Estudo 10 Livro Daniel - Um Carneiro e um Bode

PRIVAÇÃO FINANCEIRA - MEDITAÇÃO DIÁRIA 05-04-2015

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1

É mais fácil ser um sacrifício morto do que vivo. Pelo menos, com a morte, o sacrifício termina; em vida, porém, ele continua. Foi isso que aconteceu com os fundadores do adventismo.

Conforme já mencionamos, Bates tinha certa riqueza, mas depois de doar tudo para o milerismo, exceto a própria casa, passou o resto da vida em grandes apertos.


No entanto, ele não foi o único. Em abril de 1848, Tiago White escreveu que tudo que ele e Ellen possuíam, “incluindo roupas, lençóis e mobília, cabia em um baú de 90 centímetros, cheio somente até a metade. Nada tínhamos para fazer além de servir a Deus e ir aonde Ele abrisse o caminho para nós”.


Contudo, viajar não era fácil naquela época, principalmente para alguém sem recursos. José Bates, por exemplo, sentiu a forte impressão, no início de 1849, de que era seu dever pregar a mensagem em Vermont. Sem dinheiro, ele decidiu ir andando do sul de Massachusetts até lá.


No entanto, ele não era o único convicto acerca dessa viagem missionária. Sarah, irmã de Ellen White, sentiu a forte impressão de que deveria ajudá-lo, pediu adiantamento de salário para o patrão e ainda resolveu trabalhar a mais, ganhando 1 dólar e 25 centavos por semana, a fim de custear as despesas de Bates.


A viagem deu frutos. Tiago White escreveu que Bates “passou por dificuldades, mas Deus esteve com ele e muito bem foi realizado. Ele instruiu um número considerável de pessoas na questão do sábado, deixando tantos outros convictos a esse respeito”.


Para nós que vivemos em uma época mais próspera, é difícil entender as privações enfrentadas pelos primeiros adventistas para cumprir a missão. Mais tarde, Tiago White comentou que “os poucos que ensinavam a verdade viajavam a pé, na segunda classe de trens ou no convés de barcos a vapor, por falta de recursos”. Ellen White comentou que tais viagens os expunham à “fumaça dos cigarros, […] além do praguejar e da conversação vulgar da tripulação e dos viajantes de camada social inferior” (T1, p. 77). À noite, muitas vezes eles dormiam no chão, em caixas de carga ou sacas de grãos, usando a mala como travesseiro e o casaco como cobertor. No inverno, caminhavam pelo convés para manter-se aquecidos.


E nós imaginamos que temos uma vida difícil, de sacrifícios! Pense mais uma vez. A maioria de nós não faz a menor ideia dos sacrifícios que foram necessários para a consolidação de nossa igreja.


George Knight - "Para não esquecer"
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