. Com o período de 533-538, pois, começam os mil, duzentos e sessenta anos desta profecia, que se estenderiam até ao período de 1793-1798. O ano de 1793 foi o ano do Reinado do Terror na Revolução Francesa, e o ano em que a religião católica romana foi abandonada na França, e em seu lugar instituído o culto da razão. Como resultado direto da revolta contra a autoridade papal na Revolução Francesa, o exército francês, sob o comando de Berthier, entrou em Roma e, a 10 de fevereiro de 1798, o papa foi aprisionado, morrendo no exílio na cidade francesa de Valença, no ano seguinte. Este ano, 1798, no qual foi infligido ao papado o golpe de morte, clara e adequadamente assinala o término do longo período profético mencionado nesta profecia.” Estudos Bíblicos, terc. ed., 22o milheiro, p. 195.  

QUINTA
Verdade e mentiras (2Ts 2:10-12)

            “[...] e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” (2Ts 2:10-12)
            A pergunta número 7 da lição é intrigante. “Por que Deus permite que tantas pessoas sejam enganadas?” Em verdade, o Senhor não permite que as pessoas sejam enganadas. O que Ele permite é que os que quiserem ser enganados, rejeitando frequente e audazmente a luz da verdade, se envolvam no erro que tanto acariciam. Segundo Paulo, a causa fulcral ou fundamental no problema do engano permitido é que os rejeitadores “não acolheram o amor da verdade para serem salvos”.
            Em Sua extrema misericórdia, o Espírito do Senhor Se empenha em levar luz ao pecador, para que veja seus descaminhos e chegue ao arrependimento. A bondade do Senhor é que leva o homem ao arrependimento (Rm 2:4). Porém, está escrito: “Não permanecerá o Meu Espírito para sempre com o homem...” (Gn 6:3). Há um limite o qual o homem não pode ultrapassar sem consequências mortais. Mesmo com o povo de Deus, o Senhor pode permitir que, se ele escolher endurecer-se contra os apelos divinos, seja deixado a errar por ter escolhido a operação erro. Isso é comprovado pelos versos 11 e 12 do Sl 81: “Mas o Meu povo não quis ouvir a Minha voz; Israel não Me quis. Pelo que Eu os entreguei aos desejos dos seus corações e andaram segundo os seus próprios conselhos.”
            Vejam o que escreveu EGW sobre o que ocorrerá com os ímpios por causa de sua obstinada oposição ao Espírito do Senhor: “Deixando Ele o santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. Removeu-se a restrição que estivera sobre os ímpios, e Satanás tem domínio completo sobre os que finalmente se encontram impenitentes. Terminou a longanimidade de Deus. O mundo rejeitou a Sua misericórdia, desprezou-Lhe o amor, pisando Sua lei. Os ímpios passaram os limites de seu tempo de graça; o Espírito de Deus, persistentemente resistido, foi, por fim, retirado.” GC, 613 e 614.
            A “operação-erro” não é de criação divina. Erro é oposto à verdade e tem como seu criador Satanás. Quando Deus retira Sua mão guardadora, o inimigo está livre para fazer o que bem entende com seus súditos. A imunização contra o erro dá-se pela recepção amorosa da luz da verdade que Deus envia. Quem rejeita a verdade firma-se no terreno da mentira, que é território satânico. Então, fica totalmente à mercê do grande enganador.   
 
 
 
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