Comentários Lição 03 - Um DEUS santo e justo (Joel) - Prof. César Pagani

13 a 20 de Abril de 2013

Verso para Memorizar:

“À frente do Seu exército, o Senhor dá ordens em alta voz. O exército é enorme, e os soldados são valentes! Como é terrível o Dia do Senhor! Quem poderá suportá-lo?” (Jl 2:11)

         “O livro de Joel é uma sublime mensagem na qual se encontra, em primeiro lugar, uma dupla história sobre os juízos de Deus, acompanhada de convites ao arrependimento e à oração... e em segundo lugar um anúncio das bênçãos próximas e remotas, tanto espirituais como materiais, que viriam sobre Israel [leia-se Judá] mediante o seu arrependimento.” Dr. John D. Davis, Dicionário da Bíblia, verbete “Joel”.
            Supõe-se que Joel tenha profetizado cerca do ano 800 a.C., mas os estudiosos têm dificuldades de situá-lo com exatidão cronológica.
            “O livro de Joel divide-se em duas partes: (1) caps. 1:1 a 2:17, com uma descrição da terrível invasão de ‘gafanhotos’ (ver Jl 1:4), aparentemente acompanhada por uma seca; e (2) caps. 2:18 a 3:21, a promessa de restauração ao favor divino. Duas interpretações têm sido dadas à descrição da praga de ‘gafanhotos’: (1) a literal, que entende uma real nuvem desses insetos invasores como base para o apelo profético; e (2) a alegórica, que interpreta os ‘gafanhotos’ como uma representação metafórica da invasão de exércitos hostis. Em geral, a interpretação literal é vista como mais favorável.” SDABC, vol. 4, p. 937.
            Por que Deus executa juízos sobre os pecadores? Porque se não o fizesse estaria compactuando com o mal e atentando contra Seu próprio caráter santo e justo. Mas é bom que se leve em conta que os juízos só acontecem depois de muito esforço do Céu para levar os pecadores ao arrependimento. Deus não gosta de punir. Mas precisa fazê-lo para ser coerente Consigo mesmo. Ele é justiça, santidade absoluta e perfeita. Pelo bem de todo o Universo o Senhor lida com o mal paciente, mas eficientemente. Considere-se também que Seus juízos que visam ao arrependimento dos transgressores são plenos de misericórdia. Somente quando as nações pecam contra o Espírito é que o juízo é inapelável.  

DOMINGO
 Desastre Nacional
            Os estudiosos do livro de Joel pensam que ele profetizou em Judá quando o rei Joás era menor de idade e a perversa Atalia usurpara o trono e estava reinando.
            A primeira menção dos desastres se faz com relação à economia da nação. Sendo de características eminentemente agropastoris, qualquer golpe ou percalço na produção de bens de consumo se refletiria na estabilidade política e social da nação, produzindo carestia, paralisação das atividades comerciais, agitação do povo, instabilidade de ânimos...  Os rebanhos sofreriam dizimação. Em verdade, o colapso seria generalizado.
            Ataques de gafanhotos eram muito temidos.  A oitava praga lançada sobre o Egito foi de gafanhotos e tremendos os seus resultados. Moisés descreveu a praga como milhões de insetos cobrindo a terra, comendo toda a vegetação, invadindo casas e palácios, lotando ruas, templos, edifícios do governo, praças públicas, logradouros, etc.
            Mesmo as atividades religiosas estritamente concentradas no templo haveriam de sofrer parada: “Cortada está da casa do Senhor a oferta de manjares e a libação; os sacerdotes, ministros do Senhor, estão enlutados.” (Jl 1:9)
            Deus estava mexendo com o instinto de sobrevivência dos moradores de Judá, para despertar sua consciência e levá-los a considerar o que estavam fazendo com o Deus vivo. Queria atraí-los a Si e estimulá-los a pedir perdão e obter graça que tão generosamente lhes estava reservada.
            É importante ressaltar que o caos anunciado na profecia de Joel não havia ainda acontecido. Deus estava alertando a nação de que em breve futuro ela seria visitada pelos juízos do alto, caso não se arrependesse de seus pecados e continuasse rejeitando as mensagens que o Senhor lhes enviara mediante os profetas. Deus nada faz sem antes comunicar Seus segredos aos profetas. Essa atitude mostra a relutância de Deus em punir. Ele quer, antes, que o povo se converta e chegue ao conhecimento da verdade. Em último caso apenas reserva a aplicação da punição.
            “Que graça Deus lhes oferece! Até a última hora era possível arrepender-se e voltar-se para o Senhor, evitando, dessa maneira, mais desastre. Deus requer um tempo de profundo exercício do coração e do espírito, tempo de jejum, tempo de quebrantamento diante dEle. Visto como sempre é tão fácil substituir o verdadeiro pelo aparente e perder-se na atração do espetáculo exterior, Deus os exorta a rasgar o coração e não as vestes. Bem cedo nas Escrituras encontramos o registro de rasgar as vestes em ocasiões de grande lamento (Gn 17:29, 34; 1Sm 4:12; 1Rs 21:27; Is 37:2). Significava comunicar a condição do coração quebrantado e rasgado do pranteador.
Considerando que muitas vezes o sinal substitui a realidade, Deus prescreve, por intermédio do profeta, uma contrição de coração ver­dadeira e autêntica. Toda ação desse teor diante de Deus baseia-se no fato do caráter maravilhoso de Deus, porque Ele é gracioso além do que se pode dizer, e pronto para perdoar. Deus está sempre mais disposto a abençoar do que a destruir; a perdoar do que a punir; a conquistar por amor do que a ferir pelo látego (açoite). Sempre existe, pois, a possibilidade de o desagrado de Deus transformar-se em favor, quando Seu povo se humilha diante dEle. Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas em que ele se converta do mal dos seus caminhos e viva. (Observe o caso dos ninivitas em Jonas 3:9.) Havendo verdadeiro arrependimento, Deus lhes restaurará colheitas abundan­tes. A oferta de manjares e a oferta de libação, ambas dependentes da colheita do campo e da vide, haviam cessado por causa da seca e da praga, mas agora estará disponível ao Israel arrependido (1:9, 13, 16).” Comentários do Livro de Joel. IBAB. 
  
SEGUNDA
            A continuada idolatria e prática do mal insensibilizaram todas as classes sociais de Judá. Não havia percepção de seu verdadeiro estado. O amor divino por Israel apelava continuamente para que houvesse despertamento, reavivamento e reforma. No cap. 1 de Joel, Deus envia Seu servo com uma mensagem de convocação ao arrependimento.  Dentro de quase dois séculos o golpe final contra as tribos do Sul iria ocorrer caso não houvesse mudanças. Historicamente, o cativeiro de Judá começou em 606-605 a.C. e se concluiu em 587 a.C., quando Nabucodonosor, rei babilônico, levou os que restavam para a Caldeia, destruindo o templo e arrasando Jerusalém.
            O Senhor foi detalhista ao orientar o povo no tocante ao retorno. Ele queria quebrar a soberba de reis, sacerdotes e povo e levá-los passo a passo à reobtenção de Seus favores. Mandou o Senhor que se vestissem de saco (o tecido de saco era vestido em tempos de consternação [2Sm 3:31; 2Rs 6:30 ou de arrependimento [Ne 9:1]). Prescreveu que fizessem lamentos e clamores, que gemessem; que jejuassem a fim de afligir suas almas. Ordenou que convocassem um culto solene no templo, que estava funcionando precariamente, e que lá todos orassem, confessassem seus pecados e recebessem perdão.
            A despeito de todo o empenho divino, não houve mudanças no comportamento da nação. Eles continuaram ousadamente transgredindo a Lei de Deus, adorando ídolos, cometendo adultérios, assassínios, abusos de toda sorte, até que o juízo não pôde mais ser detido.
            “No ano nono do reinado de Zedequias, ‘Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército’, a fim de sitiar a cidade. 2Rs 25:1. A perspectiva para Judá era desesperadora. ‘Eis que sou contra ti’, o Senhor mesmo declarou por intermédio de Ezequiel. ‘Eu o Senhor, tirei a Minha espada da bainha; nunca mais voltará a ela... Todo o coração desmaiará e todas as mãos se enfraquecerão, e todo o espírito se angustiará, e todos os joelhos de desfarão em águas.’ ‘Derramarei sobre ti a Minha indignação, assoprarei contra ti o fogo do Meu furor, entregar-te-ei nas mãos dos homens brutais, inventores de destruição.’ Ez 21:3, 5-7 e 31.” PR, 452.
            Destaque-se a incrível longanimidade de Deus ao suportar por tanto tempo as transgressões e impenitências do povo. Desde os tempos de Roboão, filho de Salomão, (931 a.C.) Deus lutou com Seu povo para que se arrependesse e voltasse para os braços do Senhor. Profeta após profeta foram enviados com mensagens ameaçadoras, mas também de apelo amoroso. Mas o que fez Judá? Jesus relatou a atitude da nação: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Lc 13:34)



 
            “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1:8)
            A profecia de Joel teve seu primeiro cumprimento no Pentecostes. Não houve cumprimento prévio a Atos 2. Terminados os 490 anos determinados a partir da saída da ordem de Artaxerxes Longímano para reedificar Jerusalém e restaurar Israel, começaram os últimos dias da história da Terra. Pedro afirma categoricamente que “isto é o que foi dito pelo profeta Joel: Nos últimos dias, diz Deus, do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne...” (At 2:17 e ss.)
            Nosso Senhor ensinou que Deus está desejoso de conceder o Espírito a quem pedir: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11:13) Por que então não recebemos ainda a Chuva Serôdia? Será que Deus não tem pressa de ultimar Sua obra na Terra?
Cristo prometeu o dom do Espírito Santo a Sua igreja, mas quão pouco é apreciada essa promessa! Quão raramente o poder [do Espírito] é sentido na igreja, e quão pouco se fala do Seu poder perante o povo! O Salvador declarou: ‘Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas.’ At 1:8. Com o recebimento desse dom, todos os demais seriam nossos; pois devemos recebê-lo segundo a plenitude das riquezas da graça de Cristo, que está pronto para suprir cada alma na medida da capacidade que tem para receber. Portanto, não nos satisfaçamos com apenas um pouco dessa bênção, somente a quantidade que evitará que dormitemos até morrer, mas busquemos diligentemente a abundância da graça de Deus.E Recebereis Poder, 223.
“O tempo decorrido não operou nenhuma mudança na promessa dada por Cristo ao partir, promessa esta de enviar o Espírito Santo como Seu representante. Não é por qualquer restrição da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não fluem para a Terra em favor dos homens. Se o cumprimento da promessa não é visto como poderia ser, é porque a promessa não é apreciada como devia ser. Se todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito. Onde quer que a necessidade do Espírito Santo seja um assunto de que pouco se pense, ali se verá sequidão espiritual, escuridão espiritual e espirituais declínio e morte. Quando quer que assuntos de menor importância ocupem a atenção, o divino poder, preciso para o crescimento e prosperidade da igreja, e que haveria de trazer após si todas as demais bênçãos, está faltando, ainda que oferecido em infinita plenitude.” AA, 50.
            “Se esta profecia de Joel teve cumprimento parcial nos dias dos apóstolos, estamos vivendo em um tempo em que esse deve ser mesmo mais manifesto ao povo de Deus. Ele concederá Seu Espírito para que eles se tornem uma luz em meio à escuridão moral; e grande luz será refletida em todas as partes do mundo. Oh, que nossa fé possa aumentar; que o Senhor possa operar poderosamente com Seu povo.” MS 49, 1908.

QUARTA
Proclamando o nome de Deus
            O tempo do poderoso derramamento do Espírito de Deus ocorreria, segundo Joel, após os sinais cósmicos do escurecimento do Sol e do ensanguinhamento da Lua. Como bem sabemos, esses dois avisos da misericórdia divina ocorreram num mesmo dia: 19 de maio de 1780.   Jesus, em Seu sermão profético (Mt 24) confirmou os acontecimentos preditos pelo profeta, dizendo: “E logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá e a Lua não dará a sua luz...” (v. 29) A bondade de Deus em avisar os seres humanos a fim de que se preparem para o dia final é evidenciada pela infinita paciência do Senhor. Já se passaram 233 anos desses eventos, e Ele ainda trabalha intensamente para salvar os homens da destruição. 
            “Antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor...” (Jl 2:31) Em Sua providência, o Deus Eterno apressa o avanço de Sua obra no mundo. Milhões de servos do Senhor estão proclamando hoje a mensagem de salvação. Mediante estudos particulares, sermões, conferências, campanhas de colportagem; através de nossos hospitais, educandários, clínicas, serviços às comunidades, farta distribuição de literatura, canais de rádio e TV, o nome do Senhor Salvador está sendo posto em evidência.
            Tome-se como exemplo a proclama do nome do Senhor através da distribuição do livro “A Grande Esperança”. O Pr. Delbert Baker, responsável pela coordenação desse esplêndido projeto, afirmou: “Começamos com 50 milhões em mente e depois mudamos nosso alvo para 100 milhões de livros, e finalmente 175 milhões de cópias foram para a distribuição. Até agora foram distribuídos 92 milhões.” Num cálculo tosco, multipliquemos esse valor por três (média de membros das famílias) e teremos 276 milhões de pessoas a quem o nome de Deus é proclamado.
            O povo de Deus está designado a ser a luz do mundo e o sal da Terra. A ele cabe a responsabilidade de ajudar o Senhor em Seu grande plano de salvação. Vale destacar que o testemunho pessoal de cada membro da Igreja é um poderoso proclamador. Quando por sua vida consagrada homens e mulheres dão testemunho do poder da graça salvadora de Cristo, as pessoas, inda que não demonstrem, sentem o impacto do evangelho. Agora, quando professos crentes desmentem a proclamação com vidas incoerentes, mundanismo, negligência para com a piedade prática, a proclamação nada mais é do que propaganda do maligno.
“À medida que se aproxima o fim, os testemunhos dos servos de Deus tornar-se-ão mais decididos e mais poderosos, lançando a luz da verdade sobre os sistemas de erro e opressão que por tanto tempo têm mantido a supremacia. O Senhor nos enviou mensagens para este tempo, a fim de estabelecer o cristianismo sobre uma base eterna, e todos os que creem na verdade presente devem firmar-se, não em sua própria sabedoria, mas em Deus; e levantar o fundamento de muitas gerações. Estes serão inscritos nos livros do Céu como reparadores das brechas e restauradores de veredas para que o país se torne habitável. Devemos manter a verdade porque é verdade, em face da mais cruel oposição.” ME3, 407.  
“Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. 
“As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra.” A Igreja Remanescente, 64. 



Refúgio em tempos de provas (Joel 3)
            Deus tem uma controvérsia contra o mundo. Quando se assentar o Juízo e se abrirem os livros, terá Ele terríveis contas a ajustar, o que faria agora o mundo temer e tremer, não estivessem os homens cegados e enfeitiçados pelas ilusões e enganos satânicos. Deus pedirá contas ao mundo da morte de Seu Filho Unigênito a quem, em todos os intentos e propósitos o mundo crucifica de novo e expõe ao opróbrio, ao perseguir o Seu povo. O mundo tem rejeitado a Cristo na pessoa de Seus santos, tem desprezado as mensagens ao recusar receber as mensagens dos profetas, apóstolos e mensageiros. Tem rejeitado aos que são colaboradores de Cristo, e disso terá de dar contas.” IR, 36.
                Juízos de Deus estão hoje caindo sobre a Terra em forma de calamidades, desastres naturais, fomes, pestilências, terremotos, etc. São punições, sim, mas de aviso misericordioso para chamar os homens à consciência de seus atos transgressores. Deus abate o orgulho das nações e a altivez humana. Os pecados tornam nosso tempo uma época de difícil sobrevivência. Há na Terra angústia das nações (ver Lc 21:25). A sociedade declina vertiginosamente e o povo de Deus sofre com o avultamento das violações da Santa Lei de Deus. Contemplam violência, injustiças, crimes, doenças, anulação de valores morais, sexualismo, paixões aviltantes e, como Habacuque, perguntam ao Senhor: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás? Gritar-Te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida.” (Hc 1:2-4)
                Porém, Deus não está em silêncio e inatividade. Ele, mais do que nunca, está trabalhando em favor da redenção de Seu povo e reivindicará do mundo todo o mal que esse fez contra os escolhidos. “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”
                É chegado o tempo previsto nos textos de Daniel. “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.” (Dn 12:1)
                Estamos nas fases finais da pregação da mensagem do terceiro anjo. Em breve o Espírito do Senhor será derramado sobre Seu povo e eles promoverão o alto clamor do terceiro anjo (Ap 18). Jesus tomará Suas últimas providências para vir buscar Seus amados.  Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a ‘chuva serôdia’, o ‘refrigério pela presença do Senhor’, e acha-se preparado para a hora probante que diante dele está. No Céu, anjos apressam-se de um lado para o outro. Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos receberam o selo do Deus vivo. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos e com grande voz diz: Está feito; e toda a hoste angélica depõe suas coroas, ao fazer Ele o solene aviso. ‘Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.’ Ap. 22:11. Todos os casos foram decididos para vida ou para morte. Cristo fez expiação por Seu povo, e apagou os seus pecados. O número de Seus súditos completou-se; ‘e o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu’, estão prestes a ser entregues aos herdeiros da salvação, e Jesus deve reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores.” GC, 613, 614.

Comentários Lição 03 - Um DEUS santo e justo (Joel) - Prof. Sikberto Marks

13 a 20 de Abril de 2013

Introdução de sábado à tarde

Nos tempos de Joel DEUS estava empenhado por levar Seu povo ao arrependimento. Israel se desviara outra vez para a idolatria dos povos vizinhos. Conquanto DEUS houvesse dado a eles progresso e fartura, quando nestas condições chegavam buscavam diversão com os atrativos de fora do país. Ainda hoje nós, povo de DEUS, somos tão atraídos pelas mesquinharias de fora. E julgamos como eram maus naqueles tempos, mas não é diferente hoje! Porque será que vai haver forte sacudidura?
Joel foi chamado por DEUS. Ele havia enviado uma seca e um exército de gafanhotos. Raciocine bem: o que é melhor, gafanhotos ou um exército de algum país vizinho, de onde poderiam vir homens armados, que além de destruírem as plantas, também matariam as pessoas e tomariam o poder político sobre o reino? Pois os gafanhotos vieram antes para alertar que depois, se não se arrependessem, viriam os homens, e se com os gafanhotos foi terrível, com os homens seria bem pior. E infelizmente foi assim, sob o exército assírio. Eles não ouviram a voz de DEUS por meio do profeta Joel.
“Será bom considerarmos o que está prestes a sobrevir à Terra. Não é este o tempo para frivolidades ou para o egoísmo. Se o tempo em que vivemos deixar de nos impressionar seriamente o espírito, que nos poderá atingir então? Não requerem as Escrituras trabalho mais puro e santo do que o que até aqui se tem visto? … Fiquei profundamente impressionada pelas cenas que recentemente passaram diante de mim, à noite. Parecia existir um grande movimento – um trabalho de reavivamento – em ação em vários lugares. Nosso povo movia-se em linha e respondia ao apelo de Deus. Meus irmãos, o Senhor está falando a cada um de nós. Não ouviremos Sua voz?” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 514 e 515).

  1. 1.      Primeiro dia: Desastre nacional
Hordas e horadas de gafanhotos vinham sobre Israel (Joel 1:4). Primeiro o gafanhoto cortador, depois o migrador, depois o devorador e por fim veio o gafanhoto destruidor.  O que sobrava de um, o outro devorava. São poderosos destruidores, como um povo com dentes de leão e queixos de leoa. Dos gafanhotos não sobrou nada com folha.
Mas a situação piorou muito mais. As árvores sem folhas pelo menos poderiam, em curto tempo, se restabelecer. Mas então veio uma seca que matou as árvores. Agora passou a não haver perspectiva, a curto prazo, de produzir frutos. O cereal fora dizimado pelos gafanhotos, as folhas das árvores também, agora as próprias árvores morreram. Os rios secaram e o fogo devorava a lenha seca. A situação requeria plantio imediato das árvores e mesmo assim teriam que esperar por vários anos para colher os primeiros frutos. Teriam que recomeçar do zero, se a seca passasse logo.
Aí vem a recomendação de Joel: um jejum, uma reunião de todos os moradores da terra para clamar ao Senhor. Era o temível dia do Senhor. Eles haviam se afastado de DEUS e agora, para retornar, deveriam arrepender-se e mudar de vida.
“DEUS não pode abençoar os homens em suas terras e rebanhos quando eles não usam as bênçãos recebidas para glorificá-Lo. Ele não pode confiar Seus tesouros àqueles que os empregam mal” (Comentário de EGW sobre a Lição da Escola Sabatina, p. 18).

  1. 2.      Segunda: Toque de trombeta
O que Joel recomendou que fizessem? Deveriam proclamar um dia de jejum e oração, e toda a nação deveria participar. Assim eles fariam meia volta; estavam indo para a idolatria, agora deveriam voltar e ir para DEUS.
“O jejum recomendado pela Palavra de Deus é alguma coisa mais que uma forma. Não consiste meramente em nos privarmos da comida, em usarmos saco, em lançarmos cinza sobre a cabeça. Aquele que jejua com verdadeira tristeza pelo pecado, jamais buscará exibir-se.
“O objetivo do jejum que Deus nos convida a fazer, não é afligirmos o corpo pelo pecado do coração, mas o ajudar-nos a perceber o caráter ofensivo do pecado, a humilharmos o coração diante de Deus e recebermos Sua graça perdoadora. Sua ordem a Israel, foi: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus.” Joel 2:13” (O Maior Discurso de CRISTO, 87).
“Nosso Pai celestial não aflige ou entristece de bom grado os filhos dos homens. Tem Ele um propósito no redemoinho e na tempestade, no fogo e nas inundações. O Senhor permite que calamidades sobrevenham a Seus filhos a fim de salvá-los de perigos, maiores. Deseja que cada um examine íntima e cuidadosamente o próprio coração, e então se aproxime de Deus, para que Deus dele Se aproxime” (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, 265).
“Examine cada qual seu próprio procedimento. Pergunte cada qual, de si para si, se está à altura da norma que Deus colocou a sua frente. Podemos nós dizer, de coração: “Ponho de lado minha própria vontade? ‘Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu; sim, a Tua lei está dentro do meu coração’? Sal. 40:8.” Perguntamos diariamente: “Senhor, qual é Tua vontade a meu respeito?” (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, 265).
O que o profeta Joel estava requerendo dos Israelitas do Reino do Norte era que fizessem um grande ato nacional de retorno a seu DEUS. Era algo como dizemos hoje “dar a volta por cima”, isto é, mudar totalmente o estilo de vida.
Eles, naquele tempo, deveriam livrar-se da idolatria dos povos vizinhos. Mas nós hoje também devemos nos libertar de uma certa idolatria. É uma idolatria de caráter moderno – todas aquelas coisas que nos prendem ao mundo e que ajudam na separação de DEUS. “Posto que de forma diversa, existe hoje a idolatria no mundo cristão tão verdadeiramente como existiu entre o antigo Israel nos dias de Elias. O deus de muitos homens que se professam sábios, de filósofos, poetas, políticos, jornalistas; o deus dos seletos centros da moda, de muitos colégios e universidades, mesmo de algumas instituições teológicas, pouco melhor é do que Baal, o deus-sol da Fenícia” (O Grande Conflito, 583).

  1. 3.      Terça: O dom do ESPÍRITO de DEUS
A profecia de Joel 2:27 a 29 diz o seguinte: “E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o SENHOR vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2:27-29).
Essa passagem bíblia é uma poderosa profecia que devemos atentar bastante. Ela já se cumpriu uma vez, e se cumprirá outra vez, e está começando a se cumprir pela segunda vez. Da primeira vez, foi logo após JESUS estar entre os seres humanos. JESUS foi crucificado e após a ressurreição, permaneceu entre os humanos mais 40 dias. Então, diante dos discípulos, subiu ao Céu, e naquele momento foi reforçada a promessa de Sua segunda vinda (Atos 1:11). JESUS recomendou que eles ficassem unidos, reunidos num lugar, até q      ue recebessem o poder do ESPÍRITO SANTO. “”E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” Atos 2:1 e 2. O Espírito veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude que alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder a Sua igreja. Era como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito. E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os apóstolos exclamaram: “Nisto está a caridade!” I João 4:10. Eles se apossaram do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito, de novo afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através da incredulidade. Milhares se converteram num dia” (Atos dos Apóstolos, 37 e 38).
Mas para receberem este poder sobrenatural, tiveram que buscar a harmonia entre eles. “Os primeiros discípulos saíram pregando a Palavra. Eles revelaram Cristo em sua vida. E o Senhor andava com eles, “confirmando a Palavra com os sinais que se seguiram”. Mar. 16:20. Estes discípulos se prepararam para a obra. Antes do dia de Pentecoste se reuniram e tiraram dentre eles todas as desinteligências. Estavam de um mesmo sentimento. Acreditavam na promessa de Cristo, de que a bênção seria dada, e oravam com fé. Não pediam a bênção apenas para si; estavam preocupados com a responsabilidade quanto à salvação de almas. O evangelho devia ser levado até aos confins da Terra, e eles reclamavam a doação do poder que Cristo prometera” (O Desejado de Todas as Nações, 827).
Nesse momento, nesses dias de hoje, a igreja está sendo preparada para a repetição dessa profecia. O reavivamento e a reforma já estão em andamento. É evidente que isto ocorrerá em uma minoria na igreja, por isso muitos não estão vendo nada. Mas quem nada vê, é porque não está participando, ainda dorme. A maioria dos membros, diga-se isto com sofrimento, vai pelo caminho do joio, e muitos se revoltarão contra a igreja. Uma proporção pequena se reavivará, como hoje já se pode ver, mas na igreja mais da metade deverão estar reavivados para que DEUS derrame o poder. Esta proporção será alcançada mediante a sacudidura, que também já está em andamento. O atual e último reavivamento resultará outra vez no derramamento do ESPÍRITO SANTO. É a repetição da profecia de Joel. “O grande derramamento do Espírito de Deus, que ilumina toda a Terra com a Sua glória, não virá enquanto não tivermos um povo iluminado, que conheça por experiência própria o que significa ser colaboradores de Deus. Quando tivermos uma consagração plena, de todo coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato derramando Seu Espírito sem medida; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte da igreja não se transformar em coobreiros de Deus. Deus não pode derramar Seu Espírito quando o egoísmo e a condescendência própria são tão manifestos; quando prevalece um espírito que, traduzido em palavras, exprimiria a resposta de Caim: “Sou eu guardador do meu irmão?” Gên. 4:9” (Conselhos Sobre Mordomia, 52).
O povo sobre o qual será derramado o poder do ESPÍRITO SANTO será antes aperfeiçoado a tal ponto que darão um bom testemunho. Não serão pessoas contraditórias, que dizem uma coisa mas fazem outra. Serão convertidos por inteiro, e embora ainda pecadores, estarão como Enoque, como Elias, como Moisés, e muitos outros do passado, ligados a DEUS, dirigidos por Ele desde seus pensamentos mais íntimos até seus atos. Veja e reflita sobre as citações que se seguem (os grifos foram acrescentados).
Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão” (Parábolas de Jesus, 69). “Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o dia de Deus. II Ped. 3:12” (O Desejado de Todas as Nações, 633 e 634) “O Senhor terá um povo tão verdadeiro como o aço, de fé tão firme como o granito. Eles devem ser-Lhe testemunhas no mundo, instrumentos Seus para realizar uma obra especial, gloriosa, nos dias de Sua preparação” (Testemunhos Seletos, I, 590).

  1. 4.      Quarta: Proclamando o nome de DEUS
O tempo de espera para a volta de JESUS é em torno de seis mil anos. Adão e Eva não sabiam que levaria tanto tempo. A tristeza deles seria maior se soubessem. Os apóstolos e primeiros cristãos também não imaginavam que ainda faltariam em torno de dois mil anos. Profecia atrás de profecia ia se cumprindo, e o final, aos poucos, se aproximava. Hoje, não temos dúvidas, estamos pertinho do fim do sofrimento, e ao mesmo tempo, pertinho do início de uma nova vida há muito anunciada. Somos povo da última geração, o povo que já está dando início à proclamação da última mensagem. Muitos dentre nós, infelizmente não todos, participarão do privilégio do recebimento do ESPÍRITO SANTO para a finalização da pregação da novidade da segunda vinda a todo o mundo. “…estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios” (Conselhos Sobre Saúde, 132).
A proclamação da obra de JESUS se avolumará até chegar ao alto clamor. Alcançará o mundo inteiro. Todos saberão que existe DEUS e que JESUS voltará bem logo. E todos tomarão uma decisão em relação a sua vida que os incluirá na vida eterna ou os excluirá dela.
“Estamos vivendo nos últimos dias. Aproxima-se o fim de todas as coisas. Cumprem-se rapidamente os sinais preditos por Cristo. Esperam-nos tempos tormentosos; não pronunciemos, porém, palavra alguma de desalento ou descrença. Aquele que compreende as necessidades da situação dispõe as coisas de maneira tal que os obreiros colocados nos diferentes lugares possam desfrutar das vantagens que lhes permitam despertar com mais eficácia a atenção do público. Ele conhece as necessidades dos mais débeis membros do Seu rebanho, e envia Sua mensagem tanto pelos caminhos como pelos atalhos. Ele nos ama com amor eterno. Lembremo-nos de que anunciamos uma mensagem de cura a um mundo repleto de almas enfermas de pecado. Ajude-nos o Senhor a aumentar a nossa fé e fazer-nos compreender que Ele quer que todos conheçamos Seu ministério de curar e Sua obra de propiciação! Ele quer que a luz de Sua graça resplandeça de muitos lugares” (Conselhos Sobre Saúde, 392).
Repetindo o alerta de ontem, devemos nos achegar a JESUS CRISTO para sermos cada vez mais semelhantes a Ele e nos separarmos da banda podre do mundo. Isso é urgente, pois o tempo está esgotando. “Os que se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus, produzirão os frutos do Espírito – “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio“. Gál. 5:22 e 23. … refletir-Lhe-ão o caráter e se purificarão, assim como Ele é puro. As coisas que outrora aborreciam, agora amam; e aquilo que outrora amavam, aborrecem agora. O orgulhoso e presunçoso torna-se manso e humilde de coração. O vanglorioso e arrogante torna-se circunspecto e moderado. O bêbado torna-se sóbrio e o viciado, puro. Os vãos costumes e modas do mundo são renunciados” (Caminho a CRISTO, p. 58, grifos acrescentados).

  1. 5.      Quinta: Refúgio em tempos de provas (Joel 3)
O pecado tem duas forças contra nós. A primeira é a nossa própria natureza. Ela foi modificada, sofreu degeneração, e passamos a gostar do mal. Isso é contraditório, mas é real. Basta ver o quanto fazem sucesso os filmes de ação, com terror, imoralidade, baixo humor, e assim por diante. Tente produzir um filme sobre a vida de uma família bem estruturada e feliz. Poucos se interessarão. Mas um que mostra violência, sangue, mortes, traições, super-heróis fictícios, quanto mais disso, mais atrairá o grande público.
A outra força do pecado são seres espirituais maus, que nada mais perdem em atrair as pessoas para a prática da injustiça, geralmente valendo-se de seres humanos para seus intentos. É, portanto, bem mais fácil cativar pessoas para o mal do que para o bem. Nesse caso, há a necessidade do poder de DEUS para proceder um processo de transformação na pessoa para que ela perca a atração para o que é ruim.
DEUS disse, por meio do profeta, que não devemos temer aqueles que matam o corpo, mas não podem tirar de nós a vida eterna. Estes são os assassinos, que por pouca coisa ou por muita, tiram a vida das pessoas. Destes não devemos ter medo, se bem que, obviamente, devemos nos precaver deles. Porém, aqueles que são capazes de tirar nossa vida eterna, aqueles que matam o corpo e também a alma, desses devemos temer e nos refugiar em DEUS, único capaz de nos libertar deles. Quem são eles? São os maus espíritos, e também seres humanos. Podemos lembrar alguns seres humanos nessa categoria: os produtores de filmes e vídeos de má índole, os produtores de novelas, os que mentem a respeito da Bíblia e ensinam falsas doutrinas, os que inventam alternativas de adoração falsa, os que levam pelos caminhos largos e cheios de atrativos do mundo, os que emitem propaganda na televisão para assistir programas inconvenientes, e assim por diante. A lista é enorme. Cuidado com eles, afastemo-nos deles e de suas ciladas, eles trabalham com satanás e para ele. São inimigos geralmente bem disfarçados de bons cidadãos. Muitos deles podem ser colegas de fé, mas são agentes de satanás. Todos aqueles que de alguma forma, simples ou mais complexa, são capazes de nos desviar da vida eterna estão nessa categoria: agentes de satanás.
Como prevenir-se deles? Oração, estudo da Bíblia, comunhão com DEUS, é o caminho. Todos os dias momentos de ligação com quem pode nos defender. “Em uma das mais belas e confortadoras passagens da profecia de Isaías, faz-se referência à coluna de nuvem e de fogo para representar o cuidado de Deus pelo Seu povo, na grande luta final com os poderes do mal: “E criará o Senhor sobre toda a habitação do Monte de Sião, e sobre as suas congregações, uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplandor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção. E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia; e para refúgio e esconderijo contra a tempestade, e contra a chuva.” Isa. 4:5 e 6” (Patriarcas e Profetas, 282 e 283).

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Vamos refletir um pouco. Nós estamos bem próximos do fim. Talvez mais que imaginemos. Ainda estamos numa espécie de normalidade, como nos tempos de Noé e de Ló. Todos trabalhavam normalmente, parecia que nada fora da rotina aconteceria, até o dia em que Noé entrou na Arca ou que Ló saiu da cidade. Aí, repentinamente, da normalidade a situação passou para a tragédia. Era uma tragédia anunciada: Noé pregou 120 anos, o testemunho de Ló durou vários anos.
Hoje também parece tudo normal. A ciência pesquisa e num intervalo pequeno de tempo anuncia novas soluções. A fabricação de bens e o comércio estão em atividade frenética. As comunicações nunca foram tão intensas. As viagens lotam aviões e os aeroportos estão congestionados. As atividades de ganhar dinheiro, comprando e vendendo, são as mais intensas em toda a história da humanidade. Tudo parece absolutamente normal.
Mas cuidado, a normalidade vai passar de um dia para outro. Assim foi no dilúvio e na destruição de Sodoma e Gomorra e mais outras duas cidades menores. Há sinais proféticos apontando que uma outra situação, diferente de tudo que já foi visto, se tornará realidade, bem logo. Que dia não sabemos, mas será logo. Dentre os sinais, destacamos alguns: reavivamento e reforma na IASD; aumento da pregação sobre o sábado, a lei e a segunda vinda de JESUS CRISTO por parte da IASD; união das igrejas comandada pela ICAR, apoiada pela ONU e diversos países, inclusive não cristãos; defesa do sábado por parte de líderes religiosos não adventistas, assim como ataques; o debate sobre a paz e segurança que é global, e assim por diante. São muitas profecias que se cumprem ao mesmo tempo. Mas a principal se cumpre na IASD, que é o início e aceleração crescente da última advertência ao mundo. Por essa razão, a todos nós, que já participamos do povo de DEUS, compete nos mantermos fiéis à igreja nesta hora tenebrosa, para sermos ungidos pelo ESPÍRITO SANTO em grande intensidade e concluirmos juntos a obra de JESUS CRISTO.


Comentários Lição 03 - Um Deus Santo e Justo (Carlos Bitencourt)

13 a 20 de Abril de 2013

Entendo ser necessário repetir um pouco da história, e, assim, reposicionar o leitor e ouvinte da Lição da Escola Sabatina. Então, permitam-me: entre Davi e Jesus houve uma diferença aproximada de mil anos. Entre os anos 800 e 400 antes de Cristo, através do relato bíblico, vemos o ministério profético em favor do povo de Deus. Na verdade, nunca houve um tempo em que Deus não Se manifestasse para salvar; no entanto, esse período citado  é especial, e por isso ficou registrado nas Sagradas Escrituras, fato provavelmente realizado pelos próprios profetas. Mas é verdade que houveram outros profetas que nada escreveram na Bíblia, se bem que muito fizeram em cumprimento à ordem divina.

Pois bem, com o neto de Davi, a nação foi dividida. Dez tribos ficaram unidas ao norte, sendo denominadas de Reino de Israel, e fundaram a capital Samaria. Elias e Eliseu eram de lá, assim como Oseias, cujo livro estudamos nas duas primeiras lições do trimestre. Em breve estudaremos Obadias e Amós, também enviados por Deus para ajudar os israelitas.

As outras duas tribos, ao sul, ficaram com a capital Jerusalém, mas trocaram o nome da nação para Reino de Judá.

Pela sequência cronológica da Bíblia, o primeiro profeta a escrever um livro para Judá foi Joel, cuja pregação entre eles deve ter ocorrido por volta de 840 e 830 antes de Cristo. (Foi contemporâneo de Elias, Eliseu e Obadias, que estavam no outro reino). Lembre-se que o norte cairia diante dos assírios em 722 a.C., e o sul, diante dos babilônicos, em 605 – mesmo tendo Deus alertado misericordiosamente o Seu povo, desejoso que eles participassem do cumprimento de Sua preciosa promessa, feita a Abraão, a Noé e a Adão. (Na verdade esse é o Seu plano para a humanidade!).

Então, mais do que história e geografia, a lição é sobre Deus dizendo ao povo – na clara e tranquila linguagem humana – que eles deveriam se arrepender do caminho que estavam seguindo, porque Ele, o Eterno, sabia no que ia dar aquilo. Por isso o extraordinário título da lição para o trimestre: Busque ao Senhor e viva!

Joel – Lição 3 – Um Deus Santo e Justo:

Ao avistar uma crise, que comportamento você assume? Fica sem iniciativa? Acha normal e nem dá bola? Lamenta? Põe a culpa em alguém?

Na época de Joel, o país se alimentava de sua própria produção agrícola. Aliás, essa era a base de toda a sua economia. As pessoas viviam em função da compra, venda e troca de seus produtos alimentares. Então, para surgir uma crise, bastava um país rival  atear fogo nas plantações (elas ficavam fora dos muros), ou o advento de pragas, ou a mudança climática. E, como Deus conhece o futuro, levantou um profeta, que, através das coisas mais básicas para os judeus, usou palavras extremamente entendíveis para eles, com o objetivo de trazê-los ao arrependimento, voltando-se para Deus.

Deus havia Se comprometido a abençoar aquele povo, e o povo havia se comprometido a obedecer a Deus. Chamamos isso de aliança, acordo, concerto – e o de Deus é condicional: “Fique Comigo, que Sou a Fonte de Vida, e viva – não fique Comigo, e não viva”. Simples! 

Não há mistério nisso! No entanto, como a morte é um ato estranho para Deus, Ele insistiu em estender a Sua misericordiosa mão – a mão que resgata, que acolhe o arrependido, que se expressa em amor. (Lembram-se de Pedro quando afundava no mar?! Quando disse: “Senhor, salva-me!”, ali estava a mão de Cristo, agarrando-o, salvando-o. [Pena que mais se fala de Pedro afundando do que sendo resgatado]).

DomingoDesastre Nacional (14 de abril). Se está correto dizer que o ministério de Joel em Judá é paralelo ou próximo ao de Elias em Israel, então, enquanto ocorria a seca em Samaria, ao norte, no tempo de Acabe e Jezabel, o sul também estaria sofrendo um desastre nacional. E, de igual forma (para que fosse aplacada a ira do inimigo destruidor), em vez de juízo, Deus concederia Sua protetora benção em havendo reavivamento e reforma da parte deles. Ah! Como Deus desejava o arrependimento deles!

A humanidade realmente não aprende a lição: quanto mais fartura, mais prosperidade, lamentavelmente mais nos distanciamos de Deus! Não deveria ser assim, mas tem sido.

Juízo Divino ou Deus de Justiça não significa Deus punir e castigar aqueles a quem Ele deu liberdade de escolha e que, no caso, não escolheram segui-Lo – ou então isso não seria livre arbítrio. Fazer juízo ou fazer justiça é só e apenas fazer o certo, o correto, o absolutamente perfeito, não dando sequer uma única margem à dúvida. Por isso o título semana: um Deus santo e justo.

Ora, a partir da infeliz escolha de Adão, todos nós ficamos sujeito a fome, tristeza, sofrimento, doença e morte. Como e quando isso vai ocorrer pode ser diferente para uma ou outra pessoa – mas vai acontecer. Ocorre que Deus tem segurado os quatro ventos que sopram contra nós (a não ser que não queiramos mais a Sua proteção), e, se assim for, dada nossa rejeição, chega o tempo de se fazer juízo, e a sentença “no dia em que dela comeres é certo que morrerás” finalmente será executada, cumprindo-se que “o salário do Pecado é a morte”.

Queridos, é justamente isso que Deus busca fazer entrar em nossa cabeça. No dia que Adão pecou, assim como passamos a ser pecadores, também passamos a ter um Salvador, e esse Salvador tomou para Ele o acerto de contas com o juízo! Por que rejeitar isso, indo sem Ele para o ajuste final? Por que desprezar Sua oferta?

SegundaToque a Trombeta (15 de abril). Diante do dilúvio, não exalte a chuva. Ela é real, mas o importante é a salvação proporcionada pela arca. Diante de Sodoma e Gomorra, não exalte o fogo e o enxofre, e nem a estátua de sal. Isso foi real, mas o importante foram os anjos retirando aqueles por quem Abraão havia intercedido. Quanto ao fim da nossa história de pecado, não exalte a perseguição, ou o sinal da besta, ou o decreto dominical. Isso vai acontecer, mas fale do cântico dos remidos, da primeira ressurreição, da volta de Jesus. Jesus é atraente! Fale de Sua salvação!

Toque a trombeta, mas não para fazer ruído, não para importunar, não para jogar os erros na cara dos errantes, mas para chamar ao arrependimento, para buscar o que havia se perdido.

Que Deus seja vitorioso através de nosso ministério. Somos instrumentos Seus para preparar um povo que renuncie seus pecados, examinem seus corações, e voltem-se para Deus.

Mas a trombeta tem que soar com amor, com ternura. Não bata a trombeta na cabeça de 
ninguém.

TerçaO Dom do Espírito de Deus (16 de abril). Acabou que o reino de Judá foi tomado por Nabucodonosor uns 200 anos depois de Joel. Interessante é que nas palavras desse profeta havia uma dádiva de Deus, não cumprida nos dias deles, mas mais adiante, no Pentecostes, lá em Atos 2, nos dias em que Pedro e os demais apóstolos foram encharcados pelo derramamento da chuva serôdia – o dom do Espírito Santo. Ah, se tivesse sido para eles!!!

Bem, isso está para ocorrer novamente. É certeza! Sendo assim, a pergunta precisa ser feita: será em nós? Desfrutaremos ou desperdiçaremos?

QuartaProclamando o Nome de Deus (17 de abril). Pense um pouco no contexto de Judá, naquela época. Rodeados pelos pagãos, avizinhavam com a idolatria, com o culto a falsos deuses. Entre esses “deuses”, alguns eram reverenciados como responsáveis pela agricultura, chuva, terra, semente, fertilidade, colheita, alimento – ou seja, eram os doadores da vida. Os astros estavam ao “seu” dispor. Ora, ora, ora! Joel alertou seus contemporâneos: Deus está no controle. Deus! O Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó. O Deus verdadeiro!

Joel alertou as pessoas do futuro (que somos nós): Deus está no controle. E o que é chamado muitas vezes de coisas normais, e estamos presenciando nos telejornais, na verdade é o juízo de Deus. Ele está tomando as Suas últimas providências para o retorno de Cristo, o segundo advento. O nome de Deus será exaltado.

Porém, mais uma vez valorizemos: embora o Dia da volta de Jesus seja aterrorizante para os ímpios, será de grande alegria para os que O esperam. Falemos dessa alegria. Convidemos para e por alegria. Que o motivo de evangelização não seja o medo, mas o amor por um Deus maravilhoso que temos.

QuintaRefúgio em Tempos de Provas (18 de abril). Cristo é encantador. Seu modo de falar sempre provocou admiração naqueles que O ouviram. Mesmo nas repreensões, sua voz era redentiva. Falava para convencer o ouvinte de que havia solução para seus problemas, sendo que Ele era a solução. Sempre Se inclinou em favor de todo e qualquer necessitado. 

Nunca alguém foi desapontado por Ele.

Alguns personagens bíblicos, mesmo no Velho Testamento, desfrutaram do favor de Jesus. Compreendiam que Ele sempre fora misericordioso. Nunca temeram buscar Sua querida presença.

Imagino Adão e Eva saindo do Éden. Haviam acabado de ouvir uma palestra proferida por Jesus. Saíram com uma Promessa na cabeça. Saíram vestidos com a pele de um cordeiro sacrificado. Tantas e tantas vezes repetiram a cerimônia sacrifical. E, cada vez, desfrutavam do refúgio patrocinado por Jesus – Ele é o Cordeiro morto, que ressurgiu.
Irmãos, em tempos de provas (as individuais e as universais), recorram ao Refúgio. Abriguem-se na Rocha.

“Vinde a Mim…”

SextaConclusão (19 de abril).

“As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, de palavras e formas, na qual a verdade é mantida no recinto exterior da existência. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada em seu poder, e o resultado é visto no rebaixamento do vigor da vida espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela divina manifestação que desperta a consciência e leva vida ao coração. Os ouvintes não podem dizer: “Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença. Permitam que a Palavra de Deus lhes fale ao coração. Deixem que os que têm ouvido apenas sobre tradição, teorias e máximas humanas ouçam a voz dAquele que pode renovar o coração para a vida eterna” (Profetas e Reis, p. 626).
Senhor, obrigado pela mensagem de Joel. A Sua Palavra é a verdade.
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