Modelos de fidelidade

(adaptado do texto do prof Sikberto Marks)

"Mas agora desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade" (Hebreus 11:16)

Podemos, e devemos, olhar para os grandes exemplos humanos do passado. O maior de todos os exemplos foi JESUS. Mas outros seres humanos, imperfeitos, também nos servem de matéria de estudo para nosso crescimento na fé, na obediência e fidelidade a DEUS. Particularmente aprecio muito o profeta Elias. Ele era um homem poderoso para enfrentar situações criadas pelos políticos degenerados ao tomarem conta da nação. Aprecio esse homem porque ele também possuía as suas fraquezas, e isso me passa uma lição do tipo: se ele venceu péla fé, muito embora fosse um homem pecador, com as mesmas fraquezas que eu também tenho, do mesmo modo, portanto, posso vencer também.

Outro exemplo de personagem bíblico que me passa grande admiração foi Daniel, o homem fiel. Era um jovem, no final da adolescência quando foi raptado por um império opressor, e levado para todo tipo de tentação na opulência. Para a sua idade, preparado para a vida como foi, pois Daniel era um nobre, poderia galgar as alturas do poder no Império Babilônico. Ele poderia elaborar um plano, como, ‘me tornarei importante nesse império para assim libertar o meu povo.’ Mas não, em primeiro lugar ele foi fiel a DEUS, então DEUS o colocou nas alturas conforme a Sua vontade. Daniel, em vez de libertar o seu povo, profetizou sobre a libertação, no tempo por DEUS determinado, desse povo. Assim, sendo fiel, Daniel cumpriu a vontade de DEUS, não a dele mesmo.

José do Egito, vendido pelos irmãos, esse também teve oportunidade de subir às alturas pelos caminhos dos homens. Na casa de Potifar ele poderia ter feito um acordo com a esposa deste homem, e pelos caminhos políticos (os caminhos do ponto de vista humano), sobressair-se aos demais. Mas este também preferiu o caminho da fidelidade a DEUS, e isto o levou a prisão. Mas da prisão, mantendo a fidelidade, ao sair, comandou o Egito, que o recebera como escravo e o havia aprisionado.
Da galeria da fé de Hebreus onze, gosto de Abraão. Esse homem, em meio a idolatria reinante em seu tempo na terra de Hur, manteve-se tão fiel a DEUS que foi escolhido para ser a raiz de uma nação. Esse homem, com sua esposa, foi como um novo casal de Adão e Eva, para reiniciar um povo de DEUS nesse planeta, um povo exemplar.

Moises é outro caso. Escravo, foi educado por uma mulher na sabedoria do DEUS vivo. Aos 12 anos de idade foi levado para o palácio. Nessa idade mal se formara o caráter. Mas Moisés se manteve fiel. Em vez de abandonar seu povo, sua origem humilde de escravos socialmente inferiores, ele manteve-se ligado a essa origem. No palácio ele continuava sendo um israelita. Essa vinculação o levou a defender um irmão seu, pelo que teve que fugir, e abandonar uma carreira brilhante no maior império daqueles tempos. Foi no que deu a sua fidelidade ao povo de seu DEUS. Ele não se passou aos deuses do Egito. Mais tarde retornou ao Egito, agora como um escolhido de DEUS para derrotar o império do qual há 40 anos atrás fugira, e libertar o povo cujo irmão seu ele defendera naquela época.

O consolo para nós é que esses homens e mulheres que tinham grande fé eram pecadores como nós, mas venciam e enfrentavam tudo pela fé. Esse era o poder deles, eles criam em DEUS. Veja o que diz em Heb. 11:1 onde explica que fé é uma certeza, uma convicção do que se espera mas não se vê. Eles esperavam uma pátria superior (Heb. 11:16), uma cidade que tem fundamentos (Heb. 11:10). Eles olhavam para o futuro, o presente era para essas pessoas algo a ser superado, que passa e que não é interessante. Viam-se aqui como estrangeiros, e criam firmemente que o futuro lhes reservava, por meio de CRISTO, algo superior que valia a pena esperar. Essas pessoas, “da fraqueza tiraram forças” e se tornaram “homens dos quais o mundo não era digno”, sim porque eles venceram, mesmo sendo pecadores, como é qualquer um de nós. Atente bem, a grande diferença entre os que se salvam não é em não serem pecadores, e sim, em entrega diária a DEUS para que Ele faça em nós a Sua vontade, e isso é um ato de fé. Manter-se nesse caminho é fidelidade.

REFLEXÃO: "Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. (Hebreus 11:33-38)

Falta de fé: sinal do fim

(adaptado do texto do prof Sikberto Marks)

"Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" (Lucas 18:8)

“Levantam-se homens que julgam ter alguma coisa a criticar na Palavra de Deus. Eles a expõem diante de outros como prova de superior sabedoria. Esses homens são, muitos deles, inteligentes, instruídos, possuem eloqüência e talento, homens cuja vida toda é desassossegar espíritos quanto à inspiração das Escrituras. Influenciam muitos a ver segundo eles próprios vêem. E a mesma obra é transmitida de um para outro, da mesma maneira que Satanás designou que fosse, até que possamos ver plenamente o sentido das palavras de Cristo: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Lucas 18:8. (Mensagens Escolhidas, v1, 17).

Estamos, mais que em todos os tempos anteriores, vivendo a ênfase do EU. A sociedade humana está se voltando a essa direção. “Eu posso”; “eu mereço”; “eu de preferência”; “eu sou o melhor”; “eu mais que os outros”, e assim por diante.

O egoísmo, ou exaltação do eu, até tornou-se um grande negócio. A indústria e o comércio desenvolveram no “eu” um grande mercado. E quando tudo se centra no “eu”, DEUS sai de nosso foco de atenção. A fé deixa de ter importância, pois quem confia no “eu posso” não precisa de fé, afinal, ele imagina depender só de si mesmo.

O que é o grande mercado do “eu”? Ontem ainda assistia um programa na Televisão sobre automóveis de luxo. Não me atrai, mas pensei, aí se pode aprender algo sobre a natureza do ser humano. Logo surgiu a pergunta: por que tanto luxo? Portas diferentes, motorizadas e com comando remoto, que abrem para cima. Muito chique mas nada prático, pois em dia de chuva molha tanto o passageiro quanto o automóvel por dentro. E o coitado do ‘feliz” proprietário precisa pagar uns R$3.000.000,00 por essa relíquia, algo fantástico para atrair a atenção de ladrões. Esse automóvel, para mim, é uma sucata em relação ao que nossa família terá, bem logo, nas mansões celestiais, por enquanto indescritível. É só uma questão de tempo.

Durante os comerciais daquela programação, apareceu uma senhorita fazendo propaganda sobre a mulher moderna. Essa mulher precisa consumir uma quantidade de produtos da indústria de cosméticos, ou ela não é linda. Creio que os maridos, ao menos aqueles que desejam a vida eterna deles e da respectiva esposa, precisam se reciclar e entender a diferença entre uma “mulher produzida pelo homem” e uma “mulher criada por DEUS”. A verdadeira cosmética da beleza está na reforma da saúde. Porém, a indústria vende a idéia de beleza fácil e rápida, aplicada sobre um corpo mal cuidado, que se renova com 10 minutos diários de exercícios sem nenhum suor e quase nenhum esforço, com produtos vendidos, também pela indústria da vaidade.

Então, devemos ou não ser pessoas belas e atraentes? Claro que sim, mas ao natural, conforme o original, de modo completo, por meio de uma boa saúde e vivendo conforme a excelência dos princípios divinos. Sabe quanto custa viver assim? É o estilo de vida de menor custo que se pode encontrar, além de fornecer a felicidade interior por causa da esperança num futuro infinito.

Mas os homens deste século, mais do que em todos os tempos, valorizam só o “eu”. Analise o trecho bíblico de 2 Tim. 3:1-5: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os homens serão egoístas, avarendos, jactansiosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de DEUS, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” Resumindo: “levar vantagem em tudo, para a satisfação do “eu” e depreciação do próximo”.

Quem valoriza o “eu” mais que o bom equilíbrio, não precisa de DEUS, nem de fé em DEUS. Esse vive “de si para si mesmo”, e tudo o mais, para ele. A sociedade é para ele, a natureza é para ele, e tudo o que existe é para ele. Assim o mundo só pode mesmo “ir de mal a pior” (2 Tim. 3:13).

REFLEXÃO: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou que diria o homem em troca da sua vida?” (Marcos 8:36-37)

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