Comentários Lição 13 – Recriação (Prof. Sikberto Marks)

de 23 a 30 de Março de 2013

Verso para memorizar:Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (2 Ped. 3:13).

Introdução de sábado à tarde

Tudo novo! Nenhum vestígio dos tempos de pecado neste planeta, exceto as marcas no corpo do Salvador. Seremos novas criaturas, a natureza ficará toda nova, e um sistema de vida bem antigo, o do amor, como era no Éden, retornará para que todos possam viver felizes eternamente. “Justiça é santidade, semelhança com Deus; e “Deus é amor”. I João 4:16. É conformidade com a lei de Deus; pois “todos os Teus mandamentos são justiça” (Sal. 119:172); e o “cumprimento da lei é o amor”. Rom. 13:10. Justiça é amor, e o amor é a luz e a vida de Deus. A justiça de Deus se acha concretizada em Cristo” (O Maior Discurso de CRISTO, 18).

A Terra será purificada pelo fogo. Imagine o Sol, o calor que dele desprende e nos aquece. Tente então imaginar a Terra sendo queimada por tal fogo. “O mesmo fogo de Deus que consumiu os ímpios purificou a Terra toda. As montanhas nodosas e partidas derreteram-se com o calor fervente, bem como a atmosfera, e tudo o que havia para queimar foi consumido. Abriu-se então perante nós a nossa herança, gloriosa e bela, e nós herdamos toda a Terra renovada” (Primeiros Escritos, 52 e 54). “O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis consequências do pecado” (O Grande Conflito, 674).

“Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram’ (Apoc. 21:1). Nesse lugar “Não haverá decepção, nem pesar, nem pecado, ninguém que diga: enfermo estou; não haverá cortejos fúnebres, nem lamentações, nem morte, nem separações, nem corações partidos; mas Jesus ali estará, ali estará a paz. Os remidos “nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o Sol os afligirão, porque O que Se compadece deles os guiará e os levará mansamente aos mananciais das águas” (Isa. 49:10).

  1. 1.      Primeiro dia:  Um novo começo
Nós, adventistas do sétimo dia, não pomos ênfase no fim do mundo. A nossa atenção mais forte e desejada está no recomeço. É evidente que para o novo começo teremos que passar pelo fim do mundo, mas será apenas uma passagem. Será bem doloroso, porém, nosso foco está no que vem depois do fim. Portanto, o fim se refere ao atual estado de coisas. Isto passará, mas haverá uma Nova Terra e um Novo Céu, e nós viveremos depois do fim do mundo. Portanto, dizer fim do mundo, para os adventistas, significa que esse sistema de vida passageira, difícil e sofrida, terá fim. Graças a DEUS!

Haverá Novo Céu e Nova Terra. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que DEUS preparou para os que O amam” (I Cor. 2:9). A morte não existirá mais. Nem pranto, nem sofrimento, nem dor. E o grande mar já não separará mais os que se amam. “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Apoc. 21:1-3).

Portanto, haverá um recomeço, tudo novo, tudo cem por cento reciclado. “Na Bíblia a herança dos salvos é chamada um país. (Heb. 11:14-16). Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar” (O Grande Conflito, 675).

Como muitas vezes gostaríamos retornar no tempo para viver outra vez, mas de modo melhor. Quando nos arrependemos do que fizemos no passado, dá vontade de pedir uma nova oportunidade de viver aquele tempo, para daí sim, agir do modo correto. A Nova Terra será essa oportunidade. Poderemos, em condições perfeitas, viver uma vida perfeita, amando e sendo amados. “Então os que guardaram os mandamentos de Deus respirarão com um vigor imortal, por sob a árvore da vida (Apoc. 2:7; Apoc. 21:1; Apoc. 22:14); e, através de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que não pecaram contemplarão no jardim de delícias um modelo da obra perfeita da criação de Deus, intato da maldição do pecado – modelo do que teria sido a Terra inteira se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso do Criador” (Patriarcas e Profetas, 62). “Durante seis mil anos Satanás tem lutado para manter posse da Terra. Agora se cumpre o propósito original de Deus ao criá-la. “Os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade.” Dan. 7:18” (Patriarcas e Profetas, 342).

E o que faremos nesse maravilhoso lugar? Temos algumas informações sobre nossas atividades na Nova Terra: “Restabelecidos à Sua presença, de novo os homens serão, como no princípio, ensinados por Deus: “O Meu povo saberá o Meu nome, … porque Eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui.” Isa. 52:6. …

Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos filhos de Deus. Com indizível deleite unir-nos-emos na alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participaremos dos tesouros adquiridos através dos séculos empregados na contemplação da obra de Deus. E enquanto os anos da eternidade se escoam, continuarão a trazer-nos mais gloriosas revelações. “Muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Efés. 3:20) será, para todo o sempre, a concessão dos dons de Deus. …

“O trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos” (Educação,  301, 302 e 307, grifos acrescentados).

  1. 2.      Segunda: Do pó à vida
Da vida ao pó estamos acostumados a ver pessoas partir todos os dias. Apesar de ser rotina, que coisa mais estranha é ter que ver o corpo de uma pessoa ser posta numa caixa e ser enterrada. Era antes um ser humano, capaz de ter sentimentos, de pensar, de falar, de se relacionar. Mas, perdendo o fôlego de vida, nada mais disso faz, e se deteriora. Não nos acostumamos a tal tragédia; é terrível ter que passar por isso.

Então, como serão nossos sentimentos quando virmos queridos nossos retornarem à vida? Como reagiremos ao podermos abraçar essas pessoas? E como elas mesmas se sentirão, que já partiram, mas de novo vivem? Que grande dia será esse!

Os mortos perdem tudo. Os que morreram salvos, pelo menos têm a garantia de retorno à vida transformados em seres perfeitos. Que maravilha! E os que morreram perdidos, na ressurreição do final do milênio, retornarão à vida, só para serem castigados e morrerem para sempre. E o pior será para aqueles que mataram JESUS. Esses sofrerão muito mais. “Abrem-se sepulturas, e “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. Dan. 12:2. 

Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos que O traspassaram” (Apoc. 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes” (O Grande Conflito, 636 e 637).

A vida estava provisionada por DEUS. O ser humano não deveria morrer. Esse não era o plano. Era para ter vida eterna com felicidade. “No meio do Éden crescia a árvore da vida, cujo fruto tinha o poder de perpetuar a vida. Se Adão tivesse permanecido obediente a Deus, teria continuado a gozar livre acesso àquela árvore, e teria vivido para sempre. Mas, quando pecou, foi despojado da participação da árvore da vida, tornando-se sujeito à morte. A sentença divina: “Tu és pó, e em pó te tornarás” – indica completa extinção da vida” (O Grande Conflito, 532 e 533).

No final do milênio, quando tudo tiver passado, quando os justos saem de seu lugar de descanso, então se aclamará o brado de vitória sobre a morte: “tragada foi a morte na vitória…”

“Bendito descanso para o justo cansado! Seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. Dormem, e são despertados pela trombeta de Deus para uma imortalidade gloriosa. “Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis. … Quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.” I Cor. 15:52-54. Ao serem eles chamados de seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte, o último pensamento o de que estavam a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem da tumba, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclamação: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” I Cor. 15:55” (O Grande Conflito, 549 e 550).

Que dia será esse, o da entrada na Nova Jerusalém! Que experiência maravilhosa! Que sentimentos experimentaremos? “Quando eles acordarem, todo o sofrimento terá passado. … As portas da cidade de Deus se revolvem sobre seus gonzos, … e os resgatados de Deus entram pelo meio de querubins e serafins. Cristo lhes dá as boas-vindas e põe Sua bênção sobre eles: “Muito bem, servo bom e fiel; … entra no gozo do teu Senhor.” Mat. 25:21” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, 431).

Eu e minha família queremos estar lá. E você? Qualquer renúncia hoje justifica a vida eterna e é pouca coisa para não se perder as maravilhas que DEUS tem preparado.

  1. 3.      Terça: Restauração do domínio humano
Adão e Eva receberam o poder e autoridade sobre tudo nesse planeta. Ele era o rei aqui, ela, a rainha. Vindo os descendentes, permaneceriam assim: Adão sendo o rei sobre os milhares de filhos, netos, etc. O primeiro par não envelheceria, e poderiam ter filhos ao longo de todo o tempo, até quando fosse necessário para preencher a terra de habitantes.

Atualmente se recebe autoridade e poder para exercê-la de diversas maneiras. Pessoas podem ser eleitas pelo povo no caso de um cargo público ou pelos pares no caso de uma organização, como em nossa igreja. Também pessoas podem receber poder por escolha de parte de quem tem autoridade, este é o sistema de cargo de confiança, muito frequente nas empresas e no poder público. Há também a obtenção de poder por meio da força, e assim por diante.

No Reino de DEUS, é Ele quem concede ou tira o poder e a autoridade. Ele deu a Adão e Eva, e estes se manteriam na condição de autoridade representativa de DEUS aqui enquanto fossem fiéis a DEUS. A fidelidade significa obediência. E desobediência significa perda do que recebeu. Foi o que aconteceu ao desobedecerem a DEUS, mas obedecerem a satanás. A desobediência é o mesmo que rebeldia, e isto significa que rompem a relação de fidelidade. Decorre disto que abdicam do que receberam de DEUS, o poder e a autoridade sobre este planeta. E pela obediência a satanás, vincularam-se a ele, transferindo o que receberam de DEUS para satanás, que assim se torna o rei sobre este planeta. Era o que ele sempre queria. 

“Continuamente se lembravam também de seu domínio perdido. Entre os seres inferiores, Adão se achara como rei, e enquanto permaneceu fiel a Deus, toda a natureza reconheceu o seu governo; mas, transgredindo ele, foi despojado deste domínio” (Educação, 26). “Satanás, em virtude do êxito que teve em desviar o homem do caminho da obediência, tornou-se “o deus deste século”. II Cor. 4:4. O domínio que uma vez pertenceu a Adão passou ao usurpador” (Exaltai-O, MM, 1992, p. 27).

A alegria da conquista por parte de satanás durou pouco. No mesmo dia, JESUS, o Criador, anunciou a guerra. Os conquistados, descendentes de Adão e Eva, muitos deles não se manteriam submissos a satanás, mas lutariam para se manterem fiéis a DEUS, embora agora em situação de pecadores sob o poder de satanás. Este seria visto como um inimigo não digno de ser obedecido. Haveria guerra constante entre os descendentes da mulher Eva e satanás. Um desses descendentes lutaria de tal modo que tomaria de volta o poder que satanás havia usurpado por meio de estratagema de engano. “Entretanto o homem não ficou abandonado aos resultados do mal que havia escolhido. Na sentença pronunciada sobre Satanás era já sugerida uma redenção. “Porei inimizade entre ti e a mulher“, disse Deus, “e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gên. 3:15. Esta sentença proferida aos ouvidos de nossos primeiros pais, era-lhes uma promessa. Antes de ouvirem acerca dos espinhos e cardos, de trabalhos e tristezas que deveriam ser o seu quinhão, ou do pó a que deveriam voltar, ouviram palavras que não poderiam deixar de lhes dar esperança. Tudo que se havia perdido, rendendo-se a Satanás, poderia ser recuperado por meio de Cristo” (Educação, 27, grifos acrescentados).

Após o restabelecimento da primeira ordem desta Terra, isto é, como foi antes do pecado, tudo retornará a esta condição. O nosso Senhor JESUS CRISTO, Aquele que reconquistou o poder e a autoridade neste planeta, instalará aqui o Seu trono, e daqui estenderá Seu reino sobre o Universo. Se antes do pecado, reinava aqui Adão, agora não mais será assim, pois quem reconquistou o direito de reinar não foi Adão, mas CRISTO, e Este reinará. Contudo, Adão e sua descendência reinarão juntos, como reis e sacerdotes, durante o milênio no Céu. “Durante os mil anos entre a primeira e a segunda ressurreições, ocorre o julgamento dos ímpios. O apóstolo Paulo indica este juízo como um acontecimento a seguir-se ao segundo advento. “Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações.” I Cor. 4:5. Daniel declara que quando veio o Ancião de Dias, “foi dado o juízo aos santos do Altíssimo”. Dan. 7:22. Nesse tempo os justos reinam como reis e sacerdotes de Deus. João, no Apocalipse, diz: “Vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar.” “Serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele mil anos.” Apoc. 20:4 e 6. É nesse tempo que, conforme foi predito por Paulo, “os santos hão de julgar o mundo”. I Cor. 6:2. Em união com Cristo julgam os ímpios, comparando seus atos com o código – a Escritura Sagrada, e decidindo cada caso segundo as ações praticadas no corpo. Então é determinada a parte que os ímpios devem sofrer, segundo suas obras; e registrada em frente ao seu nome, no livro da morte” (O Grande Conflito, 660 e 661).

Ao iniciar Sua carreira em busca de se tornar Salvador, JESUS foi agraciado pelo Pai como legítimo para essa finalidade. “Quando Cristo Se ajoelhou às margens do Jordão, após o batismo, os Céus se abriram, e o Espírito desceu na forma de uma pomba, semelhante a ouro polido, e cercou-O com Sua glória; e a voz de Deus foi ouvida, das alturas dos céus, dizendo: “Tu és o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” Mar. 1:11. A oração de Jesus, em favor do homem, abriu as portas do Céu, e o Pai respondeu, aceitando a petição em benefício da raça caída” (Maravilhosa Graça, MM 1974, 81). Então, restabelecida a perfeição aqui, os justos reinarão com CRISTO, seu Salvador, para sempre, neste mundo. “Entregaram a Deus seu pensamento neste mundo; serviram-nO com o coração e o intelecto, e agora pode Ele escrever Seu nome em sua fronte. “E ali não haverá mais noite, … porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.” Apoc. 22:5” (Cuidado de DEUS, MM 1995, 165).

Que maravilha será esse planeta. Reflitamos sobre as novas condições: “Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto tempo perdido, os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva. Os últimos traços da maldição do pecado serão removidos, e os fiéis de Cristo aparecerão “na beleza do Senhor nosso Deus”, refletindo no espírito, alma e corpo, a imagem perfeita de seu Senhor. Oh! maravilhosa redenção! Há tanto tempo objeto das cogitações, há tanto tempo esperada, contemplada com ávida expectativa, mas nunca entendida completamente!” (O Grande Conflito, 645).

  1. 4.      Quarta: Mais restauração
Há tanto tempo, seis mil anos, estamos no mundo estranho à criação que para nós, parece normal. Mesmo sendo um lugar de sofrimento, de morte, os seres humanos acham tão normal que chegaram a elaborar uma teoria, a do Evolucionismo, tentando explicar a vida, a partir da degeneração de todas as coisas, dizendo, no entanto, que não há degeneração, e sim, evolução. E na realidade, o que vemos, que estamos chegando no limite do suportável por aqui, seja do ponto de vista social, econômico, ecológico, etc.

Aqui tornou-se, por exemplo, necessária a predação, que é um sistema de alimentação matando outros seres. Os animais caçam para sobreviver. Há até aqueles que vivem a partir da carniça de outros animais mortos. “Tipicamente, os predadores são carnívoros que se alimentam de animais herbívoros, mas podem também ser onívoros. Geralmente possuem o dente canino grande. Alguns predadores utilizam como presas outros animais da mesma espécie, incluindo os seus descendentes, fenômeno conhecido por canibalismo” (Wikipédia). No contexto do pecado, tem que ser assim, para manter o equilíbrio entre os seres vivos. E qualquer interferência desequilibra esse sistema, e surgem seres vivos em demasia, como as pragas, ou em certas cidades, os pombos, cachorros, e muitos outros seres vivos. Em alguns países, por exemplo, estão desaparecendo as abelhas, sinal de perdas nas safras de alimento, por falta de polinização. É um tipo de equilíbrio estranho, ao qual já nos acostumamos, e que parece normal, mas ele é bem cruel. Alguns exemplos de grandes predadores são: leão, tubarão branco, piranha e o ser humano, que é capaz de acabar com tudo. O homem ultimamente come praticamente todo tipo de animal.

Mas não era assim no Éden. Os animais terrestres alimentavam-se de ervas, o homem de frutos, e os peixes não sabemos. “O regime dos animais é verdura e cereais. Precisam as verduras ser animalizadas, ser incorporadas no organismo dos animais, antes de as ingerirmos? Precisamos obter nosso regime vegetal mediante o comer carne de cadáveres? Deus proveu fruta em seu estado natural a nossos primeiros pais. Deu a Adão o encargo do jardim, para o cultivar e cuidar, dizendo: “Ser-vos-ão para mantimento.” Gên. 1:29. Um animal não devia destruir outro para sua manutenção” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 396).

A população antediluviana tornou-se tão má e violenta que DEUS teve que tomar providências. Eles viviam quase mil anos, e tinham pouco trabalho porque a terra era excelente em produtividade. Sobrava-lhes muito tempo para se tornarem maus. DEUS teve que empobrecer a terra para que produzisse menos, tornar os animais ferozes e reduzir drasticamente a idade do ser humano. Caso não agisse assim, certamente a humanidade já se teria destruído por conta da maldade. O comportamento dos antediluvianos fez com que houvesse a necessidade de mais maldição sobre a nosso planeta. Essa maldição, contraditoriamente, era necessária para frear a maldade humana, fazendo que tivesse que trabalhar mais tempo e vivesse menos tempo. Infelizmente o pecado requer medidas correspondentes à sua natureza para equilibrar seu poder. Assim foi, por exemplo, com o antigo Israel, que se assemelhava com os povos pagãos até que estes, por ordem divina, os subjugassem. É o tratamento por meio da crise, um recurso bastante eficaz, desde o dia em que entrou o pecado no mundo. Hoje estamos chegando no limite de conter a maldade humana por meio da ocupação, porque a tecnologia permite que o ser humano tenha mais tempo, é capaz de produzir o básico com pouca mão-de-obra, e sobra tempo para a prática de todo tipo de maldade, até de fabricar armas de destruição em massa. Chegamos outra vez a condições semelhantes aos antediluvianos. E o planeta está sofrendo a ação do homem.

Após o dilúvio, DEUS teve que tomar mais providências. Os animais selvagens se tornaram um perigo para os poucos seres humanos, somente oito. Então neles foi posto medo dos seres humanos, e saindo da arca, fugiram para longe. Que situação!  E em encontros, ou o animal matava o homem ou o homem matava o animal. Apareceu a caça, e logo um grande caçador, Ninrode, que também fundou o primeiro império anticristo, Babilônia.

É de lembrar que alguns animais permaneceram mansos e amigos do ser humano. Entre eles estão o cachorro, o gato, o cavalo, algumas aves, eram os animais domésticos. Hoje podemos ver neles alguma semelhança sobre como eram todos os animais nos tempos de perfeição do Éden. No futuro, quando tudo for refeito, outra vez os animais serão mansos, e se alimentarão de ervas. “Não haverá coisas que “farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor”. Isa. 65:25. Ali o homem será restaurado à sua perdida realeza, e a ordem inferior de seres de novo reconhecerá o seu domínio; os animais ferozes tornar-se-ão mansos e os ariscos, confiantes” (Educação, 304).

  1. 5.      Quinta: A restauração do relacionamento com DEUS
Como é ruim pensar sobre aquele fatídico dia em que nossos primeiros pais pecaram. Primeiro, o medo misturado com vergonha. Depois, estar diante de DEUS, sentindo um senso de reprovação, e sabendo das providências de DEUS para os salvar. Foi um certo alívio saber que haveria possibilidade de salvação. Para DEUS foi algo agradável dar esta notícia. Mas no final do dia, tiveram que passar por outra experiência negativa, a de sair do jardim, seu lar. É como ser despejado de sua casa por algum motivo. E para ali nunca mais retornariam, senão só depois da redenção. Como deveria ser pesaroso ver os anjos guarnecendo o acesso ao jardim, e uma espada se revolvendo ao redor da árvore da vida. Que tempos duros nossos primeiros pais enfrentaram após o pecado. Descobriram o mal da maneira mais cruel. Quanta tristeza deviam estar sentindo.

“”Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de Nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado.” Gên. 3:22 e 23. Adão e Eva transgrediram a lei de Deus. Isso tornou necessário serem expulsos do Éden e separados da árvore da vida, pois dela comer depois da transgressão perpetuaria o pecado. “O Senhor Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao Oriente do Jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” Gên. 3:23 e 24. O homem dependia da árvore da vida para ter a imortalidade, e o Senhor tomou as precauções para que os homens não comessem da árvore da vida, e vivessem “eternamente” – tornando-se pecadores imortais” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 133 e 134).

Com aquele pecado rompeu-se o relacionamento com o Criador. Foi cortada a ligação de amor, única maneira de pessoas se ligarem entre si e com DEUS, acarretando a morte, que vem acompanhada de sofrimento. Foi-se a comunicação face a face com DEUS. Na medida em que se degeneravam os seres humanos não podiam mais nem sequer ver DEUS. O primeiro pecado trouxe outros, e a situação foi piorando. O homem passou a ter medo de DEUS, isto é, medo do amor. Tudo muito estranho.

Nesse contexto, nada melhor que o plano da redenção. É o que hoje temos de mais precioso. A nossa grande esperança é a de termos vida eterna como foi no Éden. Quando por Adão se quebrou o relacionamento perfeito com DEUS, pelo plano da salvação se quebra a separação. É a restauração para aqueles que desejam. O lugar já está preparado, um lugar de felicidade, sem dor, medo, doença, nem morte. “Quebrar-se-á então o prolongado domínio do mal; “os reinos do mundo” tornar-se-ão “de nosso Senhor e de Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre”. Apoc. 11:15” (O Grande Conflito, 301). E nós reinaremos com Ele!

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
“Depois que o pecado entrou no mundo, o Éden foi retirado da Terra, pois Deus não permitiria que ele sentisse as marcas da maldição. … Ao contemplar Moisés aquele belo jardim [em visão], uma expressão de alegria lhe apareceu no semblante. Mas o servo de Deus foi levado ainda além. Viu a Terra purificada pelo fogo e isenta de todo vestígio do pecado, de toda marca da maldição, renovada e entregue aos santos para que a possuíssem para todo o sempre. Viu os reinos da Terra dados aos santos do Altíssimo. …

“Na Nova Terra, cumprir-se-ão as profecias que os judeus aplicavam ao primeiro advento de Cristo. Os santos terão sido redimidos e tornados imortais. Sobre suas cabeças estarão coroas de imortalidade, e alegria e glória se lhes estamparão no semblante, que refletirá a imagem de seu Redentor.

“Moisés viu a terra de Canaã assim como será quando se tornar o lar dos santos. João, o revelador, teve uma visão dessa mesma terra, da qual escreve: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.” Apoc. 21:1-3” (CRISTO Triunfante, MM, 2002, 128).
Fico a imaginar sobre como será o primeiro minuto após a transformação. Que sentiremos? 

Como será viver com um corpo perfeito? Que sensações teremos ao saber que nos tornamos imortais? Que minuto feliz será este! E saber que é o primeiro de toda a eternidade. Ela, enfim, começou; teremos um futuro de bilhões de anos sem fim.

E a viagem, de sete dias, até a Nova Terra? O Universo contemplando os salvos vencedores da Besta, indo em direção à Terra Prometida. Sentiremos maravilhas a cada minuto. Assim será a vida com JESUS, intensa, repleta de novidades e sensações maravilhosas.

E como será a primeira vista ao chegarmos no Céu? Ao vermos o Jardim do Éden, que retornará após o milênio, a esta Terra? Como será ver nossa casa, que há muito está preparada? E como será tremendo o momento em que veremos a DEUS Pai! A Ele seremos apresentados como os vencedores com JESUS.
Enfim, a eternidade recém terá iniciado! E nós estaremos lá.

Assista o comentário clicando aqui.

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails