"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes admoestemo-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia" (Hebreus 10:25)
Muitos irmãos encontram "bons motivos" para justificar a ausência nos cultos. Inventam as desculpas mais esfarrapadas em prol da falta. Muitos ainda, mesmo considerando-se "evangélicos", "protestantes" ou etc., mesmo podendo, sequer aparecem em algum deles, mesmo sabendo que existem pelo menos três oportunidades ao longo da semana: Culto Evangelístico (domingos), Culto de Oração (quartas) e Culto de Adoração (sábados - certamente o ponto alto da semana).
Muitas vezes ninguém pergunta, mas as desculpas já são pronunciadas automaticamente: “Não pude ir porque estava cansado”, “trabalhei muito durante a semana", "meu filho estava com febre”, “estive trabalhando”, “recebi visitas”, “fui visitar um parente”, “tinha que terminar um trabalho escolar”, “estava indisposto”, “estava chateado com a igreja”, “não gosto do pregador que iria ocupar o púlpito”, “prestei culto a Deus em casa mesmo”, “sou mais crente do que quem está lá a esquentar os bancos”, “ninguém repara que eu existo”, “não sou valorizado”, e etc.
Algumas coisas justificam uma ausência. Mas a verdade é que a maioria delas são meras desculpas. E, cada vez que nos ausentamos dos cultos na igreja, sentimos maior facilidade em faltar uma próxima vez. Diz-se que a cada sábado faltado a igreja, mais um "quarteirão murado" de distância é formado ao redor dela. No "primeiro e segundo quarteirão" ainda nos sentimos "por perto", mas a partir do "terceiro quarteirão" os outros vão se tornando cada vez mais fáceis e obviamente, mais impenetráveis e distantes da casa do Senhor. Quando despertamos, já estamos fora da comunhão e somos estranhos mesmo numa igreja local.
Deus não quer e não deseja crentes em carreira solo, a viver na dependência de si próprios, a justificar que as nossas igrejas ultimamente não são boas ou "dignas da nossa santa presença". As igrejas nunca foram perfeitas. Enquanto houver seres humanos nelas, a imperfeição sempre existirá, exceto quando elas tornarem-se a unificada "Igreja Triunfante de Cristo", aquela que hoje é invisível, mas que no futuro (creio que bem próximo) será formada pelo número completo de crentes, pronta para ascender jubilosamente em glória com o Mestre aos Céus.
Fomos chamados para suportar-nos uns aos outros em amor. Não somos conhecedores de tudo. Assim, nos edificamos uns aos outros naquilo que ouvimos e naquilo que ensinamos. Por isso é importante participar.
Jesus disse que o amor seria o distintivo de seus seguidores. Não há como realmente amar alguém sem conviver, e a igreja oferece a oportunidade de convivência uns com os outros.
Também temos os dons do Espírito Santo, e juntos, nos completamos. Separados, somos incompletos e não temos a oportunidade de colocar os dons em ação e em prática. Precisamos servir ao Senhor e servir-nos mutuamente em amor.
Jesus nunca propôs aos apóstolos que vivessem sós, mas que fizessem discípulos. Devemos ser exemplo aos mais novos e também aprender com os mais velhos. A igreja nos dá a oportunidade de aprender e ensinar.
Também encontramos a família perdida. Deus nos faz viver em família, dando aos órfãos pais postiços, aos pais filhos por consideração, aos solitários um grupo constante e amoroso de amigos. A igreja é uma bênção!
Deixar de estar ao culto uma vez eventualmente por força maior, é aceitável. Viver buscando esses motivos e fazendo deles justificativa para não estar junto à comunidade de crentes, especialmente no dia que Ele criou para este fim, não tenha dúvida, é pecado, e Deus não se agrada disso.
Certa vez uma garota perguntou ao seu ministro: "Pastor, é possível alcançar a promessa da vida eterna sem frequentar a igreja? Sem hesitar, o Pastor respondeu - sim querida, é possível! Da mesma forma que é não é impossível atravessar o canal da mancha à nado... contudo, somente um número muito limitado de pessoas conseguem!"
Não deixemos de congregar-nos!
REFLEXÃO: “Tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:12)
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