MIchelson Borges, jornalista pela UFSC e mestre em teologia pelo Unasp
Nahor Neves de Souza Jr., geólogo pela Unesp e doutor em engenharia pela USP
Introdução
Ideia central 1: A morte substituta de Jesus e
a criação de um novo coração no pecador arrependido (Sl 51:10) não
fariam muito sentido se este mundo permanecesse para sempre como uma
eterna mancha de pecado no Universo de Deus. Assim, a volta de Jesus, a
recriação do mundo e o estabelecimento da Nova Terra (2Pe 3:13; Ap
21:1-5) são a culminação da esperança cristã e a confirmação dos atos
criadores de Deus. Segundo as previsões da ciência, daqui a alguns
bilhões de anos, o Universo terá fim, ou no grande colapso de toda a
matéria num superburaco negro, ou na expansão contínua de tudo, num
universo sem energia disponível, frio e morto. A Bíblia, por outro lado,
embora admita que este mundo terá fim, fala de esperança e garante que o fim será o começo da eternidade em um mundo feito novamente perfeito.
Ideia central 2: De acordo com Isaías 26:19,
Daniel 12:2 e muitos outros textos, uma das grandes esperanças
apresentadas na Bíblia é a ressurreição dos que morreram em Cristo. Em 1
Coríntios 15:52-58, isso fica muito claro. O autor da Lição escreveu:
“A ressurreição dos justos na segunda vinda de Jesus acontecerá
instantaneamente. Assim como aconteceu com a primeira criação da
humanidade, este será um evento sobrenatural, no qual Deus fará tudo.
Esse conceito está em evidente contradição com a evolução teísta.
Afinal, se Deus não usará milhões de anos de evolução para nos recriar,
mas fará isso num instante, então Ele certamente poderia nos haver
criado sem a evolução na primeira criação. Assim, como ocorre com todas
as outras coisas na Bíblia, a esperança da ressurreição é mais uma
evidência bíblica que refuta a evolução teísta.”
Ideia central 3: Apocalipse 5:10 afirma que
os redimidos serão “reino e sacerdotes” de Deus. Isso mostra que nosso
domínio sobre a Terra, perdido com o pecado, será restaurado. “A ideia
de sacerdócio traz consigo a implicação de proporcionar a comunicação
entre Deus e as outras criaturas, talvez até com as criaturas de outros mundos criados,
que nunca conheceram a experiência do pecado nem a miséria que ela
traz”, sugere o autor da Lição. Outra restauração terá que ver com nossa
relação com os animais (Is 65:25 e 11:6-9). Mas a principal
restauração, sem dúvida, será da relação dos humanos com seu Criador, a
quem verão face a face (Ap 22:3-5).
Para refletir
1. Embora a morte de Cristo na cruz e a concessão de
um novo coração ao pecador arrependido sejam eventos importantíssimos, o
que constitui a culminação da esperança cristã?
2. Quais os cenários do fim apresentados pela ciência e o que diz a Bíblia?
3. Por que a ressurreição dos justos contradiz a evolução teísta?
4. Que restaurações terão lugar após a volta de Jesus?
Ampliação
O verdadeiro equilíbrio ecológico
“Equilíbrio ecológico é o estado ou condição de um ambiente natural,
ou manejado pelo homem, em que ocorrem relações harmoniosas entre os
organismos vivos e entre estes e o meio ambiente, ao longo do tempo. É
uma condição fundamental para a sustentabilidade dos sistemas orgânicos
de produção, no tempo e no espaço” (Embrapa). A partir dessa definição
convencional, algumas questões importantes poderiam ser levantadas. A
natureza tem poderes intrínsecos para promover uma perfeita estabilidade
ambiental? Esse equilíbrio dinâmico, passível de alteração e reajustes,
reflete uma harmonia verdadeira?
Na verdade, a presença do ciclo vida-morte em todos os atuais
biossistemas nos faz pensar em um mundo primordial em que existia uma
harmonia ambiental diferente, ideal. Ou seja, no equilíbrio ecológico
original (Gn 2:1-4), a natureza apresentava uma única face – a face bela.
Não havia dor nem sofrimento. O habitat edênico estava livre da
atividade predatória – um animal não deveria destruir outro para a
manutenção de sua vida. As características estéticas (beleza, simetria e
ordem) sobressaíam nesse mundo perfeito (figura 1), manifestando o
desígnio, o amor e o poder do grande Criador.
O equilíbrio ecológico de então – não revelado, portanto,
desconhecido – não requeria a morte de qualquer ser (animal) criado,
pois os vegetais haviam sido designados como fonte de alimento para o
ser humano e todos os animais. Os mecanismos de controle populacional
eram fina e perfeitamente ajustados. As condições ecológicas reinantes
nessa ocasião podem ser precariamente reconstituídas ao nos reportarmos à
descrição bíblica do Éden restaurado (a Nova Terra), em Isaías 11:6 e 7
e Apocalipse 21:4.
Com a introdução do pecado na historia do planeta Terra, entraram em
operação processos degenerativos que afetaram negativamente e em graus
variados o mundo dos seres vivos, resultando na consequente diminuição de complexidade e de ordem (um dos significados da 2ª Lei da Termodinâmica).
Inicia-se uma nova ordem ecológica, caracterizada pelo ciclo de vida e
morte. Com efeito, a morte se torna o destino de todos os organismos. A
natureza passa a mostrar, pela primeira vez, uma segunda face – a face disforme (Gn 3:14-19) – tão real quanto à primeira (a face bela).
Na ocasião, com a realidade dos processos que tendem a degradar a
matéria e os seres vivos, os ecossistemas foram significativamente
modificados. Mutações
gênicas começaram a ocasionar a perda de alguns padrões de
comportamento criados originalmente. Porém, a vida continuou sob
condições precárias, em comparação com a ideal (perfeição original),
possibilitando o aparecimento pela primeira vez dos processos
degenerativos, das doenças, da miséria humana e da morte. Uma nova
cadeia alimentar (figura 2) se estabeleceu, com a presença dos
predadores (com suas garras, presas e venenos) e da luta pela
sobrevivência.
Como entender que o atual “equilíbrio ecológico” – dinâmico e
aparentemente perfeito – possa depender da presença simultânea das duas
referidas faces da natureza? Teria Deus, no momento da queda, de maneira sábia e inteligente, ativado um projeto alternativo, pré-programado (sistema imunológico,
coagulação do sangue, etc.)? A partir da queda, provavelmente se
manifestaram alterações metabólicas adaptativas, visando à perpetuidade
dos seres vivos – reprodução intensificada,
desenvolvimento de habilidades tanto para o ataque ou captura como para
a defesa ou escape, dentre muitos outros mecanismos de sobrevivência.
A realidade das faces bela e disforme da natureza
(contexto criacionista) possibilita ainda explicações muito mais
razoáveis para a existência de seres “estranhos”, vivendo em ambientes
tão inóspitos como as fontes hidrotermais no fundo dos oceanos (com
temperaturas e pressões altíssimas), as gélidas regiões polares, os
secos e escaldantes desertos e muitos outros ambientes hostis. A
existência desses e de outros estranhos e inóspitos nichos ecológicos
parece revelar claramente, tanto o extraordinário potencial para a vida
(mesmo em condições tão adversas), quanto a fantástica capacidade de
adaptação dos seres vivos.
Seria mais científico afirmar que esses seres exóticos (extremófilos)
– especialmente determinadas bactérias –, em seus ambientes
aparentemente inabitáveis, representariam prováveis ecossistemas
existentes em Marte, em outros planetas, ou mesmo na própria Terra, no
início da presumível história evolutiva da vida? Será que a principal
motivação para as dispendiosas expedições ao planeta Marte fundamenta-se
na busca de explicações para a origem espontânea da vida (extremófilos
marcianos)? Esses vultosos recursos não seriam mais bem aproveitados por
competentes pesquisadores, em projetos que promovam o avanço do
conhecimento genuinamente científico e redundem em benefícios para a
humanidade? (Afinal, que ciência é essa a da busca de vida extraterrestre?)
Finalmente, na mente daqueles que estão sinceramente preocupados
(cientistas, ambientalistas, etc.) com a progressiva desestabilização
ecológica de nosso planeta, emerge a seguinte questão: Como reverter
essa situação trágica? A única solução é esta: o planeta Terra em seu
aspecto físico será, em breve, totalmente restaurado, imediatamente após
o desfecho justo e misericordioso do grande conflito entre o bem e o
mal (Ap 20–22); a morte não mais existirá; todos os ecossistemas estarão
completamente livres de predadores (Is 11:6-9); o atual e precário
“equilíbrio ecológico” será extinto; a face disforme da
natureza será totalmente extirpada; o Criador procederá novamente a atos
de criação e transformação; a natureza outra vez mostrará apenas uma
face: a face bela (figura 3); a perfeição edênica será implantada definitivamente (Is 65:17; Ap 21:1-7).
Conclusões
- Clique aqui e conheça mais detalhes sobre a morte e a ressurreição.
- “Há um Deus que sofre em meio às lágrimas daqueles que se veem cercados por traficantes e bandidos. A Bíblia diz que Deus visitou a – Terra quando a perversidade dos seres humanos atingira um ponto limítrofe (Gn 6:5). Pois esse Deus visitará novamente a Terra para acabar de vez com nosso pranto cansado e nossa voz amargurada. Ele, que prometeu ‘novos céus e Nova Terra, nos quais habita a justiça’ (2Pe 3:13 ), hoje estende a mão para socorrer as vítimas da maldade e dos interesses escusos. Apenas em Deus se pode confiar em tempos que, nas palavras de Paulo, seriam ‘difíceis’ (2Tm 3:1; ou ‘terríveis’, NVI)” (O Resgate da Verdade, p. 79).
- Leia os textos “Razões por que sou criacionista”, “Vislumbres da Nova Terra”, “O jardineiro e os três jardins” e “O que o criacionismo não é”.
- “Há um Deus que sofre em meio às lágrimas daqueles que se veem cercados por traficantes e bandidos. A Bíblia diz que Deus visitou a – Terra quando a perversidade dos seres humanos atingira um ponto limítrofe (Gn 6:5). Pois esse Deus visitará novamente a Terra para acabar de vez com nosso pranto cansado e nossa voz amargurada. Ele, que prometeu ‘novos céus e Nova Terra, nos quais habita a justiça’ (2Pe 3:13 ), hoje estende a mão para socorrer as vítimas da maldade e dos interesses escusos. Apenas em Deus se pode confiar em tempos que, nas palavras de Paulo, seriam ‘difíceis’ (2Tm 3:1; ou ‘terríveis’, NVI)” (O Resgate da Verdade, p. 79).
- Leia os textos “Razões por que sou criacionista”, “Vislumbres da Nova Terra”, “O jardineiro e os três jardins” e “O que o criacionismo não é”.
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Fonte: Advir
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