A vida de Helen Ewan

(adaptado do texto de James A. Stewart)

“Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” (Colossenses 3:12)

Na época da minha conversão, uma moça de mais ou menos a minha idade se converteu também. Seu nome era Helen Ewan. Era apenas um palitinho de uma moça, mas logo no início de sua nova vida com Cristo, ela o coroou como Senhor absoluto e foi cheia do Espírito Santo.
Ela aceitou o convite do seu Senhor de “beber abundantemente”. As torrentes de água viva simplesmente começaram a fluir da vida de Helen.

Depois de sua conversão com a idade de quatorze anos, toda a personalidade de Helen ficou radiante com a glória do Senhor, embora tivesse uma vida tão comum. Cheguei a me questionar muitas vezes como ela conseguia suportar tanta glória no seu frágil vaso de barro.

Muitos testificavam que apenas seu sorriso, ou seu feliz “Bom dia, Deus te abençoe” trazia uma influência divina que permanecia neles durante o resto do dia.

Na sua oração, Helen era um exemplo tão grande a todos nós. Ela se levantava por volta das cinco da manhã para ter comunhão com seu senhor. Ela não acendia o fogo no quarto gelado, nem procurava se fazer confortável...por sentir que ficaria mais alerta no frio. E além disso, as pessoas por que orava...não tinham esse conforto.

Testemunhei em muitas noites geladas de inverno escocês a Helen abraçada com uma pobre prostituta embriagada, falando com ela de Jesus e de seu amor. Em outras ocasiões, falava com homens beberrões, procurando leva-los ao seu Salvador.

Desta forma, mais uma alma sobrecarregada com os cuidados desta vida, e encurvada com peso do pecado e do desespero era levada aos pés do Salvador. Isto também acontecia na Universidade, onde estudava, conduzindo muitos alunos a Jesus. Comenta-se que um grupo de estudantes não convertidos podiam estar rindo e contando piadas sujas, quando de repente alguém dizia: “ Psiu!Psiu! Lá vem ela! Fiquem quietos!” Ela passava por eles deixando, inconscientemente, o poder e o temor da presença de Deus atrás dela.

Helen carregava a fragrância de Cristo consigo, e manifestava o poder do Espírito. Seu corpo era um templo ambulante do Espírito Santo. Assim, aonde quer que fosse o poder de Deus se manifestava. Quando entrava em qualquer culto, imediatamente a atmosfera ficava carregada com o poder sobrenatural. Mesmo que se sentasse no último banco, todos sabiam que ela havia chegado por causa do tremendo senso da presença de Deus que se manifestava em nosso meio.

Amava a Deus e por isso tornou-se uma filha de Deus profundamente instruída. Seus pés estavam firmemente posicionados na rocha sólida das Escrituras Sagradas, ainda assim havia lugar para o humor puro e entusiasmo pela vida.

Preparava-se para o serviço missionário quando Deus, na sua sabedoria e amor, chamou-a para seu lar [descansou no Senhor] com a idade de vinte de dois anos. De repente adoeceu e com a mesma rapidez foi chamada para o Senhor. Toda a Escócia chorou. Em postos missionários longínquos lamentavam-se: "Ah, quem os sustentaria tão fielmente diante do Trono da Graça agora? Quem entraria na brecha para tomar seu lugar?"

Mesmo muitos anos depois, só mencionar o nome dela tinha um encanto; uma força irresistível que nos levava aos joelhos para clamar: “ Oh, Deus levanta outros como Helen Ewan. Oh Deus, faze ante de mim uma pessoa melhor para tua glória.”

REFLEXÃO: “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3:17)

Fonte: Igreja Poá



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