Nossa vida e o impacto no meio social

(adaptado do texto do prof Sikberto Marks)

“Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (João 17:15)

A nossa felicidade, a nossa saúde, o êxito do que fazemos na vida espiritual depende, em grande parte, de nossas relações sociais. Fomos feitos para uma vida interdependente. Precisamos uns dos outros, e isso se acentuou mais no ambiente do pecado. Nesse ambiente precisamos também da ajuda, do amparo, da proteção e muitas vezes do socorro dos outros. Toda pessoa que se isola sofre mais, vive pior e menos. Isso, no entanto, não quer dizer que devemos conviver com todo tipo de pessoas. Há aquelas cuja recomendação bíblica é: “afasta-te destes”.

“Nenhum de nós vive para si ou morre para si mesmo” (Rom. 14:7). Durante a nossa vida, influenciamos e somos influenciados, para o bem ou para o mal. E ao morrermos, também influenciamos, de uma forma ou de outra, isso também pode acontecer.

Durante a vida temos que ter muita cautela. Devemos viver de acordo com os princípios bíblicos, pois caso contrário podemos nos surpreender negativamente quando for tarde. Quantas pessoas entraram para a história por feitos positivos. Na Bíblia encontramos muitos destes casos, e um dos que mais me atrai, foi a vida de Daniel. Também temos os casos negativos, indignos de ser copiados, e um dos que me impacta muito, é o caso de rei Saul. Você conhece respectivamente as histórias: Deus como centro da vida (final feliz); "Eu" como centro da vida (final infeliz).

Fora da Bíblia também temos muitos exemplos. Posso citar os feitos positivos de Mohandas Karamchand Gandhi mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi. Ele liderou a grande marcha do sal, e lutou pela independência da Índia, sem dar um tiro, e sem matar uma única pessoa. Ele formou uma biografia digna de ser lida. Temos também exemplos negativos, que é o caso de Adolf Hitler (quem não conhece?).

A pergunta aqui é: Qual é o meu e o teu legado para o futuro? Tenho eu influeciado as pessoas que convivo para o bem ou para o mal? E as pessoas que sequer conheço, estou duplicando bons exemplos? Hitler deixou um rastro de morte; Gandhi deixou um rastro de vitória passageira. JESUS deixou um rastro de vida e vitória eterna.

Há, por exemplo, pessoas anônimas ao grande público, mas cujo legado de influências é grandemente positiva, e outras, muito negativas. Que vergonha, por exemplo, para aquele pai ou mãe, que tratou mal seus filhos na infância, e na idade adulta se tornaram maus elementos. Hoje, em nossos dias, quantos casos de estupros de um pai com a filha (muitas vezes de pequena idade), ou de um padrasto. Pode uma pessoa assim mais tarde olhar para a sua filha ou filho, com dignidade, sem sentir dor de consciência? E os estragos para o resto da vida na pessoa prejudicada? E os filhos dessa criatura, como serão (em razão do comportamenteo alterado para o resto de sua vida)? Esse é um legado do qual o arrependimento não resolve as consequências, que podem ser marcas para toda uma vida, para os descentendtes e para a eternidade.

O ponto é - somos seres sociais, afetamos a vida dos outros. E isso não há como evitar, exceto se vivermos todos os dias 100% isolados de todos, mas isso é quase impossível.

Quando uma pessoa bebe álcool, geralmente diz: faço o que quero com meu corpo e ninguém tem nada a ver com isso, se estou pecando o problema e meu. Será? Afinal de contas são só alguns goles e eu sei me controlar. Outros ainda dizem que seus pastores fazem o mesmo e não enxergam problemas nenhum nisto "porque a Bíblia não condena o consumo de álcool" (vamos falar sobre isto em uma próxima reflexão), mas é impossível ninguém não ter nada a ver com este tipo de comportamento (a não ser que ninguém saiba que você beba e se mantenha inerte após o consumo). Aqui em Ijuí há um caso dramático de um rapaz de 19 anos. Ia ele guiando a sua moto, quando um motorista alterado pelo álcool o atingiu. Quebrou uma de suas pernas de alto a baixo. Não sei em quantas partes ela foi quebrada, mas são fraturas do fêmur até a alguns dedos do pé. E agora? O rapaz, se tudo correr bem, vai ficar sem poder trabalhar por dois anos, essa é a previsão. Por pouco não amputaram a sua perna. E nunca mais vai ficar normal. A sociedade vai pagar pelo tratamento, e o rapaz também vai ter grandes despesas além da perda de tempo na vida, as faltas no emprego (e seu patrão vai ficar prejudicado também), de sua renda, e de sua saúde. A família dele também é severamente prejudicada; a sua esposa (são casados há pouco)... quanto essa menina está sendo prejudicada! Além de tudo, graças a DEUS porque o rapaz não morreu. É... ninguém tem nada a ver com isso! E parece verdade, pois aqui no Brasil, apesar das leis, o tal bêbado anda solto pelas ruas e o coitado do rapaz, que não deveria "ter algo a ver com isso", está preso numa cama. E seus familiares sofrendo, tendo que cuidá-lo o tempo todo. Então, o que acha, a justiça de DEUS não deve ser feita? Quem dera aquele bêbado se arrependa e salve a sua vida da morte, e das consequências desse ato. Aliás, pense um pouco, como no caso desta pessoa, ficou ainda mais difícil para se arrepender. Até para isso complicou a vida de quem pensa: "os outros não tem nada a ver com o que faço de meu corpo". Pois, para ele se arrepender mesmo, evidentemente, deve reparar o dano que fez ao rapaz, pagar todo o tratamento, além de pedir perdão a ele. Será que ele teria recursos para isso? É bem melhor sermos fiéis aos princípios de DEUS e evitarmos criar um passivo deste, uma conta materialmente grande demais para pagar. Desses fatos os noticiários estão repletos: pessoas que por suas atitudes negativas, geram contas impossíveis de serem pagas.

Visto pelo lado positivo, podemos também gerar contas impossíveis de serem pagas, mas que, pensando bem, nem precisam ser pagas. É quando fazemos algum bem a outro, e, por exemplo, salvamos a vida de alguém. Quanto vale uma vida? Não tem preço. A pessoa nunca vai poder nos pagar, mas, também, nós nunca iremos querer ser reembolsados. Imagine você socorrer o seu vizinho, levando-o às pressas ao hospital, e por essa via, salvar-lhe a vida. Não me refiro ao gasto de gasolina, etc., me refiro ao valor do gesto: salvou a vida de um ser humano. Quanto vale o trabalho dos bombeiros? Quantas vidas eles salvaram até hoje? Diríamos, que trabalho bonito! E como é prazeroso ajudar alguém, mesmo que não seja para tanto. Como isso faz bem, a nós, ao próximo e a muitas pessoas relacionadas. Esses atos geram um valor tão alto que o beneficiado deles não os pode pagar, e quem gerou esse valor, por sua vez, sente um pagamento em forma de felicidade e em forma do reforço de amizades. São contas que DEUS paga de alguma forma.

E o bom relacionamento? Um pequeno agrado, um sorriso, algumas palavras de bem, de conforto, de senso positivo, ao levarmos momentos de felicidade para quem precisa, ou para quem nem precisa, somente para ter um ambiente agradável, como isso faz bem! Quem paga essa conta? Não é necessário pagá-la. O fato de fazer bem, de distribuir saúde pela criação de um ambiente agradável, saudável e genuínamente cristão, se gera impactos positivos em nós e em muitas pessoas. Essa é uma conta positiva, que gera resultados bons, e que não precisam ser pagas, pois não há o que deva ser reparado. O que se criou com os momentos positivos é bom para todos; portanto, ninguém precisa se preocupar em ser ressarcido. Quando o resultado de nossas ações é positivo, o pagamento do que fazemos é uma consequência boa, saudável, construtiva. O esforço disso, sabem quem paga? É DEUS. Pois, afinal, de tal comportamento resulta melhor saúde, mais felicidade, vida de melhor qualidade, mais longa e maior sucesso profissional. Esse é o pagamento, feito por DEUS, por nós termos nos comportado como Ele pediu.

REFLEXÃO: “Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição” (Provérbios 13:20)



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