Lição 09 - 19 a 25 de novembro de 2011
(Comentários do irmão César Pagani)
VERSO EM DESTAQUE: “Amigos, imploro-lhes que sejam como eu sou; pois eu também me tornei como vocês.” (Gl 4:12)
(Comentários do irmão César Pagani)
VERSO EM DESTAQUE: “Amigos, imploro-lhes que sejam como eu sou; pois eu também me tornei como vocês.” (Gl 4:12)
As pessoas são incalculavelmente valiosas para Jesus. Embora Ele não ordene mimar ninguém e nem compactuar com fraquezas e pecados do povo, requer que Seus servos preguem a sã doutrina.
Temos um quadro exemplar da dupla face (não duas caras, entendamos bem) do zeloso líder: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Quanto aos homens idosos, [dize] que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, [dize] que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os [incentiva-os] para que, em todas as coisas, sejam criteriosos. Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” (Tt 2:1-8)
E mais: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” (II Tm 4:2)
DOMINGO - O coração de Paulo
Temos um quadro exemplar da dupla face (não duas caras, entendamos bem) do zeloso líder: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Quanto aos homens idosos, [dize] que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, [dize] que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os [incentiva-os] para que, em todas as coisas, sejam criteriosos. Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” (Tt 2:1-8)
E mais: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” (II Tm 4:2)
DOMINGO - O coração de Paulo
A linha de abordagem de Paulo no capítulo quatr0 abrange agora a expressão íntima do que ele sentia pelos gálatas, apesar da força da repreensão que lhes dirigira. Como imitador de Cristo que era, Paulo “levava desaforo para casa”. Sua magnanimidade atingira o ponto de chegar a possuir a virtude cristã do não-ressentimento.
Ele diz aos irmãos que, embora fosse uma alta autoridade na igreja, era como qualquer crente e não um orgulhoso pastor que mantém distância de suas ovelhas problemáticas.
A enfermidade – Não é indicado que tipo de enfermidade ele se refere ao citá-la em Gl 4:14. É de nosso conhecimento que Paulo tinha um problema oftalmológico crônico oriundo de seu encontro com o Cristo fulgurante na estrada de Damasco. Porém, é possível que outro tipo de doença o tenha acometido por causa do excessivo desgaste físico e mental. “As provações, as ansiedades que Paulo havia suportado despojaram-no de suas forças físicas. Assaltavam-no as enfermidades da idade avançada. Pressentia que estava a fazer sua última obra; e, abreviando-se o tempo de seu trabalho, seus esforços se tornaram mais intensos. Parecia não haver limite para o seu zelo. Resoluto no propósito, pronto nas ações, forte na fé, viajava de uma igreja a outra em muitas terras, e procurava por todos os meios ao seu alcance fortalecer as mãos dos crentes, para que pudessem efetuar um trabalho fiel na conquista de almas para Jesus, a fim de que, nos tempos probantes em que então se achavam mesmo a entrar, permanecessem firmes no evangelho, dando fiel testemunho de Cristo.” AA, 488.
A despeito de ter pregado o evangelho aos gálatas em condições enfermiças, ele não foi desprezado ou minimizado em seu ministério. Pelo contrário, os crentes gálatas ouviram Paulo pregar como se um anjo de Deus lhes estivesse falando (Gl 4:14) ou mesmo o próprio Jesus.
O apóstolo mostrou-se sensibilizado ao dizer que tinha certeza de que suas ovelhas daquela cidade o amavam. “Vocês teriam arrancado os próprios olhos para me dar.” (v 15) Essa declaração pode, talvez, indicar que a cegueira parcial de Paulo era a enfermidade referida.
Que mudança espantosa foi aquela que os heréticos judaizantes causaram e que esmagavam a alma do apóstolo?
Ao ler com pouca atenção certos textos de Paulo, muita gente imagina-o como um líder espiritual severo, crítico e frio. Nada mais longe da verdade! Ele não recuava um milímetro em questão de princípios, mas desdobrava-se em zelo e preocupação pelo destino eterno dos que haviam aceitado a Cristo mediante seus esforços.
Para tentar enfatizar ainda mais seu amor pelos gálatas, o grande evangelista usa a figura de uma parturiente em pleno trabalho de dar a luz. As lancinantes dores de parto representavam a ansiedade e o extremo esforço que Paulo fazia para ver Cristo formado neles (v. 19). Ele não se conformava com a ação dos judaizantes que estavam procurando “abortar” Cristo. Esses falsos ensinadores com seu evangelho espúrio queriam destruir o trabalho de Paulo e fascinar os crentes para que os seguissem e a suas heresias.
O amor pastoral do apóstolo não podia tolerar em hipótese alguma que isso acontecesse. Ele faria todas as tentativas possíveis para impedir a ruína de suas queridas ovelhas. Seu desejo incontido era estar presente à Galácia e dirigir-lhes palavras firmes e reprovadoras do pecado, porém ternas, afetuosas e empapadas do amor de Cristo (v. 20)
O coração de um pastor repleto do Espírito - “O coração deles [Paulo e Barnabé] estava cheio de fervente amor pelas almas a perecer. Como fiéis pastores na busca da ovelha perdida, não abrigavam o pensamento de facilidades ou conveniências próprias. Esquecidos de si mesmos, não fraquejavam quando cansados, famintos ou com frio. Eles tinham em vista um único objetivo - a salvação dos que vagueavam distantes do redil.” AA, 169.
O segredo do amoroso coração de Paulo era porque ele possuía, como bem o declarou em I Co 2:16, “a mente de Cristo” (e Seu coração também).
Compreendendo o cuidado de nossos pastores distritais
Não poucos membros da igreja “não querem nem saber” o que um pastor passa para apascentar as igrejas que lhes são confiadas (incluam-se os pastores dirigentes administrativos). Pensam que a vida do ministro é fácil, seu trabalho ricamente remunerado, que só passam o tempo preparando sermões e estudos bíblicos e rodam a semana inteira fazendo “passeios” por seu distrito em visitas meramente sociais.
Não digo que não haja pastores descomprometidos. Isso equivaleria a dizer que não há pecadores no ministério. “Há pecadores no pastorado. Não estão eles porfiando por entrar pela porta estreita. Deus não trabalha com eles, pois não pode suportar a presença do pecado.” TM, 145.
O Pr. Ermano Bassi dizia que “existem os profissionais do púlpito e os vocacionais do púlpito”. Porém, devemos honrar os ministros que se esfalfam e lutam com todas as suas forças e conhecimento para apresentar a Jesus uma igreja sem mácula, nem ruga, nem coisa alguma que contamine. Não nos esqueçamos que muitos, muitos mesmo, têm o “coração de Paulo”.
SEGUNDA - O desafio da transformação
Ele diz aos irmãos que, embora fosse uma alta autoridade na igreja, era como qualquer crente e não um orgulhoso pastor que mantém distância de suas ovelhas problemáticas.
A enfermidade – Não é indicado que tipo de enfermidade ele se refere ao citá-la em Gl 4:14. É de nosso conhecimento que Paulo tinha um problema oftalmológico crônico oriundo de seu encontro com o Cristo fulgurante na estrada de Damasco. Porém, é possível que outro tipo de doença o tenha acometido por causa do excessivo desgaste físico e mental. “As provações, as ansiedades que Paulo havia suportado despojaram-no de suas forças físicas. Assaltavam-no as enfermidades da idade avançada. Pressentia que estava a fazer sua última obra; e, abreviando-se o tempo de seu trabalho, seus esforços se tornaram mais intensos. Parecia não haver limite para o seu zelo. Resoluto no propósito, pronto nas ações, forte na fé, viajava de uma igreja a outra em muitas terras, e procurava por todos os meios ao seu alcance fortalecer as mãos dos crentes, para que pudessem efetuar um trabalho fiel na conquista de almas para Jesus, a fim de que, nos tempos probantes em que então se achavam mesmo a entrar, permanecessem firmes no evangelho, dando fiel testemunho de Cristo.” AA, 488.
A despeito de ter pregado o evangelho aos gálatas em condições enfermiças, ele não foi desprezado ou minimizado em seu ministério. Pelo contrário, os crentes gálatas ouviram Paulo pregar como se um anjo de Deus lhes estivesse falando (Gl 4:14) ou mesmo o próprio Jesus.
O apóstolo mostrou-se sensibilizado ao dizer que tinha certeza de que suas ovelhas daquela cidade o amavam. “Vocês teriam arrancado os próprios olhos para me dar.” (v 15) Essa declaração pode, talvez, indicar que a cegueira parcial de Paulo era a enfermidade referida.
Que mudança espantosa foi aquela que os heréticos judaizantes causaram e que esmagavam a alma do apóstolo?
Ao ler com pouca atenção certos textos de Paulo, muita gente imagina-o como um líder espiritual severo, crítico e frio. Nada mais longe da verdade! Ele não recuava um milímetro em questão de princípios, mas desdobrava-se em zelo e preocupação pelo destino eterno dos que haviam aceitado a Cristo mediante seus esforços.
Para tentar enfatizar ainda mais seu amor pelos gálatas, o grande evangelista usa a figura de uma parturiente em pleno trabalho de dar a luz. As lancinantes dores de parto representavam a ansiedade e o extremo esforço que Paulo fazia para ver Cristo formado neles (v. 19). Ele não se conformava com a ação dos judaizantes que estavam procurando “abortar” Cristo. Esses falsos ensinadores com seu evangelho espúrio queriam destruir o trabalho de Paulo e fascinar os crentes para que os seguissem e a suas heresias.
O amor pastoral do apóstolo não podia tolerar em hipótese alguma que isso acontecesse. Ele faria todas as tentativas possíveis para impedir a ruína de suas queridas ovelhas. Seu desejo incontido era estar presente à Galácia e dirigir-lhes palavras firmes e reprovadoras do pecado, porém ternas, afetuosas e empapadas do amor de Cristo (v. 20)
O coração de um pastor repleto do Espírito - “O coração deles [Paulo e Barnabé] estava cheio de fervente amor pelas almas a perecer. Como fiéis pastores na busca da ovelha perdida, não abrigavam o pensamento de facilidades ou conveniências próprias. Esquecidos de si mesmos, não fraquejavam quando cansados, famintos ou com frio. Eles tinham em vista um único objetivo - a salvação dos que vagueavam distantes do redil.” AA, 169.
O segredo do amoroso coração de Paulo era porque ele possuía, como bem o declarou em I Co 2:16, “a mente de Cristo” (e Seu coração também).
Compreendendo o cuidado de nossos pastores distritais
Não poucos membros da igreja “não querem nem saber” o que um pastor passa para apascentar as igrejas que lhes são confiadas (incluam-se os pastores dirigentes administrativos). Pensam que a vida do ministro é fácil, seu trabalho ricamente remunerado, que só passam o tempo preparando sermões e estudos bíblicos e rodam a semana inteira fazendo “passeios” por seu distrito em visitas meramente sociais.
Não digo que não haja pastores descomprometidos. Isso equivaleria a dizer que não há pecadores no ministério. “Há pecadores no pastorado. Não estão eles porfiando por entrar pela porta estreita. Deus não trabalha com eles, pois não pode suportar a presença do pecado.” TM, 145.
O Pr. Ermano Bassi dizia que “existem os profissionais do púlpito e os vocacionais do púlpito”. Porém, devemos honrar os ministros que se esfalfam e lutam com todas as suas forças e conhecimento para apresentar a Jesus uma igreja sem mácula, nem ruga, nem coisa alguma que contamine. Não nos esqueçamos que muitos, muitos mesmo, têm o “coração de Paulo”.
SEGUNDA - O desafio da transformação
Imitadores do imitador do original – Essa é uma “pirataria” abençoada e o Proprietário dos direitos autorais faz questão de que milhares de milhares de cópias sejam feitas e espalhadas pelo mundo. Ao Paulo usar o substantivo grego mimetes, traduzido por imitadores, remete-nos a outro conceito que é o do mimetismo. O mimetismo é um recurso do reino animal através do qual muitas espécies se ajustam ao ambiente natural ou o imitam de tal forma, que os predadores não podem localizá-los. Quando o animal se sente ameaçado por ataques, ele utiliza a cor e a forma ambiental e disfarça-se. Veja o exemplo do inseto-folha ao lado.
Imitar a Cristo é revestir-se dEle e utilizar a cor e o ambiente do Céu para se proteger do astuto predador de almas. O arquiinimigo nada pode contra os que imitam a Jesus. Philips traduziu I Co 11:1 de forma muito enfática: “Copiem-me, meus irmãos, como eu copio o próprio Cristo.”
O alvo da transformação é reproduzir o caráter de Cristo. Como bem expressa o título de hoje, essa tarefa é um desafio; sim, e de longo termo. Podemos afirmar que essa é uma expressão alternativa de santificação. Santificação é imitar o Modelo que nos foi mostrado no Monte das Oliveiras (Getsêmani) e no Monte Calvário.
É curioso que Paulo, em Fp 3:17, recomendou que os crentes filipenses observassem a vida de outros crentes que seguiam esse grande pastor imitador de Cristo. Assim, segue-se que a abrangência da obra transformadora tem de ser congregacional. Não basta que um crente imite a Cristo e outro não. Esse é um princípio pelo qual todos nós precisamos ser dirigidos.
Para imitar, precisamos observar atentamente o modelo. Lembramo-nos do tempo em que estávamos na Escola de Belas-Artes. Nosso mestre de artes, o Prof. George Nasturel, grande artista romeno de fama internacional, dizia-nos para observar bem o modelo a desenhar. Ele nos ensinava como captar com mais exatidão os traços da figura exposta, comparando uns elementos com outros. Comparemo-nos com o caráter de Cristo e na poderosa influência do Espírito Santo, oremos para ser transformados segundo Ele.
Onde está o Modelo? - Cristo Jesus revelou-Se na Palavra de Deus desde a Queda. Ali vemos o Deus perdoador, pronto a resgatar, pronto a infundir fé e esperança, a tratar com bondade infinita os que erram; o Deus paciente, longânimo, tardio em iras e grande em beneficência e verdade. Vemos também o Deus justo e perfeito em Seus caminhos. O Espírito do Senhor torna eficaz a obra de imitação. “Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está no Céu.” Ou seja, imitem a Deus.
Processo de longo prazo - Paulo confessa em Fp 3:13, 14 que ainda não alcançara o máximo de perfeição ou a estatura completa de Cristo – em outros termos, a “imitação perfeita” de Cristo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
A santa ambição do Modelo Perfeito - “Devem [os crentes] ter a ambição de ser excelentes em tudo que é útil, elevado e nobre. Contemplem eles a Cristo como o modelo segundo o qual devem ser moldados. A santa ambição que Ele revelou em Sua vida devem eles nutrir - a ambição de tornar o mundo melhor por eles nele terem vivido. Tal é a obra a que são chamados.” CBV, 398.
“Dominados pelo Espírito, eles viam a Cristo em seus irmãos. Só um interesse prevalecia. Um elemento de imitação absorveu todos os outros - ser semelhante a Cristo, fazer as obras de Cristo. O sincero fervor sentido era expresso por meio de afetuosa prestimosidade, palavras bondosas e ações altruístas. Todos se esforçavam para ver quem podia fazer o máximo pelo desenvolvimento do reino de Cristo.” E Recebereis Poder, 288.
TERÇA - Eu me tornei como vocês
Imitar a Cristo é revestir-se dEle e utilizar a cor e o ambiente do Céu para se proteger do astuto predador de almas. O arquiinimigo nada pode contra os que imitam a Jesus. Philips traduziu I Co 11:1 de forma muito enfática: “Copiem-me, meus irmãos, como eu copio o próprio Cristo.”
O alvo da transformação é reproduzir o caráter de Cristo. Como bem expressa o título de hoje, essa tarefa é um desafio; sim, e de longo termo. Podemos afirmar que essa é uma expressão alternativa de santificação. Santificação é imitar o Modelo que nos foi mostrado no Monte das Oliveiras (Getsêmani) e no Monte Calvário.
É curioso que Paulo, em Fp 3:17, recomendou que os crentes filipenses observassem a vida de outros crentes que seguiam esse grande pastor imitador de Cristo. Assim, segue-se que a abrangência da obra transformadora tem de ser congregacional. Não basta que um crente imite a Cristo e outro não. Esse é um princípio pelo qual todos nós precisamos ser dirigidos.
Para imitar, precisamos observar atentamente o modelo. Lembramo-nos do tempo em que estávamos na Escola de Belas-Artes. Nosso mestre de artes, o Prof. George Nasturel, grande artista romeno de fama internacional, dizia-nos para observar bem o modelo a desenhar. Ele nos ensinava como captar com mais exatidão os traços da figura exposta, comparando uns elementos com outros. Comparemo-nos com o caráter de Cristo e na poderosa influência do Espírito Santo, oremos para ser transformados segundo Ele.
Onde está o Modelo? - Cristo Jesus revelou-Se na Palavra de Deus desde a Queda. Ali vemos o Deus perdoador, pronto a resgatar, pronto a infundir fé e esperança, a tratar com bondade infinita os que erram; o Deus paciente, longânimo, tardio em iras e grande em beneficência e verdade. Vemos também o Deus justo e perfeito em Seus caminhos. O Espírito do Senhor torna eficaz a obra de imitação. “Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está no Céu.” Ou seja, imitem a Deus.
Processo de longo prazo - Paulo confessa em Fp 3:13, 14 que ainda não alcançara o máximo de perfeição ou a estatura completa de Cristo – em outros termos, a “imitação perfeita” de Cristo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
A santa ambição do Modelo Perfeito - “Devem [os crentes] ter a ambição de ser excelentes em tudo que é útil, elevado e nobre. Contemplem eles a Cristo como o modelo segundo o qual devem ser moldados. A santa ambição que Ele revelou em Sua vida devem eles nutrir - a ambição de tornar o mundo melhor por eles nele terem vivido. Tal é a obra a que são chamados.” CBV, 398.
“Dominados pelo Espírito, eles viam a Cristo em seus irmãos. Só um interesse prevalecia. Um elemento de imitação absorveu todos os outros - ser semelhante a Cristo, fazer as obras de Cristo. O sincero fervor sentido era expresso por meio de afetuosa prestimosidade, palavras bondosas e ações altruístas. Todos se esforçavam para ver quem podia fazer o máximo pelo desenvolvimento do reino de Cristo.” E Recebereis Poder, 288.
TERÇA - Eu me tornei como vocês
Livre de todos? Escravo de todos? O que Paulo quer dizer ao usar ideias opostas? Primeiramente, o autor da epístola está afirmando sua condição de cidadão romano livre. Ele não era um escravo ligado a nenhum senhor. Seus direitos civis eram todos respeitados. Podia ir e vir, comprar e vender, expressar suas ideias, escrever suas opiniões, discutir, realizar todos os atos previstos nas leis sem sofrer qualquer agravo.
A “escravidão” de que Paulo fala é metafórica e retórica, para dar maior ênfase ao seu compromisso assumido com Cristo de ser o pregador dos gentios.
Judeu para com os judeus; sem lei para com os sem lei, fraco para com os fracos; tudo para com todos. Paulo contextualizava suas ações e pregações dependendo do grupo a que se dirigia. “Assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.” (I Co 10:33).
Talvez uma experiência ocorrida há muitos anos na Central Paulistana possa dar uma ideia da adaptabilidade do evangelista ao contexto cultural, social e étnico do campo evangelístico. Fazíamos parte do grupo de adventistas de origem judaica (Centro de Estudos Judaicos) voltados para o trabalho especial de pregar aos judeus. Como sabíamos que certas atitudes e termos cristãos poderiam bloquear o acesso aos de Israel, pusemos em ação um plano de comunicação contextualizado. Através dele substituíamos o “adventistês” por outros termos mais acessíveis. Ao falarmos do pastor da igreja, dizíamos o “moré” (ou professor); para o batismo, usávamos a palavra “mikvé” (banho ritual); Jesus era “Yeoshua ben Youseph” (Jesus, filho de José) ou “mashiach” (Messias); igreja era “beit knesset” ou lugar de reunião, “tanach” era a Bíblia, etc. Trabalhávamos a partir de pontos de fé comuns, evitando colisões e crenças polêmicas.
Hoje temos na Associação Paulistana duas unidades contextualizadas para evangelismo dos judeus e dos islâmicos: Comunidade Judaica e Comunidade Árabe.
Isso não quer dizer comprometimento de princípios ou camuflagem doutrinária. Continuamos mantendo nossa identidade, respeitando a cultura das pessoas com quem nos relacionamos. O Pr. João Cláudio Chaguri, em sua tese de mestrado, expôs com maestria como realizar um evangelismo contextualizado com os árabes. Mediante um plano sábio e cuidadoso, muitos fiéis do Islã se interessaram em aprender sobre “Isa”, Jesus. Na década de 70, o Pr. Benoni de Oliveira, de origem judaica, trabalhava dentro de um esquema apropriado para levar Cristo a seus compatriotas no Brasil.
Quando Hesselgrave afirma que contextualizar é tentar comunicar fielmente a mensagem da Palavra de Deus, de maneira significativa e aplicável nos distintos contextos, sejam culturais ou existenciais, ele expõe um desafio à Igreja de Cristo: comunicar o Evangelho de forma teologicamente fiel e ao mesmo tempo humanamente inteligível e relevante. E este talvez seja o maior desafio do estudo e compreensão quando tratamos da teologia da contextualização. Historicamente, a ausência de uma teologia bíblica de contextualização tem gerado duas consequências desastrosas no movimento missionário mundial: o sincretismo religioso e o nominalismo evangélico.
“O pastor não deve julgar que toda a verdade tem que ser apresentada aos incrédulos em toda e qualquer ocasião. Ele deve estudar com cuidado quando convém falar, o que dizer, e o que deixar de mencionar. Isso não é usar de engano; é trabalhar como Paulo fazia. ‘Porque, sendo livre para com todos,’ escreveu ele aos coríntios, ‘fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.’ I Co 9:19-22.
“Paulo não se aproximava dos judeus de maneira a despertar-lhes os preconceitos. Não lhes dizia, a princípio, que deviam crer em Jesus de Nazaré; mas insistia nas profecias que falavam de Cristo, Sua missão e obra. Levava seus ouvintes passo a passo, mostrando-lhes a importância de honrar a lei de Deus. Dava a devida honra à lei cerimonial, mostrando que fora Cristo que instituíra a ordem judaica e o serviço sacrifical. Levava-os, então, até ao primeiro advento do Redentor, e mostrava que, na vida e morte de Cristo, se havia cumprido tudo como estava especificado nesse serviço sacrifical.
“Dos gentios, Paulo se aproximava exaltando a Cristo e apresentando as exigências da lei. Mostrava como a luz refletida pela cruz do Calvário dava significação e glória a toda a ordem judaica.
“Assim variava o apóstolo sua maneira de trabalhar, adaptando sua mensagem às circunstâncias em que se achava.” OE, 117, 118.
QUARTA - Naquele tempo e agora
A “escravidão” de que Paulo fala é metafórica e retórica, para dar maior ênfase ao seu compromisso assumido com Cristo de ser o pregador dos gentios.
Judeu para com os judeus; sem lei para com os sem lei, fraco para com os fracos; tudo para com todos. Paulo contextualizava suas ações e pregações dependendo do grupo a que se dirigia. “Assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.” (I Co 10:33).
Talvez uma experiência ocorrida há muitos anos na Central Paulistana possa dar uma ideia da adaptabilidade do evangelista ao contexto cultural, social e étnico do campo evangelístico. Fazíamos parte do grupo de adventistas de origem judaica (Centro de Estudos Judaicos) voltados para o trabalho especial de pregar aos judeus. Como sabíamos que certas atitudes e termos cristãos poderiam bloquear o acesso aos de Israel, pusemos em ação um plano de comunicação contextualizado. Através dele substituíamos o “adventistês” por outros termos mais acessíveis. Ao falarmos do pastor da igreja, dizíamos o “moré” (ou professor); para o batismo, usávamos a palavra “mikvé” (banho ritual); Jesus era “Yeoshua ben Youseph” (Jesus, filho de José) ou “mashiach” (Messias); igreja era “beit knesset” ou lugar de reunião, “tanach” era a Bíblia, etc. Trabalhávamos a partir de pontos de fé comuns, evitando colisões e crenças polêmicas.
Hoje temos na Associação Paulistana duas unidades contextualizadas para evangelismo dos judeus e dos islâmicos: Comunidade Judaica e Comunidade Árabe.
Isso não quer dizer comprometimento de princípios ou camuflagem doutrinária. Continuamos mantendo nossa identidade, respeitando a cultura das pessoas com quem nos relacionamos. O Pr. João Cláudio Chaguri, em sua tese de mestrado, expôs com maestria como realizar um evangelismo contextualizado com os árabes. Mediante um plano sábio e cuidadoso, muitos fiéis do Islã se interessaram em aprender sobre “Isa”, Jesus. Na década de 70, o Pr. Benoni de Oliveira, de origem judaica, trabalhava dentro de um esquema apropriado para levar Cristo a seus compatriotas no Brasil.
Quando Hesselgrave afirma que contextualizar é tentar comunicar fielmente a mensagem da Palavra de Deus, de maneira significativa e aplicável nos distintos contextos, sejam culturais ou existenciais, ele expõe um desafio à Igreja de Cristo: comunicar o Evangelho de forma teologicamente fiel e ao mesmo tempo humanamente inteligível e relevante. E este talvez seja o maior desafio do estudo e compreensão quando tratamos da teologia da contextualização. Historicamente, a ausência de uma teologia bíblica de contextualização tem gerado duas consequências desastrosas no movimento missionário mundial: o sincretismo religioso e o nominalismo evangélico.
“O pastor não deve julgar que toda a verdade tem que ser apresentada aos incrédulos em toda e qualquer ocasião. Ele deve estudar com cuidado quando convém falar, o que dizer, e o que deixar de mencionar. Isso não é usar de engano; é trabalhar como Paulo fazia. ‘Porque, sendo livre para com todos,’ escreveu ele aos coríntios, ‘fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.’ I Co 9:19-22.
“Paulo não se aproximava dos judeus de maneira a despertar-lhes os preconceitos. Não lhes dizia, a princípio, que deviam crer em Jesus de Nazaré; mas insistia nas profecias que falavam de Cristo, Sua missão e obra. Levava seus ouvintes passo a passo, mostrando-lhes a importância de honrar a lei de Deus. Dava a devida honra à lei cerimonial, mostrando que fora Cristo que instituíra a ordem judaica e o serviço sacrifical. Levava-os, então, até ao primeiro advento do Redentor, e mostrava que, na vida e morte de Cristo, se havia cumprido tudo como estava especificado nesse serviço sacrifical.
“Dos gentios, Paulo se aproximava exaltando a Cristo e apresentando as exigências da lei. Mostrava como a luz refletida pela cruz do Calvário dava significação e glória a toda a ordem judaica.
“Assim variava o apóstolo sua maneira de trabalhar, adaptando sua mensagem às circunstâncias em que se achava.” OE, 117, 118.
QUARTA - Naquele tempo e agora
A primeira incursão missionária de Paulo na Galácia (província romana situada mais ou menos onde está a Turquia hoje) custou muitos sacrifícios ao apóstolo. Em sua carta aos gálatas ele menciona uma enfermidade física (ponto que já abordamos no domingo).
Paulo considerava que sua condição na época era tal que ele poderia causar impacto negativo nos habitantes locais. Não sabemos se a enfermidade havia afetado sua aparência física, que é muito importante para um pregador. O fato é que os gálatas o receberam muito bem e o trataram com muita reverência (supomos que o apóstolo estaria com cerca de 60 anos de idade).
Os elementos postos na frase do verso 14 do capítulo 4 (“como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus”) demonstram o profundo interesse nos sermões paulinos e em sua autoridade.
É-nos por vezes que impossível aceitar o fato de que os servos de Deus mais consagrados precisam sofrer tanto para realizar o trabalho divino. Jesus foi o maior de todos os sofredores. Seus primeiros apóstolos padeceram aflições, humilhações e até martírios. Por que Deus “não facilita” o ministério de Seus servos e permite que Satanás lhes faça implacável oposição?
Deus disse a Ananias antes de enviá-lo a consolar Saulo: “Vai, porque este é para Mim um instrumento escolhido para levar o Meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo Meu nome.” (At 9:15, 16)
E Paulo, após muitas doridas experiências, declarou com alegria: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (II Co 12:10) “Declarou o apóstolo: ‘Quando estou fraco, então, sou forte.’ II Co 12:10. Reconhecendo sua fraqueza, apegou-se, pela fé, a Jesus Cristo e Sua graça...” CES, 91.
Ele bem compreendia que Deus estava dirigindo totalmente sua vida e que os “açoites” que recebia resultavam em proveito espiritual e, maiormente, do evangelho.
“O fato de sermos chamados a suportar a prova mostra que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa de precioso que deseja desenvolver. Se nada visse em nós que pudesse glorificar Seu nome, não desperdiçaria tempo a depurar-nos. Não lança pedras sem valor na Sua fornalha. É o minério precioso que Ele depura. O ferreiro põe o ferro e aço no fogo, a fim de provar que qualidade de metais são. O Senhor permite que Seus eleitos sejam postos na fornalha da aflição para lhes provar a têmpera e ver se podem ser formados para a Sua obra.” CBV, 471.
Bem, mas o que queremos discutir agora é a mudança de procedimento dos gálatas, após a desastrosa visita dos judaizantes de Jerusalém. Havia mal velada indisposição dos antes admirados seguidores contra aquele que uma vez amaram e seguiram. Os ciumentos judeus professadamente cristãos não se conformavam com a eminência de Paulo entre os gentios, e almejavam destruir não apenas sua imagem e reputação, mas o puro evangelho que pregava. Conseguiram seu intento até certo ponto. Porém, o coração pastoral de Paulo não os odiava por isso. Tinha, sim, profunda compaixão por aquelas almas que lhe custaram tanto sofrimento e labor, agora desviadas por agentes do diabo infiltrados no ministério.
Se há algo que retalha um coração pastoral esse é o desvio de suas ovelhas. Pastorear congregações custa muito estresse, ansiedade, cuidados e trabalhos extras. O pior é quando o pastor encontra oposição sistemática entre os próprios companheiros de liderança e membros da comissão da igreja.
No texto a seguir podemos ter um exemplo do que estamos nos referindo na experiência do grande pregador Guilherme Müller: “Muitos pastores [das várias denominações] não aceitaram, eles próprios, a salvadora mensagem, e por vezes criavam obstáculo aos que a aceitavam. O sangue de almas repousa sobre eles. Pregadores e povo uniram-se na oposição à mensagem do Céu. Perseguiram Guilherme Miller e os que a ele se uniram no trabalho. Falsidades foram postas a circular para prejudicar-lhe a influência. Em diferentes ocasiões, depois de haver declarado com franqueza o conselho de Deus, aplicando cortantes verdades ao coração de seus ouvintes, grande ira ergueu-se contra ele e, ao deixar o local das reuniões, pessoas o seguiram para matá-lo. Não obstante, anjos de Deus foram enviados para lhe preservar a vida, retirando-o em segurança de entre a furiosa turba.” Spiritual Gifts, vol. 1, pág. 136.
Cabe muito bem em nossos dias a exortação encontrada em Hb 13:17: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”
QUIN TA - Falando a verdade
Paulo considerava que sua condição na época era tal que ele poderia causar impacto negativo nos habitantes locais. Não sabemos se a enfermidade havia afetado sua aparência física, que é muito importante para um pregador. O fato é que os gálatas o receberam muito bem e o trataram com muita reverência (supomos que o apóstolo estaria com cerca de 60 anos de idade).
Os elementos postos na frase do verso 14 do capítulo 4 (“como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus”) demonstram o profundo interesse nos sermões paulinos e em sua autoridade.
É-nos por vezes que impossível aceitar o fato de que os servos de Deus mais consagrados precisam sofrer tanto para realizar o trabalho divino. Jesus foi o maior de todos os sofredores. Seus primeiros apóstolos padeceram aflições, humilhações e até martírios. Por que Deus “não facilita” o ministério de Seus servos e permite que Satanás lhes faça implacável oposição?
Deus disse a Ananias antes de enviá-lo a consolar Saulo: “Vai, porque este é para Mim um instrumento escolhido para levar o Meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo Meu nome.” (At 9:15, 16)
E Paulo, após muitas doridas experiências, declarou com alegria: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (II Co 12:10) “Declarou o apóstolo: ‘Quando estou fraco, então, sou forte.’ II Co 12:10. Reconhecendo sua fraqueza, apegou-se, pela fé, a Jesus Cristo e Sua graça...” CES, 91.
Ele bem compreendia que Deus estava dirigindo totalmente sua vida e que os “açoites” que recebia resultavam em proveito espiritual e, maiormente, do evangelho.
“O fato de sermos chamados a suportar a prova mostra que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa de precioso que deseja desenvolver. Se nada visse em nós que pudesse glorificar Seu nome, não desperdiçaria tempo a depurar-nos. Não lança pedras sem valor na Sua fornalha. É o minério precioso que Ele depura. O ferreiro põe o ferro e aço no fogo, a fim de provar que qualidade de metais são. O Senhor permite que Seus eleitos sejam postos na fornalha da aflição para lhes provar a têmpera e ver se podem ser formados para a Sua obra.” CBV, 471.
Bem, mas o que queremos discutir agora é a mudança de procedimento dos gálatas, após a desastrosa visita dos judaizantes de Jerusalém. Havia mal velada indisposição dos antes admirados seguidores contra aquele que uma vez amaram e seguiram. Os ciumentos judeus professadamente cristãos não se conformavam com a eminência de Paulo entre os gentios, e almejavam destruir não apenas sua imagem e reputação, mas o puro evangelho que pregava. Conseguiram seu intento até certo ponto. Porém, o coração pastoral de Paulo não os odiava por isso. Tinha, sim, profunda compaixão por aquelas almas que lhe custaram tanto sofrimento e labor, agora desviadas por agentes do diabo infiltrados no ministério.
Se há algo que retalha um coração pastoral esse é o desvio de suas ovelhas. Pastorear congregações custa muito estresse, ansiedade, cuidados e trabalhos extras. O pior é quando o pastor encontra oposição sistemática entre os próprios companheiros de liderança e membros da comissão da igreja.
No texto a seguir podemos ter um exemplo do que estamos nos referindo na experiência do grande pregador Guilherme Müller: “Muitos pastores [das várias denominações] não aceitaram, eles próprios, a salvadora mensagem, e por vezes criavam obstáculo aos que a aceitavam. O sangue de almas repousa sobre eles. Pregadores e povo uniram-se na oposição à mensagem do Céu. Perseguiram Guilherme Miller e os que a ele se uniram no trabalho. Falsidades foram postas a circular para prejudicar-lhe a influência. Em diferentes ocasiões, depois de haver declarado com franqueza o conselho de Deus, aplicando cortantes verdades ao coração de seus ouvintes, grande ira ergueu-se contra ele e, ao deixar o local das reuniões, pessoas o seguiram para matá-lo. Não obstante, anjos de Deus foram enviados para lhe preservar a vida, retirando-o em segurança de entre a furiosa turba.” Spiritual Gifts, vol. 1, pág. 136.
Cabe muito bem em nossos dias a exortação encontrada em Hb 13:17: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”
QUIN TA - Falando a verdade
“Tenho-me, pois, tornado vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gl 4:16 – Tradução Brasileira)
“Jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade?” Este é o juramento lapidar apresentado a testemunhas, depoentes e réus perante as cortes de justiça dos EUA, com a mão direita posta sobre a Bíblia e a esquerda erguida para os céus.
É exatamente isso que exige o nono mandamento da Lei do Senhor: “Não dirás falso testemunho” ou “Não dirás mentiras ou a mínima coisa que fuja da verdade absoluta estabelecida pela justiça divina.”
O pregador cristão tem de sempre dizer a verdade, pois ele é representante de Cristo, a própria Verdade. Aristóteles disse certa vez de sua amizade por Platão: “Platão é meu amigo, mas a verdade é mais minha amiga.”
Se a verdade deve ser dita aos inimigos, que se dirá dos amigos? Paulo, o denodado pastor de almas, disse aos gálatas a pura verdade para despertá-los do torpor espiritual em que as mentiras dos judaizantes os lançaram. “Insensatos gálatas!...” não é nada agradável de se ouvir sendo um gálata. Mas, não era a verdade? Não haviam eles cometido loucura ao desviar-se rapidamente da verdade do Cristo crucificado e ressurreto para os formais judaicos?
“Que luz há na Palavra! Em Isaías lemos: ‘Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão.’ Is 58:1. Essa é a obra que devemos fazer. Notai a expressão: ‘Meu povo.’ Por que haveria o profeta de dizer ‘Meu povo’? Eles não estavam andando segundo a luz da verdade, mas Deus desejava salvá-los dos seus pecados. A verdade devia ser-lhes novamente levada em sua simplicidade.” BS, 77.
Quando o povo de Deus se desvia dos mandamentos e segue as normas e costumes do mundo, os atalaias do púlpito precisam “anunciar ao Meu povo a sua transgressão”. É uma impostergável injunção ou ordem divina: “Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir.” (Ez 2:7)
Por amor aos gálatas Paulo viu-se impelido a sacudi-los de sua apostasia. Pv 27:5 diz: “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.”
Não é dever agradável ao profeta, ao pregador, ao pastor, ter de repreender alguém do povo de Deus ou mesmo congregações inteiras.
Paulo, por acaso, foi inimigo de Pedro quando o repreendeu na cara por dissimular seu comportamento perante os judeus de Jerusalém, escandalizando os gentios de Antioquia? Pedro foi grato a Paulo por dizer-lhe francamente a verdade. Em sua segunda carta, capítulo três, verso 15, ele o chama “amado irmão Paulo”.
Mas a verdade deve ser dita no espírito de Cristo. “De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. O obreiro que manifesta falta de cortesia, que mostra impaciência ante a ignorância dos outros ou por se acharem extraviados, que fala bruscamente ou procede sem reflexão, pode cerrar a porta de corações por tal maneira que nunca mais lhes seja dado conquistá-los. Como o orvalho e a chuva branda caem nas ressequidas plantas, assim deixai cair suavemente as palavras quando procurais desviar os homens de seus erros. O plano de Deus é conquistar primeiro o coração. Devemos falar a verdade com amor, confiando nEle quanto ao poder para a reforma da vida. O Espírito Santo aplicará ao coração a palavra proferida com amor.” CBV, 157.
Mais adiante, no curso de sua exposição registrada no capítulo 4, Paulo acusa os judaizantes de hipocrisia estudada, visando a desviar os gálatas de seu verdadeiro pastor. Era-lhe penoso não poder combater os deturpadores da verdade com seus cortantes argumentos bíblicos. Não para derrotá-los e envergonhá-los, mas para convertê-los e levá-los a pensar melhor na oportunidade que estavam perdendo de não pregar Cristo e Esse crucificado.
Ele ansiava estar pessoalmente na Galácia para falar em suaves tons de amor mesmo as verdades mais probantes. Sabia que as cartas, mesmo inspiradas e por mais bem escritas que sejam, não podem apresentar inflexões, tonalidades de reais sentimentos e mais doçura do que frases de amor ditas face a face, inda que fossem repreensivas.
Conselho final – “Falai como Ele falaria, agi como Ele haveria de agir. Revelai constantemente a doçura de Seu caráter. Manifestai aquela opulência de amor que se acha na base de todos os Seus ensinos e de todo o Seu trato com os homens. Os mais humildes obreiros, em cooperação com Cristo, podem tocar cordas cujas vibrações ressoarão até aos extremos da Terra, e ecoarão harmoniosamente através dos séculos eternos.” CBV, 159.
“Jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade?” Este é o juramento lapidar apresentado a testemunhas, depoentes e réus perante as cortes de justiça dos EUA, com a mão direita posta sobre a Bíblia e a esquerda erguida para os céus.
É exatamente isso que exige o nono mandamento da Lei do Senhor: “Não dirás falso testemunho” ou “Não dirás mentiras ou a mínima coisa que fuja da verdade absoluta estabelecida pela justiça divina.”
O pregador cristão tem de sempre dizer a verdade, pois ele é representante de Cristo, a própria Verdade. Aristóteles disse certa vez de sua amizade por Platão: “Platão é meu amigo, mas a verdade é mais minha amiga.”
Se a verdade deve ser dita aos inimigos, que se dirá dos amigos? Paulo, o denodado pastor de almas, disse aos gálatas a pura verdade para despertá-los do torpor espiritual em que as mentiras dos judaizantes os lançaram. “Insensatos gálatas!...” não é nada agradável de se ouvir sendo um gálata. Mas, não era a verdade? Não haviam eles cometido loucura ao desviar-se rapidamente da verdade do Cristo crucificado e ressurreto para os formais judaicos?
“Que luz há na Palavra! Em Isaías lemos: ‘Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão.’ Is 58:1. Essa é a obra que devemos fazer. Notai a expressão: ‘Meu povo.’ Por que haveria o profeta de dizer ‘Meu povo’? Eles não estavam andando segundo a luz da verdade, mas Deus desejava salvá-los dos seus pecados. A verdade devia ser-lhes novamente levada em sua simplicidade.” BS, 77.
Quando o povo de Deus se desvia dos mandamentos e segue as normas e costumes do mundo, os atalaias do púlpito precisam “anunciar ao Meu povo a sua transgressão”. É uma impostergável injunção ou ordem divina: “Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir.” (Ez 2:7)
Por amor aos gálatas Paulo viu-se impelido a sacudi-los de sua apostasia. Pv 27:5 diz: “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.”
Não é dever agradável ao profeta, ao pregador, ao pastor, ter de repreender alguém do povo de Deus ou mesmo congregações inteiras.
Paulo, por acaso, foi inimigo de Pedro quando o repreendeu na cara por dissimular seu comportamento perante os judeus de Jerusalém, escandalizando os gentios de Antioquia? Pedro foi grato a Paulo por dizer-lhe francamente a verdade. Em sua segunda carta, capítulo três, verso 15, ele o chama “amado irmão Paulo”.
Mas a verdade deve ser dita no espírito de Cristo. “De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. O obreiro que manifesta falta de cortesia, que mostra impaciência ante a ignorância dos outros ou por se acharem extraviados, que fala bruscamente ou procede sem reflexão, pode cerrar a porta de corações por tal maneira que nunca mais lhes seja dado conquistá-los. Como o orvalho e a chuva branda caem nas ressequidas plantas, assim deixai cair suavemente as palavras quando procurais desviar os homens de seus erros. O plano de Deus é conquistar primeiro o coração. Devemos falar a verdade com amor, confiando nEle quanto ao poder para a reforma da vida. O Espírito Santo aplicará ao coração a palavra proferida com amor.” CBV, 157.
Mais adiante, no curso de sua exposição registrada no capítulo 4, Paulo acusa os judaizantes de hipocrisia estudada, visando a desviar os gálatas de seu verdadeiro pastor. Era-lhe penoso não poder combater os deturpadores da verdade com seus cortantes argumentos bíblicos. Não para derrotá-los e envergonhá-los, mas para convertê-los e levá-los a pensar melhor na oportunidade que estavam perdendo de não pregar Cristo e Esse crucificado.
Ele ansiava estar pessoalmente na Galácia para falar em suaves tons de amor mesmo as verdades mais probantes. Sabia que as cartas, mesmo inspiradas e por mais bem escritas que sejam, não podem apresentar inflexões, tonalidades de reais sentimentos e mais doçura do que frases de amor ditas face a face, inda que fossem repreensivas.
Conselho final – “Falai como Ele falaria, agi como Ele haveria de agir. Revelai constantemente a doçura de Seu caráter. Manifestai aquela opulência de amor que se acha na base de todos os Seus ensinos e de todo o Seu trato com os homens. Os mais humildes obreiros, em cooperação com Cristo, podem tocar cordas cujas vibrações ressoarão até aos extremos da Terra, e ecoarão harmoniosamente através dos séculos eternos.” CBV, 159.
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