Comentários Lição 09 – O Dia do Senhor (Sofonias e Naum) - Prof. César Pagani

25 a 31 de Maio de 2013


Verso para Memorizar:

“O Senhor será terrível contra eles, porque aniquilará todos os deuses da terra; todas as ilhas das nações, cada uma do eu lugar, O adorarão.” (Sf 2:11)
           
            O reinado do pecado tem um fim marcado no calendário do Universo. Deus tem longanimamente suportado tremendo sofrimento pela existência do pecado, porque Seu amor sem medida O impele a conceder amplo tempo de graça para que os homens se arrependam. Mas Ele não tolerará indefinidamente o mal, porque é justo e santo e, por amor à Sua criação, tem de exterminá-lo para sempre.
            Para termos noção da imensa paciência divina, precisamos considerar que a apostasia nacional começou já nos tempos de Salomão, passando por Roboão e pelos reis sucessores, com alguns interlúdios de reavivamento e reforma sob bons monarcas. Decorreram, pelo menos 350 anos do sacrifício de Deus procurando salvar Israel, até o tempo do cativeiro babilônico.

DOMINGO
 Dia de Trevas        
            Sofonias (cujo nome significa Deus Escondeu), era trineto do rei Ezequias e contemporâneo de Jeremias e Miqueias.
Não remanesce dúvida de que na visão que o Senhor deu a Sofonias estão previstas duas grandes destruições: Um de cumprimento futuro - o aniquilamento do planeta (cap. 1:2-3), quando nada restará de vida e obras humanas na face da Terra, e outro de juízo iminente sobre o relapso Judá e os habitantes de Jerusalém.   “Não foi Habacuque a única pessoa por cujo intermédio fora dada uma mensagem de esperança e de um futuro triunfo, bem assim de julgamento presente. Durante o reinado de Josias a palavra do Senhor veio a Sofonias, especificando claramente os resultados da continuada apostasia, e chamando a atenção da verdadeira igreja para a gloriosa perspectiva de além. Suas profecias de juízo impendente sobre Judá se aplicam com igual força aos juízos que devem cair sobre um mundo impenitente por ocasião da segunda vinda de Cristo...” PR, 389.  
            Observe como esse dia é descrito em Sf 1:14-16: Dia do Senhor, dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e desolação, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de alarido. O pincel da profecia retrata nas mais sombrias cores o dia da vingança divina contra os pecadores endurecidos de Judá. Esse mesmo teor ameaçador é encontrado em Jl 2:1-11 e Am 5:18-20.
            “Tu, sim, Tu és terrível; se Te iras, quem pode subsistir à Tua vista?” (Sl 76:7) Quando Deus ameaça os homens com apavorantes juízos, Ele está usando um tratamento de choque para despertar a consciência e convocar ao arrependimento. Ele não quer que as pessoas passem pela condenação do juízo. Quer, sim, absolvê-las e dar-lhes proteção contra as terribilidades do dia da ira.
            “Eis que vem o Dia do Senhor, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores.” (Is 13:9) Chega uma hora em que os pecadores não podem mais ser tolerados, sob pena de risco tremendo para o Universo, de desmoralização do governo divino e de contínuo sofrimento para toda a criação de Deus. 

SEGUNDA
            A segunda mensagem divina enviada através de Sofonias chama Judá de nação sem-vergonha, despudorada, e ordena que seus habitantes se congreguem. Por que se congregar? Para buscar o Senhor em humildade e arrependimento, antes que viesse o dia da ira e de catástrofe nunca antes ocorrida. A despeito do vigor contundente dessa mensagem, Deus estava disposto a perdoar o povo, desde que esse se humilhasse e buscasse o perdão.
            Deus pode ser achado sempre, em qualquer momento. Mas não se venha diante dEle com coração altivo, soberbo, presunçoso, como o dos fariseus que achavam ter créditos a cobrar do Senhor, que Ele lhes devia favores por causa de suas “boas” obras. Aquele que assim procede descerá para sua casa sem a justiça de Deus. Os humildes, como o publicano da parábola, que estão cobertos de vergonha por causa de seus pecados, esses serão justificados, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
            Está escrito em Amós 5:6: “Buscai ao Senhor e vivei, para que não irrompa na casa de José como um fogo que a consuma, e não haja em Betel quem o apague.” A única esperança no período de graça que antecede ao juízo vindicativo é buscar... buscar... buscar...
            Os mansos ou humildes descritos em Sf 2:3 são reconhecidos como os que “põem por obra os juízos de Deus”, isto é, que praticam a verdade. Nesse mesmo verso é dito que a humildade ou mansidão deve ser buscada, procurada, perseguida. Onde buscar essa humildade tão preciosa aos olhos de Deus? “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (Mt 11:29)
            Ninguém que ponha Cristo como seu Modelo de vida precisa temer o dia do juízo final. Coberto com a justiça do Salvador o homem estará a salvo das aterrorizantes ocorrências daquele dia que virá como ladrão, “no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2Pe 3:10).
Tudo será revelado no juízo
             Para os que não se humilharam - “No dia do juízo os homens verão o que poderiam ter-se tornado mediante o poder de Cristo... Conheciam as reivindicações de Deus, mas recusaram submeter-se às condições estabelecidas em Sua Palavra. Por sua própria escolha uniram-se com os demônios...  No dia do juízo tudo isso é aberto perante os impenitentes. Cena após cena passa diante deles. Tão claramente quanto a luz do sol do meio-dia eles todos veem o que poderiam ter sido caso houvessem cooperado com Deus em lugar de se oporem a Ele. O quadro não pode ser modificado. Seus casos estão decididos para sempre...” A Verdade Sobre os Anjos, 292, 293.  

TERÇA

                Um quadro sem retoques da situação espiritual e política de Judá. Jerusalém havia se tornado pior do que Sodoma e Gomorra. É inacreditável que, mesmo tendo os oráculos de Deus em mãos, o povo de Judá tenha mergulhado tão fundo no pecado, a ponto de se tornar opressor, rebelde e poluído, duro de cerviz (cabeçudo), indisciplinado e amotinado, incrédulo com relação a Deus, apartado completamente do Senhor. A elite dirigente da nação era tirânica, exploradora, egocentrada. A magistratura tornara-se uma piada de mau gosto, porque corrompida, transgressora do direito e gananciosa. A casta religiosa era traidora, infame, pecadora, profanadora do santuário e infratora dos Dez Mandamentos.
            Infâmia, desonra e agravo eram lançados contra o nome de Deus. O povo se chamava pelo Seu nome (2Cr 7:14); o templo de Jerusalém se chamava pelo Seu nome (Jr 7:10); a cidade se chamava pelo nome de Deus (Jr 25:9). As nações circunvizinhas debochavam daquele povo que antes se gloriava em ser um povo peculiar, de sacerdotes, uma nação santa, e agora praticava transgressões muito piores que as dos gentios, que não conheciam o Deus vivo.
            A denúncia aberta de pecados faz parte do processo divino de despertar a consciência daqueles a quem Deus deseja salvar. Deus “abre o jogo” para poder mostrar o estado de morte espiritual e suas execráveis consequências, culminando com o juízo de arraso da cidade em breve.  Ao mesmo tempo em que acusa Seus servos de grandes pecados, Ele Se põe à disposição para perdoar, restaurar, revigorar e salvar. Não é intenção do Senhor acusar por acusar. Ele não é homem para agir assim. Seus desígnios são os melhores possíveis.
            Chega, contudo, certo ponto, em que o Senhor tem de assumir uma posição que Ele não aprecia: a de Vingador. “O Senhor é Deus zeloso e vingador, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos.” (Na 1:2)
            Como mais tarde se pôde constatar, Jerusalém foi arrasada pelos exércitos caldeus e o templo de que tanto os judeus se orgulhavam, sem contudo respeitá-lo como casa de oração para todos os povos, foi posto abaixo e não restou pedra sobre pedra; os muros da jactanciosa cidade foram derrubados, os edifícios demolidos, milhares de habitantes mortos e os que sobreviveram foram servir de troféus de guerra na cidade da Babilônia, enxovalhando ainda mais o nome do Santíssimo, porquanto os conquistadores proclamavam que seu deus Nebo era muito superior ao Jeová dos judeus. 
 
QUARTA
O maior deleite de Deus
            O capítulo final do livro de Habacuque se inicia com contundente denúncia dos pecados da cidade “rebelde e manchada, da cidade opressora”. Dos versos 1 a 8 temos registrado o desagrado de Deus com o povo de Judá. O Senhor não pode ficar em silêncio diante dos pecados de Seu povo, porque Ele “... é justo no meio dela; não comete iniquidade; cada manhã traz Seu juízo à luz; nunca falta...” (v. 5)
            A despeito de ainda estar retendo os juízos por causa de Sua intensa misericórdia, Deus não deixaria de punir. Porém, não é esse o Seu deleite. Ele Se compraz em perdoar, restaurar, santificar, purificar. A esperança do coração divino está manifesta no versículo sete do capítulo em estudo: “Certamente Me temerás e aceitarás a correção; e assim sua morada não seria destruída, conforme o que havia determinado...”
            Contudo, não vindo a resposta que Ele espera, qual é a medida judicial mais adequada a tomar? A versão La Biblia de las Americas assim traduz o que Deus fará: “Portanto, esperem-Me, declara o Senhor, até o dia em que Eu me levante como testemunha, porque Minha decisão é reunir as nações, juntar os reinos, para derramar sobre eles Minha indignação, todo o ardor da Minha ira, porque pelo fogo de Meu zelo toda a terra será consumida.” Ninguém pode acusar a Deus de excessos na justiça, se considerar que Ele sempre emprega todos os Seus recursos e toma todas as medidas para salvar e não punir.
            Vê-se no contexto do último capítulo de Sofonias que, depois de aplicadas as sentenças, restará um povo de lábios puros que invoca o nome do Senhor e O serve com espírito voluntário. Esse povo é composto não só de judeus remanescentes, mas de gentios que vêm “dalém dos rios da Etiópia”. Então se cumprirá a alegria de Deus em ver reunidos adoradores libertos do pecado, glorificadores do nome divino; um povo “humilde e pobre”, que não comete iniquidade, nem profetiza mentiras e em sua boca não se encontra uma língua enganosa (v. 12-13). Esse povo é chamado de “remanescente de Israel”.
            A partir do verso 14 até 20, Deus externa Seu prazer em ver no futuro uma nação purificada, salva, que Lhe dá intensa alegria. Esse povo proclamará o nome santo por toda a Terra, receberá “um nome e um louvor entre todos os povos da Terra” (v. 20).
            “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.” (Rm 9:27) 

Resposta à injustiça
            “Porque a indignação do Senhor está contra todas as nações, e o Seu furor, contra todo o exército delas; Ele as destinou para a destruição e as entregou à matança.” (Is 34:2)
Deus foi muito longânime com Nínive. Ainda a suportou por muito tempo (± 100 anos) após a reforma dos tempos de Jonas, visto que se convertera dos seus maus caminhos. Porém, ela se arrependeu de seu arrependimento anterior. Voltou a praticar os pecados a que renunciara no passado.
            “Mas os senhores da Assíria, em vez de usar suas bênçãos incomuns para o benefício da humanidade, tornaram-se o flagelo de muitas terras. Destituídos de misericórdia, o pensamento ausente de Deus ou do próximo, perseguiram um plano determinado de levar todas as nações a reconhecerem a supremacia dos deuses de Nínive, que eles exaltavam acima do Altíssimo. Deus lhes havia enviado Jonas com uma mensagem de advertência, e por algum tempo eles se humilharam perante o Senhor dos Exércitos, e buscaram perdão. Mas logo retornaram ao culto dos ídolos e à conquista do mundo.” PR, 363.  
            Agora teria de enfrentar o Dia do Senhor. Por volta de 612 a.C., os caldeus e os medos sitiaram a grande cidade de Nínive e a arrasaram. Os exercidos invasores se aproveitaram de uma brecha nos muros da cidade, provocada pela inundação do Rio Kusur e de outros canais que levavam águas das colinas para a cidade, e a penetraram sem muitas dificuldades. Havia um provérbio popular em Nínive que predizia  que a destruição da cidade ocorreria quando as águas a invadissem.
É dito que o rei assírio, tomado pelos delírios do álcool, ao contemplar a inundação, os muros destruídos e os soldados inimigos invadindo a cidade, subiu até a torre do palácio real e ateou fogo nos seus eunucos, nas suas concubinas, em si próprio e no palácio.
Enquanto o rei, como último ato de sua vida, assassinava cruelmente os membros de sua corte e punha fim à sua vida, os inimigos perseguiam os moradores de Nínive e os matavam a espada.
Assim foi Nínive arrasada e ocultada pelas areias do deserto durante muitos séculos. Suas ruínas só foram encontradas por uma equipe de arqueólogos em meados do século 19 d.C.
A palavra de Deus nunca volta atrás. Se Ele diz que vai aplicar justos juízos a uma cidade, povo, casa ou indivíduo se esses não se arrependerem e aceitarem Sua graciosa bondade, podemos estar certos que, mais dia menos dia, tudo se cumprirá.
Hoje o Senhor envia Seus servos para advertirem o mundo de que “vinda é a hora de Seu juízo”. As três mensagens angélicas têm um tempo determinado de operação, findo o qual o juízo executivo terá de ser exercido. Afinal, o plano de Deus prevê o expurgamento completo do pecado dos domínios divinos, o livramento do Universo de toda nódoa de mal e transgressão, para que tudo volte ao eterno curso de felicidade, harmonia, paz e amor. 

Comentários Lição 09 – O Dia do Senhor (Sofonias e Naum) - Prof. Sikberto Marks

25 de Maio a 1 de Junho de 2013


Verso para memorizar: “O Senhor será terrível contra eles, porque aniquilará todos os deuses da Terra; todas as ilhas das nações, cada uma do seu lugar, O adorarão” (Sof. 2:11).

Introdução de sábado à tarde
O alerta profético ao longo de todos os tempos, e mais intensamente nesses últimos dias é sobre a segunda vida de CRISTO e o juízo. Há dois caminhos: o da vida eterna, que nesse mundo é bem estreito, íngreme e requer renúncias, mas que é largo e espaçoso na eternidade; e o da morte eterna, que neste mundo é largo e cheio de atrativos, mas que na eternidade nem existe. Os profetas do passado sofriam por causa da indolência do povo de DEUS, que pouca atenção dava às suas mensagens. Eles, no entanto, sempre visualizavam o ápice dessa grande luta: a vitória do Senhor e daqueles que com Ele estão, e o juízo e condenação daqueles que optaram por serem maus. Esse “serem maus” pode se estender em uma escala de pouca maldade até a pior das crueldades.
Em Judá, terra do profeta Sofonias, os últimos reis foram péssimos em relação aos princípios de DEUS. Eles desencaminharam o povo e o levaram mais intensamente a servirem deuses que são nada, a não ser estátuas mortas feitas por seres humanos gananciosos e sedentos de poder. Nunca esqueçamos que nós também temos nossas tentações nesses dias finais. Muito mais que nos tempos anteriores, satanás está ativo para destruir o povo de DEUS. Anote abaixo algumas estratégias que ele usa contra o povo de DEUS hoje.

  1. 1.      Primeiro dia:  Dia de trevas
O Dia do Senhor não é um dia de 24 horas. É um tempo até bem longo, tempo de juízo. Para os filhos de DEUS já começou. Está, no Céu, ocorrendo o juízo sobre os mortos que chegaram a receber e aceitar a verdade. É para verificar se realmente aceitaram essa verdade e permitiram que o ESPÍRITO SANTO os transformasse. Por enquanto é somente sobre os mortos porque quem morre tem seu caso definido, não muda mais, e os vivos, se um dia aceitaram a JESUS, mais adiante podem mudar de ideia. Portanto, esses ainda têm que esperar sua vez. Os vivos, filhos de DEUS, serão julgados ainda antes do fechamento da porta da graça. Esse julgamento define quem será levado quando JESUS voltar após cumpridas as pragas, e quem fica aqui para sempre; separa os salvos dos que morrem.
Depois desse julgamento vem a vez dos ímpios. Eles sofrerão terrivelmente, junto com os que quase se salvaram, que chegaram a participar do povo de DEUS, mas voltaram atrás. Aliás, esses certamente sofrerão ainda mais, pois tiveram a salvação nas mãos, mas deixaram escapar. Com o fechamento da porta da graça começa o juízo sobre os perdidos. Eles sofrerão o efeito das pragas. As obras das mãos deles serão destruídas, seus interesses serão feitos em nada. As atividades econômicas do mundo, a produção, o comércio e o transporte desaparecerão. Será tempo de falência generalizada. Não haverá mais alimento muito menos onde comprar. E, cumulativamente, uma praga atrás da outra farão um efeito de tremendo castigo da parte de DEUS contra os maus que em rebeldia preferiram permanecer no mal. Agora não têm para onde escapar. Será um dia de trevas, sem mais a atuação do ESPÍRITO SANTO para dar poder à pregação. Também não haverá mais pregação alguma, só trevas espirituais para os ímpios.
No final do milênio, recomeça tudo outra vez. Os ímpios acordam da morte e se organizam contra DEUS mais uma vez. Não tem jeito, eles são rebeldes e enquanto vivos, agem contra o Salvador. Não querem mesmo o que JESUS propõe, nem mesmo se tivessem infinitas oportunidades. Então chega a vez de serem executados e extintos para sempre, eles, satanás e seus anjos, e todas as suas obras, porque estão entranhados com o pecado.
“Irmãos, vosso dever, felicidade e utilidade futura, assim como salvação final, convidam-vos a cortardes os laços de vossas afeições, de tudo que é terreno e corruptível. Existe uma simpatia não santificada, que participa da natureza de um sentimentalismo apaixonado e é terrena, sensual. Serão necessários decididos esforços para que alguns de vós vençam e mudem o rumo de sua vida, pois não se puseram em ligação com a Força de Israel, e se tornaram débeis. Agora sois chamados em altas vozes a serdes diligentes no emprego de todo meio de graça, a fim de poderdes ser transformados no caráter e crescer à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus” (Testemunhos Seletos, v. 2, 99-100).
De que coisas devo eu me livrar para não ser julgado rebelde quando chegar o meu caso diante do tribunal?

  1. 2.      Segunda: Os humildes da Terra
Segundo os padrões terrestres para se vencer na vida, deve ser seguro de si, cultivar sua própria determinação e enfrentar os desafios pelo desenvolvimento de suas capacidades. Assim, muitos obtêm grandes fortunas, fama e poder. Mas é exatamente assim que se perde a vitória sobre a vida e se perde a eternidade. Para vencermos no plano espiritual devemos ser humildes e simples, pois só assim o ESPÍRITO SANTO poderá nos transformar. Não é uma limitação de DEUS poder ou não poder transformar as pessoas, mas é o respeito pelo que a pessoa quer ou pelo que ele não quer. E também é a identificação das pessoas com a cidadania celeste, onde todos são humildes, a partir de DEUS.
Humildade não é viver numa situação inferior, bem pelo contrário, é viver num plano superior, em companhia com DEUS, que também é humilde. Por certo, aqui na Terra deveremos praticar certos atos para cultivarmos a humildade, ou seja, tudo o que for necessário para não nos tornarmos orgulhosos e arrogantes. Foi assim que viveu JESUS aqui na Terra. Aqui é o caminho estreito dos que se salvam. No Céu será seu caminho largo, seja de glórias, seja de riquezas. “Mansidão e humildade caracterizarão todos aqueles que obedecem à lei de DEUS, todos os que, submissos, tomarão o jugo de CRISTO. Essas graças produzirão o desejável resultado de paz no serviço de CRISTO” (Signs of the Times, 16 de abril de 1912).
Aqueles que andam em humildade, mais facilmente andam com DEUS e são transformados todos os dias, tornando-se cada vez mais semelhantes ao Criador. “Que todos examinemos nosso coração e neste tempo solene, arrependamo-nos dos nossos pecados e nos humilhemos diante de Deus. A obra está entre Deus e vossa própria alma. É uma obra individual, e todos têm muito o que fazer sem ser criticar o vestuário, os atos e os motivos de seus irmãos e irmãs. “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.” Sof. 2:3. Eis nossa obra. Não é aos pecadores que se dirige esta mensagem, mas a todos os mansos da Terra, que põem por obra o Seu juízo, ou que guardam os Seus mandamentos. Há trabalho para todos, e se todos obedecerem veremos ter na união nas fileiras dos guardadores do sábado” (Conselhos Sobre Saúde, 605).

  1. 3.      Terça: Cidade corrupta
Repetimos mais uma vez: o povo é fácil de ser enganado. O povo em si não busca a confirmação do que é dito, e segue cegamente aquilo que os mestres dizem, não lhe importando se seus ensinos são falsos ou verdadeiros. Assim foi no tempo do povo de Israel e Judá, e também é em nosso tempo. Devemos ser mais críticos, examinando com critério aquilo que é ensinado. O grande critério é a Bíblia. Mas muito cuidado: não devemos ser criticistas, isto é, que procuram só defeitos, nem inventores de falsas teorias, que supostamente são baseadas na Bíblia. Essa é a origem, por exemplo, do questionamento do ESPÍRITO SANTO como Deus, um dos mais poderosos enganos que anda dentro de nossa igreja. Pois quem questiona o ESPÍRITO SANTO como DEUS, peca contra Ele, e deixa de ter luz para entender a Bíblia, e pelas suas próprias interpretações pensa ser guiado por DEUS em toda a verdade.
As cidades, principalmente as capitais das nações, as capitais dos estados, as sedes de município (no Brasil), são alvos de satanás. Se ali houver corrupção e mau exemplo de vida, os cidadãos facilmente seguirão o costume, e se tornarão todos maus, exceto alguns poucos. Essa é uma das muitas estratégias de satanás, e ele a vem utilizando ao longo dos séculos. Ele sabe que precisa atuar nos líderes para conquistar o povo todo. “O povo aceita as explanações das Escrituras de seus pastores, e não estuda por si mesmo. Portanto, atuando por meio de seus pastores, posso [satanás] dominar o povo de acordo com a minha vontade” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 473).
No antigo povo de Judá satanás, como no trecho acima, dominou os líderes e a capital do país. Ele controlou o rei, os juízes, suscitou falsos profetas e corrompeu os sacerdotes para que profanassem o santuário. Daí para obter o controle sobre o povo foi fácil. Pelo fracasso dos líderes no testemunho e nas orientações ao povo, toda a nação fracassou. É óbvio que se um poder domina a liderança, domina todo o povo. Essa situação pode acontecer em nossa igreja, e acontece com frequência. Hoje já não é bem assim, mas há alguns anos atrás tivemos líderes de grande expressão que defendiam a música a respeito da qual Ellen G. White fez graves alertas, e o que aconteceu? A igreja foi inundada por esta música, e em algumas comunidades já nem mais se cantavam hinos do hinário. Agora há orientação para tirar essa música, e alguma coisa se conseguirá, mas o mal já se instalou, e está no coração de muitos, e não sairá de todo, se não quando o próprio Senhor tomar as providências. A corrupção na liderança corrompe a todos os que são descuidados e superficiais, pois facilmente vão na onda do mal, mas não tão facilmente seguem algum bom exemplo ou boas recomendações. Esse assunto é para nós hoje, uma aplicação bem realista da lição.
A profetisa escreveu assim: “As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo” (Mensagens Escolhidas, v. 2, 36). Agentes de satanás introduziram essa música na igreja, e poucos têm a coragem de admitir e dizer isto.

  1. 4.      Quarta: O maior deleite de DEUS
Lendo superficialmente a Bíblia, dá a impressão que ela enfatiza no tema “dia do juízo, da vingança de DEUS”. Mas não é assim, ela enfatiza na salvação. A Bíblia revela muitas coisas sobre o juízo, e ele virá, porém, por ela DEUS na verdade quer nos livrar do juízo, e quer nos dar a vida eterna. O maior desejo de DEUS, como a lição de hoje apresenta, é estar conosco, morar conosco e ter vida social com Seu povo. DEUS é um Ser social. Se não fosse assim, Ele não teria criado os seres humanos, nem os anjos, pois não necessita de outros seres para viver eternamente, nem para fazer o que quer que seja. Por exemplo, para anunciar o evangelho ao mundo todo DEUS não necessita de nós, de nenhum de nós. Mas Ele nos dá a oportunidade de fazermos isso, e promete que o ESPÍRITO SANTO estará com aqueles que se empenharem nessa obra.
DEUS Se alegra conosco assim como um noivo se alegra com sua noiva. Aliás, a igreja é considerada por JESUS como Sua noiva. Ele virá buscar a noiva para viver para sempre com ela, isto é, conosco, com aqueles que confiaram nEle desde os tempos de Adão e Eva. O Criador tem sentimentos como nós também temos. Ele ama e sempre deseja salvar, nunca destruir. Mas no juízo Ele deverá destruir. Assim Se vê forçado a fazer por causa da rebeldia daqueles que tanto chamou mas que não O atenderam. Os humildes e obedientes é que serão salvos para estarem sempre com Ele, e essa será a melhor de todas as experiências. “Muitos não percebem que ao andarmos humildemente com Deus, nos colocamos numa posição em que o inimigo não pode tirar vantagem de nós. … Unicamente se nos submetermos como crianças dispostas a ser instruídas e disciplinadas, poderá Deus usar-nos para a Sua glória” (Refletindo a CRISTO, MM 1986, 253).

  1. 5.      Quinta: Resposta à injustiça
Hoje nos dedicaremos para o estudo do profeta Naum, que escreveu um livro de 3 capítulos. Ele fala contra a cidade de Nínive. Há uns 150 anos antes, o profeta Jonas havia pregado naquela cidade (estudamos isto na lição 6). Naquele tempo a cidade toda se arrependeu. Foi o maior arrependimento e conversão de toda a história, que se saiba, até hoje. Mas com o tempo, tudo voltou como era antes e a cidade tornou-se outra vez ímpia e muito cruel. Um dia saberemos que diferenças na história de Israel o trabalho de Jonas resultou; talvez tenha afetado o tempo de graça ao povo de Israel.
Agora, Naum, lá por meados do século VII a. C., profetiza contra Nínive e prevê o seu fim. Naum foi o profeta que nos brindou com um versículo de grande importância para os seres inteligentes de todo o Universo. Foi ele quem escreveu que o pecado não ocorreria pela segunda vez. Isto quer dizer: essa aventura, aqui neste planeta, será a única. Logo, quando a Terra for purificada, depois do milênio, daí em diante, por toda a eternidade, jamais se ouvirá falar de outra rebelião. Mais ainda vale nos esforçarmos pela salvação, porque quem se salva nunca mais terá que enfrentar uma nova situação de pecado. Que coisa boa! Irei agradecer a Naum por essa informação tão valiosa.
Por volta do ano 633 a. C. o império Assírio começava a enfraquecer, e a cidade pelos medos em 625 a. C. que se aliaram aos caldeus e atacaram outra vez. A cidade foi arrasada e caiu em 612, deixou de existir. O povo da cidade foi morto, alguns que escaparam, foram deportados. O Império Assírio, tão poderoso e opressor, enfim, foi extinto. A profecia de Jonas se cumpriu uns 150 anos mais tarde. Ele nunca soube disso. Os Medos e os Babilônios repartiram as províncias entre si. Babilônia estava em ascensão, e logo se tornaria o império dominador, e destruíra a outra parte do povo de DEUS, os judeus, com capital em Jerusalém. Os assírios já haviam destruído a nação de Israel, a Nação do Norte, e esses assírios tiveram seu castigo de DEUS vindo pela Babilônia, que mais tarde seriam castigados pelos Medos e Persas.
O que os profetas diziam se cumpria, pois era DEUS que o revelava e o efetuava! O munda estava caminhando com certeza para o cumprimento da vontade de DEUS, de aqui estabelecer um Reino Eterno, e nós estamos na iminência disso acontecer.

  1. 6.      Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
a)      Síntese dos principais pontos da lição
  • Qual o foco principal?
O estudo dessa semana ficou em torno do juízo final, o chamado Dia do Senhor, quando haverá ajustes de contas com todos os que tiveram oportunidade de seguir a verdade divina, mas por atos de rebeldia, rejeitaram a oferta de salvação. É o dia do juízo final, em que todos comparecerão perante DEUS, como Rei do Universo e como Juiz, não mais como Salvador. Nesse dia, quem está salvo, não pode mais se perder, e quem está perdido, saberá a sua sentença. O Dia do Senhor começa com o fechamento da porta da graça e termina com a execução dos ímpios, no final do milênio, havendo antes o juízo dos filhos de DEUS, que ocorre desde 1844 até que termine a graça. É tempo de juízo, de decisões vitais de repercussão eterna para cada pessoa.
O juízo demonstra o poder e a santidade de DEUS bem como a Sua justiça. Também demonstra a Sua misericórdia, pois que esperou por milhares de anos até que a humanidade chegasse à condição de dois grupos: os que querem a salvação e os que a rejeitam conscientemente. Nesse dia, todas as nações estarão reunidas perante DEUS, os salvos estarão dentro da cidade santa e os ímpios do lado de fora. Os salvos já terão passado pelo julgamento, esse que está ocorrendo exatamente agora, desde 1844, e que termina com o fechamento da porta da graça. Os ímpios, por esses dias, estão hoje tendo oportunidade de ouvirem as boas novas da salvação, pregação que termina com o fechamento da porta da graça.
  • Quais os tópicos relevantes?
DEUS é um Juiz que chama a todos para o arrependimento e salvação. JESUS morreu por todos e tem o desejo de que todos se salvem, porém, a decisão compete a cada ser humano.
O ESPÍRITO SANTO está muito ativo, pronto para transformar a todos quantos forem humildes, ou que buscarem a humildade, condição básica para ter desejo de mudar de vida pelo arrependimento.
A corrupção vem geralmente das grandes cidades. Nos tempos antigos, entre o povo de DEUS, vinha de Jerusalém, onde se encontravam líderes corruptos. Eram líderes políticos (o rei, os nobres e príncipes, líderes menores), os homens da justiça como os juízes, os sacerdotes, que deveriam ensinar a justiça de DEUS, e por vezes ainda surgiam falsos profetas. Hoje a corrupção vem das grandes cidades espalhadas pelo mundo, é inserida nos lares principalmente pela televisão, e faz apodrecer moralmente toda a sociedade.
DEUS não aprecia destruir, Ele quer salvar. Por isso envia o ESPÍRITO SANTO aos seus agentes para tentar persuadir aos habitantes de toda a terra para que se salvem.
Naum diz que a angústia não se levantará duas vezes (Naum 1:9), e isso quer dizer que nunca mais no futuro eterno haverá outra experiência de rebelião.
  • Você descobriu outros pontos a acrescentar?
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b)      Que coisas importantes podemos aprender desse estudo?
Temos que vigiar e orar pela nossa condição espiritual para que não sejamos atraídos e vencidos pelos atrativos que vêm do mundo e que podem nos levar à perdição eterna. Paralelamente, temos que trabalhar pela salvação de outros; isso ajuda a fortalecer a fé.
  • Que aspectos posso acrescentar a partir do meu estudo?
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c)                  Que providências devemos tomar a partir desse estudo?
Certamente devemos aproveitar todas as oportunidades. Ao ouvirmos um sermão, prestar atenção no que a mensagem pode contribuir para a nossa transformação. Pelos estudos das lições da Escola Sabatina, buscar identificar o que devemos mudar em nossa vida e o que devemos fortalecer.
  • O que me proponho a reforçar, se for bom, ou mudar se for mau, em minha vida?
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d)     Comentário de Ellen G. White
Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos.” (Grande Conflito, 464, grifos acrescentados).
e)      Conclusão geral
A IASD já está em pleno reavivamento e reforma. A questão é que nem todos se reavivarão (isso já era esperado). Mas o importante é que você participe, agora! O derramamento do ESPÍRITO SANTO já começou, e vai aumentar até se tornar muito poderoso. Eu e você, não podemos ficar de fora.
  • Qual é o ponto mais relevante a que cheguei com este estudo?
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Comentários Lição 08 – Confiando na bondade de DEUS (Habacuque) - Prof. César Pagani

18 a 25 de Maio de 2013


Verso para Memorizar:

“A terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hc 2:14).

            Habacuque (do hebraico Chabbaquq, significando abraço) profetizou por volta de 630-626  a.C., cerca de 20 a 24 anos antes da primeira invasão de Judá por Nabucodonosor. Esse profeta foi contemporâneo de Sofonias.
As dez tribos do Norte já haviam sido levadas para o cativeiro assírio e apenas, da grande nação havida sob os governos de Davi e Salomão, restavam Judá e Benjamim e em situação tão calamitosa que a ruína moral e política se estabelecera e alastrara, parecendo não haver mais solução senão a mesma ocorrida com Israel. 
O SDA Bible Commentary coloca os tempos de Habacuque provavelmente na última parte do reinado de Manassés, durante o reinado de Amom e princípio do governo de Josias, antes da reforma empreendida por esse monarca. É muito provável que o ministério desse profeta  tenha se seguido ao de Amós.
Alguns intérpretes supõem que Habacuque fosse um levita cantor; outros, que fosse um simeonita.
Falando de seu ministério profético, João Calvino assim se expressou: “No primeiro capítulo ele protesta contra a rebelde obstinação do povo e deplora as corrupções então prevalecentes. Ele então aparece como um arauto de Deus e adverte os judeus de sua iminente ruína. Depois, aplica a consolação, quando Deus iria punir os caldeus porquanto seu orgulho se tornaria intolerável. No segundo capítulo, ele exorta os piedosos a serem pacientes por seu próprio exemplo, e fala com liberdade da próxima ruína de Babilônia. No terceiro capítulo, como veremos, ele retoma o espírito de súplica e oração.”

DOMINGO
 Profeta perplexo
            Muitas vezes é-nos difícil entender os critérios divinos e Suas atitudes. Conquanto muitas das atitudes do Senhor sejam muito claras para ser interpretadas equivocadamente, há caminhos de Deus que estão envoltos em mistérios e que precisam ser aceitos em plena fidúcia ou confiança nAquele que é muito sábio para errar e incomensuravelmente bondoso para negar coisas boas a Seu povo.
            O tema geral do livro de Habacuque são os enigmas da Providência. “Porventura, desvendarás os arcanos [mistérios] de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso?” (Jó 11:7)
            O profeta tinha sérias dúvidas acerca do que Deus faria. “Contemplando a situação dos fieis em seus dias, ele expressou o peso que lhe ia no coração, inquirindo: ‘Até quando, Senhor, clamarei eu e Tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazer ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo e sai o juízo pervertido.’ Hb 1:2-4.”  PR, 385.
            Havia uns poucos fieis nos dias do profeta e ele, embora atônito, tinha plena convicção de que, mais dia menos dia, Deus executaria os juízos que vinha prometendo há muito pelos profetas que antecederam Habacuque. Porém, naquele momento ele estranhava a suposta passividade divina diante dos tremendos males que assolavam Judá: Iniquidade, opressão, violência, contendas, desprezo à Santa Lei, ausência ou perversão da justiça, a prevalências dos desejos dos ímpios contra os direitos dos justos. “Onde estás, ó Deus?”, “Por que Te calas?” Parecia que Deus estava conivente com a clamorosa impiedade reinante.
            A impressão perplexa do profeta diante de Deus foi desfeita quando Deus disse o que iria fazer. “Deus respondeu ao clamor de Seus filhos leais. Por intermédio de Seu porta-voz Ele revelou Sua determinação de levar a correção à nação que O tinha desprezado para servir aos deuses dos gentios. Nos dias mesmos de alguns que estavam então inquirindo com respeito ao futuro, Ele miraculosamente modelaria os planos das nações dominantes da Terra, levando Babilônia à ascendência. Esse povo caldeu, ‘horrível e terrível’ (Ha 1:7), cairia subitamente sobre a terra de Judá como um açoite divinamente apontado. Os príncipes de Judá e os mais distintos dentre o povo seriam levados cativos para Babilônia; as cidades e vilas da Judeia e os campos cultivados seriam devastados, a nada se poupando.” PR, 385, 386.
   
SEGUNDA
            “O Meu justo viverá da fé.” (Hb 10:38) -  Por vezes lemos coisas acerca de Deus que podem fazer-nos duvidar de Sua justiça. Isso por que não compreendemos devidamente muitas das atitudes e caminhos divinos. Os pensamentos de Deus são muito mais elevados do que os nossos pensamentos, assim como o Céu dista da Terra. Quando não O compreendemos, podemos repousar nEle em fé. O caráter divino é nossa garantia da exatidão de Suas providências.
            “Confiante de que mesmo neste terrível juízo o propósito de Deus por Seu povo seria de alguma maneira cumprido, Habacuque rendeu-se em submissão à vontade revelada de Jeová. ‘Não és Tu desde sempre?’ ele exclamou. E então sua fé viu além das desoladoras perspectivas do imediato futuro, e descansando nas preciosas promessas que revelam o amor de Deus por Seus confiantes filhos, o profeta acrescentou: ‘Nós não morreremos’ Hc 1:12. Com esta declaração de fé, ele depós sua causa, bem como a de cada crente israelita, nas mãos de um compassivo Deus.” PR, 386.
            Quando Deus fala, podemos crer firmemente que tudo aquilo quanto diz se cumprirá. O exercício da fé é plenamente racional porque se estriba em Alguém que é a própria verdade e cujas palavras não falham. A gente acredita em quem é digno de confiança e essa é uma atitude lógica. A fé é a plena certeza das coisas que se esperam. É uma antecipação da realidade futura como se ela já tivesse ocorrido. Ela também é a prova daquilo que pertence ao mundo invisível e não podemos ver. Pela fé temos a prova de que existe uma cidade de ouro e marfim, cujas ruas são feitas de ouro polido. Pela fé temos certeza de que quando confessamos nossos pecados, eles são imediatamente perdoados por Deus e esse perdão anotado em livro celestial próprio. Pela fé cremos que está-se processando um julgamento no Céu, no qual estamos envolvidos juntamente com todos os servos de Deus de todos os tempos. Pela fé temos certeza de que Jesus está próximo, às portas.
            Recebemos do Espírito Santo uma medida de fé que precisa ser aumentada (Lc 18:8) e esse incremento deve ser pedido a Deus diariamente. A fé também precisa ser exercitada, ativada. A fé vem pelo ouvir, estudar e meditar na Palavra de Deus. Ela é nosso alimentador de fé. Ela opera pelo amor. Nosso amor a Deus fá-la real em nossa vida. Amamos a Deus, por isso acreditamos nEle e O queremos servir. Tem ela de ser acompanhada pelas obras. De nada adiante dizermos que temos fé se nossas obras não correspondem à profissão.
            “Devemos acariciar e cultivar a fé da qual testificaram profetas e apóstolos – a fé que se apodera das promessas de Deus e espera pelo livramento na ocasião e maneira apontados. A firme palavra da profecia encontrará seu final cumprimento no glorioso advento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. O tempo de espera pode parecer longo, a alma pode ser oprimida por desanimadoras circunstâncias, muitos daqueles em quem confiamos podem cair ao longo do caminho, mas como o profeta procurou encorajar Judá em tempo de apostasia sem precedente, confiadamente declaramos: ‘O Senhor está no Seu santo templo, cale-se diante dEle toda a Terra.’ Hc 2:20.” PR, 387, 388. 

TERÇA

            As Escrituras nos incentivam a andar pela fé e não por vista. Jesus disse a Tomé que são bem-aventurados aqueles que não viram e creram, ao invés dos que querem ver para crer. Moisés é consagrado como um homem de forte fé porque ele via o que era invisível e pautava sua vida por essa visão.
            Deus manda Seus profetas escreverem visões e garante com Sua própria vida que elas terão cumprimento, ainda que possam parecer, às vezes, tardias. A visão do Dilúvio não foi escrita nos tempos de Noé, mas tida e pregada durante 120 anos – tempo de graça para aquela geração. À medida que os anos, décadas e até um século se passaram, parecia que tudo não passava de uma bravata de Noé, o velho pregoeiro, mas no fim do 120o ano, “veio o dilúvio e os levou a todos...” (Mt 24:39).
            Alguns intérpretes entendem que a visão a qual Deus mandou Habacuque escrever em tábuas, seja a do cativeiro babilônico e do posterior castigo dos caldeus e restabelecimento de Judá em seu território, incluindo a reconstrução do templo, dos muros e da cidade de Jerusalém.
            Após o primeiro advento de Jesus, a glória de Deus, mediante o evangelho salvador, espalhou-se por toda a Terra. Cristo ordenou que a expansão dessa glória começasse em Jerusalém, Judeia, Samaria e se espalhasse por toda a Terra (At 1:8). O conhecimento da glória de Deus na dádiva de Seu Filho Unigênito deveria chegar a cada habitante deste mundo. Quando o último fosse advertido e fizesse sua escolha, então a glória majestosa de Deus – não a glória do conhecimento, mas a glória da presença –seria vista por todos os homens, inclusive aqueles que transpassaram o Rei da Glória.
            Se tivermos a impressão de que a vinda de Jesus está demorando muito, não fiquemos ansiosos ou perturbados. O mais majestoso evento de todos os tempos está determinado na agenda divina e “falará até o fim e não mentirá” (Hc 2:3). “Se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.” Estamos agora no tempo de tardança. Como as virgens da parábola, estamos dormindo à espera do Noivo. Mas isso não modifica a visão. Ela está em pleno curso e se cumprirá.
            “Todo o Céu está em atividade, empenhado em preparar-se para o dia da vingança de Deus, o dia do libertamento de Sião. O tempo de tardança está quase findo. Os peregrinos e estrangeiros que há tanto tempo estiveram em busca de um país melhor já quase chegaram a sua casa. Sinto como se devesse gritar bem alto: Rumo ao lar! Rapidamente nos estamos aproximando do tempo em que Cristo virá ajuntar para si os Seus remidos.” Review and Herald, 13 de novembro de 1913.
   
QUARTA
Lembrando a glória divina
            Habacuque finda seu livro com uma oração cantada ou shigionoth. Esse tipo de expressão artística é característico e apresenta em seu conteúdo estados emocionais alternados por parte do profeta; isto é, ele passa da constatação das temíveis grandezas do Deus de Israel, de Sua glória, de Suas obras feitas em prol do povo escolhido, para a exteriorização dos próprios sentimentos fortemente impressionados pela majestade divina, para a consideração de Sua ação vingadora contra os pecados e a perspectiva da futura destruição do povo rebelde. Daí ele passa finalmente para expressões de fé plena, louvor e exultação, porque “Jeová é minha força e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas”. 
             Nessa oração cantada o profeta faz três importantes pedidos: 1) Que Deus dê poderosa dinâmica à Sua obra de estabelecimento de Seu reino e a faça notória aos povos. 2) Que Ele Se lembre de misturar com misericórdia a manifestação de Sua justa ira contra Judá, que num futuro muito próximo seria cercada de inimigos, e não o destruísse ou eliminasse em virtude de grave apostasia e rebelião. 3) Habacuque pede que, quando viesse “o povo que nos destruirá” (v. 16), ele estivesse em plena paz em meio à angústia que sobreviria. 
            Relevam-se no salmo de Habacuque as descrições de Deus como vingador de justiça, majestoso em Suas obras. Ele é tremendo quando toma Seu arco de batalha. Deus tem uma contenda com os moradores da Terra (Jr 25:31). Embora envide todos os esforços para salvar e não punir, resgatar e não destruir, Ele não passará por alto as transgressões de quem quer que seja. Aproxima-se o tempo em que Deus desnudará Seu braço e efetuará o juízos na Terra. Aliás, os juízos já estão caindo e se manifestando em todas as partes do mundo. “Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está gradual, mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância.” AA, 134.  
            Como Habacuque, já estamos constatando o justiçamento das nações. Deus está procurando, por intermédio de juízos, despertar a atenção do mundo que ruma para o abismo. As mensagens de salvação, de graça, de resgate estão sendo dadas em todo o mundo. A glória divina em breve se há de manifestar e pôr fim ao império do pecado. Quando isso acontecer, que o Senhor nos dê descanso no dia da angústia.

Deus é nossa força
            O firme arrimo de Habacuque era sua desenvolvida confiança em Deus. Sua fé mostrava-se inabalável, mesmo diante do estado corrupto da nação, de nenhum aceno de conversão, arrependimento ou mudança, da convicção dos juízos determinados por Deus (faltavam duas décadas para o ataque dos babilônios a Jerusalém), que dissolveriam a nação, eliminariam por completo sua soberania e tornariam cativos os judeus por 70 anos.  
            Diante de perspectivas tão desanimadoras, o profeta, embora alarmado por causa das declarações de Deus a ele reveladas (Hc 3:2), entoa um cântico de súplica e louvor para animar sua alma. Ele se recorda das obras que Deus realizou nos 40 anos de andanças pelo deserto. Viu que Deus atua poderosamente em favor de Seu povo. Considerou o trato misericordioso do Senhor desde o Êxodo, a tomada de Canaã, a época dos juízes, dos reinados anteriores desde Saul, passando por Davi, Salomão, Roboão, a divisão da nação e o estado atual.
            Ele não pediria a Deus que insistisse um pouco mais com o povo obstinado e retivesse Sua justa ira, usando de graça e piedade para com aquela gente cabeçuda, se não conhecesse muito bem com que Deus estava tratando.
            Por que ele confiava irrestrita e inabalavelmente no Senhor? Em primeiro lugar, ele possuía uma visão correta do Altíssimo, fruto de conhecimento pessoal, de experiências com Jeová, de haver provado o Senhor em muitas ocasiões. Em segundo lugar, ele era um estudante diligente das Escrituras e estava com sua fé alimentada. Por certo também era um homem de oração e súplicas. Em outros termos, ele estava firmemente ancorado em Deus.
            Por isso resolveu em seu coração esperar pacientemente pelos atos do Senhor, fossem quais fossem. Inda que a catástrofe de um ataque dos aguerridos exércitos dos babilônios se abatesse sobre Judá e esses guerreiros, como era seu padrão de guerra, arrasassem as plantações, matassem o gado e não deixassem meios de sobrevivência aos judeus. Ele sabia que ainda assim, se quisesse, Deus poderia fazer brotar mananciais no deserto.
            Quando um cristão chega a essa maturidade espiritual, ele espontaneamente se abre em louvores e gratidão, em plena certeza de que o Senhor é sua fortaleza e faz os seus pés ligeiros como os da corça, fazendo-o saltar altaneiramente.

Comentários Lição 08 – Confiando na bondade de DEUS (Habacuque) - Prof. Sikberto Marks

18 a 25 de Maio de 2013


Verso para memorizar: “A Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hab. 2:14).

Introdução de sábado à tarde
Quantas vezes as pessoas fazem como esse profeta, e perguntam a DEUS sobre certos fatos inexplicáveis. Por exemplo, como se pode explicar aquele terrível episódio de criminosos que tomaram o carro de uma mulher, e arrastaram seu filho pendurado na porta por centenas de metros, esfolando-o vivo no asfalto, até morrer? Por que uma criança inocente tem que morrer assim? O que fez ela para que tivesse um destino como esse? Onde estava DEUS naquela hora, que não evitou o fato?
Algumas respostas temos, mas não todas. Não sabemos, por exemplo, porque DEUS protege em certas ocasiões, e em outras não faz nada, ou parece não fazer nada. Mas sabemos que DEUS é justo. Sabemos que vai haver um julgamento no final dos tempos, o julgamento dos ímpios. E também sabemos que as injustiças serão todas analisadas e punidas se não houve arrependimento. Além disso, sabemos ainda que as pessoas são livres para as suas ações. Mas não entendemos tudo o que acontece nesse planeta. Por exemplo, como explicar os genocídios, quando matam milhares ou até milhões de pessoas. Como isso é permitido?
Temos mais perguntas. Aliás, existem bem mais perguntas que respostas. Por que DEUS permitiu o martírio de pessoas na Idade Média? Por que Ele permitiu que os apóstolos, exceto João, fossem mortos de modo cruel? Mas por que libertou Daniel dos leões e seus companheiros da fornalha ardente? No entanto, muitos profetas do passado tiveram morte cruel. Como se explica tudo isso?
Por enquanto não se explica, não temos como entender. Mas temos que saber que vai haver juízo para tudo isso, sabemos que esses fatos clamam debaixo do altar por justiça. E outra coisa também sabemos, que quando JESUS voltar, muitos desses se reencontrarão com seus queridos, para sempre. E para tudo haverá uma explicação.
De um caso, ao menos, na Bíblia, temos a explicação. É o caso de Jó. Como essa criatura sofreu, conhecemos a história. Conhecemos o motivo de ele ter sofrido. E também como DEUS restabeleceu sua situação. Mas as razões de milhões de casos desconhecemos, e não fazemos ideia dos porquês. Então, o que podemos fazer são perguntas, e elas serão todas respondidas, no dia do juízo final. Naquele dia tudo se esclarecerá.

  1. 1.      Primeiro dia:  Profeta perplexo
A nação de Israel já havia caído nas mãos dos assírios. Ela não existia mais. Agora só existia Judá e Benjamin, e indo de mal a pior, em direção ao caos. Habacuque foi um profeta que atuou por poucos anos, antes da tragédia diante de Babilônia. Ele sofreu os tempos que antecederam a destruição de Jerusalém e do templo. Ele via a tendência, conhecia as profecias, e percebia claramente que os líderes religiosos e políticos da nação pouco ou nada estavam preocupados com o que estava por vir. A nação não atentava para as mensagens dos profetas.
Habacuque atuou um pouco depois de Sofonias, no mesmo tempo de Jeremias, no entanto, este continuou atuando durante o tempo da grande tragédia da nação. Foi Jeremias que mais sofreu com a destruição do povo de DEUS, ele viu a ruína da glória de um povo santo.
“A apostasia dos primeiros séculos havia angariado forças com o passar dos anos; dez das tribos tinham sido espalhadas entre os pagãos; apenas as tribos de Judá e Benjamim permaneceram, e essas mesmas pareciam agora às bordas da ruína nacional e moral. Os profetas tinham começado a predizer a completa destruição de sua aprazível cidade, onde se erguia o templo de Salomão e onde se centralizavam todas as suas esperanças de grandeza nacional. Seria possível que Deus estivesse prestes a tornar atrás em Seu juramentado propósito de levar livramento aos que nEle confiassem? Em face da longa perseguição dos justos, e da aparente prosperidade dos ímpios, poderiam os que haviam permanecido leais a Deus aguardar dias melhores?” (Profetas e Reis, 384 e 385).
Diante da situação, de nada adiantando falar ao povo, Habacuque passou a fazer perguntas a DEUS. Ele estava, digamos, apavorado pelos rumos da nação. Ele soube que Babilônia viria para fazer juízo contra o povo de DEUSMas isto era duro de aceitar, pois por que um povo pagão teria que corrigir o povo escolhido, que era para ser santo a DEUS? O profeta perguntava a DEUS: “até quando clamarei eu?” Ele via a iniquidade e a opressão entre o povo de DEUS, destruição e violência, contendas e litígios. Ele via que a lei se afrouxava e a justiça nunca se manifestava, ela era torcida para os interesses dos mais poderosos contra os mais fracos. O profeta percebia a violência e a transgressão da santa lei de DEUS, e tudo dava a entender que os maus elementos estavam no poder e determinavam tudo naquela nação. E estes não davam ouvidos aos profetas. Até quando isso continuaria? Um povo pagão seria a vara de DEUS (Isa. 10:5) para corrigir a nação santa?
“Deus respondeu ao clamor de Seus filhos leais. Por intermédio de Seu porta-voz Ele revelou Sua determinação de levar a correção à nação que O tinha desprezado para servir aos deuses dos gentios. Nos dias mesmos de alguns que estavam então inquirindo com respeito ao futuro, Ele miraculosamente modelaria os planos das nações dominantes na Terra, levando Babilônia à ascendência. Esse povo caldeu, “horrível e terrível” (Hab. 1:7), cairiam subitamente sobre a terra de Judá como um açoite divinamente apontado. Os príncipes de Judá e os mais distintos dentre o povo seriam levados cativos para Babilônia; as cidades e vilas da Judeia e os campos cultivados seriam devastados, a nada se poupando” (Profetas e Reis, 385 e 386).
Que alerta para nós! Pela profecia sabemos que a nossa amada igreja não passará. Ela não cairá. Mas sabemos muito bem que nós, pessoas, membros, podemos cair, podemos ser sacudidos porque não somos fiéis. Naqueles tempos a nação foi castigada e ela desapareceu por muitos anos. Em nossos dias, DEUS castigará indivíduos, aqueles que não se converterem por inteiro a DEUS. “O Senhor terá um povo tão verdadeiro como o aço, de fé tão firme como o granito. Eles devem ser-Lhe testemunhas no mundo, instrumentos Seus para realizar uma obra especial, gloriosa, nos dias de Sua preparação” (Testemunhos Seletos, volume I, 590, grifos acrescentados).


  1. 2.      Segunda: Vivendo pela fé
Uns vinte anos se passaram depois que o livro de Habacuque foi escrito, e os babilônios vieram e destruíram Jerusalém. A visão de Habacuque se cumpriu. Uma nação estrangeira, a mais poderosa daqueles dias, foi utilizada por DEUS para castigar o Seu povo rebelde, que insistia em adorar os deuses das nações pagãs. Como é que se pode entender isso? Como se pode aceitar uma nação eleita por DEUS, favorecida em todos os sentidos, se entregando insistentemente para adorar e servir a deuses que nada podem fazer, eles mesmos tendo que ser carregados nos ombros dos próprios adoradores. Acontece que o ser humano quer ver o seu DEUS, e aí fabrica um ídolo, e lhe presta culto. Assim era naqueles tempos.
Então Habacuque ficou perplexo. Como se poderia aceitar que uma nação como Babilônia viesse a servir de instrumento nas mãos de DEUS para corrigir o povo que pertencia a DEUS?Isso é no mínimo muito contraditório. Diante disso DEUS explicou ao profeta que os babilônios, mais tarde, também seriam castigados. Pois bem, onde estão os assírios hoje? E onde estão os babilônios hoje? Mas o povo de DEUS, que atualmente é a IASD, está aí, no mundo inteiro, preparando-se para a conclusão da pregação do evangelho para a segunda vinda de CRISTO.
Porque nações pagãs eram utilizadas por DEUS para castigar Seu povo? Isso é fácil de explicar. O povo de DEUS se voltava para os deuses desses povos, portanto, escolhia servir a esses deuses. Assim, esses povos eram autorizados a dominar sobre os servos de DEUS, que se haviam ligado a seus deuses. No caso dos babilônios, o rei Ezequias, que fora curado de uma doença mortal, e que recebera a embaixada de Babilônia, em vez de lhes falar sobre o poder de seu DEUS, que o havia curado, lhes mostrou suas riquezas, e assim atraiu a ambição dos babilônios. Esse foi o estopim da vinda deles para destruir o reino de Judá.
Que lição resta a nós? A de não nos envolvermos com as atrações do mundo, pois seremos atraídos pelo mundo, e dominados por ele. Satanás ainda utiliza de estratégias e estratagemas para atrair a atenção do povo de DEUS, e fisgar um a um para seu controle. É esse o ponto que devemos prestar bastante atenção, e ter muito cuidado para não sermos enredados.

  1. 3.      Terça: A Terra se encherá (Habacuque 2)
Hoje estudamos sobre a resposta de DEUS a Habacuque. E que resposta! Sim, Babilônia seria usada por DEUS para castigar o Seu povo rebelde, mas Babilônia também seria castigada.Nada menos que cinco ais estavam previstos sobre Babilônia, tempos depois. E aqui, nós que conhecemos parte da história que não fora revelada a Habacuque, sabemos que Daniel, que seria deportado junto com outros fiéis jovens de DEUS, profetizaria os futuros reinos que sucederiam Babilônia, e aquele reino que derrotaria esse império, o de Ciro, a Medo-Pérsia, seria favorável aos judeus, e financiaria o seu retorno por meio de recursos e por meio de amparo legal. Assim como DEUS utilizaria um império pagão para castigar a rebeldia do povo, utilizaria outro império pagão para o restabelecimento dele. Vemos DEUS no comando. Também Habacuque não sabia que mais tarde, no império da Medo-Pérsia, se levantaria uma rainha judia que faria grande diferença naquele império, assim como Daniel já teria feito diferença como ministro desse império, e até de Babilônia.
DEUS respondeu o questionamento de Habacuque. Mas Ele não disse tudo, apenas o necessário para que o profeta se consolasse. Haveria o restabelecimento do povo de DEUS, e ele nunca mais se voltaria aos ídolos. Disso estariam livres, embora viessem a praticar outros desvios, como o legalismo dos Dez Mandamentos, o que também não era bom, embora ao menos não tão mau quanto a idolatria.No tempo de JESUS, o debate não era sobre a idolatria, mas sobre como guardar a lei e principalmente sobre a santificação do sábado. Portanto, o castigo do poder babilônico fez efeito. E nunca se deve esquecer que o povo de DEUS se levantou outra vez, e se restabeleceu, o templo foi reconstruído, e JESUS esteve nesse segundo templo, mas os babilônios desapareceram.
Sofrimento aqui na Terra sempre houve e ainda haverá. “Foi-me mostrada a recompensa dos santos, a herança imortal. Foi-me revelado então o quanto o povo de Deus sofreu por causa da verdade, e que considerariam o Céu como lhes tendo sido barato demais. Deduziram que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória que neles haveria de ser revelada. O povo de Deus nestes últimos dias será provado. Mas logo chegará sua provação final, e receberão então a dádiva da vida eterna” (Testemunhos Para a Igreja, 432).
“Deus permite que os ímpios prosperem e revelem inimizade para com Ele, a fim de que, quando encherem a medida de sua iniquidade, todos possam, em sua completa destruição, ver a justiça e misericórdia divinas. Apressa-se o dia de Sua vingança, no qual todos os que transgrediram a lei divina e oprimiram o povo de Deus receberão a justa recompensa de suas ações; em que todo ato de crueldade e injustiça para com os fiéis será punido como se fosse feito ao próprio Cristo” (O Grande Conflito, 48).

  1. 4.      Quarta: Lembrando a glória divina
Que dias gloriosos foram aqueles da saída do Egito. Era o DEUS verdadeiro contra os deuses falsos. O povo dos deuses falsos escravizou o povo do DEUS verdadeiro. Por alguns séculos, parecia que o DEUS verdadeiro Se havia descuidado de Seu povo. Mas não. Um grande plano estava preparado e havia um tempo determinado para ele se realizar. DEUS tinha em mente transformar aquela família de Jacó numa grande e poderosa nação. Ele queria fazer uma aliança com os descendentes daquela família; era a aliança que já havia feito com Abraão.
Nos dias de Habacuque, o povo já estava estabelecido há séculos na Terra prometida, e fazendo mau uso das bênçãos de DEUS. A grande glória do passado estava sendo destruída pela rebeldia dos reis, sacerdotes e juízes, que desencaminhavam o povo para a idolatria, para a ganância e toda sorte de iniquidades. Era, evidentemente, satanás agindo para destruir aquele povo. Em grande parte, ele teve êxito, mas não conseguiu eliminar o povo de DEUS, seu maior objetivo. E o profeta estava vendo isso tudo, entendendo por inteiro. O tempo presente era arrasador, estava no meio da glória da demonstração do poder de DEUS no passado e o terrível Dia do Senhor, o dia do juízo final, no futuro. E entre o presente e esse futuro, o descendente da mulher e de Davi se manifestaria, vindo como menino para se tornar o Salvador do mundo, e no tempo do grande dia do Juízo, Ele retornará para resgatar Seus filhos obedientes. Aquela saída do Egito fazia sentido, da mesma maneira, com mão forte, o Salvador virá para retirar Seus filhos da Terra e levá-los para a vida eterna. Mas o tempo presente era desalentador.
“Deus pode permitir o surgimento de uma cadeia de circunstâncias que os levem a correr para a Fortaleza, pela fé pressionando o trono de Deus em meio a espessas nuvens de trevas, pois mesmo aqui Sua presença está oculta. Mas Ele está sempre pronto a livrar a todos que nEle confiam. Assim obtida, a vitória será mais completa, o triunfo mais seguro, porque o provado, pressionado e afligido, pode dizer: “Ainda que Ele me mate, nEle esperarei.” Jó 13:15. “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” Hab. 3:17 e 18” (Conselhos Sobre Educação, 143).

  1. 5.      Quinta: DEUS é nossa força
Estamos aprendendo coisas maravilhosas. Eis algumas dessas maravilhas:
a)      DEUS não tem prazer no castigo, mas tem prazer em perdoar e salvar. Sua vontade é de nos ver bem e quer que estejamos com Ele pela eternidade.
b)      Os bons seres humanos, como esses profetas que estamos estudando, quando veem que o povo de DEUS se desvia e permanece rebelde, fora do caminho do bem, e quando já não há mais possibilidade de retorno, olham para as promessas futuras de salvação de DEUS.
Então aqui vemos uma convergência interessante: tanto DEUS quanto os bons seres humanos estão de acordo quanto ao futuro. DEUS promete algo bom, a perfeição, e o ser humano deseja esta perfeição. Quando as coisas ficam bem ruins entre o povo de DEUS, sempre há aqueles que permanecem firmes, e nessa situação, se no presente está mesmo muito ruim, tais servos de DEUS olham para as promessas futuras, e agarram-se a elas, e assim mantém firme a sua fé. “Quando começais a sentir-vos desalentados, olhai para Jesus e comungai com Ele. Quando pensais que sois mal compreendidos por vossos irmãos, lembrai-vos de que Jesus, vosso Irmão mais velho, jamais comete um erro. Ele julgará com justiça. As palavras de Cristo, proferidas no grande dia da festa, têm admirável significação e poder. Ele ergueu a voz e disse: “Se alguém tem sede, que venha a Mim e beba.” João 7:37. Não devemos ser impelidos a Cristo. Nossa parte é vir – fazer nossa própria escolha e ir à fonte da vida. Por que não havemos de ir ter com Cristo? Pois nEle centraliza-se a nossa esperança de vida eterna. As lições que chegaram até nós por meio de Cristo não são máximas repetidas com frequência; elas estão repletas de pensamentos vitais. Nossa parte, porém, é apropriar-nos da verdade divina. O apóstolo Paulo nos exorta a lançar mão da esperança que nos é proposta no evangelho. Pela fé devemos apropriar-nos das promessas de Deus e munir-nos das copiosas bênçãos que nos foram asseguradas por Cristo Jesus. A esperança nos foi proposta, a saber: a esperança da vida eterna. Nada, a não ser essa bênção para nós, satisfará a nosso Redentor; mas a nossa parte é apoderar-nos dessa esperança pela fé nAquele que prometeu” (Exaltai-O, MM 1992, 332).
Nesses dias difíceis, em que há uma pressão terrível de entrada de mundanismo na igreja, os verdadeiros servos de DEUS precisam ter a atitude dos profetas, firmar sua fé nas promessas futuras. Enquanto muitos na igreja se esforçam por introduzir a música que Ellen G. White disse que é satânica, e que seria um sinal da proximidade do fim, enquanto muitos são apoiados por ministros que desejam salientar apenas seu desempenho, outros sofrem vendo esse tipo de profecia se cumprindo como jamais se deveria cumprir. É um sinal tão claro que satanás teve acesso aos corações de muitos de nossos líderes que os zelosos ficam, por vezes, desanimados. Assim, ao lado de muito mundanismo que entra na igreja, o inimigo faz com que outros desanimem. Mas não podemos nem devemos perder as forças. Devemos, como os profetas, saber que DEUS sempre deseja perdoar, e que o foco é sempre no futuro, a segunda vinda de CRISTO.


  1. 6.      Resumo e aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
a)      Síntese dos principais pontos da lição
  • Qual o foco principal?
O profeta Habacuque estava perplexo, considerando a situação do povo de DEUS, no caso o Reino do Sul, que estava na iminência do desastre total. O profeta sabia o que viria pela frente, anunciava isso, e nenhum resultado podia ser visto. Não havia arrependimento, nem da parte do rei, dos príncipes e nem dos sacerdotes. Havia-se formado um estado de conflito de rebeldia entre a nação e a palavra de DEUS. E o profeta sabia que uma nação pagã, Babilônia, faria com Judá o mesmo que a Assíria já havia feito com os israelitas. Por isso o profeta se sentia em extremo perplexo, perguntando a DEUS, até quanto ele iria clamar para que o povo e a sua liderança se arrependessem, mas eles não atenderam.
Paralelo a isso, DEUS revelava ao profeta a glória do futuro que ainda viria. Assim o profeta se animava um pouco. Ele viu que ainda daquele povo, da família de Davi, viria um Descendente, o Senhor, Rei dos reis, para salvar o Seu povo e Se tornar Rei eterno para todo o sempre, num reino que jamais passaria a outro povo. O futuro era promissor, mas o presente ia de mal a pior.
  • Quais os tópicos relevantes?
O povo escolhido de DEUS, quando se fixou e se enriqueceu na terra, tornou-se espiritualmente relapso, afastando-se aos poucos de seu Senhor e DEUS, adorando a ídolos dos povos que lhe eram hostis. DEUS enviava um profeta atrás do outro para reencaminhar a nação, mas isso era inútil, se bem que uns poucos, por essa providência, se mantinham fiéis. Houve um diálogo dramático entre Habacuque e DEUS. O profeta perguntou, até quando Judá praticaria iniquidade e ficaria impune. DEUS respondeu que haveria punição, por meio de Babilônia. Habacuque se assustou, e argumentou com DEUS como um povo mais perverso que Judá, e idólatra, iria punir para levar o povo à obediência a DEUS? O Senhor respondeu que os babilônios depois também seriam punidos, e os judeus fiéis seria recompensados.
  • Você descobriu outros pontos a acrescentar?
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b)      Que coisas importantes podemos aprender desse estudo?
Hoje, temos que ter muito cuidado com o que vem de fora de nossa igreja e de nossos lares. São coisas que invadem nossos recônditos, e nos fazem mais familiares com o mundo do que com nosso Salvador. Parece que estamos nos afastando da simplicidade da vida de CRISTO para nos acostumarmos com os costumes mundanos, sejam filmes violentos e imorais, seja o futebol, sejam as novelas, e outras coisas inconvenientes para cidadãos do Reino de DEUS.
Também podemos aprender que DEUS está aberto ao diálogo com os humanos sinceros, e até mesmo respeita a dúvida e dá as explicações necessárias.
  • Que aspectos posso acrescentar a partir do meu estudo?
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c)      Que providências devemos tomar a partir desse estudo?
Devemos fazer uma reforma em nossa vida. Precisamos aprender como CRISTO viveu. Ele é nosso exemplo. A situação nestes dias atuais é de dramática corrida pela valorização do “eu”. Diante disso precisamos ser pessoas espiritualmente cultas, obedientes a DEUS, bons profissionais, pessoas honestas e sempre prontos a levar a mensagem a outros. Podemos dialogar com DEUS, como fez Habacuque.
  • O que me proponho a reforçar, se for bom, ou mudar se for mau, em minha vida?
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d)     Comentário de Ellen G. White
“As reivindicações de Deus são igualmente obrigatórias sobre todos. Os que preferem negligenciar a grande salvação que lhes é oferecida gratuitamente, que preferem servir-se a si mesmos e permanecer inimigos de Deus, inimigos do abnegado Redentor, estão ganhando o seu salário. Semeiam na carne, e da carne hão de ceifar a corrupção” (Testemunhos Seletos, v. 1, 349).
e)      Conclusão geral
Nosso tempo é parecido ao de Habacuque e de outros profetas da época. Enormes eventos se sucederiam naqueles dias. Jerusalém seria atacada pelos pagãos, e o templo seria totalmente destruído e suas relíquias seriam saqueadas pelos pagãos, que as colocariam diante de seus deuses que valem nada. Portanto, nós devemos dedicar mais tempo à oração e ao estudo da palavra e providenciar mudanças em nossa vida, em tudo o que se fizer necessário.
  • Qual é o ponto mais relevante a que cheguei com este estudo?
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