Comentários Lição 05 – Obediência: fruto do reavivamento (Prof. César Pagani)

27 de Julho a 03 de Agosto de 2013

Verso para Memorizar

“As armas de nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas, derrubando raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” (2Co 10:4-5)

César L. Pagani

            O Universo funciona segundo hierarquias. O Sol, por exemplo, é a autoridade astrofísica suprema do sistema que leva seu nome. Os planetas, cometas, asteroides e cada partícula componente precisam estar submetidos à atração do astro-rei. Por sua vez, o Sol se submete ou “obedece” ao centro dominante da galáxia Via Láctea. Imaginemos um distúrbio de insubmissão em todo esse fantástico equilíbrio. Obediência é submissão a um poder maior. Que caos resultaria de um “motim” no espaço!  
            Tudo o que foi criado obedece à vontade do Criador. Só assim é preservada a harmonia do Universo. No longínquo passado, quando tudo era paz, harmonia e felicidade, isso se devia a que todos os seres e coisas criadas prestavam atendimento à vontade do Criador. Num fatídico dia, contudo, o principal arcanjo resolveu tomar a decisão de independer-se. Não mais obedeceria à vontade divina por entender que os anjos, seres superiores e perfeitos como eram, podiam dispensar a Lei.
            Deus não aceita obediência forçada. Quer que os seres que criou entendam a importância de atender à Sua vontade, porque Ele sempre quer o melhor para eles. É loucura varrida julgar que a sabedoria de qualquer criatura é superior à de Deus.
            O reavivamento da primitiva piedade trará de volta a estrita obediência. A obediência à verdade é que purifica a alma. Não há outro meio melhor.

DOMINGO
Vida transformada          
            O reavivamento é uma obra multidisciplinar. Como disse o Pr. Finley, ele não se constitui simplesmente numa experiência de enlevo de sentimentos, de apuradas emoções, de êxtases espirituais, mas de vidas transformadas que produzem frutos dignos de arrependimento. Ellen White fala de reavivamentos da primitiva piedade, da temperança, da verdadeira religião no coração, do estudo da Bíblia, da fé e poder da igreja primitiva, da obra médico-missionária, da reforma de saúde, das antigas verdades adventistas, da prática cristã e de outras faces da vida cristã.
            Uma das coisas que o reavivamento faz primeiro é levar o indivíduo a um profundo exame de coração e aquisição de humildade. Em decorrência, a vida do professo crente é transformada pelo poder de Cristo. Percebendo nossa verdadeira condição espiritual, temeremos e tremeremos e buscaremos aquele poder que transforma um Saulo em um Paulo, que muda uma meretriz numa seguidora de Cristo, que converte um filho do trovão num discípulo amado.
            O poder do Espírito Santo transformou o precipitado e pusilânime Pedro numa das colunas da igreja primitiva, num pastor dedicado e amoroso, num ousado pregador do Evangelho, num “chamador do pecado pelo nome” e, por fim, num mártir que foi crucificado em Roma de cabeça para baixo, por não se achar digno de morrer como Cristo morreu.
“Mas Pedro se converteu, e então, depois da crucifixão e ressurreição de Cristo, quando estava perante os legisladores, ousadamente declarou-se a favor de Jesus, e acusou os príncipes com estas palavras: ‘Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que vos desse um homem homicida. E matastes o Príncipe da vida.’ At 3:14 e 15.  Pedro se revela um homem inteiramente diferente do Pedro confiante em si mesmo e vangloriador de antes de sua conversão. Apresentou-se-lhes a voz do mundo, os inimigos de Cristo, dizendo aos Seus mensageiros: ‘Que não ensinásseis nesse nome’, ... ‘quereis lançar sobre nós o sangue desse Homem.’ At 5:28 Teve êxito tal ameaça? Tornou covardes as testemunhas de Cristo? - Não; elas proclamaram a mensagem que Deus lhes dera; e foram trancados na prisão, mas Deus enviou os Seus anjos para os libertar. De noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os trouxe para fora, dizendo: ‘Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas a palavras desta vida.’ At 5:20. Essa voz dos anjos celestes era diretamente oposta à das autoridades, e a qual delas deveriam eles obedecer? ‘Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-O no madeiro. Deus, com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados. E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que Lhe obedecem. Porém, ouvindo eles isto, se enfureceram, e deliberaram matá-los.’ At 5:29-33.” TM, 268. 
            “Aumentando o número de crentes em Jerusalém e outros lugares visitados pelos mensageiros da cruz, os talentos do apóstolo Pedro se provaram de inestimável valor para a primitiva igreja cristã. A influência de seu testemunho referente a Jesus de Nazaré se estendia amplamente. Sobre ele havia sido posta dupla responsabilidade. Dava ele perante os incrédulos positivo testemunho com respeito ao Messias, trabalhando fervorosamente para a conversão deles, fazendo ao mesmo tempo trabalho especial pelos crentes, fortalecendo-os na fé em Cristo.” AA, 514.     

SEGUNDA
            Está escrito: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2Tm 3:12)
“Satanás está em constante operação para agitar os poderes do inferno de sua confederação do mal contra os justos. Ele capacita instrumentos humanos com seus próprios atributos. Anjos malignos, unidos com homens maus, empreenderão esforços para prejudicar, perseguir e destruir.” Olhando Para o Alto, p. 256.
Será que não estamos pagando o preço da desobediência? - “Por que é, pois, que a perseguição, em grande parte, parece adormentada? A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo e, portanto, não suscita oposição. A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de Cristo e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de Deus tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição.” GC, 48.
Obedecer fielmente a Deus num mundo governado pelo maligno nunca foi fácil. Abel pagou com a vida sua fidelidade. Abraão teve de sair de sua parentela idólatra para obedecer a Deus e viver como um beduíno errante. Jó pagou com duríssimos sofrimentos sua lealdade a Jeová.
A primeira luta do obediente é contra si mesmo, suas inclinações pecaminosas, suas paixões herdadas e adquiridas, suas inclinações para o mal. Vencidas essas, tem ele de enfrentar padecimentos até dentro do arraial de Israel, porque muitos de seus companheiros não lhe entendem o proceder, chamando-o fanático, extremista, carola e outros apelidos negativos. Depois ele tem o mundo que é totalmente adverso e inóspito a uma vida cristã.  Não bastasse isso, as hostes do mal exercem terrível pressão sobre ele, armando-lhe ciladas, submetendo-o a bullying (ameaças, intimidações, acossamentos) constante.
Não fosse a misericórdia e a graça de Cristo e ninguém resistiria a tamanha compressão.
Estêvão era um dos sete diáconos da igreja primitiva. Um homem cheio do Espírito Santo, de fé, de sabedoria e que conquistará alta reputação na igreja.  E mais: era ele “cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8)
O Espírito do Senhor o impeliu a denunciar o crime que Israel cometera em rejeitar o Messias e crucificá-Lo. Em obediência à influência do Espírito, Estêvão falou gravemente contra autoridades e povo. Ele falou a pura verdade, mas os homens, enlouquecidos e acusados por sua consciência condenaram-no sumariamente à morte. Ele pagou com a vida o preço de sua lealdade a Deus.  Sob os olhares aprovadores de Saulo de Tarso, teve ele seu corpo contundido e a cabeça esmagada por pedradas.
Saulo, depois de convertido e tornado Paulo, também pagou com muito sofrimento e a vida a obediência amorosa que prestava a Cristo. “São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.” (2Co 11:23-27)

TERÇA

                Em João 16:8 está escrito: “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade, a qual não viria com energia modificada, mas na plenitude do divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele, o crente torna-se participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para gravar Seu próprio caráter em Sua igreja.” Review and Herald, 19 de novembro de 1908. 
            Em seu cego zelo farisaico, Paulo resistira ao Espírito Santo. Ele, segundo a repreensão que Cristo lhe deu no caminho de Damasco, recalcitrava ( do grego laktizo =
 escoicear) contra os aguilhões, isto é, resistia às profundas convicções que, como ferrões de vespas, abelhas, cutucavam-lhe a consciência.  Havia até um aforismo com a expressão “chutar contra o aguilhão”, com o sentido de oferecer resistência sem sentido, perigosa ou maléfica.  Em outras palavras, ele não dava seu braço a torcer diante das convicções que o Espírito Santo inseria em sua mente.
            Um ponto interessante a relevar neste estudo é que Jesus pôs Paulo em contato com os representantes de Sua igreja, para que ele pudesse recobrar a vista e receber o Espírito Santo, a fim de capacitá-lo para ser testemunha perante reis, judeus e gentios.  É erro agir independentemente do corpo organizado de crentes, embora a igreja ainda tenha falhas e defeitos. Devemos lembrar-nos sempre que: “Durante séculos de trevas espirituais a igreja de Deus tem sido como uma cidade edificada sobre um monte. De século em século, através de sucessivas gerações, as puras doutrinas do Céu têm sido desdobradas dentro de seus limites. Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações.” AA, 12.
            Sobre Ananias, o homem escolhido por Deus para receber Paulo como irmão na fé, lemos que ele próprio não acreditava no que estava ouvindo dos lábios de Cristo. Tão logo ouviu as instruções de Jesus, questionou o propósito da missão. Ele entendia que o perseguidor era um homem duro, violento, fanático e que estava a serviço do inimigo da igreja.  Não acreditava que o Céu tinha poder para demolir um homem empedernido e reconstruí-lo como seguidor e Cristo. Jesus brandamente replicou a Seu servo dizendo-lhe que Saulo era um vaso escolhido e que trabalharia por Aquele a quem antes perseguira e sofreria tudo por amor ao Seu nome.
            “No relato da conversão de Saulo, encontramos importantes princípios que devemos sempre ter em mente. Saulo foi levado diretamente à presença de Cristo... [Ele] embargou-lhe o caminho e convenceu-o do pecado; e quando Saulo perguntou: ‘Que queres que faça?’ (At 9:6) o Salvador colocou o indagador judeu em contato com Sua igreja, para que obtivesse o conhecimento da vontade de Deus em relação a ele...” A Verdade Sobre os Anjos, 228.  
            Deus muitas vezes nos surpreende com Suas ordens e chamados, como surpreendeu Jonas ao enviá-lo a Nínive com uma mensagem de arrependimento a um povo cruel e perseguidor de Israel, e também como surpreendeu Oseias dizendo-lhe para casar com uma rameira e ter filhos com ela; como surpreendeu Samuel ao escolher Davi como substituto de Saul no trono de Israel. Na verdade, quando o Senhor dá uma ordem Ele sabe muito bem o que está fazendo e a nós cumpre-nos atender. Mais tarde entenderemos Seus santos propósitos.  

QUARTA
Sensibilidade ao chamado do espírito santo
            Disse o Senhor certa vez: “O Meu Espírito não agirá [não permanecerá, diz outra versão bíblica] para sempre no homem, pois este é carnal.” (Gn 6:3) Quando há persistente e determinada resistência aos chamados do Espírito, ocorre a tragédia de Saul: “Ora, o Espírito do Senhor retirou-Se de Saul...” (1Sm 16:14) Temendo que um dia isso acontecesse com ele, Davi orou súplice: “...Não retires de mim o Teu Espírito Santo.” (Sl 51:11)
            Ora, sendo o Espírito do Senhor o único que nos pode convencer do pecado, da justiça e do juízo, conduzir-nos a Cristo para lavagem dos pecados e perdão, convém-nos ser sensíveis aos Seus apelos. Ingentes súplicas são-nos feitas quando nos desviamos. O Espírito não nos abandona por qualquer coisa, até mesmo se Lhe opusermos resistência por algum tempo, mas a persistente recusa em ouvir-Lhe as amorosas admoestações pode custar-nos a eternidade. “ Uma vez rejeitadas as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito, não sabemos a que profundezas uma pessoa pode imergir.” CBV, 429. 


Deus empenha todos os Seus recursos com a pessoa por longo tempo se for o caso. Ele é mui longânimo e tardio em irar-Se, grande em misericórdia. Veja o exemplo do perverso rei Manassés de Judá, que cedeu finalmente aos apelos do Espírito depois de 55 anos de caminhos perversos, idolatrias, assassínios e toda sorte de pecados. Ele é muito misericordioso. Porém, não convém testar o Espírito.
“O Espírito Santo era o mais elevado dos dons que Ele podia solicitar do Pai para exaltação de Seu povo. O Espírito ia ser dado como agente de regeneração, sem o qual o sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido. O poder do mal se estivera fortalecendo por séculos, e espantosa era a submissão dos homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade, a qual não viria com energia modificada, mas na plenitude do divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele, o crente torna-se participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para gravar Seu próprio caráter em Sua igreja.” Review and Herald, 19 de novembro de 1908. 
Note nesse texto inspirado a preciosidade do dom do Espírito Santo. Ele nos regenera, nos dá poder para resistir ao pecado. Ele torna eficaz o sacrifício de Cristo em nossa vida, purifica nosso coração de toda a imundícia produzida pelo pecado. Por Ele tornamo-nos participantes da natureza divina.

Obediência guiada pelo espírito
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;   antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,  a Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp 2:5-8)
Que sentimentos teve Cristo? Ora, em primeiro lugar Ele era Deus em carne. O Onipotente, Aquele que enche os céus e a Terra, abriu mão do uso de Sua divindade para realizar a obra a que viera. Jamais Cristo usou Seus poderes divinos em proveito próprio. Ninguém obrigou Jesus a encarnar-Se e vir viver num charco de pecado como é este mundo. Sua santidade sofria diariamente ao contemplar o estado a que o pecado levara o homem. Era-Lhe uma tortura para o espírito ver a ação e as consequências da transgressão. Aquele que recebia constantemente a homenagem dos anjos era agora insultado, desprezado, perseguido e agredido pelos homens a quem viera salvar.
Aquele que dava ordens aos anjos e comandos aos luzentes exércitos do Céu, sujeitou-Se à guia total do Espírito Santo, para obedecer às Suas instruções e influências.
Outro ponto de alto relevo é que Cristo não exigiu e nem reclamou homenagens dos homens por causa de Sua divina condição. A versão de Phillips assim expõe o verso seis: “Pois Ele, que sempre foi Deus por natureza, não se apegou a Seus privilégios como igual a Deus...”  Consentiu em passar por todas as humildes experiências da vida, andando entre os filhos dos homens, não como rei, exigindo homenagens, mas como Alguém cuja missão era servir aos outros. Não havia em Sua maneira de ser nenhum traço de beatice ou de fria austeridade. O Redentor do mundo tinha uma natureza superior à dos anjos, todavia, unidas a Sua divina majestade achavam-se a mansidão e a humildade que atraíam todos a Ele.” MDC,  14.
Ele Se encarnou pelo poder do Espírito Santo, viveu sob a guia do Espírito Santo, recebeu Sua unção messiânica do Espírito Santo e tudo quanto fez era produto de Sua total submissão ao controle do Espírito. Paulo recomenda que os sentimentos e atitudes de Jesus nos sirvam de exemplo.
Assumiu a forma de servo – O Rei do Universo tornou-Se servo da humanidade. Sua vida foi vivida em prol do homem. Jesus não procurou os confortos, as glórias, os prazeres e tudo quanto o mundo podia Lhe oferecer. Seu quinhão foi o de um Homem de dores, que sabe o que é sofrer.
A obediência de Cristo foi não plena que Ele nem mesmo tentou livrar-Se das humilhações, do julgamento ímpio que Lhe deram, das flagelações, de carregar a pesante haste horizontal da cruz (que, estima-se, pesava 50 quilos). Deixou-Se pregar na cruz quando, se quisesse, podia livrar-Se sem o menor esforço... Submeteu-Se a receber a incalculável carga de pecados da humanidade – pois era seu Substituto que tiraria o pecado do mundo -, sofreu a separação do Pai e expirou. Seu amoroso coração se rompeu em face de tamanha angústia.
Tenhamos presente que Deus só aceita a obediência guiada pelo Espírito. Podemos até obedecer externamente a certas injunções bíblicas, a normas e regulamentos da Igreja, aos conselhos de nossos pastores e guias, porém, se nossa subordinação não passar de um comportamento farisaico, infelizes somos, mais do que todos os homens.   

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails