Comentários Lição 04 - Senhor das nações (Amós e Obadias) - Prof. César Pagani

20 a 27 de Abril de 2013

Verso para Memorizar:
“Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará? (Am 3:8)
    Amós e Obadias estão separados entre si por cerca de 200 anos. O primeiro teve cinco visões relatadas em seu livro. Um contraste gritante verificava-se tanto em Judá quanto em Israel. A par da prosperidade política e econômica existia escabrosa opressão social. Parecia que a corrupção governava a rédeas soltas. Diz o SDABC que “Israel estava no zênite de seu poder”.  Jeroboão havia alcançado retumbante vitória sobre os sérios e ampliado o território da nação do Norte. Em Judá, Uzias derrotara os edomitas e os filisteus, sujeitara os amonitas. A taxa de crescimento nacional era alta, porque o rei incentivara a agricultura – maior contribuinte do “PIB” nacional - e havia paz interna. Certamente o comércio com outras nações era florescente.

    A despeito desse cenário favorável, as transgressões corriam soltas desde o palácio real até as casas do povo. Luxúria, extravagância, orgias, libertinagem, orgulho, egoísmo e opressão conviviam com a falência das instituições, exploração, predominância das elites e desprezo para com os pobres, os necessitados, os órfãos e as viúvas. Na magistratura corriam subornos, lobbies, menosprezo às leis e sentenças absurdas.
 
    O Eterno Vigilante, porém, não ficaria em silêncio. Chamando um humilde pastor de ovelhas e plantador de figos silvestres, lançava o Senhor uma campanha de arrependimento e retorno a Ele. Com divina franqueza Deus avisa que não deixará impunes os pecados da nação.
    
As nações circunjacentes também não estavam isentas das ameaças divinas. Em grande misericórdia o Senhor das Nações lhes enviava mais um convite à vida e à justiça.

DOMINGO
Crimes contra a humanidade   
 
Primeiro crime: Damasco, representando a Síria, é condenada por haver usado trenós ou carretas feitas de pesadas placas de ferro, sob as quais estavam colocados pontaços desse metal, e que eram arrastadas por bois. Mulheres e crianças da região de Gileade foram estraçalhadas com crueldade pelos siros ao passarem sobre elas com esses veículos. Desalmada carnificina. Essa era a transgressão mais revoltante. “Por três transgressões e por quatro” não se refere a uma quantidade literal e sim a muitos crimes. Esse era um idiotismo (locução típica de uma língua) cananita aqui apropriado para enfatizar o abominável delito.
 
Segundo crime: Gaza, cidade representativa de toda a Filístia, nação inimiga figadal de Israel. Alguns intérpretes entendem que a violação acusada por Deus contra aquela nação se refira ao tempo em que Senaqueribe invadiu a Judeia e muitos de seus habitantes fugiram para a Filístia em busca de asilo. Porém, em vez de lhes dar asilo político, os entregou – possivelmente vendeu - aos edomitas como cativos.
 
Terceiro crime: Em verdade, mencionam-se no primeiro capítulo de Amós duas violações específicas de Edom: a primeira é a recepção ou compra de cativos hebreus feitos pelos filisteus. Ora, Edom era uma nação oriunda de Esaú e irmã de Israel. Por que essa vileza? A segunda violação foi a perseguição de seus irmãos judeus com crueldade. Ambas as nações descendiam de Isaque, porém os laços de sangue não tornaram os edomitas solidários com seus irmãos. Embora vendo as desgraças que se abatiam sobre Israel por causa dos seus pecados, não tiveram misericórdia e se lançaram furiosamente ao ataque contra eles. Deus nãos os perdoaria por isso.
 
Quarto crime: Tiro, a soberba capital do império assírio. Os assírios entraram em coalização com os filisteus contra Israel. Havia, desde os tempos de Davi e Salomão, uma aliança entre Israel e os tírios para cooperação mútua e parceria militar. Porém, esses se esqueceram do concerto feito e venderam israelitas aos edomitas, que trataram os judeus com crueldade. À vista de Deus, a culpa dos crimes de Edom foi partilhada por Tiro. 
 
Quinto crime: Amom, nação descendente do patriarca Ló, aparentada, portanto, com Israel. Seu crime de genocídio é agora levantado para sofrer a justa penalidade. Eles “fenderam o ventre das grávidas de Gileade”. Gileade era uma região ocupada pelos filhos de Rúben e Gade. Calvino comenta que quando um exército agressor se cansava de uma cidade inimiga, eles procediam à eliminação de todos os seus habitantes, não poupando nem mesmo as grávidas. Abriam-lhes o ventre à espada e deixavam-nas sangrando até morrer.
 
Sexto crime: Moabe, também descendente de Ló, era uma poderosa nação que ficava a leste do Jordão. O crime que lhe é imputado nominalmente foi a queima dos ossos do rei de Edom. Jamieson, Fawcett e Brown comentam que a referência feita no livro de Amós a essa nação, não toca simplesmente ao crime de violação de sepultura e de cadáver, mas ao odioso espírito de vingança que incitava os exércitos edomitas contra Edom. Quando as forças de Israel e Judá retornaram de sua campanha contra Moabe, Edom ficou sem aliados e, portanto, à mercê dos inimigos. Matthew Henry explica que numa das guerras entre Moabe e Edom, o rei de Moabe, levado à insanidade pela situação da batalha, queimou seu próprio filho para conseguir o favor de seus deuses (Ver 2Rs 3:27). Agora, para vingar essa barbaridade, os moabitas violaram o túmulo do rei de Edom e cremaram seus ossos. Deus considerou gravíssimo esse crime.
 
Sétimo crime: Judá, o povo de Deus, é acusado duramente por deixar a Lei do seu Deus e desprezar os justos juízos. Criaram mentiras (Am 2:4) e se deixaram levar por elas. 

Oitavo crime: Israel, a nação do Norte, seria também punida. Nas palavras do próprio Deus, essa os seus hediondos crimes: “... porque os juízes vendem o justo por dinheiro e condenam o necessitado por causa de um par de sandálias. Suspiram pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres e pervertem o caminho dos mansos; um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o Meu santo nome. E se deitam ao pé de qualquer altar sobre roupas empenhadas e, na casa do seu deus, bebem o vinho dos que foram multados.” (Am 2:6-8)
 
SEGUNDA
Justiça para o oprimido
 
    Surpreende que graves injustiças sociais fossem cometidos livremente pelo povo de Deus nos tempos de Amós.  As mulheres das classes altas de Israel, também chamadas “vacas de Basã” ouviram a cortante acusação: “Oprimis os pobres e esmagais os necessitados.” (Am 4:1) Seu prazer era extorquir os menos favorecidos e viver em festanças bebendo vinho e se divertindo. No cap. 5 a denúncia é repetida: “... Pisais o pobre e dele exigis tributos de trigo...” (v. 11) Sempre foi característica de regimes exploradores a imposição de impostos ilegítimos e também de alíquotas elevadas e extorsionárias de tributos razoáveis em si. No caso em estudo, os poderosos de Israel tributavam a lavoura do pobre, que não tinha fins comerciais, mas sobrevivenciais – o trigo era o pão de cada dia dos camponeses -, apenas para encher seus cofres e gastar os recursos em seus divertimentos e luxo. 
 
    A causa básica desses desmandos é dada no primeiro parágrafo do comentário da lição de hoje: “O povo de Judá [ou seria Israel?] havia rejeitado a Palavra do Senhor e não tinha observado Suas instruções.”
 
    Na Lei social reguladora do trato governo/população havia um artigo bem claro e determinante: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, Eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.” (Dt 15:11) Deus sabia que, por várias razões, a distribuição equitativa de riquezas entre seu povo não seria justa. Então legislou para proteger os pobres, os necessitados, as viúvas e os órfãos, de maneira que não sofressem as agruras da miséria.
 
    Os opressores do povo agora conheceriam a realidade do que estava escrito: “Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em Sua santa morada.” (Sl 68:5)
 
    Religião sem a prática da justiça com os semelhantes é verdadeira abominação ao Senhor. Ele requer um coração íntegro na busca da espiritualidade e também interessado em amar o próximo. Exige justiça social e cobrará a omissão ou negligência havida nessa ação: “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante?” (Is 58:6, 7)
 
Uma obra bem ampla para hoje

“Por toda parte ao nosso redor se ouvem lamentos de um mundo em tristeza. De todos os lados há necessitados e opressos. Pertence-nos ajudar a aliviar e suavizar as durezas e misérias da vida. Unicamente o amor de Cristo pode satisfazer as necessidades da alma. Se Cristo está habitando em nós, o nosso coração estará cheio de divina simpatia. As fontes contidas do amor fervente semelhante ao de Cristo, serão franqueadas.
 
“Há muitas pessoas a quem a esperança abandonou. Restituí-lhes a luz. Muitos perderam a coragem. Falai-lhes palavras de ânimo. Orai por eles. Há os que necessitam do pão da vida. Lede-lhes da Palavra de Deus. Há muitos enfermos da alma, os quais nenhum bálsamo terrestre pode alcançar nem médico levar cura. Orai por essas almas. Levai-as a Jesus. Dizei-lhes que há Bálsamo e Médico em Gileade.
 
“A luz é uma bênção, uma bênção universal a derramar seus tesouros sobre um mundo ingrato, injusto e pervertido. Assim é com a luz do Sol da Justiça. A Terra toda, envolvida embora nas trevas do pecado, do infortúnio e da dor, deve ser iluminada com o conhecimento do amor de Deus. A luz que brilha do trono do Céu não deve ser excluída de nenhuma seita, categoria ou classe de pessoas.
 
“A mensagem de esperança e misericórdia deve ser levada aos confins da Terra. Todo o que quiser, pode lançar mão da força de Deus e fazer paz com Ele. Não mais devem os pagãos continuar submersos na escuridão da meia-noite. As trevas devem fugir ante os brilhantes raios do Sol da Justiça.” PR, 719.
 
TERÇA
O perigo dos privilégios
 
    Não que os privilégios sejam perigosos em si, mas seu uso envolve bênçãos especiais e responsabilidades especiais. A escolha de um povo especial já estava determinada no magnífico plano de salvação que ficou escondido no coração de Deus durante a eternidade. O Onissapiente tinha ciência de que, num longínquo futuro, a humanidade que criaria para Sua glória cairia em pecado e que seria necessária a investidura de um povo que promovesse a redenção no mundo. 

    A título de exposição, vejamos alguns privilégios do povo de Deus do passado: “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa.” (Êx 19:6) “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” (1Pe 2:9), embaixadores do reino celeste, procuradores dos interesses divinos, revelador do Altíssimo, “gente sábia e entendida” (Dt 4:6), mestres das nações, portadores de luz, herdeiros da Terra e do Universo, povo íntimo do Senhor, testemunhas das obras, do caráter e do poder divinos, salvadores de almas, filhos diletos, irmãos do Messias, etc.
 
    Ganharam uma terra especial no ponto mais estratégico do planeta, “herdaram” dos cananeus uma terra que manava leite e mel, palácios, casas, propriedades, lavouras, rebanhos, cidades com todas as suas benfeitorias, bens diversos, fortalezas, riquezas (despojos das guerras). Deus lhes preparou um programa de saúde e longevidade muito especial, extremamente avançado em comparação com as outras nações. Eram a única nação que possuía um templo no qual habitava continuamente a presença do Deus Eterno.
 
    Deus os cercou de todos os privilégios e cuidados, mas esperava algo em troca. “Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha num outeiro fertilíssimo. Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre e também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.” (Is 5:1, 2) “São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas.” (Rm 9:4) Isto é, o Senhor esperava receber do povo frutos de justiça, mas eles O envergonharam e desonraram.    
 
Uma questão de escolha: bênção ou maldição
 
    "Eis que hoje Eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno para seguirdes outros deuses que não conhecestes." (Dt 11:26-28)
 
“Como pode a bênção mudar-se em maldição? Persuadindo o instrumento humano a não acalentar a luz, ou a não revelar ao mundo que ela foi eficaz na transformação do caráter. Possuído do Espírito Santo, o instrumento humano se consagra a cooperar com instrumentos divinos. Leva o jugo de Cristo, ergue seus fardos e trabalha segundo Cristo a fim de ganhar preciosas vitórias. Anda na luz assim como Cristo na luz está. Cumpre-se nele a escritura: "Todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor." II Cor. 3:18.
 
QUARTA
O encontro de Deus com Israel
 
    O encontro com Deus pode ter duas finalidades: 1) juízo e 2) redenção. Amós 4 começa ameaçando os impenitentes de Israel e diz-lhes que viriam dias em que os habitantes do reino do Norte seriam levados cativos por uma nação estrangeira. Deus denuncia que muitas vezes, mediante juízos e providências disciplinares, tentou trazer a nação de volta a Si. Fome, seca, escassez de água, ressecamento (crestamento) das lavouras, pragas de ferrugem (doença das plantas), nuvens de gafanhotos, pestes como as ocorridas no Egito, mortes de jovens pelos inimigos de Israel... Mesmo diante de tudo isso, Deus lamenta a atitude obstinada de Seu povo: “Contudo, não voltastes para Mim.”
 
    Em face dessa postura contumaz, Deus ainda envia um apelo enfático: “Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o Teu Deus.” O encontro com Deus para juízo é uma coisa; o encontro com Deus para a salvação é outra. Paulo diz que “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10:31). “Nosso Deus é fogo consumidor.” (Hb 12:29) O salmista Asafe escreveu inspiradamente: “Tu, sim, Tu és terrível; se Te iras, quem pode subsistir à Tua vista?” (Sl 76:7) A ira de Deus é uma manifestação de justiça que ocorre quando Sua graça salvadora é continuamente desprezada. Mas ainda assim, quantas e quantas vezes vem ela misturada com misericórdia!
 
    O encontro que, realmente, Deus quer ter com Seu povo é de salvação. Quer que digam: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos.” (Is 25:9)
 
“Nossa obra é proclamar os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. ‘Prepara-te... para te encontrares com o teu Deus’ (Am 4:12), é a advertência a ser dada ao mundo. É uma advertência a nós, individualmente. Somos chamados a deixar todo o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia. Há uma obra para fazerdes, meu irmão - tomar o jugo com Cristo. Assegurai-vos de que vosso edifício se encontra sobre a rocha. Não arrisqueis a eternidade numa  probabilidade. Talvez não vivais para participar das cenas perigosas em que estamos agora entrando. A vida de nenhum de nós é assegurada por nenhum tempo dado. Não devíeis vigiar a todo momento? Não devíeis examinar acuradamente a vós mesmos, e indagar: Que será para mim a eternidade?
 
“A grande preocupação de toda alma deve ser: Está renovado meu coração? Está minha alma transformada? Acham-se meus pecados perdoados pela fé em Cristo? Nasci eu outra vez? Estou eu atendendo ao convite: ‘Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei’? Mt 11:28... Reputais todas as coisas como perda pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus? E achais ser vosso dever acreditar em toda palavra que procede da boca de Deus?” ME2, 116, 117.
 
QUINTA
O orgulho leva à queda
 
     Está escrito em Provérbios 16:18: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.”
 
    “Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso para o espírito humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança incute, e o mais irremediável.” PJ, 154. 

    Deus declara: “Eu odeio o orgulho e a falta de modéstia, os maus caminhos e as palavras falsas.” (Pv 8:13 – NTLH)
 
    O breve livro de Obadias mostra a visão da condenação de Edom e qual a causa de sua derrocada. Traz como razão da ruína a soberba ou orgulho. Tinha inveja de Israel porque Deus escolheu esse povo para representá-Lo. Em Números está registrada a atitude hostil dos edomitas, quando impediram Israel de passar por seus domínios, embora fossem bem aparentados e descendentes do patriarca Isaque. Outras atitudes antagônicas por parte dos descendentes de Esaú estão registradas nas Escrituras. Por sua empáfia Edom seria abatido.  
 
Temamos o orgulho espiritual
 
    Apocalipse 3:17 fala do orgulho de Laodiceia: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma...” Há mortal perigo na manutenção dessa atitude insensata. C. D. Cole considerou assim o orgulho: “É um pecado universal da raça humana, e tão natural ao homem pecador, que ele cresce no coração como mato num jardim. É um pecado com milhões de vidas; parece impossível matá-lo; brota naquilo que devia envenená-lo; gloria-se em sua vergonha.  O orgulho tem milhões de formas, e por causa de sua mudança perpétua não pode ser capturado. Parece impossível segurá-lo; e esse bicho escorrega de suas mãos e aparece de outra forma, mangando [zombando] de sua perseguição inútil.”
 
    Um dos orgulhos de Laodiceia é o da ortodoxia. Prossegue Cole: “Aqueles que entre nós conhecem algumas verdades a mais que os outros, não sabem o perigo que correm de estar cheios do orgulho da ortodoxia. Se tivermos uma sã consciência quanto à verdade de Deus, a glória pertence a Ele. Os que não conhecem a verdade são culpados, mas os que a conhecem, não devem se sentir elogiados. É a luz de Deus que vemos a luz.” Há outros “orgulhos”: do vestuário, da cultura, da aparência pessoal, da posição social, das riquezas, dos talentos, do poder, do nível espiritual, etc.
 
    “O amor-próprio, o orgulho e a presunção são a base das maiores lutas e desinteligências que têm aparecido no mundo religioso.” Ev, 102.
 
    Quem nos pode curar do orgulho? – “O coração humano não conhecerá felicidade enquanto não se submeter a ser moldado pelo Espírito de Deus. O Espírito afeiçoa a renovada alma ao modelo, Jesus Cristo. Mediante Sua influência, a inimizade para com Deus é mudada em fé e amor, e o orgulho em humildade. A alma percebe a beleza da verdade, e Cristo é honrado em excelência e perfeição de caráter.”MM62, 150.

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