Procuram-se anti-heróis

(adaptado do texto do Pr Ricardo Gondim)

"Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia" (I Coríntios 3:18,19)

Há alguns anos, Lance Morrow escreveu na revista “Time” que “ser famoso é, entre as ambições humanas, a mais universal. Quem, a não ser monges e freiras, se contenta com a simples atenção de Deus? Quem busca ser obscuro na vida? Em nossa sociedade, ser obscuro é ser fracassado”.

Realmente, o mundo está lotado de gente correndo pelos primeiros lugares. Já se disse que quem chega em segundo não é vice, apenas o primeiro entre perdedores. Somos seduzidos pelas luzes e holofotes feito mariposas. O Ocidente alimenta o sonho do heroísmo; a modernidade, calcada na ideia do progresso, acena que a felicidade depende de conquistas; e a espiritualidade que se difundiu no hemisfério sacraliza ideais ufanistas.

Especialistas em planejamento estratégico, gurus em autoajuda e neurolinguistas repetem a fórmula da eficiência, competência, excelência, como estradas para o sucesso. A vida se transforma em uma guerra na qual os mais fortes sobrevivem. O esforço de ser campeão cria a necessidade de suplantar os outros. Importa conquistar o pódio dos grandes ídolos. Os menos hábeis que pelejem para não serem extintos.

Será que anônimos, gente simples, que jamais ganharão um Prêmio Nobel, merecem o desprezo que sofrem? Devem ser tratados como fracassados aqueles que nunca serão manchete de jornal? A indústria do espetáculo torna difícil acreditar que muita gente leve uma vida bonita sem as luzes da ribalta.

A cosmovisão moderna foi criticada em “Crime e Castigo”, de Dostoievsk Raskólnikov, personagem principal, classifica a humanidade em seres “ordinários” e “extraordinários”. Para justificar um assassinato, ele afirma que os “ordinários” são as pessoas que vivem uma vida despretensiosa, sem grandes desdobramentos para a macro-história. Esses podem ser sacrificados pelos “extraordinários”, que são os responsáveis pela condução da história. Impressionado por Napoleão ter derramado tanto sangue e mesmo assim ter sido perdoado pela história, Raskólnikov se comporta como uma pessoa “extraordinária” e assassina duas vidas.

O mundo, entretanto, não precisa de heróis, mas de anti-heróis. Gente que ame a discrição mais que o espalhafato, que valorize a intimidade relacional mais que a superficialidade, que veja beleza na candura mais que na sofisticação e que não fuja de sua fragilidade humana. O desabafo de Fernando Pessoa em “Poema em Linha Reta” merece ser mencionado: “Quem me dera ouvir de alguém a voz humana/ Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;/ Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!/ Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam./ Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?/ Ó príncipes, meus irmãos,/ Arre, estou farto de semideuses!/ Onde é que há gente no mundo?”.

O evangelho não incentiva a busca do sucesso. Jesus, discretíssimo, jamais aceitou a lógica do triunfo. Ele exerceu o seu ministério nos confins da Galileia e não em Jerusalém; escolheu pescadores rudes como discípulos; priorizou alcançar marginalizados, pobres e esquecidos. Não cedeu ao apelo de ir para Atenas, mas foi para Jerusalém morrer. A lenta transformação do cristianismo em um sistema religioso com heróis de renome, ícones aplaudidos e mitos idealizados não tem nada a ver com o projeto inicial do carpinteiro de Nazaré.

Cristianismo não é espetáculo. Nem sequer louvor significa show. Não se pode confundir profeta com animador de auditório nem evangelista com mascate. Púlpito não pode virar palco; nem sacristia, camarim. Esperança não se vende, nem milagre deve ser trampolim para a glória.

Paulo afirma em 1 Coríntios 4 que os líderes se consideram como despenseiros dos mistérios de Deus, e dos despenseiros requer-se tão-somente que sejam fiéis. Deus não premia sucesso, e sim integridade. Mulheres e homens anônimos, que trabalharam a vida inteira em asilos, comunidades indígenas, orfanatos, favelas, centros de reabilitação de alcoólicos, não malograram; pelo contrário, estes são os que a epístola aos Hebreus descreve como aqueles dos quais “o mundo não é digno”. Eles são sal da terra e luz do mundo. Nunca a fé cristã dependeu tanto desses anônimos que seguem os passos de Jesus.

REFLEXÃO: "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel" (I Coríntios 4:1,2)

Fonte: www.ricardogondim.com.br, via Meditando em Jesus


Puro Engano

(adaptado do texto de Paulo R Barbosa)

"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai- vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2).

"Muitas pessoas gastam dinheiro que não ganharam, para comprar coisas que eles não desejam, para impressionar pessoas de quem não gostam." (Will Rogers, em Cobiça e Dívida).

Nós poderíamos escrever um texto parecido com o de Rogers: "Muitas pessoas gastam a preciosa vida dada por Deus, de maneira fútil e displicente, para agradar ao mundo e receber em troca, coisas que de nada lhes servirão a não ser conduzi-los à perdição".

O mundo tem suas luzes, seus encantos, seu colorido especial. Ele seduz e atrai. Suas armadilhas estão em toda parte e, a cada dia, mais e mais incautos se mostram fascinados pelo seu brilho. E o que tem o mundo a oferecer a não ser o brilho enganador? Nada! Caminhar em direção a essas luzes é fácil -- o difícil é voltar atrás. Quanto mais nos aproximamos das luzes, mais escuro se torna o caminho.

Quanto mais nos enveredamos pela mentira, mais árdua se torna a tarefa de reencontrar a verdade.

Se queremos impressionar alguém e com isso atrair bênçãos e felicidade, usemos nosso tempo, nossas forças, o que somos e o que temos, unicamente para glorificar a Deus. Nosso tempo não será perdido, nossas forças serão renovadas, nossos bens espirituais serão multiplicados, nossa vida será transbordante como um rio de águas vivas.

De que adianta eu tentar impressionar ao mundo em troca de algumas migalhas de um prazer passageiro? De que adianta eu me sujeitar às circunstâncias que me desagradam apenas para
obter um lucro que logo será dissipado? De que adianta eu ganhar o mundo inteiro e perder a minha salvação?

Puro engano!

REFLEXÃO: “Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Por que causa? diz o Senhor dos exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto correis, cada um de vós, à sua propria casa” (Ageu 1:9)



Um passaporte na fronteira

(adaptado do texto de Paulo R Barbosa)

"Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:42, 43)

"O ladrão tinha cravos em ambas as mãos e, desta maneira, não podia trabalhar; e cravos em cada um dos pés, não podendo sair e cumprir as obras do Senhor; ele não podia erguer uma de suas mãos ou um de seus pés em direção à salvação, mas, mesmo assim, Cristo ofereceu-lhe o presente de Deus e ele o tomou. Cristo lhe deu um passaporte e ele entrou [*] no paraíso." (D. L. Moody)

O ladrão da cruz teve uma oportunidade e não a perdeu. Tinha todos os impedimentos para ir ao encontro de Deus, mas, ultrapassou os obstáculos. Reconheceu que estava ali por merecimento, mas aceitou a oferta gratuita que Cristo lhe ofereceu.

E nós, o que temos feito com as nossas oportunidades? Temos preferido continuar no caminho incerto, sem direção, sem saber para onde vamos? Temos persistido nos erros, como um
jogador que vai perdendo tudo o que tem, sem desistir de continuar tentando, até que não tenha mais nada? Temos sofrido com as quedas, sempre continuando pelo mesmo caminho, até que o sangramento espiritual de nossos joelhos não nos permita mais andar?

Às vezes somos obstinados. Enfrentamos problemas e não sabemos como solucioná-los. O Senhor estende a mão, oferece um presente, mas, continuamos rejeitando. "Eu quero uma
solução", dizem, "mas, a solução não pode ser Deus!" O Senhor oferece o "passaporte" da bênção e muitos preferem ficar bloqueados diante da fronteira que conduz à felicidade.

Se você se encontra na fronteira entre o país das tristezas e da perdição e não sabe como fazer para atravessá-la e alcançar a terra da felicidade, da salvação e da vida eterna, tome o passaporte que o Senhor oferece. Você irá atravessar e nunca mais desejará voltar.

REFLEXÃO: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7)

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Reflexões de um ateu?!

(adaptado do texto de George Carlin)

“Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2:8)

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, [...], dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, [...].

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.

REFLEXÃO: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução” (Provérbios 1:7)

A breve história de Treena Kerr

(adaptado do sermão do Pr Vanderman)

"Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna" (João 4:14)

Nos anos setenta, Treena Kerr se encontrava desmoronando emocionalmente. Ela vinha caindo há anos e a certa altura dessa queda, Treena foi julgada totalmente incapacitada de manejar sua vida e foi aconselhada a ir para uma instituição de doenças mentais por um período indeterminado. Apenas uma grande dose diária de "valium" a mantinha lutando. Mas felizmente, a família Kerr havia contratado uma empregada cristã, Ruthie Turner.

Ruthie contou tudo aos cristãos em sua pequena igreja e eles começaram a orar por Treena. Ruthie sabia que tudo o mais havia falhado para aquela mulher. Seu marido, Graham Kerr, de um conhecido programa de TV, ganhava um milhão de dólares por ano, mas a vida particular deles era um desastre. Tinham acabado de fazer um cruzeiro ao redor do mundo em um belíssimo iate e voltaram para casa mais infelizes ainda.

Um dia, após três meses de oração, Ruthie encontrou a senhora Kerr deitada em sua cama, gritando em desespero. Ela teve coragem suficiente para sugerir: "Por que não entrega os seus problemas a Deus?"

Treena pensou por um momento e então aceitou o desafio meio contrariada. Ela disse gritando: "Está bem, Deus. Se você é tão sábio, resolva tudo isto, porque eu não consigo."

Alguns dias mais tarde, ela acabou indo à igreja de Ruthie. Saxofones e tambores abriram o culto. O culto entre aquelas pessoas negras não era exatamente o que ela esperava, mas de repente, Treena ajoelhou-se e começou a orar: "Sinto muito, Jesus", ela começou a orar de modo simples, "perdoe-me, Jesus!"

Aqueles cristãos aceitaram Treena em sua comunhão. Sim, a mulher da mansão colonial saiu daquele igreja sentindo que Deus a havia tocado. Ela começou a beber daquela Água da Vida. Em casa ela começou um plano de leitura da Bíblia que Ruthie havia lhe dado. Tarde da noite, Treena foi pegar seus comprimidos para dormir, mas uma voz interior disse: "Você não precisa mais disso". Assim, ela pegou todos os remédios e os jogou na pia do banheiro. Muitas pessoas podem não parar com uma dosagem alta de "valium" de repente, mas Treena dormiu profundamente e acordou descansada, revigorada, olhos límpidos.

Uma semana depois, o marido voltou de viagem e encontrou sua esposa transformada. Ele pensou que sua paz e bondade deviam ter algo a ver com a ocasião, pois era época de Natal. Mas durou muito além das festas. Durante as semanas seguintes Graham continuou analisando sua esposa. Ele a conhecia desde os onze anos de idade. Ele a tinha visto destruir-se lentamente através dos anos. Mas agora, ele disse: "Ela estava totalmente recuperada; muito melhor e mais amorosa do que qualquer outra época em que eu me lembro."

A mulher que se desmoronava agarrou-se firme em algo sólido, uma paz que ficou firme com ela, um Espírito que modificou e equilibrou suas emoções loucas e caóticas.

Até mesmo o médico de Treena confirmou a presença da Água da Vida. Ele disse a Graham Kerr, com lágrimas nos olhos: "A sua esposa é um milagre."

Graças a Deus, meu amigo, pelo milagre do Espírito precioso de Cristo que transforma a experiência humana, que muda vidas. Sabe, o convite final da Bíblia, no último capítulo de Apocalipse, é um dos maiores:

REFLEXÃO: "E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida" (Apocalpse 22:17)

Fonte: www.jesusvoltara.com.br


Não quero ser Apóstolo!

(adaptado do texto do Pr Ricardo Gondim)

“Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado” (Mateus 23:12)

Os pastores possuem um fino senso de humor. Muitas vezes, reúnem-se e contam casos folclóricos, descrevem tipos pitorescos e narram suas próprias gafes. Riem de si mesmos e procuram extravasar na gargalhada as tensões que pesam sobre os seus ombros. Ultimamente, fazem-se piadas dos títulos que os líderes estão conferindo a si próprios. É que está havendo uma certa, digamos, volúpia em pastores que se promoverem a bispos e apóstolos. Numa reunião, diz a anedota, um perguntou ao outro: "Você já é apóstolo?" O outro teria respondido: "Não, e nem quero. Meu desejo agora é ser semi-deus". Apóstolo agora está virando arroz de festa e meu ministério é tão especial que somente este título cabe a mim". Um outro chiste que corre entre os pastores é que se no livro do Apocalipse o anjo da igreja é um pastor, logo, aquele que desenvolve um ministério apostólico seria um "arcanjo".

Já decidi! Não quero ser apóstolo! O pouco que conheço sobre mim mesmo faz-me admitir, sem falsa humildade, que não eu teria condições espirituais de ser um deles. Além disso, não quero que minha ambição por sucesso ou prestígio, que é pecado, se transforme em choça.

Admito que os apóstolos constam entre os cinco ministérios locais descritos pelo apóstolo Paulo em Efésios 4.11. Não há como negar que os apóstolos foram estabelecidos por Deus em primeiro lugar, antes dos profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Mas, resigno-me contente à minha simples posição de pastor. Já que nem todos são apóstolos, nem todos profetas, nem todos mestres ou operadores de milagres, como consta na epístola aos Coríntios 12.29, parece não haver demérito em ser um mero obreiro.

Meus parcos conhecimentos do grego não me permitem grandes aventuras léxicas. Mas qualquer dicionário teológico serve para ajudar a entender o sentido neotestamentário do verbete "apóstolo" ou "apostolado". Usemos a Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã, das Edições Vida Nova: "O uso bíblico do termo "apóstolo" é quase inteiramente limiitado ao NT, onde ocorre setenta e nove vezes; dez vezes nos evangelhos, vinte e oito em Atos, trinta e oito nas epístolas e três no Apocalipse. Nossa palavra em Português, é uma transliteração da palavra grega apostolos, que é derivada de apostellein, "enviar". Embora várias palavras com o significado de enviar sejam usadas no NT, expressando idéias como despachar, soltar, ou mandar embora, apostellein enfatiza os elementos da comissão - a autoridade de quem envia e a responsabilidade diante deste. Portanto, a rigor, um apóstolo é alguém enviado numa missão específica, na qual age com plena autoridade em favor de quem o enviou, e que presta contas a este".

Jesus foi chamado de apóstolo em Hebreus 3.1. Ele falava os oráculos de Deus. Os doze discípulos mais próximos de Jesus, também receberam esse título. O número de apóstolos parecia fixo, porque fazia um paralelismo com as doze tribos de Israel. Jesus se referia a apenas doze tronos na era vindoura (Mateus 19.28; cf Ap 21.14). Depois da queda de Judas, e para que se cumprisse uma profecia, ao que parece, a igreja sentiu-se obrigada, no primeiro capítulo de Atos, a preencher esse número. Mas na história da igreja, não se tem conhecimento de esforços para selecionar novos apóstolos para suceder àqueles que morreram (Atos 12.2). As exigências para que alguém se qualificasse ao apostolado, com o passar do tempo, não podiam mais se cumprir: "É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição" (Atos 2.21-22).

Portanto, alguns dos melhores exegetas do Novo Testamento concordam que as listas ministeriais de I Coríntios 12 e Efésios 4 referem-se exclusivamente aos primeiros e não a novos apóstolo.

Há, entretanto, a peculiaridade do apostolado de Paulo. Uma exceção que confirma a regra. Na defesa de seu apostolado em I Coríntios 15.9, ele afirmou que foi testemunha da ressurreição (vira o Senhor na estrada de Damasco), mas reconhecia que era um abortivo (nascido fora de tempo). "Porque sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus" (15.10). O testemunho de mais de dois mil anos de história é que os apóstolos foram somente aqueles doze homens que andaram com Jesus e foram comissionados por ele para serem as colunas da igreja, comunidade espiritual de Deus.

O que preocupa nos apóstolos pós-modernos é ainda mais grave. Tem a ver com a nossa natureza que cobiça o poder, que se encanta com títulos e que fez do sucesso uma filosofia ministerial. Há uma corrida frenética acontecendo nas igrejas de quem é o maior, quem está na vanguarda da revelação do Espírito Santo e quem ostenta a unção mais eficaz. Tanto que os que se afoitam ao título de apóstolo são os líderes de ministérios de grande visibilidade e que conseguem mobilizar enormes multidões. Possuem um perfil carismático, sabem lidar com massas e, infelizmente, são ricos.

Não quero ser um apóstolo porque não desejo a vanguarda da revelação. Desejo ser fiel ao leito principal do cristianismo histórico. Não quero uma nova revelação que tenha sido desapercebida de Paulo, Pedro, Tiago ou Judas. Não quero ser apóstolo porque não quero me distanciar dos pastores simples, dos missionários sem glamour, das mulheres que oram nos círculos de oração e dos santos homens que me precederam e que não conheceram as tentações dos mega eventos, do culto espetáculo e da vã-glória da fama. Não quero ser apóstolo, porque não acho que precisemos de títulos para fazer a obra de Deus, especialmente quando eles nos conferem estatus. Aliás, estou disposto, inclusive a abrir mão de ser chamado, pastor, se isso representar uma graduação e não uma vocação ao serviço.

Não desdenho as pessoas, sinto apenas um enorme pesar em perceber que a ambiência evangélica conspira para que homens de Deus sintam-se tão atraídos a ostentação de títulos, cargos e posições. Embriagados com a exuberância de suas próprias palavras, crentes que são especiais, aceitam os aplausos que vêm dos homens e se esquecem que não foi esse o espírito que norteou o ministério de Jesus de Nazaré.

Ele nos ensinou a não cobiçar títulos e a não aceitar as lisonjas humanas. Quando um jovem rico o saudou com um "Bom Mestre", rejeitou a interpelação: "Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus" (Mc 10.17-18). A mãe de Tiago e João pediu um lugar especial para os seus filhos. Jesus aproveitou o mal estar causado, para ensinar: "Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20.25-28).

Os pastores estão se esquecendo do principal. Não fomos chamados para termos ministérios bem sucedidos, mas para continuarmos o ministério de Jesus, amigo dos pecadores, compassivo com os pobres e identificado com as dores das viúvas e dos órfãos. Ser pastor não é acumular conquistas acadêmicas, não é conhecer políticos poderosos, não é ser um gerente de grandes empresas religiosas, não é pertencer aos altos graus das hierarquias religiosas. Pastorear é conhecer e vivenciar a intimidade de Deus com integridade. Pastorear é caminhar ao lado da família que acaba de enterrar um filho prematuramente e que precisa experimentar o consolo do Espírito Santo. Pastorear é ser fiel à todo o conselho de Deus; é ensinar ao povo a meditar na Palavra de Deus. Ser pastor é amar os perdidos com o mesmo amor com que Deus os ama.

Pastores, não queiram ser apóstolos, mas busquem o secreto da oração. Não ambicionem ter mega igrejas, busquem ser achados despenseiros fieis dos mistérios de Deus. Não se encantem com o brilho deste mundo, busquem ser apenas serviçais. Não alicercem seus ministérios sobre o ineditismo, busquem manejar bem a palavra da verdade; aquela mesma que Timóteo ouviu de Paulo e que deveria transmitir a homens fieis e idôneos que por sua vez instruiriam a outros. Pastores, não permitam que os seus cultos se transformem em shows. Não alimentem a natureza terrena e pecaminosa das pessoas, preguem a mensagem do Calvário.

Santo Agostinho afirmou: "O orgulho transformou anjos em demônios". Se quisermos nos parecer com Jesus, sigamos o conselho de Paulo aos filipenses:

REFLEXÃO: "Tende o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Filipenses 2:5-8).
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Fonte: www.ricardogondim.com.br

O Deus do soldado Coelho*

(adaptado do texto de autor desconhecido)

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza” (Salmos 46:1-3)

Este é um breve relato de um jovem soldado que cumpria seu dever prestando serviço ao exército. Por ser cristão, muitas vezes era ridicularizado por seus colegas e também pelos seus superiores.
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Um dia o seu superior, a fim de querer humilhá-lo na frente do pelotão, quis lhe pregar uma peça. Intimando-o, disse:
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- "Soldado Coelho, venha até aqui!"
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- "Pois não Senhor", respondeu.
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- "Segure essa chave". "Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente."
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- "Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir."
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- "Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada." "Vá até o jipe e faça o que eu lhe ordenei..."
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- "Mas senhor... eu não sei dirigir!"
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- "Pois é, então peça ajuda ao seu Deus." "Mostre-nos que Ele existe."
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O soldado sem temer, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo. Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração: "Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a Sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar. Amém"
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Para espanto de todos, o garoto manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como havia pedido seu superior. Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns até de joelhos. Assim, perguntou a todos:
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- "O que houve gente?"
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Responderam: - "Nós queremos o teu Deus , Coelho. Como fazemos para tê-Lo? - respondeu o superior.
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Prontamente disse: - "Basta aceitá-Lo como seu Senhor e Salvador."
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- "Mas porquê todos decidiram aceitar o meu Deus?"
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O superior pegou o soldado pela gola da camisa e caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas. Chegando lá, levantou o capô do veículo e disse: - "Veja, O JIPE ESTÁ SEM MOTOR!"
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"OS MILAGRES MODERNOS CONTINUAM RESSALTANDO A BELEZA DO PODER, GRAÇA E DIVINDADE DO NOSSO MESTRE JESUS"
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REFLEXÃO: “Assim deu Jesus início aos seus SINAIS em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele” (João 2:11)
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*Esta história, é citada como verídica nos átrios de várias igrejas!


Escolhas: boas e más

(adaptado do texto do Prof. Sikberto Marks)

"Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" (Salmo 119:11)

O que são escolhas boas, e o que são escolhas más?

Antes de tudo cuidado, pois se focar o imediato, aquilo que acontece logo após a escolha, pode errar no julgamento sobre se uma escolha foi boa ou se foi má. Por exemplo, se escolher ir ao cinema ver um filme de ação, lá dentro talvez se sinta entretido, com a sua mente absorta pelas cenas. Mas depois essas cenas passarão a fazer parte de seu processo decisório, e lhe dominarão durante o restante de sua vida. Muitas vezes nem percebemos os efeitos nefastos de uma decisão errada. Outras vezes só conhecemos esses efeitos ao longo dos anos, e em certos casos só no final da vida. Por exemplo, comer muita carne, mais para o final da vida revelará entupimento de artérias, com alto risco de enfarte e outras consequências ruins. Então essas pessoas precisam viver tomando medicamento todos os dias, ou morrem. Todos sabem que a carne faz mal, mas poucos se importam com isso, e muitas pessoas, nem mesmo quando se vêem à beira de algum colapso, deixam de arriscar, continuando a comê-la em grande quantidade, até na janta. São escolhas e suas consequências. Uma sucessão de más escolhas gera o hábito de sempre fazer tais escolhas. A pessoa adquire gosto por elas. Assim como uma sucessão de boas escolhas gera o hábito de fazer essas escolhas sempre. Mas, em razão de nossa natureza pecadora, temos a tendência bem forte de mais facilmente formarmos maus hábitos.

Como, então, formar bons hábitos e reverter a tendência de pecar para uma sucessão de decisões construtivas? A Bíblia responde. No Salmo 119:11 orienta que devemos guardar no coração (mente) as palavras de DEUS [a Lei de Deus], para não pecar contra Ele. Isso quer dizer o quê? Fácil, tendo o conhecimento de DEUS (a Bíblia) em nossa mente, esta se encherá desse conhecimento, e por meio dele teremos bem maior facilidade de obedecê-Lo. Sabe que obedecer a DEUS não é seguir supostas ordens dEle o tempo todo, e sim, viver segundo os princípios de liberdade que Ele estabeleceu, para vivermos felizes. A vontade de DEUS é ótima para os seres humanos, pois Ele gosta de nós, nos ama!
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Em Filipenses 4:8 há uma lista em que devemos pousar nossos pensamentos. Em tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama, e ainda, se nisso há louvor (se enaltece e honra a DEUS), isso deve ocupar os nossos pensamentos. Agora reflita um pouco. A pessoa que segue essa simples orientação, ela ao longo do tempo vai ou não vai experimentar mudança para melhor em sua vida? É evidente que com uma pessoa assim o ESPÍRITO SANTO estará colaborando. Portanto, as suas escolhas irão sempre melhorar.

Em Colossenses 3:2 diz que devemos pensar nas coisas do alto, não nas que são daqui da terra. Que conselho perfeito. Se nossos pensamentos se demorarem nas coisas do Céu, imagina se há condições de fazermos escolhas erradas! Só mesmo por falha humana, e ainda assim, estas falhas irão diminuindo ao longo do tempo, com a santificação da vida da pessoa.
Em Isaías 31:21 está o grande verso para nos orientar a tomar decisões corretas. “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra dizendo: Este é o caminho, andai por ele”. Esse é o ESPÍRITO SANTO orientando a cada momento o que é uma decisão boa e o que é uma decisão má. Nós devemos aprender a sentir essa palavra dita por Ele. Para isto devemos, evidentemente, fazer a reforma da saúde [nos alimentarmos de acordo com os princípios bíblicos de saúde], pois assim nossos neurônios entenderão melhor essa sutil orientação. Devemos também ter forte desejo de sermos transformados para seres santos, separados desse mundo.

Nesses casos, seres humildes sentirão, em seus pensamentos, essas orientações de DEUS sobre como devem se comportar.

REFLEXÃO: "Rios de águas correm dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei" (Salmo 119:136)



Escolha e a próxima geração

(adaptado do texto do Prof. Sikberto Marks)

"... não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (Êxodo 20:5)

O que os pais são, em grande parte, influenciará o que serão os filhos. Se os pais assistem demais televisão, os filhos assistirão mais ainda; isso é muito provável. Se os pais, ou um deles, for fanático por futebol, os filhos provavelmente também serão. Se os pais assistem novelas, os filhos, nesse caso, certamente também assistirão. Se os pais não fazem culto doméstico (sendo adventistas), os filhos provavelmente também não farão. Se os pais são viciados em alguma coisa prejudicial, os filhos também não verão problemas nisso. E assim vai. Para os filhos serem diferentes, deverão, no decorrer da vida, reverter tendências, mudar rumos.

Veja a questão do álcool: se os pais bebem apenas um pouco (como se diz, beber socialmente), ou como dizem as propagandas (por força de lei) “beba com moderação”, os filhos também tenderão a beber álcool. Mas quem garante que sempre será com moderação? E de onde se tirou a ideia de que bebendo moderadamente não há problemas e nem nosso corpo é prejudicado?

Veja o caso do vinho. Pesquisas patrocinadas por empresas relacionadas à vinicultura afirmam que é bom para o coração, para o colesterol, e etc., beber meio como de vinho por dia, após o almoço. Interessante que é bom mesmo, pois o vinho contém substâncias positivas para esses casos. Mas essas pesquisas nada dizem sobre os malefícios do álcool que vem junto com o vinho, nem se referem sobre a possibilidade de o bebedor moderado se tornar um viciado, nem também se referem sobre as possibilidades dos filhos beberem álcool desde a adolescência. E por que não dizem isso? Porque não interessa. Elas só querem aumentar as vendas de vinho; portanto, só se fala o que é positivo. Assim foi lá no Jardim do Éden, quando Lúcifer engambelou Eva, com uma propaganda enganosa mas muito atraente para aquele momento. Por que essas pesquisas nada dizem sobre o bom suco de uva? Simples: porque ele não rende tanto dinheiro. Vinhos nobres, por exemplo, valem muito dinheiro, acima de R$100,00 uma garrafa, e os mais antigos, alguns milhares de reais. É um negócio que rende muito dinheiro, e nesse mundo, o dinheiro fala mais alto. Muitas pesquisas científicas, e muita coisa do que se diz na televisão e se escreve nos jornais, é influenciada por interesses econômicos de lucro, e o povo cai nas armadilhas. Não foi assim tempos atrás, nas propagandas de cigarro? Felizmente, em razão dos elevados custos ao governo pelos tratamentos caros dos cancerosos, essas propagandas estão proibidas no Brasil.

Vamos chegar a uma conclusão. Aquilo que os pais fazem, há forte tendência de os filhos também fazerem. No tipo de conversa em que os pais se envolvem, os filhos também se envolverão. Se os pais são pessoas simples e fiéis a Deus, mais facilmente assim também poderão ser os filhos. Se os pais forem pessoas zelosas na prática dos princípios bíblicos, há a tendência dos filhos também serem assim. Essa é a força do testemunho entre pessoas íntimas, pois ele é muito poderoso. Devemos “ser” conforme Deus nos “quer”, e se aliarmos a esse “ser como Deus quer” os ensinamentos, nossos filhos terão todas as oportunidades de também “serem como Deus deseja”.

REFLEXÃO: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6:7-8)

Fonte: Cristo Voltará

Não deixe de ler: 2º Mandamento

O poder da escolha

(adaptado do texto do Prof. Sikberto Marks)

"Qual é o homem que teme ao SENHOR? Ele o ensinará no caminho que deve escolher" (Salmos 25:12)

Deus criou neste planeta uma grande quantidade de seres viventes. Criou as plantas, os animais e o ser humano. Este último fez para cuidar dos demais seres, para tornar o ambiente muito feliz, e para ele viver feliz.

Há uma condição para que se possa ser plenamente feliz: ter liberdade de escolha. A felicidade depende dessa condição. Sem ela, a felicidade é limitada; sem ela, a consciência fica automática e pré-definida, o comportamento programado, com limitações, como nos animais.

Como a condição de liberdade faz seres serem felizes? Vem do prazer em conduzir a sua vida, em determinar o que vai fazer, em ser capaz de avaliar os resultados de suas decisões. Isso é vida plena, ter o controle do que faz, podendo decidir o que vai fazer. Os seres racionais, que tem livre arbítrio, são capazes de escolher com base em conhecimento anterior, e são capazes de avaliar (ao menos deveria ser) no que irão dar suas escolhas.

Por exemplo, um ser humano deve saber que, se escolher fumar, terá um pulmão contaminado com muitas drogas químicas, terá sua respiração prejudicada, e poderá adoecer e até morrer de câncer. Também deve saber que viverá menos tempo, e que seus últimos dias de vida serão bem sofríveis. Também deverá saber que seu habito é anti-social e que prejudicará outras pessoas.

Tem que saber disso, pois é um ser racional. No caso do fumante, o livre arbítrio lhe foi ruim, porque o aproveitou mal.

Outro exemplo é o caso de uma pessoa que cuida de sua saúde, que cultiva boas amizades, que faz uma escolha cuidadosa com quem se casará, que decide seguir os princípios de vida da Bíblia. Essa pessoa, como se pode ver aí, seguiu uma sucessão de decisões. Será que se pode avaliar os resultados de tais decisões? Claro que se pode. Essa pessoa certamente será uma vencedora, terá boa saúde e Deus fará parte de sua vida. Será que uma pessoa assim tem probabilidade de ser infeliz? Mesmo que adoeça de um mal que lhe tire a vida, ela terá alguma coisa que só pessoas que corretamente decidem tem: esperança em JESUS. E a tal esperança não permitirá que perca a alegria de viver. Ela sabe que suas escolhas fazem parte da vida eterna que JESUS lhe deu de graça.

Portanto, vejam só (e agora será bom para os jovens): escolhas que resultam em algo bom para o futuro tem geralmente a característica de sofrimento no presente; e escolhas que nos prejudicam no futuro, geralmente causam boas sensações no presente.

Por exemplo, um jovem que estuda muito na adolescência. Isto requer esforço, destinação de muito tempo ao estudo e menos tempo para lazer, e isso é, muitas vezes, sofrido. Tem que abrir mão de muitos atrativos para os jovens. Mas no futuro, ele vai colher por meio de uma vida mais fácil, um rendimento melhor, se sentirá realizado e um vencedor. Foi sofrido no início, mas VALEU A PENA. Já um outro jovem, que aproveitou, digamos assim, a vida enquanto novo, e não se preparou para a vida que vem depois, esse pode ter que se contentar com pouco, quando o tal futuro chegar.

Vamos a outro exemplo. Conheço uma pessoa que tem pouco estudo. Mas é uma pessoa muito esforçada, boa leitora da Bíblia. Ela coloca o que aprende em prática. É uma profissional da construção. Pode-se dizer que é alguém que está bem de vida. A cada dois anos compra um carro novo (simples, mas é novo), e tem uma boa casa, e não lhe falta nada. Qual é o segredo? Se esforçou no início de sua carreira para aprender a fazer tudo com qualidade. Hoje só trabalha para pessoas muito exigentes, que pagam bem. Parabéns a ela; que sirva de exemplo de boas escolhas.

Na vida também temos que escolher entre usufruir agora, ou usufruir depois. Se for agora, será por algum tempo, se for depois, será para sempre. É da inteligência do ser humano fazer a escolha correta, de pensar no futuro mais que no presente. Bons cristãos são inteligentes porque pensam no futuro. Não são de sua vida terrena, mas da eternidade. Essas pessoas fazem escolhas inteligentes.

Qual foi a escolha de Daniel? Ele, um adolescente, e seus três amigos, decidiram firmemente não se contaminar com os alimentos do rei. Veja só o desafio. Foram jovens escolhidos dentre os melhores de Israel para serem preparados, afim de servirem como conselheiros de Nabucodonosor na direção de seu grande império. Portanto, jamais deveriam falhar. O quesito de sua avaliação era o desenvolvimento de seu desempenho intelectual, sua sabedoria e conhecimento. Daniel sabia disso. Ele também sabia que fazer o correto e esforçar-se nos estudos, deveria resultar em algo superior se seguisse a vontade de Deus. Tinha certeza disso. Daniel e seus companheiros não jogaram na sorte. Eles, sabendo que Deus orientava de um modo superior, tomaram firme decisão de obedecer a Deus, e desafiaram Babilônia, dizendo que provassem depois de algum tempo, qual dos jovens alcançariam melhor desempenho: eles, servos de Deus, ou os demais, servos de outros deuses. Esses jovens não estavam apostando, eles estavam tomando decisão consciente e bem fundamentada em conhecimento sólido. O resultado: eles foram aprovados pelo próprio rei do grande império. E Daniel veio a ser um grande profeta de Deus, que é estudado até os nossos dias. Tudo efeito de uma decisão correta tomada por pessoas que sabiam o que estavam fazendo.

REFLEXÃO: "Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Daniel 1:8)

Fonte: Cristo Voltará


Os cristãos e os limites

(Pr. Tim Conway)

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (I João 2:15,16)



REFLEXÃO: E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (I João 2:17)

FAQ

Os cristãos devem assistir TV?

(Pr. Tim Conway)

"Não porei diante dos meus olhos aquilo que é inútil" (Salmo 101:3)




REFLEXÃO: "Eu não me assento com homens de falsidade, nem me aconselho com hipócritas. Eu odeio a assembléia dos malfeitores, e não me assento com os malignos" (Salmo 26:4,5)
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FAQ

"Me engana que eu gosto"

(adaptado do texto do Pr. Ed René Kivitz)

"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” [Mateus 16.24-26]

As culturas devem ser lidas nas linhas e entrelinhas. As linhas falam da coisa em si. As entrelinhas falam do espírito da coisa. As entrelinhas podem distorcer e até mesmo destruir o que está dito nas linhas.

Com a cultura cristã não é diferente. Veja o exemplo da assinatura [...] de uma certa igreja popular, a saber, Jesus Cristo é o Senhor. De acordo com o Novo Testamento, isso significa que devemos viver como escravos dos propósitos de Jesus Cristo: ele manda e a gente obedece, ele propõe e a gente executa, ele dirige e a gente segue, pois afinal de contas, Ele é o Senhor. Mas na cultura [...] desta igreja, as entrelinhas dessa afirmação fazem com que ela signifique que Jesus pode realizar todos os seus desejos, afinal de contas Ele é o Senhor. A relação fica invertida: você clama e ele responde, você reivindica e ele atende, você pede com fé e ele lhe dá o que foi pedido, você participa da corrente de oração e se submete aos [...] pastores e Jesus faz a sua vida próspera e confortável, pois Jesus Cristo é o Senhor e você é “filho do rei”, de modo que não há qualquer motivo para que você continue nessa vida miserável, daí a segunda convocação da mesma: “pare de sofrer”. Percebe como as linhas dizem uma coisa e as entrelinhas dizem outra?

O movimento evangélico é mestre em fazer confusão e promover distorção do Evangelho em virtude desse jogo de linhas e entrelinhas. Um exemplo disso é a mensagem VAI DAR TUDO CERTO, que recebi essa semana.

SALMO 22
VAI DAR TUDO CERTO

DEUS me pediu que te dissesse que tudo irá bem contigo a partir de agora.
Você tem sido destinado para ser uma pessoa vitoriosa e conseguirá todos teus objetivos.
Nos dias que restam deste ano se dissiparão todas as tuas agonias e chegará à vitória.
Esta manhã bati na porta do céu e DEUS me perguntou...
'Filho, que posso fazer por você ?'
Respondi:
'Pai, por favor, protege e bendiz a pessoa que está lendo esta mensagem'.
DEUS sorriu e confirmou: 'Petição concedida'.
Leia em voz baixa...
'Senhor Jesus :
Perdoa meus pecados.
Amo-te muito, te necessito sempre, estás no mais profundo de meu coração, cobre com tua luz preciosa a minha família, minha casa, meu lugar, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos'.
Passe esta oração a 5 pessoas, no mínimo.
Receberás um milagre amanhã.
Não o ignore.

Deus tem visto suas Lutas.
Deus diz que elas estão chegando ao fim.
Uma benção está vindo em sua direção.
Se você crê em Deus, por favor envie esta mensagem para 20 amigos.
Se acredita em Deus envia esta mensagem a 20 pessoas,
se rejeitar lembre Jesus disse:
“se me negas entre os homens, te negarei diante do pai” Dentro de 4 minutos te dirão uma notícia boa.


Deixo de lado a crítica gramatical e o péssimo uso da lingua portuguesa. Dedico minha atenção ao conteúdo da mensagem que, travestida de cristã, é absolutamente anti-cristã: mentirosa, fantasiosa, desprovida de qualquer sentido bíblico, desalinhada com o todo do ensino e experiência de Jesus, seus apóstolos, e seus primeiros seguidores, totalmente alinhada com os dircursos baratos da auto-ajuda e da enganação religiosa, enfim, uma versão barata e piedosinha da superstição sincrética do espiritualismo popular.

A afirmação “vai dar tudo certo”, lida de acordo com as linhas do Novo Testamento, significaria, por exemplo, que os propósitos de Deus prevalecerão, a marcha da igreja de Jesus Cristo contra os poderes do mal será vitoriosa, a vontade de Deus será um dia feita na terra como o céu. Mas também significaria que os seguidores de Jesus seriam sempre ovelhas em meio aos lobos [Mateus 10.16], odiados pelo sistema sócio-político-econômico anti reino de Deus, ameaçados de morte, rejeitados, caluniados, e perseguidos por causa do nome de Jesus [Mateus 5.10-12], e passariam por muito sofrimento e tribulação antes de receberam a vitória plena no reino eterno de Deus [Atos 14.22]. Isto é, antes de dar tudo certo, daria tudo errado.

A convicção de que “em Cristo somos mais que vencedores” [Romanos 8.37], e que “em Cristo Deus sempre nos conduz em triunfo” [2Coríntios 2.14], é também acompanhada de uma profunda compreensão a respeito dos custos de se colocar ao lado de Deus e do reino de Deus, em oposição à injustiça e aos agentes promotores e mantenedores da morte no mundo.

Porque me parece que Deus nos colocou a nós, os apóstolos, em último lugar, como condenados à morte. Viemos a ser um espetáculo para o mundo, tanto diante de anjos como de homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, mas vocês são sensatos em Cristo! Nós somos fracos, mas vocês são fortes! Vocês são respeitados, mas nós somos desprezados! Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos. Quando somos amaldiçoados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo. [1Coríntios 4.9-13]

Fica, portanto, muito evidente que quando os cristãos do Novo Testamento diziam que “vai dar tudo certo” estavam afirmando coisas completamente diferentes dessas afirmadas na mensagem que recebi pela internet, que diz:

Tudo irá bem contigo a partir de agora.
Você tem sido destinado para ser uma pessoa vitoriosa e conseguirá todos teus objetivos.
Nos dias que restam deste ano se dissiparão todas as tuas agonias e chegará à vitória.
Cobre com tua luz preciosa a minha família, minha casa, meu lugar, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos'.
Receberás um milagre amanhã.
Uma benção está vindo em sua direção.
Dentro de 4 minutos te dirão uma notícia boa.


Meu amigo, minha amiga, não é verdade que “tudo irá bem contigo a partir de agora”, e também não é verdade que “você tem sido destinado para ser uma pessoa vitoriosa e conseguirá todos teus objetivos”. Não se iluda, pois não é verdade que “nos dias que restam deste ano se dissiparão todas as tuas agonias e chegará à vitória”. Preste atenção: o compromisso cristão não suplica que Deus cubra com sua luz “minha família, minha casa, meu lugar, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos”. Na verdade, o compromisso cristão exige que você deixe de viver para seus sonhos, seus planos e seus projetos e passe a viver para Deus, pois, como ensina a Bíblia, “o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou“ [2 Coríntios 5.14,15], e justamente por isso é que quem deseja seguir a Jesus deve lembrar o que Jesus disse:

"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” [Mateus 16.24-26]

Também não é verdade que “receberás um milagre amanhã” e que “dentro de quatro minutos te dirão uma notícia boa”.

Pelo amor de Deus, jogue fora esse evangelho açucarado, que promete o que Deus jamais prometeu, e gera falsas esperanças nas pessoas. Respeite o sofrimento e a dor das milhares de pessoas que, apesar de sua fé, e talvez justamente por causa de sua fé, passam fome, não têm mínimas condições de sobrevivência, sofrem as consequências de tragédias pessoais e fatalidades naturais, são vítimas de um sistema mundano cruel, que as condena à escravidão e a uma vida sem futuro. Lembre dos cristãos que vivem na África, na Índia, na América Latina, e nos rincões miseráveis do Brasil. Seja solidário com as minorias: os negros escravizados, as mulheres violentadas, as crianças abusadas, as populações indígenas dizimadas, os refugiados de guerra, os perseguidos políticos, os desaparecidos. Respeite a grandeza dos cristãos perseguidos e mortos sob a tirania do fundamentalismo islâmico e dos regimes políticos ateístas. Pense um pouco se essa mensagem “vai dar tudo certo, todos os seus sonhos se realizarão, você vai receber um milagre amanhã” faz algum sentido na ala infantil do Hospital do Câncer, no campo de refugiados (mutilados) de Angola, ou nos casebres secos do sertão brasileiro.

Construa sua fé sobre um alicerce mais sólido. Por exemplo, o Salmo 22, aviltado com essa mensagenzinha “vai dar tudo certo”. Aliás, é bom lembrar que Bíblia não é um livro que pode ser manuseado por qualquer pessoa, de qualquer jeito. Da mesma maneira que não é qualquer pessoa que pode dar palpite a respeito do direito, de medicina, da engenharia, ou do marketing, também a teologia exige um mínimo de preparo, senão, muito preparo mesmo. Digo isso porque talvez o autor dessa mensagenzinha não saiba que o Salmo 22 é um dos Salmos messiânicos, que profetiza o sofrimento e o fracasso do Messias, que foi (1) abandonado por Deus e pelos homens [Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia, mas não respondes; de noite, e não recebo alívio! Não fiques distante de mim, pois a angústia está perto e não há ninguém que me socorra], (2) rejeitado [Mas eu sou verme, e não homem, motivo de zombaria e objeto de desprezo do povo], (3) insultado [Caçoam de mim todos os que me vêem; balançando a cabeça, lançam insultos contra mim], (4) dilacerado pela dor que lhe foi brutalmente imposta [Como água me derramei, e todos os meus ossos estão desconjuntados. Meu coração se tornou como cera; derreteu-se no meu íntimo. Meu vigor secou-se como um caco de barro, e a minha língua gruda no céu da boca; deixaste-me no pó, à beira da morte. Cães me rodearam! Um bando de homens maus me cercou! Perfuraram minhas mãos e meus pés], e por fim (5) cuspido na cara e crucificado como impostor.

Para esse Messias não deu nada certo. Ele não recebeu uma boa notícia quatro minutos após sua agonia no Getsêmani, e também não recebeu um milagre no dia seguinte. No dia seguinte foi crucificado.

Mas esse Messias, apresentado pelo profeta como “homem de dores, que sabe o que é padecer” [Isaías 53], “Deus exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” [Filipenses 2.9-11]. Isso sim é dar tudo certo.

Provavelmente alguém vai dizer que é isso o que a mensagenzinha da internet quis dizer. Mas não foi. Nas linhas, pode ter sido. Mas no contexto da religiosidade popular e da subcultura evangélica, a mensagenzinha sugeriu que “os seus sonhos e os seus projetos” darão certo, e que você pode esperar para amanhã aquela resposta milagrosa de Deus para resolver seus problemas e dificuldades particulares, e que em quatro minutos você vai receber uma notícia boa, muito provavelmente trazendo a você uma benção na forma de conforto e prosperidade.

Em síntese, a mensagenzinha pode ser interessante, pode trazer uma esperança e um conforto para quem está lutando contra um sofrimento ou uma dificuldade medonha, e pode até mesmo trazer um alívio do tipo “eu sei que não é bem assim, mas é bom pensar que é, ou acreditar que pode ser”. Mas definitivamente essa mensagenzinha não tem nada a ver com o Evangelho de Jesus Cristo.

REFLEXÃO: “Pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que em nós opera a morte, mas em vós a vida.” (II Coríntios 4:11-12)


Ciúmes

(adaptado do texto do Pr. João A. de Souza Filho)

"O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba." (I Cor. 13:4-8)

Ciúmes e inveja são duas coisas distintas. Ter ciúmes não é pecado; o pecado é deixar o ciúme arder de inveja. Explico. A escritura afirma que Deus sente ciúmes de seu povo; o Espírito Santo sente ciúmes de nós. Ciúmes é o zelo por aquilo que nos pertence e que não queremos perder. Diferentemente da inveja. Esta é o desejo de possuir aquilo que não é nosso. Aí reside a diferença.

Nos dez mandamentos Deus fala da inveja, a obsessão de querer possuir o que o vizinho tem, por isso, não devemos cobiçar a mulher do próximo nem a propriedade do vizinho. Não nos pertencem. Quanto ao ciúme, ou zelo, é bem diferente. Temos de zelar por aquilo que nos foi dado. Não podemos cobiçar o carro do próximo, mas podemos zelar pelo nosso carro. Quando emprestamos o carro, nos preocupamos como nos será entregue; se amassado, sujo ou o quê. É zelo. Nos pertence. Não queremos perdê-lo. É ciúme por algo que nos sai caro e que nos pertence. Diferentemente do desejo incontrolável - inveja - em ter um carro como o do vizinho.

Deus sente ciúmes de nós porque lhe pertencemos e não quer nos perder para o diabo. “Fez Judá o que era mau perante o Senhor; e, com os pecados que cometeu, o provocou a zelo, mais do que fizeram os seus pais” (1 Rs 14.22). Ou como afirmou Tiago: “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” (Tg 4.5).

A diferença entre as duas palavras no idioma português e seu sentido passou desapercebida aos tradutores da Bíblia que deveriam cuidar para colocar “zelo” em lugar de ciúmes e “inveja” no seu lugar apropriado. A Lei de Moisés trata da questão do ciúme do marido, quando sua esposa o abandonar com outro homem e orienta o tipo de sacrifício a ser feito. Não é errado ter ciúmes da mulher que o abandona; errado, é ter inveja da mulher do próximo. Deus formou a igreja, e além de outros propósitos com ela, no seu plano eterno quis colocar em ciúmes o povo judeu, porque esta era a nação de Deus. Como o povo de Israel não lhe foi fiel, ele, se “casou” com a igreja; “Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes” (Rm 11.11).

Por exemplo, a palavra ciúmes no texto de Romanos 10.19, não é apenas Zeloo no grego, mas parazeloo, indicando comparação. Os judeus haveriam de ver um outro povo sendo chamado pelo nome de Deus e teriam ciúmes deste povo. “Pergunto mais: Porventura, não terá chegado isso ao conhecimento de Israel? Moisés já dizia: Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é nação, com gente insensata eu vos provocarei à ira”.

Os apóstolos orientavam os irmãos a não terem ciúmes um do outro, porque na igreja de Atos não poderia haver ciúmes, visto que todos eram iguais, especialmente entre os obreiros. Isto é, por que ter ciúme de meu irmão? Ambos somos propriedades de Deus, e isto basta! “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem” (1 Co 3.3). E que ciúme era este? Os irmãos passaram a ter problemas entre eles porque uns seguiam a Paulo, outros a Pedro e outros a Apolo, e os mais espirituais, a Cristo. Havia ciúmes entre eles pela liderança!

O ciúme existia entre os discípulos antes da descida do Espírito Santo, e houve até mesmo uma disputa entre eles para saber quem era o maior. Jesus tratou deste assunto com muita clareza. Ele usou o desejo da grandeza, ou ambição por querer ser o maior no reino, e redimiu este desejo - pois existe lugar para ambição no Reino: “Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva” (Mc 10.43). O desejo de ser grande é correto - agora, torne-se grande sendo servo dos demais. Ele transformou o egoísmo em “outrosísmos”: servir aos outros. Ele colocou a necessidade da pessoa em querer ser grande no seu lugar certo e pôs, o desejo e a pessoa a funcionarem a favor do reino.

Depois, continuou: “e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc 10.44). Se você quer ser grande, tem de primeiro ser servo de todos; se quiser ser o primeiro, entre os grandes, tem de ser escravo de todos. Assim, o grau de grandeza é determinado pelo grau da auto-doação. Torne-se um servo e será grande; um escravo, e será o primeiro.

REFLEXÃO: " 'Os Seus servos O servirão.' Apoc. 22:3. A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. 'O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir.' Mat. 20:28. A obra de Cristo neste mundo é Sua obra nos Céus, e a nossa recompensa por trabalhar com Ele neste mundo será o maior poder e mais amplo privilégio de com Ele trabalhar no mundo vindouro" (Educação, p. 307-308)



Falta De Conhecimento

(adaptado do texto de Paulo R. Barbosa)

"Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mateus 22:29)

Uma pesquisa do Gallup, há alguns anos, mostrava que sessenta por cento dos americanos não sabiam o que era "Trindade Santa". Sessenta e seis por cento não sabiam quem havia pregado o "Sermão da Montanha" e Setenta e nove por cento eram incapazes de citar sequer um profeta do Velho Testamento. Quando pessoas são questionadas sobre a Bíblia, em rádio e televisão, é desconcertante ver a falta de conhecimento sobre o assunto. Alguns se mostram quase tão confusos quanto o menino que escreveu em sua folha de teste: "As epístolas eram as mulheres dos apóstolos e Sodoma e Gomorra eram marido e mulher".

E nós, cristãos, temos sido diferentes dessa pesquisa? Temos buscado a Deus e o conhecimento de Sua Palavra? Temos usado Seus ensinos para viver de maneira abundante e feliz?

Muitas vezes dizemos que somos filhos de Deus, vamos à igreja nos finais de semana, até acompanhamos alguns hinos que são cantados e... mais nada! Ignoramos completamente a
palavra ensinada, não lemos e, às vezes, nem temos uma Bíblia para estudar, não nos preocupamos com o testemunho e o brilho que deveria marcar a nossa presença em todos os
lugares, vivemos uma vida de aparência e , mesmo assim, apenas nos horários de reunião.

É essa a verdadeira vida cristã? É essa a vida dos que desejam conquistar grandes vitórias? É assim que deve proceder aqueles que Deus colocou na terra como Seus representantes?

O cristão precisa conhecer bem o "manual de fé" que o Senhor lhe deixou. É nas Sagradas Escrituras que encontramos as respostas para nossas dúvidas e inquietudes. É ali que
aprenderemos a confiar no Salvador e seguir suas pisadas em direção à perfeita felicidade e a vida eterna.

Quem desconhece a Bíblia também desconhece o Deus da Bíblia. E se não O conhece, não encontrará oportunidade de buscá-lo e receber o bálsamo que Ele tem preparado para cada uma de nossas necessidades espirituais.

Leia a Bíblia e desfrute das incontáveis bênçãos que Deus tem para você.

REFLEXÃO: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:21)
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Páscoa: Coelho ou Cordeiro?

(adaptado do texto de Hilton Robson)

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2)

Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, como no Brasil, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia, pelo contrário, o símbolo da Páscoa é um Cordeiro. Então de onde surgiu o coelho? Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica (Equivalente a Diana e a Vênus nas mitologias romana e grega respectivamente). A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada, claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs (Sincretismo religioso). Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento.

Curiosamente um dos símbolos utilizados pelas revistas masculinas é o coelho. O símbolo da Revista Playboy é um coelho. O coelho é um símbolo do sexo.

O sincretismo religioso foi realizado para tornar a conversão menos impactante. Assim a Igreja utilizou a figura do coelho que estava simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades.

Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? A desculpa apresentada pela Igreja Cristã é que tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida. A mesma desculpa apresentada para o domingo, o dia da Ressurreição de Cristo. O mundo cristão sempre utilizou símbolos pagãos, mudando seus significados para ganhar adeptos, realizando o mais descarado sincretismo religioso.

Nós como igreja e povo de Deus não devemos utilizar símbolos pagãos para comemorar a páscoa ou outra festa religiosa qualquer, lembre-se da controvérsia entre o Sábado e o Domingo. Portanto, ao invés de entregar um coelho às crianças ou ovos de chocolate, pois estes são altamente prejudiciais à saúde, faça símbolos de um cordeiro que simboliza Cristo, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", pois é Ele o verdadeiro símbolo da páscoa. "Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para as vossas famílias, e sacrificai a páscoa." (Êxodo 12:21). Compare com João 1:29.

Reflita: Se o coelho é um dos símbolos do sexo, quando fantasiamos nossas crianças utilizando o coelho, não estamos oferecendo nossas crianças ao sexo, fazendo-as de símbolos sexuais? Não será esse um dos motivos da juventude se envolver sexualmente cada vez mais cedo?

Ontem assistir uma reportagem sobre as pulseiras do sexo (algum lastimável), onde alguns diretores e pais estavam discutindo os impactos negativos na vida dos jovens e adolescentes que as usam. Os impactos são realmente devastadores. Por outro lado, quando se fala em maquiar nossas crianças como coelhinhos, que é um símbolo do sexo, todos concordam por não ver maldade nisso. Satanás entra sorrateiramente na vida de nossas crianças e nós ainda afirmamos que é lindo. Ele se transforma em “anjo de luz” para nos enganar e nos conduzir para perdição (2 Coríntios 11:14). Dessa forma, Satanás desmerece o verdadeiro símbolo da Páscoa, Cristo, e ainda conduz nossas crianças para o sexo precoce.

REFLEXÃO: “Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nEle andai, arraigados e edificados nEle, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças” (Colossenses 2:6-7)



Páscoa: Coelho ou Cordeiro? - Outra visão

(adaptado do texto do Pr. Itaniel Silva)

"A Páscoa é uma celebração de origem divina e seu caráter é essencialmente bíblico e religioso"

Nas últimas décadas, a humanidade, influenciada pela força do capitalismo a transformou em fonte de lucro e de consumo, deturpando radicalmente seu sentido cristão.

Por acreditarem que o ovo simbolizava o nascimento, os antigos egípcios e persas costumavam pintar ovos com cores da primavera e presentear aos amigos. Os primeiros a darem ovos coloridos na Páscoa, simbolizando a ressurreição, foram os primitivos cristãos do Oriente e da Europa.

Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era apenas um presente original simbolizando a ressurreição como o início de uma nova vida. Os ovos de chocolate como conhecemos hoje, surgiram no século 20.

O coelho foi símbolo da fertilidade e da vida para diversos povos da terra. Os imigrantes alemães trouxeram a tradição do coelho para as Américas em meados do século 18. Assim, os ovos e o coelho tradicionalmente passaram a fazer parte da Páscoa cristã.

Mas, embora na tradição dos povos o coelho seja símbolo da fertilidade e os ovos símbolo da renovação da vida, definitivamente eles não são símbolos da Páscoa original.

Para conhecermos o verdadeiro sentido da Páscoa, os elementos envolvidos nela e a razão de sua origem, devemos voltar à Bíblia.

O povo de Deus, formado a partir de Abrão e Sarai, estava já por quatrocentos e trinta anos vivendo sob a escravidão dos egípcios. Mas, o momento de Deus libertá-lo havia chegado. (A história da Páscoa pode ser encontrada a partir do capítulo 3 do livro do Êxodo). Então o Senhor chamou Moisés para ser o líder da tão sonhada libertação. Quando Moisés apresentou o plano, Faraó recusou. É claro que ele jamais iria aceitar a proposta de perder a mão-de-obra escrava de centenas de milhares de homens e mulheres.

Percebendo o descaso de Faraó, Deus passou a apelar por meio de atos dolorosos, os quais a Bíblia chama de pragas. Dez ao todo. Diante de cada uma delas, o chefe da nação egípcia continuava endurecido. Deus então anuncia aquela que seria a décima e última praga. O último destes atos de juízo divino atingiria o que há de mais precioso para o ser humano - a vida. "Assim diz o Senhor: Por volta da meia noite, passarei por todo o Egito. Todos os primogênitos morrerão, desde o filho mais velho do Faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho da escrava" (Êxodo 11. 4 e 5). Desta vez, o juízo recairia sobre os filhos primogênitos, tanto dos animais como dos homens. Tanto dos egípcios, quanto dos escravos hebreus. Todos estavam sob a condenação. Mas, Deus nunca executa um juízo sem antes prover um meio de escape. "Deus é amor" (I João 4.8). Assim, naquela noite, se alguma família quisesse ser poupada da morte, quer fosse egípcia ou israelita teria que praticar a Páscoa. Só ela poderia salvar da morte. E o que era a Páscoa? Como praticá-la e evitar a catástrofe sobre os primogênitos? Simples: Cada família deveria prover um cordeirinho, sem defeito, de um ano, matá-lo, colher seu sangue, pintar o alto e as laterais da porta com o sangue. Toda a família deveria entrar pela porta, permanecer dentro da casa durante a noite e comer a carne do cordeirinho com pão sem fermento e ervas amargas. Fazendo assim, à meia noite, quando o anjo responsável por executar o juízo da morte chegasse, ao ver o sangue na porta, ele pularia aquela casa. A família estaria salva. Isto é a Páscoa. A palavra Páscoa quer dizer "passar por cima". "Passar por alto", conforme (Êxodo 12.13,23 e 27). A história completa da Páscoa pode ser conhecida lendo o livro bíblico do Êxodo, capítulo 12.

O cordeirinho morto naquela noite, para salvar os primogênitos condenados do Egito, simbolizava outro cordeiro. "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1.29). Toda pessoa que nasce no mundo, chega aqui em semelhante condenação à dos primogênitos naquela noite no Egito. "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23). Mas Deus nunca permite que a sentença de morte recaia sobre quem quer que seja sem antes oferecer uma saída. E a saída veio por meio de Jesus. Ele deu a vida para que cada pessoa da terra pudesse marcar sua vida com seu sangue e assim ser livre da condenação. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).

Coelhos, ovos e chocolates nunca estiveram associados à Páscoa, mas ao comércio e ao consumismo. NOSSA VERDADEIRA PÁSCOA É CRISTO JESUS. Seu sacrificio dá o real sentido à comemoração desta data.

Nesta Páscoa, muito além de comer os ovos de chocolate [que na sua grande maioria não fazem bem à saúde], não deixe de se "alimentar" de Cristo Jesus. Ele disse de si mesmo: "Aqui está o pão que desce do céu, para que não pereça quem dele comer" (João 6.50).

REFLEXÃO: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo" (João 6:51)



Corações quebrantados e agradecidos

(adaptado do texto de Paulo R. Barbosa)

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53:5).

Certo homem era visto constantemente em um cemitério de Nashville, Tennessee, Eua, chorando amargamente. Alguém se aproximou e lhe perguntou o motivo pelo qual estava sempre ali, chorando, e ele respondeu: "Eu fui recrutado, durante a Guerra Civil. Eu possuía uma grande família e minha esposa era muito doente. Nós éramos muito pobres e todos achavam
que a minha família passaria fome. Eu tinha um grande amigo cuja idade não era apropriada para ser convocado. Ele se apresentou, contou o caso e se ofereceu para me substituir. Ele foi aceito. Ele tomou o meu lugar. Ele morreu em batalha e está enterrado aqui. Esta é sua sepultura. Ele morreu por mim. É esse o motivo de minha tristeza e meu choro. Eu estou vivo porque ele está morto".

Estamos aqui, vivos, alegres, cheios de sonhos e planos para o futuro. Podemos escolher uma vida de regozijo e felicidade, temos o nome escrito nos Céus, temos a possibilidade de decidir para onde queremos ir e optar por uma vida eterna no lar celestial, temos uma herança que jamais será corrompida. E por que temos tudo isso? Por que temos vida e vida abundante? A resposta é simples: alguém morreu em nosso lugar, para pagar o preço de nosso pecado, para nos trazer de volta à presença de Deus, para sermos felizes por toda a eternidade.

Ele nos ensinou o que é amar verdadeiramente. Ele nos ensinou a expulsar o egoísmo e viver para servir. Ele nos ensinou que melhor é dar do que receber. Ele nos ensinou que para sermos o maior devemos servir a todos. Ele nos ensinou o que significa viver de verdade.

Quando nós refletimos sobre a morte de Cristo, em nosso lugar, devemos ter os corações quebrantados e cheios de gratidão.

REFLEXÃO: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39)



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