“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
Sempre li esse verso e acreditei que ele indicava diversas variações da vontade de Deus para nossa vida. Para mim, significava que existe algo bom, algo aceitável e algo perfeito que Deus nos pede para fazer. Mas eu nunca consegui saber como chegar lá, até a semana passada.
No último fim de semana, orei por isso várias e várias vezes, por causa das mensagens de Jim Hohnberger e do que elas deveriam significar para mim e para minha família. Estou lendo o livro do Jim nesta semana, chamado Men of Power (Homens de Poder). Descobri (“admiti” talvez seja a palavra mais adequada) que eu NÃO sou realmente um homem de poder. Pelo menos, ainda não.
O conselho de Paulo a Timóteo (1 Timóteo 3:4, 5) nos diz que os homens que estão envolvidos no ministério da igreja devem ter seus lares em ordem. Deveríamos estar levando nossas famílias a Cristo – esse é o nosso PRINCIPAL trabalho. Como Abraão, devemos liderar nossos filhos e nossa família no caminho do Senhor (Gênesis 18:19). NADA deve tomar o lugar desse trabalho que devemos fazer com nossa família. Nem o trabalho, nem a igreja, nem o ministério, nem projetos comunitários, NADA. Como podemos ser bons de verdade se “ganhamos” o mundo para Cristo e perdemos nossas famílias? Além disso, se nossas famílias são um fracasso, que tipo de evangelho (boas novas) temos para compartilhar? Freqüentamos a igreja, dizemos as coisas certas, fazemos as programações certas e achamos que está tudo bem? Se somos realmente honestos conosco mesmos, acredito que não existe um entre vinte homens cristãos que possa de fato dizer que tem uma ligação vital e diária com Deus e que esteja seguindo o caminho que ELE traçou para nossas vidas, e não o caminho que nós escolhemos.
Considerando essas questões, tenho uma confissão a fazer. Sou uma fachada, uma fraude. É isso mesmo que você ouviu. Sou uma fachada, uma fraude... porque eu represento aqui (na internet) algo que eu não sou de verdade. É claro, eu sei as doutrinas e acredito nelas. Sei o que é verdade presente e creio nela. Sou um membro de igreja em “situação boa e regular”. Eu sei o que significa a verdadeira reforma de saúde, mas não vivo isso. Eu afirmo ser adventista, mas minha vida diz outra coisa. Em casa, eu me estresso com minha esposa e com meus filhos diariamente. Perco o controle e fico zangado com muita freqüência. O mesmo vale para o meu trabalho. Meu chefe nem sempre é a pessoa mais agradável do mundo para se trabalhar e, conseqüentemente, deixo que ele influencie minha atitude. Depois desconto nos meus subordinados. Acabei com o todo o bom testemunho que poderia ter dado para as pessoas com quem eu trabalho, e elas sabem bem disso. Em cada área da minha vida, tenho falhado em seguir o exemplo de Cristo. E agora, o que eu faço?
Jesus disse que, sem Ele, não podemos fazer NADA. Finalmente entendi essa afirmação e que ela pode se aplicar à minha vida. Sem permanecer nEle, diariamente, a cada momento, não tenho chance. Se Ele próprio não conseguiu sem uma comunhão constante com Seu Pai, como posso achar que eu conseguiria?
Então, que rumo devo seguir agora? Bem, há um ótimo texto que explica tudo isso. É o capítulo 4 do livro Vida Plena de Poder, intitulado “Tente Pouco e Realize Muito” [o cap. 3 do livro Fuga para Deus, chamado “Uma Vida de Simplicidade”, também fala sobre isso]. A conclusão é: devemos nos livrar de tudo (e eu realmente quero dizer “tudo”) em nossas vidas que fica entre nós e Deus, entre nós e a salvação de nossa família.
Amigos, é hora de abrir mão das coisas que achamos que são boas para obter o melhor que Jesus tem para nossa vida. Paulo diz: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1 Coríntios 6:12). Ele tinha medo de ficar sob o poder de qualquer coisa que o afastasse de Cristo.
Tenho vergonha de admitir onde eu estive na minha caminhada cristã, mas não tenho vergonha de dizer que estou progredindo a cada dia. Estou me esforçando para alcançar a linha de chegada, para que, depois de correr nessa corrida, eu não seja desclassificado. Não quero que nada atrapalhe minha caminhada com Cristo. E agora percebo, mais do que nunca, a solene responsabilidade que foi colocada perante mim como o sumo-sacerdote do meu lar. Tenho uma obrigação perante meu Deus e minha família, e nada deve tomar esse lugar.
É com esse pensamento e essa convicção em mente que estou me desligando (da internet). Percebi que um dos entretenimentos que pessoalmente mais me distraem de Deus e da minha família é o computador. Quer seja algo bom (como este site) ou aceitável (como fazer pesquisas, checar e-mails, ler notícias, etc.), está roubando o tempo que eu deveria gastar com o que é O MELHOR. Eu não deixarei mais que essas coisas roubem o tempo que eu deveria dedicar a Deus e à minha família. Além disso, o que eu teria para compartilhar de fato com vocês, meus amigos, se o Espírito Santo não estiver morando dentro de mim e dirigindo minha vida em casa?
Embora eu goste muito de estar online, não posso continuar trocando as coisas mais importantes da vida por isso. Por favor, lembre-se de mim em suas orações enquanto viajo por essa estrada pouco transitada até o destino final, preparado pelo nosso Pai celestial. Que a vontade dEle seja feita e que eu encontre nEle a força para firmar minha vida diariamente, submetendo minha vontade à de Deus. Que Deus o ajude também a encontrar essa coragem incomum para fazer o mesmo.
REFLEXÃO: “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta” (Hebreus 12:1)
Michael Arcand, mantenedor do "extinto" blog Abundant Rest Ministries, via Contato Imediato
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