Sendo bem discreto na forma de expressar, pode-se dizer que José Bates foi uma testemunha entusiasmada de sua nova compreensão acerca do sábado. Em 1854, por exemplo, o jovem Stephen N. Haskell (pregador adventista do primeiro dia) encontrou aquele turbilhão de energia, convicção e entusiasmo. Haskell tinha 21 anos e já havia ouvido sobre o sétimo dia, mas não estava totalmente convencido do assunto. Até que alguém levou Bates à casa dele.
Haskell conta que Bates passou dez dias com eles, pregando todas as noites, bem como no sábado e no domingo. Além disso, o missionário irrefreável fez um estudo com Haskell e alguns outros “da manhã até o meio-dia, do meio-dia até o anoitecer e depois à noite até a hora de todos irem se deitar”.
Entretanto, nem sempre ele era bem-sucedido em seu testemunho. Um de seus maiores fracassos ocorreu em agosto de 1846, no mês em que conheceu um jovem pregador da denominação Conexão Cristã e sua namorada – Tiago White e Ellen Harmon. Bates, é claro, deu um de seus extensos estudos bíblicos sobre o tema que se tornara seu preferido. O resultado? Fracasso total!
Ambos rejeitaram o ensino sobre o sétimo dia. Ellen relembrou: “O irmão Bates estava guardando o sábado e insistiu quanto à sua importância. Eu não consegui senti-la e achei que o irmão B. estava enganado ao se deter no quarto mandamento mais do que nos outros nove” (1888 LS, p. 236, 237).
O encontro de Bates com Tiago White e sua então futura esposa não foi o único acontecimento importante de agosto de 1846. Naquele mês, aconteceu o casamento de Tiago e Ellen, além da publicação do primeiro livro de Bates sobre o sábado, chamado The Seventh-day Sabbath, a Perpetual Sign [O Sábado do Sétimo Dia, um Sinal Perpétuo].
No entanto, antes de falar sobre esses acontecimentos, precisamos olhar um pouco mais para Bates. Podemos aprender no mínimo três lições com ele. Primeiro: é fácil nos tornarmos unilaterais e desequilibrados em nossa apresentação da mensagem bíblica. Segundo, até mesmo as pessoas mais zelosas falham de tempos em tempos. Terceiro, tal falha não é desculpa para pararmos de tentar.
George Knight - "Para não esquecer"
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