Comentários Lição 10 - A lei e o evangelho (Prof. César Pagani)



1 a 7 de dezembro de 2012
Verso para Memorizar
“Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos”. Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.” 1Jo 2:3, 4)

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.

            Há, circulando há muito tempo nas igrejas em geral, os erradíssimos conceitos doutrinários de que a Lei de Deus conflita com o Evangelho. Ora, o raciocínio mais simples, se despreconcebido, leva a pensar que sendo o Evangelho as boas novas de salvação (salvação de que mesmo?) do pecado, seus efeitos e consequências presentes e eternas e sendo o pecado a transgressão da Lei (1Jo 3:4), conclui-se que o Evangelho nos livra da culpa de  transgredirmos os mandamentos de Deus.
            Os “ignorantes e instáveis” (3Pe 3:16), e também muitos pregadores, teólogos e PhDs, usam perversamente Ef 2:15 para “provar” (como diria o inesquecível Pr. Christianini: “essa é de causar risotas”) que Jesus aboliu a Lei de Deus.
Ótimo! Já que não existe mais Lei, eu dispenso o sacrifício de Jesus, visto que “onde não há lei, também não há transgressão” (Rm 4:15), também não preciso de um Advogado junto ao Pai, não preciso confessar pecados, porque eles não existem legalmente, não preciso de santuário celeste, de intercessão, do Espírito Santo (se não sou transgressor, Ele vai transformar-me em quê?) e, finalmente, não preciso pregar o Evangelho a cada criatura, pois ele é completamente inócuo. Vejam a que descalabro esses ensinos nos conduzem.
Bendito o Deus que nos deu uma Lei santa, justa e boa, que restaura a alma, que nos torna bem-aventurados (Sl 119:1), e possuidores de bens muito maiores do que ouro e prata (Sl 119:72). Lembremo-nos que a Lei, denunciando nosso pecado, serviu-nos de aio para nos guiar a Cristo, o maravilhoso Centro do Evangelho.                   
DOMINGO

Leis e regulamentos divinos
            Deus é o Legislador-mor. Todas as leis do Universo procedem de Sua mente infinita. Estudando-as podemos ter vislumbres do caráter do Autor, Suas intenções a nosso respeito, o poder de Sua sabedoria, amor, interesse nas criaturas, Seus desejos de bem-estar e felicidade para aqueles a quem criou. Até mesmo nossa curiosidade científica e desejo do puro conhecimento das coisas são atraídos e satisfeitos quando meditamos nos regulamentos que criou.
              No AT estudamos que a Lei dos Dez mandamentos é a constituição moral feita para observância de toda a humanidade, especialmente do povo de Deus. Dela procedem todas as outras leis comportamentais, éticas, morais, de direito, de propriedade, de família, de higiene, de saúde, leis de trato comunitário, códigos penais, processuais, cíveis, etc.
Lemos que a legislação de Israel estava dividida em leis, estatutos e juízos. Além delas o Criador baixou leis e as inscreveu em a Natureza, em seus reinos animal, mineral e vegetal.  O concurso de toda essa magnífica legislação estava e está voltado para o benefício do homem e da criação divina em geral.
“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.” (Sl 19:7, 8) Não há nela nenhuma pecha de injustiça, de inconstitucionalidade, de partidarismo, de tendenciosidade, malevolência, de politicismo, ou qualquer outro desabono. Ela é perfeita porque o Legislador é perfeito. E quando aqui se fala em perfeição, refere-se à absoluta perfeição que escapa de nossas limitadas faculdades de compreensão.  Veja as qualidades encontradas só nesses dois versos: “restaura a alma”, “fiel”, “dá sabedoria”, “alegram o coração”, “ilumina os olhos”.
As constituições dos países contêm falhas. Não são perfeitas e não cobrem todas as facetas exigíveis do direito. A constituição brasileira, segundo o eminente jurista Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, “foi altamente desfigurada para atender a interesses estrangeiros, e não nacionais”.
Quanto à escorreição ou ausência de defeitos da Grande Lei Divina, a própria Inspiração declara que ela é santa e o mandamento santo, justo e bom.           
Outro aspecto fascinante é a perenidade ou eternidade da Lei de Deus. Enquanto Deus existir, existirá a Grande Constituição. O conteúdo de verdade e justiça dos santos mandamentos é total. Não escapa uma condição que não esteja prevista na Lei. 
SEGUNDA

           
A Lei de Deus é tão eterna quanto Ele próprio. Nunca houve tempo em que a Lei não existisse e jamais haverá tempo em que prescreverá. Sendo ela um transunto ou reprodução do caráter de Deus, vigerá pelos séculos dos séculos.
Mas os homens têm um mórbido interesse em anulá-la, desprezá-la, violá-la, repudiá-la. Tendo a Lei valores absolutos, imutáveis, irretocáveis e inamovíveis, choca-se frontalmente com a cultura relativista de nossos dias, onde só existem valores subjetivos , se é que poderíamos chamá-los de valores.  E quando os Dez Mandamentos são desprezados, a sociedade despenca vertiginosamente nos abismos da confusão.
Hoje se “sacramentam” as uniões gays, a fornicação, o adultério, a corrupção, a promiscuidade, o roubo, o engano, a violência criminosa. Ser honesto é puritanismo; ser casto é caretice, ser verdadeiro é anacronismo. Porém, o Senhor não muda e Sua Lei tampouco.
O sábado foi criado na primeira semana de existência da Terra e coroado com a tríplice bendição do Senhor: Seu descanso, Sua santificação e Sua bênção.  Perguntamos aos estrábicos ensinadores antinomistas: Quantos judeus existiam na semana da Criação, para que a Lei lhes fosse outorgada? Nenhum, é a resposta óbvia, gritante. Segue-se que o Santo Direito não é exclusivo dos hebreus.
Por que Caim foi criminalizado como assassino se não existia o mandamento “Não matarás”? E por que Deus falou em pecado com Caim (Gn 4:7), se não havia Lei para denunciar pecados? Por que José considerou pecado contra Deus possuir a mulher de Potifar que o tentava seduzir? Ora, onde não há lei, também não há transgressão. Por que os filhos de Jacó consideravam furto a existência de dinheiro em seus sacos de cereais, se não havia um mandamento dizendo “Não furtarás”? Por que Faraó sentiu ser pecado coabitar com Sara, sabendo depois que ela era mulher de Abraão? Até os pagãos tinham conhecimento da Lei.
Outro aspecto relevante da Lei de Deus é que ela aplica uma sentença única para qualquer crime elencado em seus mandamentos. Quem quebra um dos Dez Mandamentos, é tão réu de morte quanto se transgredisse todos eles.
“Os grandes fatos da criação conforme são apresentados pelos escritores inspirados, a queda do homem, a expiação, a perpetuidade da lei de Deus, são praticamente rejeitados, quer no todo, quer em parte, por vasta proporção do mundo que professa o cristianismo. Milhares que se orgulham de sua sabedoria e independência, consideram como prova de fraqueza depositar implícita confiança na Bíblia; acham que é prova de talento e saber superiores, cavilar a respeito das Escrituras Sagradas, e espiritualizar e explicar evasivamente suas mais importantes verdades. Muitos pastores estão ensinando ao povo, e muitos mestres e professores estão a instruir os estudantes, que a lei de Deus foi mudada ou ab-rogada; e os que consideram suas reivindicações ainda como válidas, devendo ser literalmente obedecidas, são julgados merecedores apenas de ridículo e desdém.” GC, 583.  




O Dicionário da Bíblia de Almeida diz que a Lei é: “Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16.28; Sl 119).” Partindo dessa conceituação que nos parece justa, arrazoemos: Por que a Lei iria contra ou colidiria com o Evangelho (que também é vontade de Deus revelada em palavras, julgamentos, preceitos e atos), e Jesus teria de anulá-la ou alterá-la parcialmente? Por exemplo, a vontade de Deus relativa ao dia de guarda e santificação era o sábado no AT, e depois passou a ser o domingo no NT. Seria isso razoável, sabendo-se que o Senhor não muda e nem sofre sombra de variação? O Evangelho, porventura,  é graça e a Lei é desgraça?
Ora, o que é preciso entender é o verdadeiro papel da Lei antes e depois da aceitação do Evangelho por parte de uma pessoa. Antes, ela lhe mostra o que é pecado, suas culpas, e lhe diz que o salário do pecado é a morte. A Lei não diz que Jesus morreu para salvar o pecador das culpas e transgressões. Não diz que o Calvário é a solução para todos os que pretendem escapar dos fogos do dia da ira. Mas o Evangelho faz tudo isso.
Quando a Escritura diz que ninguém será justificado pelas obras da Lei, ela quer dizer que não basta enquadrar-se na letra da Lei. A letra da Lei diz: “Não matarás”, ou “não tirarás a vida do teu próximo.” Pois bem, se eu odiar meu semelhante, mas não cometer homicídio tirando-lhe a vida, estarei de acordo com a letra da Lei, pois não? Isso seria uma boa obra diante de Deus? Jamais! Aquele que odiar seu irmão em seu coração já cometeu homicídio, embora o outro esteja vivo. Se eu não tiver relações físicas com alguém que não seja meu consorte, não estarei ferindo a letra da Lei. Porém, se cobiçar a mulher de meu próximo, mesmo que nunca me relacione com ela, terei cometido adultério, ainda que a letra da Lei não me possa imputar nenhum crime.
Agora vamos ver a função da Lei depois que o indivíduo aceita o Evangelho. Um coração convertido tem prazer na Lei de Senhor (Rm 7:22), nela medita de dia e de noite por sua suntuosidade de perfeita justiça (Sl 1:2). Ele olha para ela como sua guia que orienta no caminho certo. Quando a Lei de Deus está em seu coração por causa do efeito do Evangelho, que concedeu dons aos homens, mormente o dom do Espírito, que faz o implante de sumo código de justiça no homem interior, o indivíduo naturalmente se harmoniza com seus preceitos.  Ele não faz força para observar os santos mandamentos. Sua natureza renovada o inclina a isso e ele pede a Deus: “Guia-me pela vereda dos Teus mandamentos, pois nela me comprazo.” (Sl 119:35)
A precípua função da Lei em colaboração com o Evangelho é “que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. (Gl:3:24)  
QUARTA

O sábado e a lei
            O sábado é tanto um preceito inamovível da Lei como “não terás outros deuses diante de Mim”. Portanto, é tão obrigatório quanto qualquer outro dos santos preceitos.
            Grande parte dos cristãos no mundo considera a Lei de Deus vigente, exceto quanto ao quarto mandamento. Ou melhor, o descanso continua vigendo, mas não no sétimo dia. Acontece que não há nenhuma menção e a mínima evidência de que Deus haja feito uma retificação no santo preceito do dia de descanso e adoração.
            Fosse intenção divina a mudança do quarto mandamento e Jesus teria ensinado que, depois de Sua morte, como fosse ressuscitar no primeiro dia da semana, todos deveriam comemorar Sua gloriosa ressurreição daí por diante, transferindo todas as obrigações sabáticas para o domingo. Nosso Senhor ensinou que nem um jota ou um til seria removido da Lei. Disse também que Ele não viera para ab-rogar ou fazer cessar a existência da Lei, mas para obedecê-la em sua integralidade.
            Os apóstolos também não fizeram qualquer menção de mudança após a ressurreição e ascensão do Senhor. Continuaram eles a guardar zelosamente os mandamentos de Deus, inclusive observando o sétimo dia como tempo de repouso físico e espiritual. Lucas relata o comportamento apostólico dos discípulos em relação ao sábado. Ver as menções feitas no livro de Atos.
            Jesus, em Mateus 5:19,  afirma: “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.”  O Dr. Albert Barnes escreveu: “qualquer um que considere qualquer mandamento de
Deus menos importante e não o obedecer, é indigno de Seu reino.”
            Ao aceitarem um sábado espúrio (leia-se domingo), os homens estão dizendo que o Deus Redentor deve ser aclamado no primeiro dia da semana, enquanto o Deus Criador deve ser esquecido e o monumento de Seus feitos criadores demolido para sempre. O “lembra-te do dia do sábado para o santificar” foi substituído atrevidamente por “guardar os domingos e festas de guarda”. É como “desconstruir” (como preferem os intelectuais) o monumento do Ipiranga e votar o grito da independência do Brasil ao esquecimento. É como demolir o obelisco do Ibirapuera para anular a lembrança dos heróis da Revolução Constitucionalista de 1932. É como bombardear o Lincoln Memorial em Washington D.C. para riscar da história o nome do grande presidente  dos EUA e seus feitos históricos.
            O Pr. Milton C. Wilcox, antigo editor da Review and Herald, escreveu em sua obra Question Answered, á p. 113: “Nossas  razões para a guarda do sábado são: Primeira: o mandamento de Deus: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu gado, nem o estrangeiro de tuas portas para dentro, pois em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que nele há, e descansou no sétimo dia. Portanto, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.’ Segunda: O exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, que guardou os mandamentos de Seu Pai, que não pecou, que nos deixou o exemplo para que seguíssemos em Seus passos. Jo 15:10; 1Pe 2:21, 22. Ele, portanto, observou o sábado. Lc 4:16 e outras passagens. Por certo não pode haver razões mais fortes do que a eterna Lei de Deus, sancionada e confirmada pelos profetas, os apóstolos e Jesus  Cristo, e o exemplo do próprio Senhor. Ver 1Jo 2:3-5.”
           
  

O sábado e o evangelho
            Não estamos fazendo violência hermenêutica ao dizer que o sábado tem tudo a ver com o Evangelho.  Jesus, o Autor e Consumador da fé  também é Senhor do sábado e do Evangelho. São Sua propriedade para o benefício dos homens. Depois de consumar a obra de salvação na cruz, Ele   descansou pacificamente no dia de sábado no túmulo de Arimateia e só foi ressuscitar no domingo. Por que Jesus não ressuscitou no sábado?  Jesus descansou, afinal. Findara o longo dia de vergonha e tortura. Ao introduzirem os derradeiros raios do sol poente o dia do sábado, o Filho de Deus estava em repouso, no sepulcro de José. Concluída Sua obra, as mãos cruzadas em paz, descansava durante as sagradas horas do sábado.
            “No princípio, o Pai e o Filho repousaram no sábado após Sua obra de criação. Quando ‘os céus, e a Terra e todo o seu exército foram acabados’ (Gn 2:1), o Criador e todos os seres celestiais se regozijaram na contemplação da gloriosa cena. ‘As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam.’ Jó 38:7. Agora Jesus descansava da obra de redenção; e se bem que houvesse dor entre os que O amavam na Terra, reinou contudo alegria no Céu. Gloriosa era aos olhos dos seres celestiais a perspectiva do futuro. Uma criação restaurada, a raça redimida que, havendo vencido o pecado, nunca mais poderia cair - eis o resultado visto por Deus e os anjos, da obra consumada por Cristo. Com esta cena se acha para sempre ligado o dia em que Jesus descansou. Pois Sua ‘obra é perfeita’ (Dt 32:4); e ‘tudo quanto Deus faz durará eternamente’. Ec 3:14. Quando se der a ‘restauração de todas as coisas, as quais Deus falou por boca dos Seus santos profetas, desde o princípio do mundo’ (Atos 3:21, Trad. Figueiredo), o sábado da criação, o dia em que Jesus esteve em repouso no sepulcro de José, será ainda um dia de descanso e regozijo. O Céu e a Terra se unirão em louvor, quando, ‘desde um sábado até ao outro’ (Is 66:23), as nações dos salvos se inclinarem em jubiloso culto a Deus e o Cordeiro. ” DTN, 769.
            No tempo de plena pregação do evangelho pelos apóstolos, eles costumavam ir aos sábados nas sinagogas e pregar o evangelho de Cristo. Quando não era possível reunir-se nelas no sétimo dia, eles procuravam um lugar à parte  e lá oravam, adoravam e pregavam (At 16:13)
            O Evangelho é a mensagem de boas novas para os transgressores da Lei, inclusive do sábado. O Salvador redime os homens das culpas contraídas pela transgressão dos mandamentos, inclusive do quarto.  Não estivesse o sábado no contexto do Evangelho, e esse não seria um dos pontos em que, como Tiago diz, o homem se tornaria culpado. Só nove mandamentos apontariam transgressões a serem cobertas pela graça do Evangelho.
            Quando você aceita as boas novas de salvação, é ensinado a praticar obras de fé. Essas obras de fé são normatizadas pela observância dos santos mandamentos, incluindo o quarto. “Lembra-te do dia do sábado para o santificar” vale tanto para os crentes do AT como para os do NT.
            “Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, santificando este dia e separando-o de todos os outros como sagrado a Sua própria Pessoa, para que fosse observado por Seu povo durante todas as suas gerações. Mas o homem do pecado, exaltando-se acima de Deus, assentando-se no templo de Deus e ostentando-se como se fosse o próprio Deus, cuidou em mudar os tempos e as leis. Este poder, tencionando provar que não somente era igual a Deus, mas estava acima de Deus, mudou o dia de repouso, colocando o primeiro dia da semana onde deveria estar o sétimo. E o mundo protestante tem admitido que este filho do papado seja considerado sagrado. Na Palavra de Deus, isto é chamado de sua fornicação. (Ap 14:8.)”  The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 979. 
Related Posts with Thumbnails