Comentários Lição 11 - Visões de Esperança (Zacarias) - Prof. César Pagani

08 a 15 de Junho de 2013

Verso para Memorizar

“Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira.” (Zc 3:10)

           
            Zacarias foi um sacerdote (Ne 12:16) que subiu a Jerusalém com Zorobabel e mais 19 sacerdotes para exercício do ministério espiritual. Ele era chefe de sua família sacerdotal (Ne 12:12).
            Ele nasceu em Babilônia e viajou para a Israel com Zorobabel e Neemias segundo o decreto de Ciro, o persa. Iniciou seu ministério profético 16 anos após o retorno do cativeiro (520/519 a.C.).
            Foi contemporâneo de Ageu. Sua missão era estimular os judeus a retomarem as obras do templo, em meio às intrigas dos samaritanos e o infame decreto do falso Smerdis ou Gaumata (um mágico que usurpou o trono persa por um ano, enquanto Cambises lutava no Egito, passando-se por seu irmão).
            “Dois meses depois que a última mensagem registrada de Ageu foi dada, Zacarias teve uma série de visões referentes à obra de Deus na Terra. Essas mensagens, dadas na forma de parábolas e símbolos, vieram num tempo de grande incerteza e ansiedade, e foram de peculiar significação para os homens que estavam avançando em nome do Deus de Israel. Parecia aos líderes como se a permissão dada aos judeus para reconstruir estivesse prestes a sofrer impedimento; o futuro parecia muito negro. Deus viu que Seu povo estava em necessidade de ser sustido e animado por uma revelação de Sua infinita compaixão e amor.” PR, 580.
 
DOMINGO
 Palavras de vida
            Zacarias começou a profetizar dois meses após Ageu, no segundo ano de reinado de Dario Histaspes, sucessor de Ciro. O capítulo um de Zacarias apresenta o profeta fervorosamente exortando o povo ao arrependimento, concitando-os a não incorrerem nos pecados de seus pais que, por causa de obstinada idolatria, ingratidão, iniquidade e rebelião, foram punidos com 70 anos de cativeiro.
            Uma antiga versão bíblica King James diz que Deus ficou pesaroso, magoado com Seu povo no passado. A Versão Almeida Revista e Atualizada diz que o Senhor “Se irou em extremo”.
            Deus chama o povo a que retorne para os Seus braços. Ele, o ofendido, procura conciliação com os ofensores. Toma a iniciativa a que Seu amor imenso O impeliu e apela que eles tomem uma atitude. O Senhor pede que eles escolham voltar para poder abençoá-los ricamente. Como é de Seu feitio, Deus não obriga ninguém a voltar. Ele apela de todo o Seu infinito coração para que voltem. E promete também voltar-Se para o povo e abençoá-lo com todas as promessas da aliança que fez com Abraão.
            Incentiva o povo a ponderar sobre a história passada de Judá e pede que os contemporâneos de Zacarias não cometam os mesmos erros. Deus pede conversão. Mas o que é conversão no sentido bíblico do termo? É mudança de rumo, de ideias, de modo de vida. O rumo dos judeus tendia para o afastamento, o abandono de Deus. O Senhor desejava que eles se aproximassem para poder exaltá-los.
            O capítulo que estamos estudando apresenta duas visões dadas a Zacarias. A primeira mostrava cavalos de várias e um desses animais era montado por um anjo, que, sem dúvida, era o Senhor Jesus que andava pela terra de Judá. Disso dá mostras a intercessão que esse Anjo faz perante Jeová: “Até quando o Senhor ficará irado e indisposto contra Judá? Não bastam os 70 anos de exclusão?” Ele não está reclamando do Pai, mas apelando para que use Sua peculiar misericórdia e perdoe os pecados do povo de Sua escolha.  E o que o Deus do Céu do alto de Sua infinita bondade responde? “Voltei-Me para Jerusalém com misericórdia; a Minha casa será edificada... As Minhas cidades ainda se transbordarão de bens; o Senhor ainda consolará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém.” (Zc 1:16-17)
            A segunda visão de Zacarias no início de seu livro mostra quatro chifres e quatro ferreiros. Os chifres, como todos sabemos, são símbolo e figura de poderes terrenos. Nesse contexto eles representam as nações que assaltaram Judá e a arrasaram, a saber, Babilônia, Moabe, Amom e Síria (Ver 2Rs 24:2). Os ferreiros (do original hebraico charash, significando artesãos, artífices, entalhadores) representam, segundo EGW, “instrumentalidades usadas pelo Senhor na restauração de Seu povo e da casa do Seu culto” PR, 581, § 1.
            “Deus havia determinado que Jerusalém fosse reconstruída; a visão da medição da cidade era uma garantia de que Ele daria conforto e força aos Seus afligidos, e cumpriria para com eles as promessas do Seu eterno concerto. Seu cuidado protetor, Ele havia declarado, seria como ‘um muro de fogo ao redor’; e por meio deles Sua glória seria revelada a todos os filhos dos homens. Aquilo que Ele estava realizando por Seu povo devia ser conhecido em toda a Terra. ‘Exulta e canta de gozo, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti.’ Is 12:6.” PR, 581.
    
SEGUNDA
            O capítulo dois do livro de Zacarias registra a terceira visão que o Senhor lhe deu. Parece que o Senhor transparecia Seu contentamento em dar a maravilhosa visão do futuro que esperava Jerusalém e o povo de Deus. Seu plano era glorificar a cidade que fora humilhada perante as nações, devolvendo-lhe a autonomia e fazendo dela Sua morada, para que todas as nações se congregassem perante Ele e se tornassem um só povo. “Em ti [povo de Deus] serão benditas todas as famílias da Terra.” (Gn 12:3)
Era ainda o propósito do Senhor como tinha sido desde o início, que Seu povo fosse um louvor na Terra, para glória do Seu nome. Durante os longos anos do seu exílio, Ele lhes havia dado muitas oportunidades de retornar a sua obediência a Ele. Alguns tinham escolhido ouvir e aprender; outros tinham encontrado salvação em meio de aflições. Muitos desses deviam ser contados entre o remanescente que retornaria. Eles foram assemelhados pela Inspiração ao ‘topo do cedro’, que devia ser plantado ‘sobre um monte alto e sublime, no monte alto de Israel’. Ez 17:22 e 23.” PR, 599.  
            Inferimos que o Anjo – os comentaristas concordam que esse anjo é Cristo - que tinha em sua mão o cordel iria mensurar os limites da cidade para levantar sua capacidade máxima de ser habitada e desenvolver as atividades normais de qualquer urbe. Outro anjo disse ao primeiro que não medisse a cidade, mas falasse com Zacarias que ela não precisava ter suas medidas conhecidas, porque seria sem limites.  O povo de Deus composto de judeus e gentios a habitaria no futuro, de modo que suas fronteiras não poderiam ser determinadas. A abundante graça de Deus traria milhões e milhões para a cidade santa.
            O SDA Bible Commentary explica que a visão dada a Zacarias nesse capítulo se tornaria realidade, se o povo houvesse cooperado totalmente com o programa celestial. Deus Se tornaria seu protetor como um muro de fogo ao redor e o santo shekinah fulguraria no Lugar Santíssimo do templo de Zorobabel. Porém, não remanesce dúvida de que quando Deus estabelecer a Nova Jerusalém na Terra, incontestavelmente a visão se cumprirá com excedível realidade.  
No plano de Deus Jerusalém será a futura capital de judeus e gentios. Quando, após o milênio e a destruição definitiva do pecado e pecadores, que se farão cinza debaixo dos pés dos justos (Ml 4:3), se cumprirá a visão/promessa de Is 66:22-23: “... Virá toda a humanidade a adorar na Minha presença, diz o Senhor.”
Agora o povo de Deus está em fase intensa de pregação e colheita de futuros habitantes da Jerusalém renovada. Todos são incluídos no objetivo da missão; não há acepção de raça, tribo, cor, sexo, nacionalidade, condição social, cultural, etc. Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.
Quando a última alma for advertida e convocada à decisão, se por Cristo ou pelo mundo, Cristo encerrará Seu ministério sumo sacerdotal no Santuário Celeste e dará seguimento glorioso ao processo do Evangelho Eterno.
        
TERÇA

             “O sumo sacerdote não podia defender nem a si nem a seu povo das acusações de Satanás. Ele não afirma que Israel esteja isento de faltas. Em vestes sujas, simbolizando os pecados do povo - pecados que ele levava como seu representante - ele está perante o anjo, confessando os pecados deles, mas apontando para o seu arrependimento e humilhação, e descansando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado. Em fé ele reclama as promessas de Deus. 
“Então o anjo, que é o próprio Cristo, o Salvador dos pecadores, reduz ao silêncio o acusador do Seu povo, declarando: ‘O Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda: não é este um tição tirado do fogo?’ Zc 3:2. Longo tempo havia Israel permanecido na fornalha da aflição. Por causa de seus pecados havia sido quase consumido no fogo que Satanás e seus agentes haviam acendido para a sua destruição; mas Deus tinha agora estendido a Sua mão para tirá-los.  
“Havendo sido aceita a intercessão de Josué, é dada a ordem: ‘Tirai-lhe estes vestidos sujos’; e a Josué o anjo diz: ‘Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de vestidos novos.’ ‘E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos...’ Zc 3:4 e 5. Seus próprios pecados e os de seu povo foram perdoados. Israel fora vestido ‘de vestidos novos’ - a justiça de Cristo a eles imputada. A mitra posta sobre a cabeça de Josué era como a que os sacerdotes usavam, e levava a inscrição: ‘Santidade ao Senhor’ (Êx 28:36), significando que não obstante suas anteriores transgressões, ele estava agora qualificado para ministrar perante Deus em Seu santuário. 
“Como Satanás acusou Josué e seu povo, assim em todos os séculos ele acusa os que buscam a misericórdia e o favor de Deus. Ele é o ‘acusador de nossos irmãos’, e os acusa ‘de dia e de noite’. Ap 12:10. A controvérsia se repete em relação a cada alma que é liberta do poder do mal, e cujo nome é escrito no livro da vida do Cordeiro. Jamais é alguém recebido na família de Deus sem que se exalte a decidida resistência do inimigo. Mas Aquele que foi então a esperança de Israel, sua defesa, justiça e redenção, é a esperança da igreja hoje. 
“As acusações de Satanás contra os que buscam ao Senhor não são movidas pelo desprazer pelos pecados deles. Ele exulta nos defeitos do seu caráter; pois sabe que é unicamente por suas transgressões da lei de Deus que ele obtém poder sobre eles. Suas acusações nascem unicamente de sua inimizade por Cristo. Através do plano da salvação, Jesus está quebrando o poder de Satanás sobre a família humana, e libertando as almas do seu poder. Todo o ódio e malignidade do arquirrebelde se inflamam quando ele contempla as evidências da supremacia de Cristo; e com diabólico poder e astúcia ele trabalha para tirar dEle os filhos dos filhos dos homens que aceitaram a salvação. Ele leva os homens ao ceticismo, procurando que percam a confiança em Deus e fiquem separados do Seu amor; tenta-os a quebrar a lei, e então os reclama como seus cativos, contestando o direito de Cristo lhos arrebatar. Satanás sabe que os que buscam o perdão e a graça de Deus os obterão; por isto apresenta diante deles os seus pecados para os desencorajar. Ele está sempre buscando ocasião contra os que estão procurando obedecer e apresentar o melhor e mais aceitável serviço a Deus, fazendo parecer corruptas todas essas iniciativas. Mediante astúcias sem conta, as mais sutis e mais cruéis, procura ele assegurar a sua condenação. 
O homem não pode, em sua própria força, enfrentar as acusações do inimigo. Com suas vestes manchadas de pecado e em confissão de culpa, ele está perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta uma eficaz alegação em favor de todo aquele que, pelo arrependimento e fé, confiou a guarda de sua alma a Ele. Ele defende sua causa, e mediante os poderosos argumentos do Calvário, derrota o seu acusador. Sua perfeita obediência à lei de Deus deu-Lhe poder no Céu e na Terra, e Ele reclama de Seu Pai misericórdia e reconciliação para com o homem culpado.” PR, 584-586.

QUARTA
Não pela força humana
            A quinta visão de Zacarias apresenta uma revelação com um móvel de particular interesse que fazia parte do santuário – a menorah ou candelabro de sete braços, só que com elementos adicionais a ele ligados, como: um vaso de azeite, sete tubinhos que faziam o abastecimento contínuo das lâmpadas. Como fonte produtora de azeite estavam duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite e outra à esquerda. Isso diz respeito à obra de Zorobabel.
            O significado desses elementos foi dado pelo anjo que falava com Zacarias. A cena era a palavra do Senh0r dirigida ao grande líder Zorobabel, a qual dizia que toda a formidável obra de reconstrução não seria feita por combates militares contra os inimigos samaritanos que buscavam embargar a obra, nem por meios humanos, mas pelo poder do Altíssimo exercido pelo Espírito do Senhor.    
            A Summarized Bible, em seu comentário sobre a visão do capítulo quatro, conclui: “Deus levará adiante Sua obra, não pela força ou poder humano, mas pelo poder de Seu Espírito, trabalhando naqueles que foram designados e chamados por Ele. Para aqueles que foram assim convocados, todas as dificuldades serão superadas.”
            Nesta visão as duas oliveiras que estão diante de Deus são representadas como vertendo de si o dourado óleo através de tubos para o receptáculo do castiçal. Daqui se alimentam as lâmpadas do santuário, para que possam produzir luz clara e contínua. Assim, dos ungidos que estão na presença de Deus, a plenitude da luz divina do amor e poder é repartida a Seu povo, para que este possa com outros repartir luz, alegria e refrigério. Os que assim são enriquecidos devem enriquecer a outros com os tesouros do amor de Deus.” PR, 594.
            “Assim, dos santos que estão na presença de Deus, Seu Espírito é comunicado aos que são consagrados para o Seu serviço. A missão dos dois ungidos é comunicar ao povo de Deus aquela graça celestial que, somente, pode fazer de Sua palavra uma lâmpada para os pés, e uma luz para o caminho. ‘Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.’ Zc 4:6.” PJ, 408.
            “Os ungidos que estão diante do Senhor de toda Terra mantêm a posição uma vez outorgada a Satanás como querubim cobridor. Por intermédio dos seres santos  que circundam Seu trono, o Senhor mantém constante comunicação com os habitantes da Terra.” Review and Herald, 20 de julho de 1897.   
            Uma mensagem que transcendeu os tempos de Zorobabel e chegou até nós – “Esta é a obra que o Senhor deseja que cada alma esteja preparada para fazer neste tempo, quando os quatro anjos seguram os quatro ventos, para que não soprem até que os servos de Deus sejam selados em suas testas. Não há tempo agora para agradar a si mesmo. As lâmpadas da alma devem ser espevitadas. Devem ser supridas com o óleo da graça. Deve-se tomar toda a precaução para evitar toda a decadência espiritual, para que o grande dia do Senhor não nos surpreenda como um ladrão de noite. Cada testemunha em favor de Deus, deve agora trabalhar inteligentemente nos ramos indicados pelo Senhor. Devemos obter diariamente uma viva e profunda experiência na obra de aperfeiçoar um caráter cristão. Devemos receber diariamente o santo óleo, para que o possamos transmitir aos outros. Todos os que quiserem podem ser faróis para este mundo. Em Jesus, devemos fazer desaparecer o próprio eu. Devemos receber a Palavra de Deus nos conselhos e instruções, comunicando-a alegremente. Há, agora, necessidade de muita oração. Cristo ordena: ‘Orai sem cessar’ (1Ts 5:17); isto é, conservai o espírito elevado a Deus, a fonte de todo o poder e eficiência.” TM, 510, 511. 
       
Além do jejum
             O jejum é uma prática espiritual muito proveitosa se dele se faz uso judicioso, e não como uma ferramenta de pressão para conseguir bênçãos de Deus. Como a lição bem o explica, o único dia de jejum que Deus determinou foi o do Dia da Expiação, para que os adoradores tivessem todo o seu poderio mental aguçado, a fim de fazer exames de consciência.
            Até hoje esses dias são mantidos. Vejam este breve artigo colhido de uma instituição judaica: “Existem seis  jejuns públicos consagrados. O primeiro em importância é o de Yom Kipur, que é o único que está explicitamente estabelecido na Torah. Os outros cinco, embora mencionados no Tanach (Bíblia com todo o Antigo Testamento), foram na realidade, estabelecidos pelos sábios, sendo apenas um deles, o Jejum de Esther, feito na véspera de Purim, que não se refere à destruição de Jerusalém e do Templo, e a perda do Estado Judeu na Antiguidade. Os quatro jejuns referentes à destruição de Jerusalém e do Templo são os seguintes: O primeiro é recordado em 17 de Tamuz. O segundo Tishá-Be’Av (9 de Av). O terceiro, é o jejum de Guedaliah, em 3 de Tishrei. E o quarto, 10 de Tevet. Em 17 de Tamuz marca o início da destruição de Jerusalém (referente ao segundo Templo), quando os romanos conseguiram romper o muro da cidade. Por ocasião da destruição do primeiro Templo, os muros começaram a serem rompidos em 9 de Tamuz. Mas ambos os eventos são comemorados na mesma data, ou seja, 17 de Tamuz. Em nove de Av (Tishá -Be’Av), três semanas após 17 de Tamuz, ocorreu a destruição, tanto do primeiro quando do segundo Templos, ocasionando a perda do Estado Judeu.
“Em 3 de Tishrei, um dia após Rosh Hashaná, é o dia do Jejum de Guedaliah (Gedalias). Guedaliah ben Ahikan, a quem Nabucodonosor designou governador de Judá após a primeira destruição de Jerusalém, foi assassinado nesta data, acabando com as esperanças do fim da dominação babilônica e possibilidade do ressurgimento do estado judeu. Em 10 de Tevet, oito dias após o último dia de Chanuká, recorda-se o começo do primeiro cerco de Jerusalém pelas forças de Nabucodonosor, ocasionando o rompimento do muro em 9 de Tamuz, e destruição do Primeiro Templo em 9 de Av.”
Porém, o que Deus realmente deseja é a prática da misericórdia, da compaixão, da bondade, da justiça com o próximo. Requer Ele que Seu povo cuide das viúvas, dos órfãos, dos enfermos e dos desamparados, dos oprimidos do diabo, das vítimas das injustiças deste mundo perdido. O jejum que Deus não suporta é aquele denunciado em Is 58:3-12.

É claro que há um jejum discreto, particular, que cada um pode estabelecer para melhorar sua espiritualidade. Jesus jejuou 40 dias e 40 noites antes de iniciar Seu ministério. Paulo jejuava, Pedro jejuava, os apóstolos e crentes da igreja primitiva jejuavam. Não há dúvida de que a mente fica mais clara durante o jejum. Vejam este conselho de EGW: “ Agora e daqui por diante até ao fim do tempo, deve o povo de Deus ser mais fervoroso, mais desperto, não confiando em sua própria sabedoria, mas na sabedoria de seu Líder. Devem pôr de parte dias de jejum e oração. Pode não ser requerida a completa abstinência de alimento, mas devem comer moderadamente, do alimento mais simples.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, págs. 188 e 189.   “O verdadeiro jejum, que deve ser recomendado a todos, é abstinência de qualquer espécie estimulante de alimento, e o uso apropriado de alimento saudável e simples, que Deus proveu em abundância. Os homens precisam pensar menos no que comer e beber em matéria de alimento temporal, e muito mais em relação ao alimento do Céu, que dará tono e vitalidade a toda a experiência religiosa.” Medicina e Salvação, pág. 283. 

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails