Comentários Lição 2 - Apocalipse de Deus nele revelado (Prof. César Pagani)

06 a 12 de Outubro de 2012

Verso para memorizar:

"Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos faloupelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo." Hb 1:1, 2. 

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português. 

O Pr. F. Canale escreveu: “Com o advento das eras moderna e pós-moderna, muitos cristãos têm concluído que uma revelação cognitiva especial de Deus é impossível. Infelizmente, esses teólogos procuram interpretar as Escrituras partindo da suposição de que elas foram escritas apenas por seres hu­manos. Estão dogmaticamente persuadidos de que Deus não pode comunicar conhecimento aos seres humanos. Portanto, as Escrituras e a teologia são o produto das sempre mutáveis imaginações humanas. Desta maneira, esses teólogos negam a convicção de Pedro de que nas Escrituras não encontramos mitos, mas verdades (2Pe 1:16).” Revelação e Inspiração.
Muita gente não tem ideia de como funciona a inspiração divina sobre os homens. Creem que Deus ditou cada palavra da Bíblia (inspiração verbal). Ele falava e o profeta, como que reproduzindo um ditado, transferia os dizeres divinos para o papiro. Não foi assim!
        A grande verdade é que Deus é tão transcendente que, Se Ele não se revelasse ao homem, nunca poderíamos conhecê-lo pelos métodos e processos humanos, a despeito de toda a ciência que o homem acumulou até hoje.
Até a boa ciência testemunha do Criador de todas as coisas. A menos que o indivíduo seja um tolo condicionado pela cultura mundana, o homem pode perceber sem muito esforço a suprema inteligência que se encontra nas obras criadas, um dos métodos revelativos do Senhor. 
         O Senhor reforçou Sua revelação mandando escrever Seus pensamentos e palavras num volume sagrado chamado Bíblia. Mediante sonhos e visões e também de teofanias (manifestações pessoais), o Grande Jeová escolheu profetas que falassem em Seu nome para transmitir os pensamentos divinos aos homens.
            Quando vieram os últimos dias – que se iniciaram o tempo de Cristo (At 2:17; Hb 1:2) – o gracioso Pai revelou-Se do modo mais absoluto e inequívoco: através de Seu Filho amado.
          A revelação profética e a revelação messiânica encontram-se hoje transcritas na Palavra de Deus. Se quisermos conhecer o Senhor, temos de mergulhar na Sua Palavra monitorados e iluminados pelo Espírito Santo, o Dono da Verdade.

DOMINGO

A doutrina da Escritura

Quando se faça em doutrina, está-se referindo ao ensino geral das Escrituras Sagradas, desde o primeiro até o último livro. A Bíblia é o livro doutrinal por excelência porque revela verdades absolutas, não mutáveis, não passíveis de múltiplas interpretações. Pedro apóstolo diz que nada do que a Escritura diz é de particular interpretação (1Pe 1:20). Todas as interpretações abstrusas (confusas, inconsequentes) procedem dos homens e não da Escritura.
            A procedência da Escritura vem da mente do Espírito Santo. Ele foi quem inspirou os profetas a escrever as revelações.  Strong disse: “Há infinitas profundezas e alcances inexauríveis de sentido na Escritura, cuja diferença é de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve ser divino." Nisso temos a garantia da veracidade integral do Livro Santo. Quem o inspirou é Santo tornando o livro também santo.
Primeiro vem a revelação e depois a reprodução em palavras para torná-la inteligível ao homem. O Espírito agia na mente dos escritores incutindo-lhes ideias, comunicações, por vezes até “ditados”, pensamentos, profecias, os quais os autores transcreviam em suas próprias palavras e de acordo com seu estilo pessoal. Não é dificultoso identificar qual epístola é de autoria de Paulo e qual a de João. Os próprios evangelhos têm estilos literários diversos.
Pedro nomina a Bíblia de “candeia”. Isto é, portadora de luz. E a essa luz Pedro diz que bem faz quem atenta para ela, ou seja, a obedece. A doutrina requer atendimento, assentimento, adoção prática.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (1Tm 3:16, 17)
O inspirado apóstolo Paulo afirma com toda a certeza que a Escritura é totalmente inspirada. “O grego helenista empregava o vocábulo ‘pasa’ (todo), sem artigo definido, a fim de indicar ‘inteiro’, a ‘totalidade de’. De acordo com os padrões do grego clássico, não havendo a presença do artigo definido, preferiríamos a tradução ‘cada’. Daí a melhor tradução, no idioma português, seria: ‘A Escritura inteira é inspirada por Deus... ’ Ou mesmo: ‘Cada Escritura é inspirada por Deus...’ Por conseguinte, deve-se depreender dessa declaração paulina, que não existe qualquer porção das Escrituras Sagradas que não tenha sida bafejada pelo Espírito Santo, emprestando-lhe vida e autoridade divinas.” — Russel N. Champlin, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol. 5, pág. 395.
Essa inspiração converge para o divino propósito de aperfeiçoar o homem convertido para que realize boas obras que glorifiquem o nome do Senhor.
Nosso maior exemplo da aplicabilidade da Escritura é o Senhor Jesus. Ele fundamentava Sua vida e ensinos na Santa Palavra. Usava-a como escudo contra os dardos inflamados do maligno. A despeito de ser seu Autor, Jesus passava horas estudando e meditando na doutrina da Escritura. Seu deleite era estar com a Bíblia.
“Ensinem os homens e escrevam as preciosas coisas das Santas Escrituras. Sejam o pensamento, a aptidão, o penetrante exercício da potência cerebral empregados no estudo dos pensamentos de Deus. Não estudeis a filosofia das conjeturas  humanas, mas a dAquele que é a verdade. Nenhuma outra literatura pode se comparar com esta em valor.” CBV, 459, 460.
   
SEGUNDA

A natureza da inspiração
               
             Para nós, crentes, a origem da Bíblia não deixa a menor dúvida. Sabemos que esse estupendo livro tem Deus como seu autor. Através de autorrevelação o transcendente Deus Se expôs ao conhecimento humano. Porém o fez por meio de seres humanos especialmente chamados para a tarefa de “divulgar” o Supremo Ser que está mui além da natureza das coisas. Hasel entende que a dupla dimensão da Bíblia, isto é, seu aspecto divino e sua forma humana precisam ser bem compreendidos.
             Qual é forma da inspiração? “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus.” ME1, 20 e 21.
            Esse texto do Espírito de Profecia é bem esclarecedor. O Autor Divino, o Espírito Santo, atua na mente individual e produz pensamentos no agente humano. Essa ação pode ocorrer mediante sonhos, visões ou mesmo aparições. Mensageiros celestiais também atuam na revelação portando e transmitindo mensagens aos escritores bíblicos (Ver Gabriel e Daniel) 
             Um exemplo do processo pode ser visto na produção do livro de EGW The Great Controversy Between Christ and His Angels and Satan and His Angels, mais conhecido por nós como O Grande Conflito. A visão que deu origem ao precioso volume durou duas horas e aconteceu no dia 14 de março de 1858. As ideias gerais, os pontos a comunicar, foram expostos à mensageira. Porém, Ellen consultou obras de historiadores como Wylie, D’Aubigné, Milman, Sears, Lewis e muitos outros escritores. Obras do Dr. Albert Barnes, comentarista bíblico, também eram consultadas. Nada de errado com isso. Dizem os estudiosos que Moisés utilizou na legislação hebraica alguns conceitos do Código de Hamurabi. Paulo usou um pensamento de Epimênides, quando disse: “Foi mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos.” (Tt 1:12). Assim, aquilo que era secular ou não inspirado passou a ser inspirado quando anexado à obra de revelação.  

TERÇA

O mistério do Deus triúno
 Um dos mais crassos erros ao se estudar a revelação da Divindade é fazê-lo com preconceitos antropomórficos, isto é, a partir de ideias humanas. L. Boettner esclareceu: “Em teologia, como em qualquer outra ciência, há necessidade de alguns termos técnicos. Quando dizemos que há três Pessoas distintas na Divindade, não queremos com isso dizer que cada uma delas e tão separada da outra, como um ser humano está separado de todos os demais. Embora se diga que Se amam, Se ouçam... enviem uns aos outros, testifiquem uns dos outros, não são, no entanto, independentes entre Si; porque, como já dissemos, autoexistência e independência são propriedades, não das pessoas individuais, mas do Deus Triúno.” Loraine Boettner, The Trinity, p. 59.
Christianini procurou sintetizar o conceito desta forma: “A Divindade Se constitui em três Pessoas, todas eternas, todas iguais, todas divinas, permanecendo uma em essência, em propósito, em funcionalidade. Melhor dito, a Trindade é o organismo da Divindade, é o meio pelo qual Ela Se manifesta e existe em relação ao homem.” Radiografia do Jeovismo, pp. 94, 95.
A. H. Strong afirmou: “Em a natureza do Deus único há três distinções eternas que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três são iguais".  Systematic Theology, p. 144.
            Ao lerem Gn 1:26, replicam os unitarianos (neorrusselitas ou Testemunhas de Jeová) que Moisés usou um recurso linguístico chamado de plural majestático ou “plural de modéstia”, quando se substitui o pronome “eu” por “nós”. O “façamos” de Gênesis, capítulo primeiro é utilizado porque as três Pessoas divinas participaram da criação do homem, embora o texto não especifique quem fez o quê. Como a Divindade trabalha em perfeita harmonia, não é relevante fazer descrição de tarefas. Em toda a Bíblia temos provas sobejas e evidências claras desse conceito teológico.
Dizem os eruditos que a criação do plural majestático se deve a Gesênio que apresentou um dia a ideia de que esse recurso era apenas a maneira de Deus Se apresentar. Logo a invenção de Gesênio mostrou-se falsa. Não havia historicamente nenhuma prova ou evidência do fato gramatical em nenhuma literatura antiga.
O próprio Cristo empregou a forma plural divina em Jo 3:11: "Nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o NOSSO testemunho". Ainda em Mt 3:15, no batismo: "Assim NOS convém cumprir toda a justiça". E nos versos seguintes ouve-se a voz do Pai, e se vê o Espírito Santo em forma de pomba. As três Pessoas estavam presentes no mesmo momento.
            A palavra Deus é aplicada tanto ao Pai, quanto ao Filho e também ao Espírito Santo. A fórmula batismal, embora contenha uma ordem de colocação, põe no mesmo nível de autoridade as três Pessoas.  O interessante é que o batismo é feito em nome de Jesus Cristo (ver At 2:38; 10:48).
            Alguém disse que o livro neotestamentário de Atos não deveria ser chamado de “Atos dos Apóstolos”, mas “Atos do Espírito Santo”, dada a abarcante presença dessa Pessoa divina.
            Deuteronômio 6:4 apresenta a unicidade de Deus. O vocábulo “Senhor” no texto tem como original o tetragrama (JHVH – Jeová). Há provas incontestáveis em toda a Bíblia sobre a aplicação do nome inefável Jeová às três Pessoas. Quando o shemah (oração de Dt 6:4 e Mc 12:29) é pronunciado, refere-se ao Deus Triúno e não a uma Pessoa divina especificamente.
            Lembramo-nos agora do ensinamento de um velho e saudoso amigo chamado Vandir Garcia, um sábio nas Escrituras. Um dia ele chamou nossa atenção para Ap 7:17: “Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” Ponderou, então: “Se existe o meio do trono, existe também o lado direito e o lado esquerdo. Não há três tronos, mas um só. Nele se assenta a Majestosa Divindade.”
            Escreveu o Dr. Thomas P. Simmons: “Contudo, a doutrina da Trindade não é autocontraditória. Deus não é três no mesmo sentido em que Ele é um. Ele é um em essência, natureza e ser; mas, nesta uma essência, natureza e ser há três distinções eternas que se nos representam de tal maneira que as chamamos pessoas. Quem pôde dizer que tais distinções são impossíveis em a natureza de Deus? Para fazer isso ter-se-ia de ter perfeito entendimento da natureza de Deus. De maneira que fazemos bem de aceitar o que a Escritura ensina e deixar o mistério para solucionar-se quando tivermos mais luzes, se semelhante luz que nos habilite a explicar e entender nos for sempre dada. O mistério vem por causa de nossa inabilidade para compreendermos totalmente a natureza de Deus.” 


Os atributos de nosso criador
                 
            Parece um tanto presunçoso aventurarmo-nos a pesquisar as grandezas de Deus envoltas em Seus inefáveis atributos. Soa em nossos ouvidos o desafio de Zofar, amigo de Jó: “Você pensa que pode descobrir os segredos de Deus e conhecer completamente o Todo-Poderoso?” (Jó 11:7) Isaías 40:28 diz que não se pode esquadrinhar o Seu entendimento.
            Contudo, sabedor de nossa total incapacidade de conhecê-Lo, o Senhor usou de muita misericórdia e graça e deu-Se a conhecer o tanto que possamos suportar sem mirrarmos como a flor crestada por calor e vento.
Considere este desafiador pensamento: “’No princípio... Deus... ’ (Gn 1:1). Houve tempo, se é que se lhe pode chamar ‘tempo’, em que Deus, na unidade de Sua natureza, habitava só (embora subsistindo igualmente em três Pessoas divinas)... Não existia o céu, onde agora se manifesta particularmente a Sua glória. Não existia a Terra, que Lhe ocupasse a atenção, não existiam os anjos que Lhe entoassem louvores, nem o Universo para ser sustentado pela palavra do Seu poder. Não havia nada, nem ninguém, senão Deus; e isso, não durante um dia, um ano ou uma época, mas ‘desde sempre’. Durante uma eternidade passada, Deus esteve só: com­pleto, suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando.” The Atributtes of God – Dr. Arthur W. Pink.
            Evidentemente, são tantos os atributos divinos que não poderíamos senão tocar-lhes as fímbrias. Contudo, algo da grandeza imponderável do Senhor podemos cogitar, porque Ele assim revelou à altura de nossa finita compreensão. Estamos cercados por transbordante profusão de Suas obras. Ele criou tanta coisa para revelar-Se de modo inteligente aos homens. A sabedoria contida nas obras criadas é simplesmente assombrosa.
            Um ateu, por exemplo, não pode ter noção de Deus porque não acredita que Ele exista. Apesar de não saber responder às questões mais profundas com que se defronta acerca da existência, teima ele em negar a Deus porque não pode vê-Lo, tocá-Lo, senti-Lo. De que adiantaria ser ele um brilhante cientista se, ao fazer seus estudos,  já parte do errôneo conceito da não existência do Ser Criador? Sem fé é impossível apossar-se dos arcanos ou mistérios de Deus.
            A Bíblia é o mais excelente laboratório do conhecimento dos atributos do Criador. A natureza desajudada pode fascinar o homem, mas não levá-lo a discernir a mão divina nela. O homem pode intuir que há um Ser superior porque entende que tudo quanto o cerca não pode ter vindo de matéria desorganizada que criou inteligência e estruturou-se a si mesma. O homem agnóstico ou ateu nega a Deus porque lhe convém que uma Autoridade superior,  imperial e julgadora dos atos humanos não exista. Ele prefere viver enganado.
            Só se pode conhecer bem a Deus quando o indivíduo se torna amigo dEle, íntimo, confidente. Quando o Senhor toma as rédeas de sua vida e a dirige segundo Seu salvífico propósito.
Alguns atributos divinos: 1) imutabilidade (Ml 3:6) "A imutabilidade divina, como a nuvem que se interpunha entre os israelitas e o exército egípcio, tem um lado escuro, bem como um lado claro. Ela assegura a execução das Suas ameaças, como também a concretização das Suas promessas; e destrói a esperança, carinhosamente acalentada pelos culpados, de que Deus será todo brandura para as Suas frágeis e errantes criaturas, e de que serão tratados de modo muito mais leve do que as declara­ções da Sua Palavra nos levam a esperar. Contrapomos a estas especulações enganosas e  presunçosas  a  solene  verdade  de  que Deus é imutável em Sua veracidade e propósito, em Sua fidelidade e justiça."  J. Dick, 1850. 2) Galardoador (Tg 1:17). Ele Se compraz em trabalhar pela felicidade de Suas criaturas. Tudo que provém de Deus — os Seus decretos, a Sua criação, as Suas leis, as Suas providências — só pode ser bom, como está escrito: ‘E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...’ (Gn 1:31). Assim, vê-se a bondade de Deus primeiro na criação. Quanto mais de perto se estuda a criatura, mais visível se torna a benignidade do seu Criador. Tome a mais elevada criatura da terra, o homem. Abundantes motivos tem ele para dizer com o salmista: ‘Eu Te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem" (Sl 139:14). Tudo acerca da estrutura dos nossos corpos atesta a bondade do seu Criador. Que mãos apropriadas para realizar a obra a elas confiada! Que bondade do Senhor, determinar o sono para restau­rar o corpo cansado! Que benévola a Sua provisão, dar aos olhos cílios e sobrancelhas para protegê-los! E assim poderíamos pros­seguir indefinidamente.” A. Pink. 3) Amor. Deus é amor e essa definição é toda-abarcante. 4) Transcendência. É impossível medir as possibilidades de Deus. Jesus disse que para o Pai nada é impossível. Deus excede todos os limites conhecidos e desconhecidos. Ele é infinito.
 
QUIN TA

As atividades de Deus

            Transcendente e imanente – Duas marcantes  e exclusivas características divinas. Na Bíblia essas concepções sobre o Eterno estão bem presentes. Em Is 6:1-5 o Altíssimo é descrito como estando sobre um alto e sublime trono, em meio a glória indescritível e adoração angélica. Isso é transcendência. E a imanência? "Toda a terra está cheia da Sua glória!”.
            Deus Se apresenta imanente em Sua criação e em Seu relacionamento com a humanidade.  Ele sustenta a vida. De Seu Ser flui poder que anima todas as criaturas. Deixasse o Senhor de exercer o poder sustentador por um segundo, e tudo cessaria de existir. Ele também está constantemente concedendo bênçãos aos humanos. Alimento, proteção – não exercesse Ele Seu poder protetor e o diabo e seus anjos destruiriam tudo neste planeta. Todos os dias nascem milhares de crianças, de animais, de árvores (a despeito da sanha destruidora do homem). Todos os dias as pessoas se alimentam, apesar da fome que reina em muitos lugares por causa das maldições que o homem atrai sobre a criação. Cada dia Ele ordena a Seus anjos e aos homens e mulheres que receberam a salvação, que trabalhem e lutem para salvar seus semelhantes da derrocada produzida pela transgressão. Cada dia Seu amor inefável se derrama como dilúvio. Ele amou e ainda ama o mundo de tal maneira. A oferta de Seu Filho Unigênito está vigendo.
            O Senhor vigia os atos dos homens. Embora lhes dê plena liberdade de escolha, não permite que a injustiça atinja níveis que comprometam Seus desígnios (Ver a narrativa do dilúvio e da confusão de Babel - Gn 6 e 11:9). Como supremo Juiz do Universo, aplica sentenças sobre a maldade. Quando a iniquidade chega a níveis insuportáveis, os juízos de Deus se fazem presentes, inda que radicais – como no caso das cidades da campina. Na maioria das vezes, os juízos visam a disciplinar e restaurar para a salvação.
            Já transcendência nos mostra que Deus não está restrito à nossa capacidade de compreendê-Lo, mas infinitamente além. “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor?”. (Rm 11:33-34) Porém, Ele Se revela porque sabe de nossa incapacidade de conhecê-Lo como realmente é. Cada dia, por exemplo, que você abre Sua Bíblia, um livro do Espírito de Profecia ou outra literatura edificante, o Senhor está procurando revelar-Se a você. Nas reuniões de culto está presente o esforço divino de revelação. Por isso, estejamos concentrados e atentos, cheios de reverência e temor em nossos cultos, pois o Senhor está presente para nos beneficiar.
 





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