Um Anjo

(adaptado do texto de Evelia R. Cargill)

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza” (Salmos 46:1-3)

Como caloura na universidade, tive a oportunidade de morar na casa de uma família maravilhosa. Numa linda manhã de domingo, decidi dar uma volta pela vizinhança e, como era meu costume, orei antes de sair. Não muito depois de ter fechado o portão da frente e começado a caminhar, ouvi um som de pés se arrastando, atrás de mim. Virei-me instintivamente, e o que vi me deixou congelada: Rock, o rottweiler sempre mal-humorado do vizinho, estava solto! Eu sabia que seria perigoso demonstrar medo, e já estava longe demais de casa para pedir socorro. Fiquei parada quieta, perguntando a Deus quais eram as minhas opções, quando Rock passou por mim, avançou alguns passos, parou, aguardou pacientemente alguns segundos e depois me olhou como se perguntasse: “Bem, vamos fazer uma caminhada, ou não?”

Para minha surpresa, comecei a caminhar e, para meu alívio, Rock começou a andar também.

Chegamos a um pequeno parque, e Rock logo desapareceu atrás de algumas árvores. Continuei caminhando na calçada e reatei a conversa com Deus que havia começado no culto matutino. Alguns minutos passaram e, sem sinal de Rock, fiquei mais descontraída – até ver um homem andando em minha direção. Tentando evitar contato, reduzi minhas passadas e atravessei a rua de duas pistas para a calçada do outro lado. Para meu espanto, o estranho apressou o passo e atravessou também.

Quando olhei para trás, vi o estranho vindo justamente em minha direção, com um sorriso forçado no rosto. Nesse instante, vi Rock rolando na grama. Sem hesitar, assobiei para ele. Ele se pôs em pé e olhou direto para mim. Então, fiz uma coisa que jamais pensaria em fazer – dei umas batidas no meu joelho, chamando Rock para que viesse até onde eu estava. Aí aconteceu uma tríplice corrida: Rock correu na minha direção, meu coração disparou e, o melhor de tudo, o estranho foi embora correndo.

De volta ao meu quarto, louvei a Deus, de quem fluem todas as misericórdias, e Lhe agradeci a proteção daquela manhã. Na verdade, antes que Seus filhos clamem, Deus responderá, e enquanto estiverem ainda falando, Ele ouvirá (Isaías 65:24).

REFLEXÃO: "Porque aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos" (Salmo 91:11)


Um comentário:

Anônimo disse...

Graças de Deus!

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