25 a 31 de Maio de 2013
Verso
para Memorizar:
“O Senhor será terrível contra eles,
porque aniquilará todos os deuses da terra; todas as ilhas das nações, cada uma
do eu lugar, O adorarão.” (Sf 2:11)
O reinado do pecado tem um fim
marcado no calendário do Universo. Deus tem longanimamente suportado tremendo
sofrimento pela existência do pecado, porque Seu amor sem medida O impele a
conceder amplo tempo de graça para que os homens se arrependam. Mas Ele não
tolerará indefinidamente o mal, porque é justo e santo e, por amor à Sua
criação, tem de exterminá-lo para sempre.
Para termos noção da imensa
paciência divina, precisamos considerar que a apostasia nacional começou já nos
tempos de Salomão, passando por Roboão e pelos reis sucessores, com alguns
interlúdios de reavivamento e reforma sob bons monarcas. Decorreram, pelo menos
350 anos do sacrifício de Deus procurando salvar Israel, até o tempo do
cativeiro babilônico.
DOMINGO
Dia de Trevas
Sofonias (cujo
nome significa Deus Escondeu), era trineto do rei Ezequias e
contemporâneo de Jeremias e Miqueias.
Não remanesce dúvida de que na visão que o Senhor
deu a Sofonias estão previstas duas grandes destruições: Um de cumprimento futuro
- o aniquilamento do planeta (cap. 1:2-3), quando nada restará de vida e obras
humanas na face da Terra, e outro de juízo iminente sobre o relapso Judá e os
habitantes de Jerusalém. “Não foi Habacuque a
única pessoa por cujo intermédio fora dada uma mensagem de esperança e de um
futuro triunfo, bem assim de julgamento presente. Durante o reinado de Josias a
palavra do Senhor veio a Sofonias, especificando claramente os resultados da
continuada apostasia, e chamando a atenção da verdadeira igreja para a gloriosa
perspectiva de além. Suas
profecias de juízo impendente sobre Judá se aplicam com igual força aos juízos
que devem cair sobre um mundo impenitente por ocasião da segunda vinda de
Cristo...” PR, 389.
Observe como esse dia é descrito em
Sf 1:14-16: Dia do Senhor, dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia
de alvoroço e desolação, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e densas
trevas, dia de trombeta e de alarido. O pincel da profecia retrata nas mais
sombrias cores o dia da vingança divina contra os pecadores endurecidos de
Judá. Esse mesmo teor ameaçador é encontrado em Jl 2:1-11 e Am 5:18-20.
“Tu, sim, Tu és terrível; se Te iras, quem pode subsistir à Tua vista?” (Sl 76:7) Quando
Deus ameaça os homens com apavorantes juízos, Ele está usando um tratamento de
choque para despertar a consciência e convocar ao arrependimento. Ele não quer
que as pessoas passem pela condenação do juízo. Quer, sim, absolvê-las e
dar-lhes proteção contra as terribilidades do dia da ira.
“Eis que vem o Dia do Senhor, dia cruel,
com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os
pecadores.” (Is 13:9) Chega uma hora em que os pecadores não podem mais ser
tolerados, sob pena de risco tremendo para o Universo, de desmoralização do
governo divino e de contínuo sofrimento para toda a criação de Deus.
SEGUNDA
A segunda
mensagem divina enviada através de Sofonias chama Judá de nação sem-vergonha,
despudorada, e ordena que seus habitantes se congreguem. Por que se congregar?
Para buscar o Senhor em humildade e arrependimento, antes que viesse o dia da
ira e de catástrofe nunca antes ocorrida. A despeito do vigor contundente dessa
mensagem, Deus estava disposto a perdoar o povo, desde que esse se humilhasse e
buscasse o perdão.
Deus pode ser achado sempre, em
qualquer momento. Mas não se venha diante dEle com coração altivo, soberbo,
presunçoso, como o dos fariseus que achavam ter créditos a cobrar do Senhor,
que Ele lhes devia favores por causa de suas “boas” obras. Aquele que assim
procede descerá para sua casa sem a justiça de Deus. Os humildes, como o
publicano da parábola, que estão cobertos de vergonha por causa de seus
pecados, esses serão justificados, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá
graça aos humildes.
Está escrito em Amós 5:6: “Buscai ao
Senhor e vivei, para que não irrompa na casa de José como um fogo que a
consuma, e não haja em Betel quem o apague.” A única esperança no período de
graça que antecede ao juízo vindicativo é buscar... buscar... buscar...
Os mansos ou humildes descritos em
Sf 2:3 são reconhecidos como os que “põem por obra os juízos de Deus”, isto é,
que praticam a verdade. Nesse mesmo verso é dito que a humildade ou mansidão
deve ser buscada, procurada, perseguida. Onde buscar essa humildade tão
preciosa aos olhos de Deus? “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim,
porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.”
(Mt 11:29)
Ninguém que ponha Cristo como seu Modelo de vida precisa
temer o dia do juízo final. Coberto com a justiça do Salvador o homem estará a
salvo das aterrorizantes ocorrências daquele dia que virá como ladrão, “no qual
os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão
atingidas” (2Pe 3:10).
Tudo será revelado no juízo
Para os que não se humilharam - “No dia do juízo os homens verão o que poderiam ter-se tornado mediante o poder de
Cristo... Conheciam as reivindicações de Deus, mas recusaram submeter-se às
condições estabelecidas em Sua Palavra. Por sua própria escolha uniram-se com
os demônios... No dia do juízo tudo isso é aberto perante os impenitentes. Cena após
cena passa diante deles. Tão claramente quanto a luz do sol do meio-dia eles
todos veem o que poderiam ter sido caso houvessem cooperado com Deus em lugar
de se oporem a Ele. O quadro não pode ser modificado. Seus casos estão
decididos para sempre...” A Verdade Sobre
os Anjos, 292, 293.
TERÇA
Um quadro
sem retoques da situação espiritual e política de Judá. Jerusalém havia se
tornado pior do que Sodoma e Gomorra. É inacreditável que, mesmo tendo os
oráculos de Deus em mãos, o povo de Judá tenha mergulhado tão fundo no pecado,
a ponto de se tornar opressor, rebelde e poluído, duro de cerviz (cabeçudo),
indisciplinado e amotinado, incrédulo com relação a Deus, apartado
completamente do Senhor. A elite dirigente da nação era tirânica, exploradora,
egocentrada. A magistratura tornara-se uma piada de mau gosto, porque corrompida,
transgressora do direito e gananciosa. A casta religiosa era traidora, infame,
pecadora, profanadora do santuário e infratora dos Dez Mandamentos.
Infâmia, desonra e agravo eram
lançados contra o nome de Deus. O povo se chamava pelo Seu nome (2Cr 7:14); o
templo de Jerusalém se chamava pelo Seu nome (Jr 7:10); a cidade se chamava
pelo nome de Deus (Jr 25:9). As nações circunvizinhas debochavam daquele povo
que antes se gloriava em ser um povo peculiar, de sacerdotes, uma nação santa,
e agora praticava transgressões muito piores que as dos gentios, que não
conheciam o Deus vivo.
A denúncia aberta de pecados faz
parte do processo divino de despertar a consciência daqueles a quem Deus deseja
salvar. Deus “abre o jogo” para poder mostrar o estado de morte espiritual e
suas execráveis consequências, culminando com o juízo de arraso da cidade em
breve. Ao mesmo tempo em que acusa Seus
servos de grandes pecados, Ele Se põe à disposição para perdoar, restaurar,
revigorar e salvar. Não é intenção do Senhor acusar por acusar. Ele não é homem
para agir assim. Seus desígnios são os melhores possíveis.
Chega, contudo, certo ponto, em que
o Senhor tem de assumir uma posição que Ele não aprecia: a de Vingador. “O Senhor é Deus zeloso e vingador, o Senhor
é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e
reserva indignação para os seus inimigos.” (Na 1:2)
Como
mais tarde se pôde constatar, Jerusalém foi arrasada pelos exércitos caldeus e
o templo de que tanto os judeus se orgulhavam, sem contudo respeitá-lo como
casa de oração para todos os povos, foi posto abaixo e não restou pedra sobre
pedra; os muros da jactanciosa cidade foram derrubados, os edifícios demolidos,
milhares de habitantes mortos e os que sobreviveram foram servir de troféus de
guerra na cidade da Babilônia, enxovalhando ainda mais o nome do Santíssimo,
porquanto os conquistadores proclamavam que seu deus Nebo era muito superior ao
Jeová dos judeus.
QUARTA
O maior deleite de Deus
O capítulo
final do livro de Habacuque se inicia com contundente denúncia dos pecados da
cidade “rebelde e manchada, da cidade opressora”. Dos versos 1 a 8 temos
registrado o desagrado de Deus com o povo de Judá. O Senhor não pode ficar em
silêncio diante dos pecados de Seu povo, porque Ele “... é justo no meio dela;
não comete iniquidade; cada manhã traz Seu juízo à luz; nunca falta...” (v. 5)
A despeito de ainda estar retendo os
juízos por causa de Sua intensa misericórdia, Deus não deixaria de punir.
Porém, não é esse o Seu deleite. Ele Se compraz em perdoar, restaurar,
santificar, purificar. A esperança do coração divino está manifesta no
versículo sete do capítulo em estudo: “Certamente Me temerás e aceitarás a
correção; e assim sua morada não seria destruída, conforme o que havia determinado...”
Contudo, não vindo a resposta que
Ele espera, qual é a medida judicial mais adequada a tomar? A versão La Biblia de las Americas assim traduz o
que Deus fará: “Portanto, esperem-Me, declara o Senhor, até o dia em que Eu me
levante como testemunha, porque Minha decisão é reunir as nações, juntar os
reinos, para derramar sobre eles Minha indignação, todo o ardor da Minha ira,
porque pelo fogo de Meu zelo toda a terra será consumida.” Ninguém pode acusar
a Deus de excessos na justiça, se considerar que Ele sempre emprega todos os
Seus recursos e toma todas as medidas para salvar e não punir.
Vê-se no contexto do último capítulo
de Sofonias que, depois de aplicadas as sentenças, restará um povo de lábios
puros que invoca o nome do Senhor e O serve com espírito voluntário. Esse povo
é composto não só de judeus remanescentes, mas de gentios que vêm “dalém dos
rios da Etiópia”. Então se cumprirá a alegria de Deus em ver reunidos
adoradores libertos do pecado, glorificadores do nome divino; um povo “humilde
e pobre”, que não comete iniquidade, nem profetiza mentiras e em sua boca não
se encontra uma língua enganosa (v. 12-13). Esse povo é chamado de
“remanescente de Israel”.
A partir do verso 14 até 20, Deus
externa Seu prazer em ver no futuro uma nação purificada, salva, que Lhe dá
intensa alegria. Esse povo proclamará o nome santo por toda a Terra, receberá
“um nome e um louvor entre todos os povos da Terra” (v. 20).
“Ainda que o número dos filhos
de Israel seja como
a areia do mar, o remanescente é que será salvo.” (Rm
9:27)
Resposta
à injustiça
“Porque a indignação do Senhor
está contra todas as nações, e o Seu furor, contra todo o exército delas; Ele as destinou para a destruição
e as entregou à matança.” (Is 34:2)
Deus foi muito longânime com Nínive. Ainda a
suportou por muito tempo (± 100 anos) após a reforma dos tempos de Jonas, visto
que se convertera dos seus maus caminhos. Porém, ela se arrependeu de seu
arrependimento anterior. Voltou a praticar os pecados a que renunciara no
passado.
“Mas os senhores da Assíria, em vez de usar suas bênçãos incomuns para o
benefício da humanidade, tornaram-se o flagelo de muitas terras. Destituídos de
misericórdia, o pensamento ausente de Deus ou do próximo, perseguiram um plano
determinado de levar todas as nações a reconhecerem a supremacia dos deuses de
Nínive, que eles exaltavam acima do Altíssimo. Deus lhes havia enviado Jonas
com uma mensagem de advertência, e por algum tempo eles se humilharam perante o
Senhor dos Exércitos, e buscaram perdão. Mas logo retornaram ao culto dos
ídolos e à conquista do mundo.” PR, 363.
Agora teria
de enfrentar o Dia do Senhor. Por
volta de 612 a.C., os caldeus e os medos sitiaram a grande cidade de Nínive e a
arrasaram. Os exercidos invasores se aproveitaram de uma brecha nos muros da cidade,
provocada pela inundação do Rio Kusur e de outros canais que levavam águas das
colinas para a cidade, e a penetraram sem muitas dificuldades. Havia um provérbio
popular em Nínive que predizia que a
destruição da cidade ocorreria quando as águas a invadissem.
É dito que o rei assírio, tomado
pelos delírios do álcool, ao contemplar a inundação, os muros destruídos e os soldados
inimigos invadindo a cidade, subiu até a torre do palácio real e ateou fogo nos
seus eunucos, nas suas concubinas, em si próprio e no palácio.
Enquanto o rei, como último ato
de sua vida, assassinava cruelmente os membros de sua corte e punha fim à sua
vida, os inimigos perseguiam os moradores de Nínive e os matavam a espada.
Assim foi Nínive arrasada e
ocultada pelas areias do deserto durante muitos séculos. Suas ruínas só foram
encontradas por uma equipe de arqueólogos em meados do século 19 d.C.
A palavra de Deus nunca volta
atrás. Se Ele diz que vai aplicar justos juízos a uma cidade, povo, casa ou
indivíduo se esses não se arrependerem e aceitarem Sua graciosa bondade,
podemos estar certos que, mais dia menos dia, tudo se cumprirá.
Hoje o Senhor envia Seus servos para advertirem o mundo de que “vinda é
a hora de Seu juízo”. As três mensagens angélicas têm um tempo determinado de
operação, findo o qual o juízo executivo terá de ser exercido. Afinal, o plano
de Deus prevê o expurgamento completo do pecado dos domínios divinos, o
livramento do Universo de toda nódoa de mal e transgressão, para que tudo volte
ao eterno curso de felicidade, harmonia, paz e amor.
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