MUDANÇA SOBRE A PORTA ABERTA 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 12-04-2015

"Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta". Apocalipse 3:8

Os primeiros guardadores do sábado eram adventistas da “porta fechada”. Miller tirou a expressão “porta fechada” de Mateus 25:10, para referir-se ao fim do tempo da graça, antes da chegada do Noivo. Outra forma de expressar é dizer que Miller acreditava que todas as pessoas já terão tomado uma decisão a favor ou contra Jesus antes de Sua segunda vinda e que não haverá uma segunda chance após esse acontecimento. Trata-se de um ensino bíblico sensato.


Entretanto, a concepção de Miller acerca da porta fechada tinha um problema embutido. Ele havia relacionado o segundo advento ao fim das 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14. Portanto, cria que, no final de 1844, a porta da graça havia se fechado, no dia 22 de outubro, e, por isso, a obra de pregar o evangelho aos pecadores terminara. Assim, mais nenhum pecador se converteria.


Todos os primeiros adventistas guardadores do sábado, sem exceção, acreditavam na ideia da porta fechada. Contudo, conforme vimos anteriormente, o estudo da Bíblia logo os levou a concluir que a purificação do santuário não era o segundo advento, mas estava ligada ao ministério de Cristo no santuário celestial.


Naquele momento, eles se viram tentando sustentar uma teologia que não se encaixava mais. Haviam mudado a interpretação da purificação do santuário, porém não reinterpretaram o instante do fechamento da porta. No entanto, a transformação de uma crença exigia a mudança da outra, mas tal ideia não ficou clara de imediato para os guardadores do sábado.


Foi só no início dos anos 1850 que eles chegaram a uma posição harmônica sobre o assunto. Entretanto, a mudança não ocorreu a princípio por terem percebido que erraram. Em vez disso, enfrentaram outro problema que não se resolvia. Quer gostassem quer não, continuavam a receber conversos que não haviam passado pela experiência milerita. A princípio, pensaram que deveriam se recusar a batizá-los. Isso aconteceu com Joseph H. Waggoner, que mais tarde se tornou um líder ministerial dos adventistas do sétimo dia.


Foi a realidade desses conversos que levou os guardadores do sábado de volta à Bíblia para reestudar o assunto. No fim de 1851, perceberam o erro cometido. O resultado foi a conclusão de que verdadeiramente a porta da graça se fecharia antes do advento, mas que tal evento ainda estava por ocorrer. Esse insight abriu as portas para que a mensagem fosse espalhada a todos.


É realmente bom saber que Deus nos guia mesmo em meio a nossas confusões!

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 16 Daniel - O Estabelecimento do Reino Eterno de Cristo

ALTERNATIVA À MARCAÇÃO DE DATAS 2 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 11-04-2015

Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes. Mateus 25:40

Como ser um adventista fiel? Essa é a pergunta crucial. Os discípulos e os primeiros cristãos, como muitos de nós atualmente, queriam passar o tempo todo em empolgação emocional. No entanto, Jesus procurou direcionar a atenção deles a uma esfera mais sóbria do viver cristão no mundo cotidiano.

Ontem encerramos com a parábola das ovelhas e dos cabritos, em Mateus 25:31-46. Ellen White compreendeu o sentido das palavras de Cristo ao escrever: “Assim descreveu Cristo aos discípulos, no monte das Oliveiras, as cenas do grande dia do juízo. E apresentou sua decisão como girando em torno de um ponto. Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. […] Aqueles que Cristo louva no juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os gentios, pessoas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus” (DTN, p. 637, 638).


O Espírito Santo tem tocado seu coração? Onde está seu foco como adventista? Na empolgação do último pregador que convence a igreja da proximidade do advento? Ou no “dever presente” enquanto aguardamos tal acontecimento?


Devo admitir que, por definição, a empolgação é mais cativante; porém, o “dever presente” é mais cristão.


De acordo com Jesus, o verdadeiro adventista não é aquele que só consegue pensar em como a vinda de Cristo está próxima, mas, sim, aquele que vive o amor de Deus enquanto espera, aguarda e vigia a chegada desse dia.


Hoje, meu amigo, Jesus quer que cada um de nós dedique mais uma vez a própria vida à missão de ser cristãos neste mundo, enquanto aguardamos o vindouro.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 15 Daniel - Um Tempo de Angústia sem Precedentes

ALTERNATIVA À MARCAÇÃO DE DATAS 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 10-04-2015

"Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mateus 25:21


Em Mateus 24 e 25, há um sermão estranho! Encontramos os discípulos perguntando a Cristo sobre a destruição do templo e pedindo um sinal de Seu retorno e do fim de todas as coisas. Sendo bem claro, preciso dizer que a resposta de Jesus deve ter sido frustrante. Para começar, Ele alistou uma série de “sinais” que ocorrem em todas as eras, como guerras, terremotos e fomes; em seguida, prosseguiu afirmando que “ainda não é o fim”, “porém tudo isto é o princípio das dores” (Mt 24:6, 8).

Além disso, Cristo mencionou, ao mesmo tempo, acontecimentos ligados à destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e ao segundo advento. E como se não bastasse, disse-lhes que ninguém, a não ser Deus, sabe a hora desse evento (v. 36). Jesus concluiu sua exposição, após o pedido por um sinal, com uma admoestação: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (v. 42). Ele também poderia muito bem ter dito: “Não se preocupem com o tempo.”



Naquele momento, em Seu sermão, Jesus deixou de lado os sinais e passou a abordar o que mais precisava falar a Seus discípulos que desejavam a chegada do fim o mais rápido possível. A partir do versículo 43, Cristo conta cinco parábolas que se movem progressivamente ao que eles mais necessitavam ouvir, em vez daquilo que mais queriam ouvir (isto é, quão próximo estava o fim).


A primeira parábola (v. 43, 44) apenas lhes orienta a vigiar, uma vez que não conheciam a hora do segundo advento. A segunda (v. 45-51) diz que eles tinham deveres a cumprir enquanto vigiavam e esperavam, e que o tempo demoraria mais do que imaginavam. A terceira (Mt 25:1-13) continua o tema da vinda tardia, ressaltando a necessidade de preparo para o evento. A quarta parábola (v. 14-30) ressalta como eles deveriam se preparar. 

Necessitavam desenvolver e colocar em prática seus talentos com fidelidade. E o clímax das parábolas – a que fala das ovelhas e dos cabritos (v. 31-46) – declara de maneira explícita a natureza essencial do trabalho que deveria ser feito no período de espera e vigilância.


Em outras palavras, Jesus afasta toda a discussão acerca do tempo preciso e a dirige ao “dever presente”. John Wesley, fundador do metodismo, entendeu o que Cristo queria dizer. Quando alguém lhe perguntava o que ele faria hoje caso tivesse a certeza de que Jesus voltaria amanhã, respondia que faria exatamente o que havia planejado.
Senhor, ajuda-nos a reconhecer que estar prontos não significa empolgação, mas o cumprimento de Tua vontade enquanto vivemos neste mundo.

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 14 Daniel - Reis em Guerra

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 4 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 09-04-2015

"E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram". Mateus 25:5

A reação de Ellen White à postura de Bates, em 1851, não foi sua primeira manifestação contrária à marcação de datas. Desde 1845, ela advertia repetidas vezes aos irmãos que o tempo não era mais uma prova e, cada vez que passava uma data sugerida, enfraquecia a fé daqueles que nela haviam depositado sua esperança. Até mesmo sua primeira visão dava pistas de que a cidade poderia se encontrar “muito longe”. Em resposta a sua posição referente à marcação de datas, alguns a acusaram “de ser como o mau servo que dizia em seu coração: ‘Meu Senhor tarde virá’” (PE, p. 14, 15, 22).
Ela tinha certeza de que a terceira mensagem angélica provia um alicerce mais sólido para sua fé do que a marcação de datas. Além disso, ao comentar o assunto das datas, ela sempre afastava os guardadores do sábado da empolgação quanto ao momento marcado, em direção a seu dever presente na Terra. Com o tempo, tal ênfase proveu a justificativa para a criação de instituições que poderiam levar o adventismo do sétimo dia a todos os cantos do planeta. Jesus é claro quanto à questão de marcar datas, em Mateus 24. Por conta disso, Ellen White expõe os problemas ligados a essa prática.

No entanto, adventistas do sétimo dia marcadores de datas continuam em sua tentativa desesperada de manter a empolgação. Lembro-me de 1964. Muitos tinham certeza de que Jesus voltaria naquele ano porque a Bíblia ensinava que “assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem” (Lc 17:26). E Noé não pregara sua mensagem por 120 anos até o dilúvio chegar? Então pronto! Era isso! Os adventistas vinham pregando sua mensagem por 120 anos desde 1844. A “prova” era conclusiva. Jesus retornaria em 1964, provavelmente no dia 22 de outubro.


Então veio o ano 2000, o início do sétimo milênio, o milênio sabático de descanso celestial. Pessoas de todas as partes se empolgaram com isso. Por volta daquele ano, um livro adventista que ficou entre os mais vendidos chegou ao mercado mostrando um relógio indicando poucos minutos para a meia-noite, quando chegaria o Noivo.


É triste o fato de muitos adventistas continuarem vulneráveis à marcação de datas e desligados de seu “dever presente”. Infelizmente, entendem ao contrário a mensagem de Jesus em Mateus 24 e 25.


Ajuda-nos, Senhor, a desejar alimento sólido, em vez de açúcar espiritual
.

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 13 Daniel - Daniel no Rio Tigre

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 3 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 08-04-2015

"Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles". Mateus 25:19
Ontem vimos José Bates lutando com toda força com o aspecto da “tardança” do sermão de Jesus em Mateus 24 e 25. Com base no princípio de uma mancha de sangue por ano, ele determinou que Jesus voltaria em outubro de 1851. Também percebemos que Ellen White questionou Bates, mas ela não havia terminado. Ouçamos um pouco mais.

Na 
Review de 21 de julho de 1851, escreveu: “Vi que alguns faziam tudo para se inclinar para o período do próximo outono, isto é, baseando seus cálculos em referência a esse momento. Vi que isso estava errado, por este motivo: Em vez de ir a Deus todos os dias para conhecer seu dever presente, eles olham para frente e fazem cálculos como se soubessem que a obra terminaria neste outono, sem perguntar a Deus todos os dias qual é seu dever.”

No mês seguinte, Tiago foi bem claro com Bates, afirmando que fora contra seu ensino de datas desde o início, um ano antes. Referindo-se especificamente à teoria do outro pioneiro, Tiago escreveu: “Alguns que espalham tal ensino são por nós muito estimados, e os amamos ‘com todo fervor’ como irmãos. Sentimos que nos demoramos muito em dizer algo que possa magoar seus sentimentos; no entanto, não podemos deixar de dar alguns motivos por que não aceitamos a questão do 
tempo.” Então ele mencionou seis razões que o levavam a crer que Bates estava errado.

O confronto combinado dos White parece ter convencido Bates (que cria no dom profético de Ellen) de que estava errado quanto à questão de datas. Pouco depois, ele e a maioria dos que o haviam seguido abandonaram a ênfase. O resultado foi que, no início de setembro, Tiago pôde constatar que “o tempo de sete anos” não era mais assunto em sua recente viagem pelas igrejas. Alguns, porém, conforme Ellen observou em novembro, se apegaram à expectativa do tempo e se encontravam muito “abatidos e sombrios”, confusos e perturbados (Ct 8, 1851).


A crise das “sete manchas” fez Bates superar a marcação de datas. Depois disso, embora ele considerasse que o fim estava próximo, nunca mais marcou data.


Que pena que alguns de seus seguidores espirituais não entenderam esse aspecto! A tentação de definir datas, com a empolgação resultante e o desapontamento final, continua entre nós. Infelizmente, muitos adventistas estão mais interessados na agitação do segundo advento do que no “dever presente”. As bênçãos de Deus só podem ser esperadas se invertermos nossas prioridades.


Senhor, ajuda-nos a conhecermos hoje o nosso “dever presente”
.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 12 Livro Daniel - 2300 Tardes e manhãs e a purificação do santuário - Parte 2

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 2 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 07-04-2015

"Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mateus 24:42

Será que Jesus está certo disso? “Com certeza, deve haver alguma maneira de determinar o tempo, pelo menos para nós, adventistas fiéis.”


Era o que José Bates pensava, em 1850. O fato de o tempo passar certamente o desanimava. Afinal, seis longos anos haviam decorrido desde o desapontamento milerita. É claro que ele conseguiria descobrir a data se trabalhasse duro o bastante. E em 1850, Bates estava certo de que alcançara isso.


Naquele ano, ele escreveu: “Tenho toda convicção de que as sete manchas de sangue no altar de ouro diante do propiciatório representam a duração dos procedimentos judiciais ligados aos santos vivos no lugar santíssimo.”


Muitos de nós já ouvimos falar sobre o princípio bíblico de um dia corresponder a um ano na interpretação profética. Entretanto, Bates criou um método novo: o princípio de uma mancha de sangue correspondente a um ano! Usando sua “nova luz”, ele concluiu que o julgamento pré-advento duraria sete anos e terminaria em outubro de 1851, ocasião em que Cristo voltaria.


Considerando sua influência dentro dos círculos dos guardadores do sábado, Bates logo arrebanhou seguidores desse novo esquema, mas o casal White resistiu à ideia com firmeza.

Em novembro de 1850, Ellen declarou publicamente: “O Senhor me mostrou que o tempo não é uma prova desde 1844 e nunca mais será” (PT, novembro de 1850).

No dia 21 de julho de 1851, quando a empolgação pelo assunto crescia, ela escreveu na
Review and Herald: “O Senhor me mostrou que a mensagem do terceiro anjo deve prosseguir e ser proclamada aos filhos dispersos do Senhor, e que ela não deve se basear no tempo; pois o tempo nunca mais será uma prova. Vi que alguns estavam recebendo uma falsa animação proveniente da pregação sobre o tempo e que a terceira mensagem angélica é mais forte do que o tempo. Observei que essa mensagem pode se firmar em bases próprias, não necessitando do tempo para fortalecê-la, e que ela deve prosseguir em poder a fim de fazer sua obra.”

A igreja de hoje precisa dar ouvidos a esses 
insights. Ao olhar para o adventismo, vejo um povo que esqueceu o poder de sua mensagem. Lembro-me como a impetuosidade do fluxo temporal no Apocalipse mexeu comigo quando o compreendi pela primeira vez quase 50 anos atrás. Os anos não diminuíram seu poder. Uma das maiores necessidades do adventismo atual é recuperar sua mensagem.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 11 Livro Daniel - 2300 Tardes e manhãs e a purificação do santuário - Parte 1

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 06-04-2015

"Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai. Mateus 24:36

A despeito das claras palavras de Jesus sobre o assunto e da crise milerita na tentativa de marcar a data do segundo advento, era uma constante tentação para os adventistas descobrir a data do advento ou chegar o mais próximo possível disso. Precisamos admitir que é uma possibilidade empolgante, mas o fracasso inevitável tem um efeito perturbador sobre a igreja e seus membros.


Após a falha da predição de que Cristo voltaria em outubro de 1844, parecia natural para os adventistas desapontados continuarem a marcar datas para tal acontecimento com base em diversas profecias. Assim, Guilherme Miller e Josiah Litch passaram a esperar o retorno de Jesus antes do fim do ano judaico de 1844 (isto é, até a primavera de 1845). H. H. Gross, Joseph Marsh e outros projetaram datas em 1846 e, quando esse ano terminou, Gross encontrou motivos para esperar por Cristo em 1847.


Os primeiros adventistas guardadores do sábado não estavam imunes à marcação de datas. Em setembro de 1845, Tiago White acreditava com firmeza que Jesus viria no décimo dia do sétimo mês judaico, em outubro daquele ano. Foi por esse motivo que ele argumentou publicamente que o casal adventista que anunciava seu casamento havia “negado a fé” no segundo advento, uma vez que “tal passo parecia antever anos de vida neste mundo”.


Contudo, “alguns dias antes que passasse o tempo esperado”, relembra Tiago, “eu me encontrava em Fairhaven e Darthmouth, Massachusetts, com uma mensagem sobre esse assunto de datas. Ellen estava com o grupo em Carver, Massachusetts, onde teve uma visão de que nós seríamos desapontados, e os santos deveriam passar pelo ‘tempo da angústia de Jacó’, ainda no futuro. A visão da angústia de Jacó foi algo completamente novo para nós e para ela também”.


Parece que tal experiência curou Tiago White da tentativa de especular sobre a data do segundo advento. No entanto, como veremos amanhã, ela certamente não impediu José Bates.


Os discípulos também queriam que Jesus fizesse isso, como está relatado em Mateus 24, mas Ele Se recusou e continua a Se recusar. Essa é uma lição importante, que precisamos aprender.

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 10 Livro Daniel - Um Carneiro e um Bode

PRIVAÇÃO FINANCEIRA - MEDITAÇÃO DIÁRIA 05-04-2015

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1

É mais fácil ser um sacrifício morto do que vivo. Pelo menos, com a morte, o sacrifício termina; em vida, porém, ele continua. Foi isso que aconteceu com os fundadores do adventismo.

Conforme já mencionamos, Bates tinha certa riqueza, mas depois de doar tudo para o milerismo, exceto a própria casa, passou o resto da vida em grandes apertos.


No entanto, ele não foi o único. Em abril de 1848, Tiago White escreveu que tudo que ele e Ellen possuíam, “incluindo roupas, lençóis e mobília, cabia em um baú de 90 centímetros, cheio somente até a metade. Nada tínhamos para fazer além de servir a Deus e ir aonde Ele abrisse o caminho para nós”.


Contudo, viajar não era fácil naquela época, principalmente para alguém sem recursos. José Bates, por exemplo, sentiu a forte impressão, no início de 1849, de que era seu dever pregar a mensagem em Vermont. Sem dinheiro, ele decidiu ir andando do sul de Massachusetts até lá.


No entanto, ele não era o único convicto acerca dessa viagem missionária. Sarah, irmã de Ellen White, sentiu a forte impressão de que deveria ajudá-lo, pediu adiantamento de salário para o patrão e ainda resolveu trabalhar a mais, ganhando 1 dólar e 25 centavos por semana, a fim de custear as despesas de Bates.


A viagem deu frutos. Tiago White escreveu que Bates “passou por dificuldades, mas Deus esteve com ele e muito bem foi realizado. Ele instruiu um número considerável de pessoas na questão do sábado, deixando tantos outros convictos a esse respeito”.


Para nós que vivemos em uma época mais próspera, é difícil entender as privações enfrentadas pelos primeiros adventistas para cumprir a missão. Mais tarde, Tiago White comentou que “os poucos que ensinavam a verdade viajavam a pé, na segunda classe de trens ou no convés de barcos a vapor, por falta de recursos”. Ellen White comentou que tais viagens os expunham à “fumaça dos cigarros, […] além do praguejar e da conversação vulgar da tripulação e dos viajantes de camada social inferior” (T1, p. 77). À noite, muitas vezes eles dormiam no chão, em caixas de carga ou sacas de grãos, usando a mala como travesseiro e o casaco como cobertor. No inverno, caminhavam pelo convés para manter-se aquecidos.


E nós imaginamos que temos uma vida difícil, de sacrifícios! Pense mais uma vez. A maioria de nós não faz a menor ideia dos sacrifícios que foram necessários para a consolidação de nossa igreja.


George Knight - "Para não esquecer"
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