"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai... Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira" (João 8:44)
Não estou certo se esta é a maior de todas as mentiras, mas certamente é a que mais tem enganado as pessoas: "Nós somos deuses". Esse é um pensamento ambicioso, que age como um redemoinho ao longo da história e vem seduzindo milhões de pessoas por onde passa. Primeiro seduziu a mais formosa e inteligente criatura do Universo. Depois, esta idéia insana foi também a causa da queda da raça humana, que absorveu o vírus da morte por acreditar que "seriam como deuses". Tem invadido cultura após cultura, conquistando cada vez mais os corações e as mentes das pessoas. É um pensamento quase irresistível, que parece suprir nossas necessidades e anseios. Saiba mais
"Ser um com Deus, ou ser como Deus" é a pedra fundamental do hinduísmo, do budismo, do sufismo, do jainismo, do taoísmo, da cabala, do gnosticismo, da teosofia e da nova era, entre outras visões de mundo. Uma outra religião mundialmente conhecida, ainda diz com certeza que esperam tornarem-se deuses, para então formarem e povoarem seus próprios mundos com a cooperação de suas esposas. Eles crêem na existência de incontáveis deuses, e exclamam confiantemente: “Existem mais deuses do que partículas de matéria”. Quem é o autor desta idéia? Quem desejava assentar-se acima do trono de Deus e ser semelhante ao Altíssimo? Veja Isaías 14:12-15.
"A grande mentira" promete delícias temporais: "Oh! seremos divinos e faremos tudo o que quisermos, na hora que quisermos e como quisermos". Grande erro! Pensam que o sabor do pecado é divino nos seus casos, aqueles que já caíram nessa ilusão. Mal sabem que esse pensamento é uma faca de dois gumes: pode levar ao êxtase espiritual como também a uma depravação moral e espiritual. Foi esse pensamento que norteou a vida de Rajneesh, um indivíduo que possuía noventa Rolls Royce e ensinava que cada um seria o buda de si próprio. Ficou conhecido como o guru sensual da década de oitenta, sendo ousado o suficiente para deixar o seguinte epitáfio: "Nunca nasceu...nunca morreu...apenas visitou este planeta terra entre 1931 e 1990".
Outro que ficou famoso por este mesmo pensamento, foi Maharishi Mahesh Yogi, o guru dos Beatles, que repetia: “Eu sou aquilo, você é aquilo, tudo isso é aquilo, aquilo sozinho está, e não há mais nada além daquilo”. Conta-se que foi flagrado pelos próprios garotos de Liverpool tentando levar a atriz Mia Farrow para a cama. Aliás, vale lembrar que o líder desta banda por estar se sentindo como um deus, certa vez disse: "O cristianismo vai se acabar, vai se encolher, desaparecer. Eu não preciso discutir sobre isso. Eu estou certo. Jesus era legal, mas suas disciplinas são muito simples. Hoje, nós somos mais populares que Jesus Cristo." Logo depois disto, John Lennon recebeu cinco tiros de seu próprio fã. "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7). Não que isto tenha sido necessariamente causado pela ira divina, mas uma coisa é fato: o artista morreu, enquanto que o autor da vida continua vivo!
É impressionante a clareza destas idéias no filme hollywoodiano "O Todo Poderoso". Quando o repórter Bruce Nolan interpretado por Jim Carrey assume o posto de "deus", uma de suas primeiras ações foi fazer um forte vento soprar e levantar a saia de uma moça que andava na calçada. É essa inconcebível fusão, do divino com o depravado, que acaba gerando um deus sem escrúpulos! Mas a certeza é que ninguém passa incólume por imitar e zombar de Deus. Bruce, Lennon ou qualquer outro ser humano que postule o papel de Deus, desconhece a inviabilidade técnica, moral e ética do ser humano pleitear a posição do Todo-Poderoso. O personagem Bruce, do ponto de vista cristão, é um louco, pois zomba do pecado (Provérbios 14.9) e desconhece, ou não considera as conseqüências dos seus atos.
Como membro desta raça humana corrupta que necessitou da salvação trazida por Jesus Cristo, concluo esta análise com grande temor e tremor diante do Único, Maravilhoso e Insubstituível Todo-Poderoso. Faço minhas as palavras paulinas em Romanos 11:33-36: "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém".
REFLEXÃO: “Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (I Co 8:5,6).
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