Um herói na Copa do Mundo de 1994

(adaptado do texto de Dennis Downing)

“Pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (II Coríntios 8:21)

Na Copa do Mundo de 1994, como bem sabem, o goleiro Taffarel ajudou a levar o time brasileiro ao Tetracampeonato em Copas do Mundo, contudo, por esquecimento, quase perdeu a medalha desta vitória.

Numa curta viagem entre hotéis no dia seguinte ao jogo final, Taffarel deixou uma pochette com os passaportes dele e de toda a sua família. Sessenta Mil Dólares americanos e a sua medalha da Copa, num táxi.

O motorista do táxi, Juan Blanco, da cidade de Santa Ana, louco por futebol, havia torcido pelo Brazil naquele jogo final. Impedido de assistir ao jogo ao vivo, porque não podia pagar o ingresso de Cento e Oitenta Dólares, Juan teve que se contentar em ver o jogo pela televisão. Juan disse depois que, no curto trajeto entre hotéis naquele dia, achou algo familiar no passageiro, mas só quando chegou ao destino que Taffarel pediu para levá-lo para a entrada dos fundos para evitar os fãs, que percebeu que se tratava do próprio goleiro do time vitorioso. Não querendo incomodar "o astro", Juan deixou-o na entrada. Recebeu a modesta quantia da corrida, e voltou para casa para tomar seu café da manhã e descansar. Só depois quando voltou ao carro, descobriu uma pochette no banco do passageiro.

Quando abriu, Juan encontrou os passaportes da família Taffarel, os Sessenta Mil Dólares e a
medalha dos campeões da Copa do Mundo.

Juan confessou que foi tentado a voltar para o México com todo aquele dinheiro. Pensou no quanto aqueles valores poderiam ajudar a sua família, mas sabia que a coisa certa era devolver tudo ao verdadeiro dono.

Com seu irmão junto, Juan voltou para o hotel. No caminho, ele ouviu no rádio que a polícia estava à procura do motorista que havia transportado o goleiro Taffarel. No entanto, quando ele chegou ao hotel, fez questão de entregar os pertences pessoalmente ao goleiro.

Taffarel também queria conhecer o motorista honesto. Segundo Juan, Taffarel agradeceu com um forte abraço e disse que não havia muita gente que faria o que ele fez. Em compensação, Juan recebeu um moletom do time do Brasil assinado pelo próprio goleiro e uma gratificação de Mil Dólares!

Nem sempre a coisa certa traz o retorno que gostaríamos de ter. Às vezes custa, e custa caro fazer o que e correto. Mas, se é a coisa certa a fazer, então temos que fazê-la, custe o que custar.

Há muita coisa boa e interessante nos esportes. Há inúmeras oportunidades para atletas e torcedores servirem a Deus e darem glórias a Ele com o que fazem. Tomara que mais atletas (e torcedores) façam isso. Não sabemos se para Deus a vitória do Brasil na Copa de 1994 valia muita coisa, provavelmente não. Mas uma coisa é certa - aquele motorista de táxi voltou para sua casa como um herói para Taffarel, e um vencedor aos olhos do Rei.

REFLEXÃO: “O justo anda na sua integridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele” (Provérbios 20:7)

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