“Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará" (Hebreus 13:4)
O livro do jornalista alemão Peter Seewald nem bem foi lançado e já chamou a atenção da imprensa mundial. Intitulado Luz do Mundo: o Papa, a Igreja e os Sinais do Tempo, o livro de Seewald é fruto de vinte horas de entrevista cedida pelo Papa Bento XVI. Em meio às declarações do pontífice, uma foi alvo especial de polêmica: questionado sobre o uso de preservativos, Bento XVI afirmou que a única exceção para o seu emprego seria no caso de prostitutas, para evitar o risco de contaminação. O papa, conhecido pela rigidez em proibir os preservativos, recebeu elogios de muitas entidades, que enxergaram na declaração uma abertura da Igreja Católica para uma perspectiva mais "atual". Entretanto, como se poderia avaliar a questão? Devem os cristãos deixar seu "dogmatismo" para atender as necessidades da sociedade atual? O sexo seguro é uma saída legítima para se evitar doenças sexuais transmissíveis?
Quero primeiro me deter sobre a declaração de Bento XVI. Dizer que as prostitutas deveriam usar preservativo, apenas em virtude de sua condição, equivale a dizer que estupradores e maridos adúlteros também deveriam recorrer ao mesmo utensílio! Em ambos os casos, um ato pecaminoso corriqueiro se torna um motivo para que o pecado seja praticado com segurança!
Olhemos a questão como um todo mais de perto. A pressão que recai sobre a Igreja Católica, em particular e sobre a maioria dos cristãos, em geral, é feita no sentido de que aceitem o preservativo como defesa segura contra doenças sexualmente transmissíveis (sendo a AIDS a mais citada). Entretanto, para os cristãos, a preocupação não é essa. Toda a questão envolve a perspectiva da qual se parte. Ou seja: temos que levar os questionamentos a um estágio anterior. Antes de nos perguntarmos: "Qual é a maneira mais segura de praticar sexo?", deveríamos inquirir: "Quem pode fazer sexo?"
Eu sei que, na atualidade, a última pergunta parece ridícula. Ninguém a levaria a sério. Por quê? Pela razão de que a perspectiva secular é disseminada o suficiente para se impor na mente da maioria das pessoas. Isso não quer dizer que os cristãos devam se sujeitar. Temos uma referência: a Palavra de Deus, a qual é sólida e inequívoca. E os não-cristãos, com quem contam? Apenas com o homem como sua própria referência, finita e limitada, volúvel e mutável.
Não importam as modas intelectuais: a Bíblia afirma que sexo é reservado para os cônjuges; assim, se quisermos ser cristãos, nunca poderemos defender o sexo seguro (até porque ele não é de fato seguro: nem quanto ao quesito de evitar doenças, devido aos poros dos preservativos, ou quanto a ser capaz de preservar a integridade emocional). A maneira autenticamente cristã de solteiros evitarem doenças sexualmente transmissíveis chama-se abstinência sexual. Quanto às prostitutas, a solução é outra: conversão!
REFLEXÃO: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14)
Fonte: BAP
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