(adaptado do texto da ADOLESCENTE Marcela Miranda)
“Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa" (II Pedro 3:11 - NVI)
Neste versículo Pedro encoraja os cristãos a terem vidas consagradas a Deus, pois o fim está próximo.
Todo sábado e domingo vamos a igreja, louvamos, oramos e depois voltamos para nossas casas tendo a certeza que estamos fazendo a vontade de Deus. Mas será mesmo? Ou estamos tão acomodados que não podemos enxergar? Não... isso não! Mas então por que achamos que são "RADICAIS" os missionários que vão com a sua família inteira para o campo? Por que achamos alguém "FANÁTICO" quando diz que vai fazer um jejum de 24 horas (até sem água)? Por que achamos ser "EXTREMISMO" quando o pastor fala que não podemos amar o mundo nem as coisas que nele estão?
“Todos nós tentamos chegar a Deus pela obediência às leis, e Cristo diz que nunca vamos conseguir dessa maneira. Isso é até insultante, mas é a verdade. Não é o caminho da obediência que leva à salvação, mas o caminho do amor e do relacionamento com Ele [que por consequência, nos leva à obediência aos Seus mandamentos, nos leva a imitá-Lo]. Cristo, no entanto, ainda permanece radical demais para a maioria de nós.”- Um cristão indiano, ex-extremista hindu.
A Bíblia também fala sobre cristãos que não são nem quentes nem frios e que, com isso, desagradam a Deus. Temos deixado de viver o Evangelho com ousadia.
Mas o que é ser radical?
Os significados “emprestado” são tão fortes, até distorcidos, que radical virou xingamento. Radical é ruim, é extremo, é exagerado. Bom mesmo é ser negociador, “de centro; ficar em cima do muro". Bom mesmo é buscar meio termo. Será que é? Graças a esse “bom mesmo” muita coisa que antes era preta ou branca agora anda cinza demais. Onde havia sim ou não, agora só talvez. Portanto, esquecendo dos significados emprestados, eu quero mesmo é ser radical. Mesmo que isso soe exagerado, extremo. Mesmo que isso soe…radical! Francamente, acho melhor ser assim do que viver em cima do muro, fugindo da bola dividida, fugindo de assumir uma posição. Melhor do que viver na busca do meio termo, sem antes verificar qual é o comando que vem da raiz. Melhor do que ser um dos galhos que, para ficarem bem com as folhas e os outros galhos vizinhos, desconecta-se do tronco. Famintos buscando agradar outros famintos, na ilusão de que talvez eles possam se alimentar uns aos outros. Cortam o canal da alimentação e não sabem porque morrem de fome!
Exagero? Radicalismo? Creio que não. Porque em muitas coisas Deus é radical. Para Ele, pecado é pecado. Por mais que Ele ame os pecadores, não convive com pecado. E nós, para vivermos perto dEle, precisamos chamar de pecado o que Ele chama de pecado, resolvê-lo, reconhecê-lo, sem relativizar. Sem tornar cinza o que é preto ou branco. Ele também diz que quando o amamos, temos e guardamos os seus mandamentos E quando não os temos e nem os guardamos, não o amamos (João 14:21-24). Não há meio termo. E nos ensina que o nosso falar precisa ser sim, sim, e não, não. O que não se encaixa nisso é maligno. Também nos diz que é melhor ser quente ou frio, morno jamais.
Alguém se aventura a dizer que Deus é exagerado? Extremo? Creio que não. Deus faz as coisas na medida certa, do jeito que precisar ser. Preto é preto, branco é branco, vermelho é vermelho, e mesmo o cinza quanto tem que ser cinza é cinza. Mesmo porque Deus também usa o cinza. Na hora certa, quando o negócio é esperar, Deus também pinta com o cinza. Para cada caso, Deus sempre usa a cor certa. E também nos manda agir da mesma forma. Deus nos manda pintar os quadros da nossa vida. E também nos manda agir da forma. Deus nos manda pintar os quadros da nossa vida com as cores que Ele dá.
REFLEXÃO: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (I João 2:15)
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