"Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" (Lucas 18:8)
“Levantam-se homens que julgam ter alguma coisa a criticar na Palavra de Deus. Eles a expõem diante de outros como prova de superior sabedoria. Esses homens são, muitos deles, inteligentes, instruídos, possuem eloqüência e talento, homens cuja vida toda é desassossegar espíritos quanto à inspiração das Escrituras. Influenciam muitos a ver segundo eles próprios vêem. E a mesma obra é transmitida de um para outro, da mesma maneira que Satanás designou que fosse, até que possamos ver plenamente o sentido das palavras de Cristo: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Lucas 18:8. (Mensagens Escolhidas, v1, 17).
Estamos, mais que em todos os tempos anteriores, vivendo a ênfase do EU. A sociedade humana está se voltando a essa direção. “Eu posso”; “eu mereço”; “eu de preferência”; “eu sou o melhor”; “eu mais que os outros”, e assim por diante.
O egoísmo, ou exaltação do eu, até tornou-se um grande negócio. A indústria e o comércio desenvolveram no “eu” um grande mercado. E quando tudo se centra no “eu”, DEUS sai de nosso foco de atenção. A fé deixa de ter importância, pois quem confia no “eu posso” não precisa de fé, afinal, ele imagina depender só de si mesmo.
O que é o grande mercado do “eu”? Ontem ainda assistia um programa na Televisão sobre automóveis de luxo. Não me atrai, mas pensei, aí se pode aprender algo sobre a natureza do ser humano. Logo surgiu a pergunta: por que tanto luxo? Portas diferentes, motorizadas e com comando remoto, que abrem para cima. Muito chique mas nada prático, pois em dia de chuva molha tanto o passageiro quanto o automóvel por dentro. E o coitado do ‘feliz” proprietário precisa pagar uns R$3.000.000,00 por essa relíquia, algo fantástico para atrair a atenção de ladrões. Esse automóvel, para mim, é uma sucata em relação ao que nossa família terá, bem logo, nas mansões celestiais, por enquanto indescritível. É só uma questão de tempo.
Durante os comerciais daquela programação, apareceu uma senhorita fazendo propaganda sobre a mulher moderna. Essa mulher precisa consumir uma quantidade de produtos da indústria de cosméticos, ou ela não é linda. Creio que os maridos, ao menos aqueles que desejam a vida eterna deles e da respectiva esposa, precisam se reciclar e entender a diferença entre uma “mulher produzida pelo homem” e uma “mulher criada por DEUS”. A verdadeira cosmética da beleza está na reforma da saúde. Porém, a indústria vende a idéia de beleza fácil e rápida, aplicada sobre um corpo mal cuidado, que se renova com 10 minutos diários de exercícios sem nenhum suor e quase nenhum esforço, com produtos vendidos, também pela indústria da vaidade.
Então, devemos ou não ser pessoas belas e atraentes? Claro que sim, mas ao natural, conforme o original, de modo completo, por meio de uma boa saúde e vivendo conforme a excelência dos princípios divinos. Sabe quanto custa viver assim? É o estilo de vida de menor custo que se pode encontrar, além de fornecer a felicidade interior por causa da esperança num futuro infinito.
Mas os homens deste século, mais do que em todos os tempos, valorizam só o “eu”. Analise o trecho bíblico de 2 Tim. 3:1-5: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os homens serão egoístas, avarendos, jactansiosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de DEUS, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” Resumindo: “levar vantagem em tudo, para a satisfação do “eu” e depreciação do próximo”.
Quem valoriza o “eu” mais que o bom equilíbrio, não precisa de DEUS, nem de fé em DEUS. Esse vive “de si para si mesmo”, e tudo o mais, para ele. A sociedade é para ele, a natureza é para ele, e tudo o que existe é para ele. Assim o mundo só pode mesmo “ir de mal a pior” (2 Tim. 3:13).
REFLEXÃO: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou que diria o homem em troca da sua vida?” (Marcos 8:36-37)
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