"Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio" (Salmo 62.8)
Comecei a orar no dia em que meu pai me disse que estava indo embora e nunca mais voltaria para casa. Eu tinha oito anos e fiquei arrasado. Naquela noite, iniciei um ritual noturno que durou muitos meses. Eu subia na cama de cima do beliche, puxava as cobertas sobre minha cabeça e sussurrava: "Deus, por favor, traga meu papai para casa".
Você já ouviu crianças orarem? Elas não tentam impressionar Deus com um discurso eloquente, elegante ou com aspecto de santidade. Para as crianças, a oração é uma conversa direta com Deus, que ouve e Se preocupa.
Ao crescermos, muitos de nós perdemos a simplicidade da oração. Nós a transformamos em uma rotina diária automática. Mas a oração, em sua forma mais pura, ocorre quando os filhos e filhas de Deus, não importa quão jovens ou velhos, derramam seus corações a um Pai celestial que está sempre ouvindo.
Nós podemos clamar a Deus na noite dos nossos temores. Deus ouve os sussurros mais abafados de nosso coração. Deus é nosso Pai. Quando a escuridão nos envolve, Ele nos convida a puxar as cobertas e derramar nosso coração.
Eu aprendi que Deus nem sempre responde às nossas orações do modo como gostaríamos. Meu pai nunca voltou para casa. Mas, debaixo das cobertas, em muitas noites de pranto, aprendi a clamar Àquele a quem a Bíblia chama de Abba - "Pai". Eu me senti abandonado, mas não só.
REFLEXÃO: "... Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus" (Mateus 18:3)
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