Comentários Lição 10 - Reforma: vontade de crescer e mudar (Prof. Sikberto Marks)

31 de agosto a 7 de setembro de 2013

Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Verso para memorizar: “Antes, Ele dá maior graça; pelo que diz: DEUS resiste aos soberbosmas dá graça aos humildesSujeitai-vos, portanto, a DEUS; mas resisti ao diabo, e este fugirá de vós” (Tiago 4:6, 7).

Introdução de sábado à tarde
Que pessoas DEUS chama e que pessoas DEUS não chama? Na realidade, de alguma forma, DEUS chama todas as pessoas. JESUS está a bater na porta do coração de todos. Como Ele faz isso? De uma infinidade de maneiras. Por exemplo: por meio de um vídeo, de uma pregação, de um texto, de um e-mail, de um cartaz, de um pensamento, de um programa pela TV, de um folheto, e assim vai. Há milhões de maneiras que DEUS usa para tocar as pessoas, para bater na porta da mente delas.
Mas aí vem outra pergunta: porque são tantas pessoas que não são transformadas por DEUS? Pois a maioria só vai piorando na vida espiritual. A razão é simples: essas pessoas não atendem a DEUS, ou de tal maneira estão afundadas em seus gostos e desejos que jamais percebem o chamado de DEUS. E o Salvador respeita a vontade de cada ser humano; Ele não invade as mentes. Conheço centenas de professores universitários, e a maioria deles não mostra interesse algum por assuntos religiosos. Portanto, para estes, o toque de JESUS é como inexistente, eles não percebem nada. O materialismo, as perplexidades do mundo e outras coisas fecham a mente para o delicado e sutil toque de DEUS.
No estudo desta semana veremos algo sobre a nossa vontade. Essa mesma vontade que pode abrir nossa mente a DEUS, ou mantê-la fechada. Se a vontade for abrir, então se inicia um processo de conversão. Mas se a pessoa já pertencer ao povo de DEUS, então se inicia o reavivamento. A pessoa passa a ter maior interesse pelas coisas de DEUS. E aumenta o desejo de obedecer, de viver de acordo com a vontade de DEUS. É uma caminhada com o Salvador, uma experiência tão agradável que a pessoa sente cada vez mais vontade de fazer a vontade de DEUS.
O que é a vontade de DEUS? É que sejamos salvos, vivamos felizes, que nos amemos uns aos outros e vivamos eternamente em perfeição. Essa experiência de felicidade vai aumentando, e faz crescer o desejo de mudança na vidaA pessoa mesma, sem imposição por parte de DEUS, vai sentindo desejo de largar as coisas do mundo que passa a entender que não são adequadas para verdadeiros cristãosA sua vida vai se tornando cada vez mais simples, seus hábitos cada vez mais purosA pessoa está em plena reforma do que ela é, mudando para o que ela deveria ser segundo DEUS.

  1. 1.      Primeiro dia: Graça para crescer
Uma constatação interessante sobre a criação e a recriação. A criação ocorreu num tempo em que não havia ser vivo algum na Terra. Mas a recriação ocorre num tempo em que há seres vivos, e seres humanos, aos quais lhes foi dada a capacidade de tomar decisões. Seres que possuem livre arbítrio.
Portanto, se na criação não tivemos participação alguma, na recriação temos participação, isto é, colaboramos com o que DEUS faz. Esta é uma das ênfases desta lição: os seres humanos têm algo a fazer no processo de transformação que DEUS realiza. Nós, em essência, tomamos decisões por termos o livre arbítrio: se DEUS vai ou não vai nos transformar, isto é, realizar mudanças em nosso caráter. Esse é um dos pontos vitais no reavivamento e na reforma.
Vejamos hoje algo sobre os discípulos de JESUS, em especial, sobre os apóstolos. Como eles eram antes da mudança e como se tornaram depois?
Antes da mudança eram egocêntricos, interesseiros, queriam os primeiros lugares, disputavam o lugar da direita ou pelo menos o da esquerda junto ao trono no Reino de DEUS. Eles queriam derrubar o Império Romano, matar os samaritanos porque não lhes deram acolhida, afastar as crianças que se achegavam a JESUS, impedir que doentes e leprosos se achegassem ao Mestre. Muitas vezes queriam ensinar ao próprio Mestre o que Ele devia fazer, e O repreendiam quando falava que seria morto. Eram pecadores comuns, como qualquer outro. Parecidos conosco. Humildade não possuíam, embora fossem pobres, eram bastante arrogantes. Queriam que o Mestre usasse Seu poder para lhes satisfazer os desejos de domínio. Judas foi tão fundo nisso que não conseguiu retornar ao bom senso. Lições que JESUS ensinava não aprendiam: como oferecer a outra face, andar a segunda milha, dividir o que possuíam. Era uma turma da qual não se poderia esperar alguma coisa positiva, muito menos que revolucionassem o mundo por meio da estratégia do amor. E João, por exemplo, era o “filho do trovão”, isto é, o mais exaltado e dado a criar conflitos e ser valente para bater nos outros. Era nervoso, de pavio curto.
Mas como se tornaram depois da mudança? Homens humildes, mansos, capazes de entender os demais seres humanos, capazes de sofrer por JESUS, de pregar, sem medo dos inimigos, sem medo da prisão nem da morte. Eram corajosos onde deviam ser corajosos, mas mansos e humildes onde devia ser assim. Eram pessoas equilibradas, com poder do ESPÍRITO SANTO, e iam onde eram enviados para realizar a obra que JESUS lhes havia dado.
É de se refletir bastante sobre a mudança que ocorreu com esses rudes homens, que se tornaram polidos, educados, obedientes e principalmente fiéis aos princípios da Bíblia que eles conheciam. Tornaram-se autores da parte do Novo Testamento. Eles foram vencedores porque decidiram que DEUS devia mudar seu caráter.

  1. 2.      Segunda: Poder de escolha
A reforma acontece em nós quando cooperamos com DEUS. Ontem dissemos que na criação não participamos, mas na recriação, dela participamos. Hoje estudaremos um pouco sobre como funciona essa participação. Mas deve ficar claro que a reforma é feita por DEUS, não por nós. Isso precisamos entender bem.
Vamos supor uma possibilidade que acontece com frequência. Imaginemos um membro de uma Igreja Adventista, que lhe falta o reavivamento e a reforma. Ele vive um pouco como o mundo sugere e um pouco como DEUS aprova. Em um dia qualquer, por algum programa (e poderia ser por outras maneiras), ele dá conta de seu estado, e percebe que assim como vem vivendo não pode continuar, porque vai se perder. Gera-se um conflito em seu íntimo. Em sua mente ocorre uma luta. Ele quer mudar, mas, por sua vez, também gosta das coisas que deveria deixar para trás. Ele decide pela mudança. Quando faz essa decisão, um poder Se apresenta para ajudar. É o ESPÍRITO SANTO. Desde já o Céu está a seu dispor.
O que foi que aconteceu? A pessoa tomou uma decisão, de se entregar a JESUS, e essa decisão serviu como uma espécie de autorização para que seja ajudado por poderes divinos. E a sua liberdade está sendo respeitada. A qualquer momento a pessoa pode mudar de decisão, e isso também será considerado. DEUS não age contra a nossa vontade. Mas atenção, aquela decisão é uma das maneiras como podemos cooperar com a reforma que DEUS opera na pessoa. Aliás, é a principal maneira.
Então, a certa altura dos acontecimentos, a pessoa sente necessidade de conhecer melhor a JESUS. Ela passa a ler mais a Bíblia e buscar esse conhecimento. Ela passa a estudar mais a Lição da Escola Sabatina. O estudo é outra maneira de colaborar com DEUS, pois enquanto estuda, o ESPÍRITO SANTO atua, e vai transformando.
Passa mais um pouco de tempo, e ela sente vontade de testemunhar. Em um dia qualquer ela se encontra falando sobre JESUS a outra pessoa, ou divulgado a salvação de uma maneira que ela mesma cria. E também em seu trabalho ela age diferente. Está vivendo cada vez mais de acordo com os princípios divinos. Ela está colaborando com as sugestões do ESPÍRITO SANTO, e agindo de acordo como Ele deseja. Ela não está resistindo, e isso é colaborar.
Então acontece uma festa de aniversário e a pessoa vai. Era seu costume contar piadas não recomendáveis a um cristão verdadeiro. Algumas pessoas que gostavam dessas piadas já esperavam por elas. Mas dessa vez foi diferente, ela deu uma lição de moral, dizendo que mudou, e que não contará mais essas piadas. Alguns não gostaram, mas outros ficaram impressionados e entenderam que também deveria mudar nesse sentido. Ao voltar da festa o nosso personagem sentiu-se como alguém em transformação. Ficou surpresa com sua conduta, e muito feliz, só podia agradecer a DEUS. Estava feliz pelo que vinha acontecendo em sua vida. Estava sendo transformada e nem fazia esforço nesse sentido, apenas concordava com o que o ESPÍRITO SANTO lhe vinha sugerindo, e não resistia. Ela aprendeu a ouvir a voz de DEUS, que não se ouve, mas que se sente no momento adequado.
Assim a vida dessa pessoa foi indo em frente, de um estado de santificação para outro, sempre superior. Em sua família as coisas mudaram para melhor (mas nem sempre os familiares cooperam também). Havia mais unidade, alguns desentendimentos simplesmente não ocorriam mais. Que maravilha de vida ela experimentava agora! Deixou de algumas práticas do mundo, e isso também a deixava feliz.
Ok pessoal, essa é uma história real, mas não importa de quem seja. Vale muito entregar-se a DEUS e cooperar com Ele nas mudanças boas que quer fazer em nossa vida. “Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo – o jugo da obediência e do serviço – todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão” (O Maior Discurso de CRISTO, 101).

  1. 3.      Terça: Confiança e dúvida
Talvez o título da lição de hoje devesse ser: Dúvida e confiança. Assim foi a ordem dos fatos. Os discípulos de JESUS amargaram forte dúvida por ocasião da cruz, mas quando receberam o poder do ESPÍRITO SANTO, toda dúvida desapareceu e saíram a pregar sem temor algum.
“No dia de Pentecostes, Cristo deu aos discípulos o Espírito Santo como seu Consolador. Devia habitar sempre com Sua igreja. Durante a era patriarcal, a influência desse Espírito fora frequentemente revelada de modo notável, mas não em sua plenitude. O Espírito esperava pela crucifixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Durante séculos haviam sido feitas orações pelo cumprimento da promessa, pela comunicação do Espírito; e nem uma dessas fervorosas súplicas fora esquecida. Agora por dez dias fizeram os discípulos suas petições, e Cristo no Céu lhes acrescentou Sua intercessão. Reclamou o dom do Espírito para que pudesse derramá-Lo sobre Seu povo. … Tendo [Cristo] chegado ao Seu trono, o Espírito foi concedido conforme Ele o prometera, e como um vento veemente e impetuoso veio sobre os que estavam reunidos, enchendo toda a casa. Veio com plenitude e poder, como se por séculos essa influência estivesse sendo reprimida, mas agora derramada sobre a igreja, para ser comunicada ao mundo. Que se seguiu a esse derramamento? Milhares se converteram num dia” (CRISTO Triunfante, MM 2002, 300).
A diferença entre o antes e o depois na vida dos discípulos foi o Pentecostes. Antes, Pedro era cheio de confiança em si mesmo. Foi ele o único que resolveu caminhar sobre o mar, e assim que estava sobre as ondas, teve medo, e afundou. Foi ele quem prometeu que nada fariam a JESUS, ele não deixaria que prendessem seu Mestre, mas assim que isso aconteceu, dizia que nem O conhecia. Assim também foi o caso de Tomé. Ele tinha ouvido JESUS dizer que seria morto e que ao terceiro dia ressuscitaria. Mas quando tudo aconteceu, tendo vários deles visto e falado com JESUS, aliás, dos apóstolos só Tomé ainda não O vira, disse que só acreditaria se ele mesmo O visse e O tocasse.
Mas como foram transformados esses homens quando sobre eles veio o poder do ESPÍRITO SANTO prometido por JESUS! Passaram a pregar com poder, sem medo de nada. Viessem os soldados, não se intimidavam. Com as frequentes ameaças, não tinham medo. E de fato, todos eles menos João, enfrentaram mortes terríveis. Mas não sentiam medo.
O que fez a diferença na vida destas pessoas? Foi a concessão do ESPÍRITO SANTO, o Pentecostes, ou ainda, a chuva temporã. Tendo o poder de DEUS com eles, não temiam mais nada. Assim ainda será em nossos dias. Na verdade já estamos chegando muito próximos de um novo derramamento desse poder. Os sinais estão dizendo que bem logo a Igreja Adventista terá um poder tal que impressionará o mundo todo. O assunto do dia, em todos os dias, será a mensagem desta igreja.

  1. 4.      Quarta: A decisão de voltar
Para o filho pródigo, a decisão de retornar, na realidade, não foi das mais difíceis. Uma situação é estar perdido, mas não lhe faltando as coisas que mais deseja; outra, bem diferente, é estar perdido e não ter nem o que comer. Hoje existem muitas pessoas ricas, tendo ao alcance tudo de bom que o mundo oferece. Para alguém assim é mais difícil sentir necessidade de uma reforma na vida. Mas quando a crise bate na falta de dinheiro, na falta de alimento, na falta de teto, aí a decisão de retorno é mais premente, a pessoa sente desejo dos benefícios que possuía antes.
Mas mesmo nesses casos nem sempre a decisão é assim tão simples como foi para esse jovem. Conheço um senhor de 62 anos, foi excelente eletricista de automóveis, com vários cursos. Era do tipo que pelo ouvido já diagnosticava o problema. Grande experiência profissional. Possuía uma boa família, esposa e filhos, construiu um sobrado de dois pisos, tinha dois automóveis e praticamente tudo o que desejava. Dinheiro ganhava em boa quantidade, era muito demandado por pessoas com problemas elétricos nos carros.
Mas ele jogou tudo fora. Era mulherengo, e passou a gastar cada vez mais com mulheres que sabem se aproveitar da fraqueza. Foi vendendo bens, perdeu os clientes, e hoje, sem família, mora de favor num canto, sem nada. Até alimento lhe falta, tem gente que o ajuda. Faz uns trabalhos aqui e ali, como limpeza de terrenos. Aviltou-se tanto que já não serve para trabalhos onde precisa pensar um pouco. Mal sabe fazer serviços braçais simples. A pergunta é: como alguém assim poderia retornar? Até pode, mas a sua mente não entende o que deve fazer.
A lição de hoje nos ensina duas coisas. A primeira, se nos descuidarmos espiritualmente, poderemos cair tanto que teremos que amargar para o resto da vida as consequências dos erros. Segunda, para reparar ao menos parte dos erros, às vezes é bem complicado, requer humildade em grande medida.
O filho pródigo não perdeu família, não se havia casado, embora talvez usufruísse das mulheres aproveitadoras. Aqui é importante dizer que essas mulheres que se aproveitam dos homens, geralmente tem um final de vida dramático de dar dó. Nesse mundo de sofrimento, entre homens e mulheres, são elas que mais sofrem, e que mais são abusadas. Muitas vezes sofrendo ao lado de seu próprio marido (isso é um dos efeitos mais devastadores do pecado), a mulher, uma criatura tão delicada, tem um marido que não entende o que DEUS criou. Basta ver os noticiários, e assim foi ao longo do drama de nossa história. A mulher parece que foi feita só para a perfeição.
O jovem retornou e foi bem recebido pelo pai. Mas como teria sido se o pai já tivesse falecido? Para quem ele recorreria? Aprendemos aqui que o Pai celestial sempre está disposto a nos receber, Ele não morre, e não Se cansa de esperar. O pior acontece quando nós nos depravamos tanto que não sentimos mais vontade de retornar, ou não somos capazes disso.
O filho pródigo decidiu sair do chiqueiro para retornar ao palácio de seu pai. Foi bem recebido, havia alguém esperando por ele. Mas cuidado, pois, por vezes, só DEUS mesmo está esperando por alguém que errou tanto a ponto de nesta Terra não haver mais ninguém que se importe. Se o pai dele tivesse falecido, o seu irmão o teria tratado mal, talvez nunca o recebesse.

  1. 5.      Quinta: Fé para agir
Para que milagres se realizem, principalmente quem tem que ter fé é o que vai interceder. Aquele que será beneficiado com o milagre também tem que ter fé, mas cabe ao intercessor a principal parte quanto a essa fé. É o caso do paralítico nesse estado há 38 anos. Quem teve fé para a cura foi JESUS, o paralítico apenas disse que queria ser curado, e foi sincero em crer que JESUS o poderia fazer.
Portanto, quando muitos ministros, em especial na televisão, apelam para que o povo tenha fé que DEUS operará, na verdade são eles que deveriam ter essa fé. Porém, a posição desses pastores lhes coloca em situação confortável: se o milagre não acontece, ou se falhou, não são eles que fracassaram, e sim a pessoa, que não teria tido fé suficiente.
JESUS quando chegou perante esse paralítico, perguntou se ele queria ser curado. Até parece uma pergunta tola. Mas analise, é uma pergunta tão simples e fácil de ser respondida – era sim ou não. Em outras palavras, a possibilidade de cura não requeria uma rigorosa entrevista com questões complexas. Para que fosse curado o homem não foi submetido a um exame sofisticado, mas apenas uma pergunta das mais simples foi a exigência. É evidente que ele queria ser curado. E isso lhe foi fácil responder. E a cura só dependia de uma resposta afirmativa, óbvia e também simples.
O homem acreditava firmemente na movimentação das águas por um anjo. E não havia, para ele, como entrar nelas antes de qualquer outro. Mas ele era persistente, nunca desistiu, esperava que algum dia pudesse entrar em primeiro lugar, para ser curado. Essa era a sua fé. Então JESUS simplesmente lhe disse que se levantasse, tomasse a sua cama e andasse. Outro teste bem simples. Ele teria uma parte a fazer, acreditar nessas palavras e fazer o que lhe fora ordenado. Isso não custava nada, era só tentar. Foi o que fez, e estava curado. Ele levantou, tomou a sua cama, e saiu andando.
Alguma coisa devemos fazer, e sempre é algo bem fácil. Pode até parecer difícil a princípio. No caso desse paralítico, ele podia ter duvidado, pois, afinal, foram 38 anos daquele jeito, sem caminhar. Como poderia alguém, somente falando, curar a paralisia? Mas ele obedeceu, e aí que estava a diferença: a obediência.
Muitas vezes nós também estamos afetados por algum tipo de pecado que se tornou arraigado. Por meio de diversas maneiras chegam os apelos para a mudança, e o que devemos fazer? Simplesmente tomar a mesma decisão do paralítico, agir e pronto. A força para a mudança virá, assim como veio para o paralítico andar.A transformação da reforma é DEUS quem opera, mas nós sempre temos alguma parte a realizar, e ficaremos satisfeitos com o resultado. Talvez em nossa vida haja mudanças a fazer que não queremos que sejam feitas. Gostamos do que somos, mesmo estando errado. Mas isso também não deve ser uma preocupação. Devemos colaborar com DEUS, pois Ele é quem faz as mudanças, não nós. A nossa parte apenas é concordar, ou desejar essa mudança, mesmo contra a vontade, e não resistir quando ela for operada. Por exemplo, se temos o vício de praticar algo que gostamos muito, mas se certo dia, de alguma maneira, aparece algum apelo sobre esse assunto, para deixar dessa prática, então, mesmo contra a nossa vontade, devemos dizer a DEUS: “mude-me”. Isso é colaborar. E cada vez que a tentação vier outra vez, dizer a DEUS: “me dê forças para enfrentar”. Para quem nunca experimentou, parece mentira, mas se experimentar vai se surpreender com um poder imediato, de libertação da tentação. Vai ter que lutar sim, a tentação retornará mais tarde, então peça socorro a DEUS outra vez. Depois de algum tempo, a transformação foi efetuada por completo, e não sentirá mais desejo algum em relação àquele pecado. É verdade, a satisfação só virá depois do resultado concretizado. Para isso, como o paralítico, devemos querer ser transformados, e levantar, tomar a cama e andar.

  1. 6.      Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
a)      Síntese dos principais pontos da lição
  • Qual o foco principal?
O ponto mais importante do estudo desta semana é a mudança. Como ela ocorre? É DEUS quem realiza a mudança em nós. E nós participamos, isto é, colaboramos. O que DEUS faz e o que nós fazemos? DEUS nos recria, transforma, pois Ele sabe o que deveríamos ter sido se nunca tivéssemos pecado. Essa parte é com Ele. E nós colaboramos. Mas como é essa colaboração? Entregamo-nos a Ele, abrimos a porta da mente para que Ele entre, isto é, que realize o Seu trabalho de Criador, neste caso, de recriação. Nós não resistimos, mas concordamos e passamos a apreciar as transformações. DEUS participa com Seu poder criador, nós participamos com a vontade de sermos transformados. E tem mais uma coisa, essa vontade nos leva a não retornar às velhas práticas. A pessoa deseja ser transformada à imagem do Salvador do mundo. E sente-se bem com essas mudanças.
  • Quais os tópicos relevantes?
A oração é supremamente necessária para que sejamos reavivados. Temos que nos relacionar com DEUS (Ele e nós somos seres sociais). Também, como seres livres, devemos fazer escolhas, cada dia. E procurar conhecer a vontade de DEUS para fazer a escolha certa, pois isso é vital. Portanto, devemos ler a bíblia para conhecer melhor essa vontade.
  • Você descobriu outros pontos a acrescentar?
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b)      Que coisas importantes podemos aprender desse estudo?
Podemos aprender que a nossa fraqueza unida ao poder infinito de DEUS leva a condição de que nada nos será impossível, e que todas as dificuldades poderão ser superadas. Por exemplo, se uma pessoa que se droga, e que esteja numa situação deplorável, se ela desejar sair dessa situação, de alguma forma ela sairá se colocar a sua vontade junto ao poder de     DEUS.
  • Que aspectos posso acrescentar a partir do meu estudo?
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c)       Que providências devemos tomar a partir desse estudo?
Vamos supor uma pessoa muito fraca quanto à vontade de mudar segundo a vontade de DEUS. Mesmo assim, se ela colocar essa sua pequena vontade em DEUS, Ele tornará essa vontade uma fortaleza, Ele operará de tal maneira que se cumpra na pessoa o seu desejo de mudança, uma vez tendo ouvido Seu chamado.
  • O que me proponho a reforçar, se for bom, ou mudar se for mau, em minha vida?
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d)     Comentário de Ellen G. White (grifos acrescentados)
“Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida em conformidade com os seus preceitos. As tremendas questões de eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, uma religião de palavras e formas, onde a verdade é mantida no recinto exterior. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser ouvidas do púlpito” (Profetas e Reis, 624-626).

e)      Conclusão geral
“Se a bênção que receberam os que alegam ser santificados, os leva a confiar em alguma emoção, e declaram não haver necessidade de examinar as Escrituras para saberem a revelada vontade de Deus, então a suposta bênção é falsa, pois leva seu possuidor a dar valor a suas próprias emoções e fantasias não santificadas, e fechar ouvidos à voz de Deus em Sua Palavra” (Reavivamento e Seus Resultados, 55).
  • Qual é o ponto mais relevante a que cheguei com este estudo?
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Assista o comentário clicando aqui.
Vídeos sobre   capítulos proféticos da Bíblia, em linguagem simples
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Comentários Lição 10 - Reforma: vontade de crescer e mudar (Prof. César Pagani)

31 de Agosto a 7 de Setembro

Verso para Memorizar

“Antes, Ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4:6, 7)
César L. Pagani

            A reforma é um ato de fé secundado pelo poder do Espírito Santo, regado pela graça de Deus e energizado pelo amor de Cristo no coração.
            Reforma só ocorre se o reformando (aquele que passa pela reforma) docilmente se entregar nas mãos do Espírito. Ninguém pode ser reformado contra a vontade, assim como não se pode reformar uma casa, um automóvel ou uma propriedade qualquer, sem o consentimento do dono.
            A sublime experiência de galgar o patamar da espiritualidade ideal (pós reavivamento e reforma), é uma ação conjunta entre Deus e o homem. O texto do estudo adicional, p. 126 da lição, é muito elucidativo: “Que nenhum homem apresente a ideia de que o ser humano tem pouco ou nada a fazer na grande obra de vencer, pois Deus não faz nada pelo homem sem a sua cooperação. Não digam que, depois de terem feito tudo o que puderem, Jesus irá ajudá-los. Cristo disse: ‘Sem Mim nada podeis fazer’ (Jo 15:5). Do princípio ao fim o ser humano deve cooperar com Deus. A menos que o Espírito Santo atue no coração humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços da pessoa por si sós não são nada, mas inutilidade. Por outro lado, a cooperação com Cristo significa vitória. [...] Nunca deixe na mente a impressão de que há pouco ou nada para fazer por parte da humanidade, mas ensine as pessoas a cooperar com Deus, para que elas possam ser bem-sucedidas em vencer.” (Ellen G. White, A New Life, p. 38, 39) Por conseguinte, a obra é a quatro mãos: duas do Onipotente e duas do impotente (ser humano). 
            
DOMINGO
Graça para crescer
             Graça é favor concedido sem qualquer direito do recebedor. Moffat, autor de conhecida versão bíblica, afirmou: “A religião da Bíblia ou é uma religião da graça ou nada é. Não havendo graça, não há evangelho.”
            Foi a graça, impelida pelo amor, que nos procurou quando “éramos ainda pecadores”.  Ela entrou veio até nós, nos transformou, vivificou, sustentou, fortaleceu, amparou e consolou.
Entendemos graça como benefício, favor ou benevolência. Na compreensão teológica, graça é dom sobrenatural conferido pelo Senhor como instrumento-mór de salvação. É misericórdia imerecida, livremente concedida ao homem por Deus.
Há casos em que a graça é outorgada por Deus sem ser pedida. Salomão, por exemplo, pediu a graça, o favor, da sabedoria, e Deus lhe deu riquezas, propriedades e honra incomparáveis (2Cr 1:12).
Os irmãos Zebedeu, Tiago e João, eram esquentadinhos e em seu zelo sem entendimento não podiam ver o significado da graça perdoadora. Como os samaritanos de certo vilarejo se recusaram receber Jesus e Sua comitiva, eles pediram autorização para Jesus a fim de fulminaram os recusadores da presença do Salvador. Não é à toa que Jesus os chamou de Boanerges (filhos do trovão).
Eles amavam a Jesus e O seguiam aonde quer que Ele fosse. Porém, precisavam dos altos benefícios da companhia íntima de Cristo e da graça que Lhe escapava dos lábios e da conduta. De discípulo “armado”, João, pela graça do crescimento espiritual, tornou-se o discípulo amado. Tiago, seu irmão e companheiro de apostolado, dedicou-se zelosamente ao ministério e depôs, depois de nobre trabalho, sua vida por ordem do famigerado Agripa I. Foi um dos dirigentes máximos da igreja apostólica, juntamente com seu irmão João e Pedro.
Custaram anos de graça contínua para os dois irmãos ajustarem sua vida conforme a imagem de Cristo. Porém, a busca e o recebimento contínuo da graça renovadora de Jesus os transformou totalmente.
Como passar pela mesma experiência que eles? “Esquecendo de si crescerão na graça. Pela educação da mente nesta direção aprenderão como levar cargas por Jesus.” Review and Herald, 2 de janeiro de 1879. 
 Reconhecendo a ampla dependência da graça de Cristo - Sois justamente tão dependentes de Cristo, para viver uma vida santa, como a vara é dependente do tronco para crescer e dar fruto. Separados dEle não tendes vida. Não tendes poder algum para resistir à tentação ou crescer em graça e santidade. Permanecendo nEle, florescereis. Derivando dEle a vossa vida, não haveis de murchar nem ser estéreis. Sereis como árvore plantada junto a ribeiros de água... Nosso crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade - tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora - permanecendo nEle - que devemos crescer na graça. Caminho a Cristo, 69.

SEGUNDA
            “Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em nós o querer e o efetuar, segundo a Sua aprovação. Assim, nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo.” A Ciência do Bom Viver, 176.  
            Observe nesse texto os conceitos expostos. Nele vemos uma inestimável faculdade que Deus nos deu – o direito de pensar por nós mesmos, de escolhermos o que quisermos dentre as opções disponíveis. Ele dispõe perante nós aquilo que é bom, bendito, justo, santo, perfeito, confiável, proveitoso, útil para o presente e o futuro. Nada há no governo de Deus que seja de caráter compulsório, draconiano, imposto, forçado. Há mandamentos, estatutos, regras, normas, sim, mas você e eu podemos escolher não acatá-los.  
            O que Deus está pedindo que façamos? Que escolhamos estar do Seu lado, que nossa vontade Lhe seja rendida. Nossa vontade é perversa por natureza, egoísta por profissão, interesseira e volúvel por tendência. Mesmo assim, Deus está interessado nela. Quer que a coloquemos ao Se dispor para Ele poder ajustá-la e pô-la em conformidade com Sua sagrada vontade. Ele sabe que se não fizermos isso, vamo-nos dar muito mal. Por nos amar e não querer de modo nenhum que nos percamos, apela ao nosso coração que usemos bem nosso poder de escolha.
            Um aspecto capital relativo ao livre arbítrio ou livre dependência da vontade é que ele é de caráter exercitável. É preciso frequentemente pô-lo em ação. Quando bem orientada, essa faculdade governa o homem. Quando o homem escolhe bem, isto é, prefere a Deus, o Pai Eterno pode então orientar essa preferência segundo Sua vontade.  Ellen White é taxativa: Deus não atuará sem a cooperação do homem.
            A primeira boa escolha a fazer é entregar a vontade a Cristo. Ele então a regerá segundo Seu amor, sabedoria, providência e propósitos. A opção certa libera o poder transformador de Cristo. “É certo que não podemos transformar-nos, mas temos o poder de escolha, e depende de nós o que queremos ser.” Parábolas de Jesus, 56. 

TERÇA

            A Escritura declara com toda gravidade e franqueza: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:9) Parece, porém, que o apóstolo Pedro havia perdido em sua memória a advertência bíblica. Ele confiava muito em si mesmo. E era muito sincero em sua autoconfiança. Tinha muita fé nos próprios talentos.
         Jesus profetizou o que aconteceria quando, naquela mesma noite, todos se dispersariam e O deixariam sozinho. Ninguém sairia em Sua defesa. Pedro escandalizou-se com a declaração do Senhor. É claro que ele não gostaria de que o que Jesus estava dizendo acontecesse. Afinal, a vida ao lado do Senhor era tão boa que o pescador não queria que tudo terminasse com abandono.
         Mas o que Cristo dissera aconteceu com todos os seus detalhes. Uma lição que todos precisamos aprender é desconfiar do eu.
         “Ninguém pode andar em segurança se não desconfiar do próprio eu e se não estiver olhando constantemente para a obra de Deus, estudando-a com coração voluntário, para ver seus próprios erros e aprender a vontade de Cristo, e orando para que seja efetuada nele, por ele e através dele. Eles mostram que sua confiança não está em si mesmos, mas em Cristo. Mantêm a verdade como sagrado tesouro, apta para santificar e aprimorar, e estão constantemente procurando colocar suas palavras e ações em harmonia com os seus princípios. Temem e tremem, com receio de que seja idolatrado algo impregnado do próprio eu, fazendo assim que seus defeitos sejam reproduzidos em outros que confiam neles. Estão sempre procurando dominar o próprio eu, deixar de lado tudo que esteja impregnado dele, e substituí-lo pela mansidão e humildade de Cristo. Estão olhando para Jesus, crescendo nEle, obtendo luz e graça de Sua Pessoa, para que possam difundi-las a outros.” Review and Herald, 12 de abril de 1892. 
            Qual foi o problema de Pedro e Tomé? “Tomé não quis acreditar, enquanto não pusesse o dedo na ferida feita pelos soldados romanos. Pedro O negara em Sua humilhação e rejeição. Essas penosas lembranças apresentavam-se diante deles em nítidos traços. Tinham estado com Ele, mas não O conheceram nem apreciaram. Como, no entanto, tudo isso lhes comovia agora o coração, ao reconhecerem a própria incredulidade!” O Desejado de Todas as Nações, 508.

QUARTA
A decisão de voltar
            A parábola do filho pródigo foi contada por Cristo para revelar o inefável amor de Deus, a sempre presente possibilidade de completo perdão, a graça sempre disponível, os braços paternos sempre abertos. Fica bem claro nesse maravilhoso ensino que Deus nunca abandona os que dEle se apartam em rebelião, pecado e por compreenderem-No mal. A parábola também poderia ser chamada de O Retorno do Apóstata. Uma das acepções do vocábulo apostasia é “abandono de vínculo religioso”. E foi o que o pródigo fez. Quis partir para longe da ligação diária com o pai; não queria mais cumprir regras, obedecer ordens, fazer a vontade do progenitor. Ellen White diz que ele se cansara das restrições da casa paterna. Ele queria a liberdade do mundo, seus prazeres, farras, mulheres, bebidas, alegria promíscua.
            Talvez ele recebesse uma polpuda mesada, mas queria mais. Afinal, seu pai era fazendeiro e possuía riquezas. Indevidamente ele decidiu viver numa terra distante, onde nem houvesse a possibilidade de o pai visitá-lo.  Sua mente fantasiava as horas “delirantes” que desfrutaria.
            Pediu parte da herança. Esse direito não lhe cabia, porquanto a partilha só seria feita quando do finamento paterno, mas o pai não fez restrições ao pedido do filho. Deu-lhe o que queria. Respeitou sua liberdade de escolha.
            Acontece que as coisas não saíram como ele planejara. Por um tempo, enquanto o dinheiro durou, ele fez tudo quanto seu coração desejou. Uma vida de loucura; saía de uma balada para outra. Como a loucura não pensa e nem raciocina da causa para o efeito, um dia ele colheu os resultados de sua decisão: pobreza extrema, humilhação, abandono, solidão, desabrigo.  E mais: sua mente degradou-se no desfrute daquilo que era terreno, passional, carnal.
A condição do pródigo em sua desgraça é o fiel quadro da vida do pecador desgarrado. Assim como ele ficou desamparado e perdido longe do pai, nós, pecadores, vivemos sem Deus e sem esperança quando Lhe tornamos as costas e abraçamos o mundo. Ainda assim, Deus Se apieda de nós e dispõe-nos ininterruptamente e sem variações Seu maravilhoso amor. Ele nos diz constantemente: “Volte, filho, volte! Estou com muitas saudades de você.”
Foi a certeza do amor imutável do pai que encorajou o filho a voltar, embora sua consciência o acusasse da tremenda perfídia. Ele resolve retornar e confessar suas culpas – e sem desculpas.
O pai, vendo seu vulto ainda longe na estrada, corre ao seu encontro para abraçá-lo, tal era a amorosa ânsia pelo filho. Ele não mandou o filho banhar-se no alojamento dos criados e usar uma muda de roupa deles, pois seu estado produzia rechaço. Não se importou em envolver o filho num longo abraço, embora ele estivesse cheirando a suínos e com lama da pocilga presa em seus andrajos.
Apelo aos pródigos – “Que segurança da voluntariedade de Deus em receber o pecador arrependido! Escolheste, caro leitor, teu próprio caminho? Vagaste longe de Deus? Aspiraste desfrutar os frutos da transgressão, só para vê-los desfazerem-se em cinzas nos lábios? E agora que os teus bens estão dissipados, teus planos malogrados e mortas as tuas esperanças, estás solitário e desolado? Agora, aquela voz que te falou longamente ao coração, mas para a qual não atentaste, chega a ti clara e distinta: ‘Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que destrói grandemente.’ Mq 2:10. Volta ao lar do Pai. Ele te convida, dizendo: ‘Torna-te para Mim, porque Eu te remi.’ Is 44:22.” Parábolas de Jesus, 205. 
          
QUINTA
Fé para agir

            “A fé, a fé salvadora, deve ser ensinada. A definição dessa fé em Jesus Cristo pode ser dada em poucas palavras: É o ato da alma pelo qual o homem todo se entrega à guarda e controle de Jesus Cristo. Ele permanece em Cristo e Cristo habita na alma supremamente, pela fé. O crente confia alma e corpo a Deus e com convicção pode dizer: Cristo é capaz de guardar aquilo que Lhe confiei até aquele dia. Todos os q2ue isso fizerem serão salvos para a vida eterna. Haverá a certeza de que a alma foi lavada no sangue de Cristo e revestida com a Sua justiça, sendo preciosa à vista de Jesus. Nossos pensamentos e nossas esperanças estão no segundo advento de nosso Senhor. Este é o dia em que o Juiz de toda a Terra recompensará a confiança de Seu povo.” Manuscrito 6, 1889.
            “Mediante a fé recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. Ela não obtém nada. É a mão que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos.” O Desejado de Todas as Nações, 175.
            “A fé é simples em sua operação e poderosa em seus resultados. Muitos professos cristãos, que têm certo conhecimento da Palavra Sagrada e creem em sua verdade, deixam de ter a infantil confiança que é essencial à religião de Jesus. Não estendem a mão com aquele toque peculiar que traz para a alma a virtude da cura.” SDA Bible Commentary, vol. 6, p. 1074.
            “Deve-se explicar bem como exercer a fé. Para toda promessa de Deus há condições. Se estamos dispostos a fazer a Sua vontade, toda a Sua força é nossa. Qualquer um que Ele prometa está na própria promessa. ‘A semente é a Palavra de Deus.’ Lc 8:11. Tão certo como o carvalho está na bolota, o dom de Deus está em Sua promessa. Se recebemos a promessa, temos o dom.” Educação, p. 253.
            Educando a mente a ter fé – “A fé opera por amor e purifica a alma de todo o egoísmo. Assim a alma é aperfeiçoada em amor. E havendo achado graça e misericórdia mediante o precioso sangue de Cristo, como podemos deixar de ser ternos e misericordiosos? ‘Pela graça sois salvos, por meio da fé.’ Ef 2:8. A mente deve ser educada a exercer fé, em vez de nutrir a dúvida, suspeita e ciúme. Somos muito inclinados a olhar aos obstáculos como impossibilidades.
“Ter fé nas promessas de Deus, ir à frente pela fé, prosseguir sem ser governado pelas circunstâncias, é uma lição de difícil aprendizado. Entretanto, é positiva necessidade que todo filho de Deus aprenda esta lição. A graça de Deus mediante Cristo, deve sempre ser nutrida; pois nos é concedida como o único modo de nos aproximar de Deus. A fé nas palavras de Deus pronunciadas por Cristo envolto na coluna de nuvens, teria habilitado os filhos de Israel a deixar após si um registro de espécie diferente. Sua falta de fé em Deus deu-lhes uma história bem acidentada.” Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 533, 534. 

“Os que falam sobre fé e cultivam fé terão fé; mas os que nutrem e expressam dúvidas, dúvidas terão.” Testimonies, vol. 5, p. 302. 
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